11 outubro 2015

"Peter Pan", o melhor filme de aventura/fantasia do ano

Hugh Jackman agora é um vilão dos contos de fada, como o terrível pirata Barba Negra (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Aos fãs de um bom filme de fantasia, "Peter Pan" é imperdível. A produção pode ter classificação livre, mas vai agradar muito marmanjo, principalmente se for visto em 3D - vale cada centavo do ingresso desta versão. Um ótimo programa para o feriado prolongado de Dia das Crianças. Os efeitos especiais são excelentes, principalmente nas cenas que exigem profundidade. Nota 10 para o diretor Joe Wright, que soube pegar uma história conhecida por todas e dar uma nova roupagem.

E se a produção não fosse o suficiente, o elenco tem nada menos que Hugh Jackman no papel principal. A capacidade de se adaptar a seus personagens - de Wolverine (franquia "X-Men") a Jean Vatjean ("Os Miseráveis"), é demais. Ele ainda canta e se apresenta como um verdadeiro roqueiro, com uma entrada triunfal digna de Nirvana - "SmellsLike Teen Spirit".

E a trilha sonora ainda conta com um sucesso da banda Ramones - "Blitzkrieg Bop". Tudo isso envolvido num mundo de cor, sombras e pura magia, com imagens e fotografia de encher os olhos - até mesmo quando as cenas em preto e branco remetem para o período de guerra. Acha que não combina? Então pague para ver.

Jackman agora é um vilão dos contos de fada, como o terrível pirata Barba Negra. E vai mostrar toda a sua tarimba contra Levi Miller, um estreante na telona, australiano como ele, que tem tudo para ser um grande ator. O garoto interpreta o jovem Peter, que terá toda a sua vida de órfão mudada para uma grande aventura na Terra do Nunca.

No elenco estão ainda Rooney Mara, como a princesa Tigrinha (também chamada de Tiger Lily), Garrett Hedlund, como James Hook (ainda com as duas mãos e antes de se tornar o malvado Capitão Gancho), Amanda Seyfried, como a mãe de Peter e, numa aparição rápida, Cara Delevingne, como uma sereia. Destaque ainda para Adeel Akhtar, que faz Smee, o famoso Barrica (que não tem nada de gordo), ajudante de Gancho.

Para quem acha que vai ver a história mais que conhecida do menino que se recusava a crescer, com direito a Wendy, Sininho e os garotos perdidos, pode refazer seus conceitos. Ao contrário de outras versões, algumas ótimas como "Hook - A Volta do Capitão Gancho" (1992), dirigido por Steven Spielberg, com Robin Williams no papel do jovem e Dustin Hoffman como o famoso pirata, "Peter Pan" começa bem antes, contando como tudo começou. Como Peter se tornou Pan, como surgiu o capitão Gancho, a amizade com o garoto e sua disputa com Barba Negra.

Nesta nova versão, Peter é um garoto de 12 anos que vive em um orfanato em Londres, no período da Segunda Guerra Mundial. Um dia, ele e várias crianças são sequestradas por piratas em um navio voador, que logo é perseguido por caças do exército britânico. O navio escapa e logo ruma para a Terra do Nunca, um lugar mágico e distante onde o capitão Barba Negra escraviza crianças e adultos para que encontrem pixum, uma pedra preciosa que concentra pó de fada. Em pleno garimpo, Peter conhece James Hook (Garreth Hedlund), que tem planos para fugir do local. Mas esta fuga pode colocar em perigo todo o reino das fadas.




Este deverá ser o primeiro filme de uma possível trilogia - a bilheteria vai definir os rumos das próximas produções, que deverão explicar alguns pontos que ficaram  no ar: como Pan e Gancho passaram de grandes amigos a inimigos mortais, como será a vida de Pan e seus amigos na terra do nunca, que fim levou Smee, como Hook perde sua mão comida pelo crocodilo Tic-Tac.


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Enfim, ainda tem muita história para contar. Mas esta produção já é um grande começo e merece ser visto. "Peter Pan" está em exibição em 34 salas de 19 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada, em 2D e 3D.

Ficha técnica:
Direção: Joe Wright
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h51
Gêneros: Aventura/Fantasia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,5 (0 a 5)

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08 outubro 2015

"Horas de Desespero" é sufoco demais para uma só família

Owen Wilson faz o papel de um pai que tenta a todo custo salvar sua família de rebeldes assassinos num país em guerra (Fotos: Diamond Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser mais um filme de guerra civil, golpe de estado ou qualquer conflito do gênero. Mas "Horas de Desespero" ("No Escape"), do diretor John Erick Dowdle, usa o assunto como pano de fundo para contar a história de uma família que viveu horas de pânico e terror para tentar escapar de um conflito armado e até onde vai a insanidade humana e o fanatismo numa situação destas.

E Owen Wilson conseguiu dar a dramaticidade esperada a seu personagem Jack Dwyer na condução das cenas. Ele ainda contou com a ajuda do ex-James Bond, Pierce Brosnan em sua fuga alucinada. Brosnan, por sinal, não perdeu o "jeitinho" e deixa sua marca de agente secreto nas cenas que divide com Wilson.

"Horas de Desespero" é ação do início ao fim de tirar o fôlego. O filme conta ainda com a participação de Lake Bell, que interpreta Annie Dwyer, esposa de Jack. Ela mostra o que é uma mãe é capaz de fazer quando sua família corre perigo. Outro destaque é a Sterling Jerins, que faz Lucy, filha mais velha do casal. A garotinha tem futuro.

Jack Dwyer (Wilson) recebe uma ótima proposta de trabalho e se muda com a mulher e duas filhas pequenas para um país não identificado no continente asiático. No dia da chegada explode uma guerra civil e os americanos são considerados pelos rebeldes seus maiores inimigos e precisam ser exterminados como os demais estrangeiros. 

Jack e a família vão viver momentos de tensão e desespero para e conseguirem fugir antes de serem executados. E vão precisar conta com a ajuda de Hammond (Brosnan), um simpático negociante britânico.




Apesar de xenofóbico em alguns diálogos, a produção é uma das boas estreias desta quinta-feira (8) nos cinemas de BH, nas versões dublada e legendada.

Ficha técnica:
Direção: John Erick Dowdle
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h43
Gêneros: Suspense / Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

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