28 outubro 2015

"Sicário: Terra de Ninguém" numa batalha sem regras

Com Emily Blunt, Benicio Del Toro e Josh Brolin no elenco, "Sicário" só poderia ser um ótimo filme (Fotos: Studio Canal/Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


No México, a palavra "Sicário" significa "assassino de aluguel", que na estrutura dos cartéis de drogas são responsáveis por sequestros, roubos, extorsões, esquemas de proteção operacional e defesa contra rivais. E não poderia ser diferente em "Sicário - Terra de Ninguém",  filme inteligente, bem conduzido e principalmente, muito violento dirigido por Denis Villeneuve (o mesmo de "Os Suspeitos", de 2013).

Até porque a produção trata do combate ao tráfico internacional de drogas e centraliza a história num dos lugares mais violentos do México, a cidade de Juarez, na fronteira com os estados Unidos. Um lugar onde a máfia mexicana além de matar o inimigo ou o traidor, expõe o corpo dele em um local público para servir de exemplo. Cenas deste tipo estão no filme. O expectador com estômago mais fraco pode ficar um pouco chocado. Mas nada que desmereça a produção, pelo contrário, ela expõe a realidade nua e crua do que acontece na região, dando a tensão e o suspense na medida certa. 

Outro ponto de destaque são as cenas de tiroteio, tanto no engarrafamento quanto na invasão ao esconderijo do chefão do tráfico. Coisa de grudar os olhos na tela. Sem contar o elenco de primeiríssima, com os premiados Josh Brolin e Benício Del Toro excelentes nos papéis de agentes do governo que seguem à risca esta podre cartilha. Emily Blunt também não fica atrás interpretando a agente do FBI durona, mas correta que vê todos os seus conceitos de ética e direitos humanos jogados para o alto quando precisa trabalhar com os dois.

"Sicário - Terra de Ninguém" explora a crescente violência na fronteira entre os Estados Unidos e o México. A agente do FBI Kate Macy (Emily Blunt), do grupo antissequestro, é escalada para integrar uma força-tarefa comandada pela CIA para uma operação sigilosa que quer prender o chefão da máfia que controla o tráfico internacional de drogas. A equipe é comandada por Alejandro (Benicio Del Toro, sempre com cara de mal) e Matt Graver (Josh Brolin, com seu sorriso de deboche) que passam por cima das regras e de qualquer tipo de ética para derrotar o cartel mexicano.

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Apesar de ser um filme que merece ser conferido, ele ganhou pouco espaço nas salas de cinema e somente na capital mineira - os públicos de Betim e Contagem ficaram prejudicados mais uma vez. Apenas seis shoppings estão exibindo a produção: BH, Cidade, Boulevard, Belas Artes, Diamond Mall e Pátio Savassi.




Ficha técnica:
Direção: Denis Villeneuve
Produção: Lionsgate/ Black Label Media/Thunder Road Pictures
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h02
Gêneros: Policial/Suspense
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 5 (0 a 5)

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25 outubro 2015

Continuação de "S.O.S. Mulheres ao Mar" é comédia caça-níquel sem graça

Luiza, Adriana e Dialinda estão de volta a um cruzeiro, desta vez pelo Caribe (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Na tentativa de explorar o sucesso do primeiro filme e de novos patrocinadores, "S.O.S. Mulheres ao Mar 2" conseguiu ser uma produção caça-níquel mais fraca e sem graça com rostinhos bonitos. Giovanna Antonelli, talvez por causa de seu personagem, está com uma aparência desleixada, maquiagem apagada, sem a beleza que sempre marcou seus papéis na TV e no cinema, inclusive no primeiro filme, também dirigido por Cris D'Amato. A atuação como Adriana, a mulher ciumenta que agora namora André (Reynaldo Gianecchini), não teve o mesmo impacto e chega a ser histérica e chata.

Ao contrário de Fabíula Nascimento e, principalmente Thalita Carauta, que garantem os momentos divertidos desta comédia nacional. A primeira interpretando Luíza, produtora de TV e irmã de Adriana, que não pode ver um rosto bonito e um corpo jovem bem trabalhado para partir para cima. E Dialinda, ex-empregada de Adriana que agora mora nos EUA e faz faxina na casa de americanos, ainda na esperança de se casar com um americano e conquistar o Green card. Giane continua o mesmo - lindo demais, mas ainda precisa melhorar muito para fazer uma comédia.

Esta continuação piorada de "S.O.S. Mulheres ao Mar" (2013) repete situações e parece mais um roteiro turístico de cruzeiro marítimo. Teve locações no Rio de Janeiro, nos parques temáticos da Universal em Orlando, em Miami e no deserto do Texas (EUA) e também em Cancun, Riviera Maya, Playa del Carmen e Yucatan, no México.

Se os atores principais já são fracos, os novos integrantes não ficam atrás: a ex-modelo e dublê de atriz Rhaisa Batista interpreta Anita, ex-noiva de André e modelo que irá desfilar no lançamento da coleção durante o cruzeiro e tentar reconquistar o estilista; Felipe Roque faz Maurício, outro belo modelo de olhos verdes e corpo sarado que vai chamar a atenção de Luíza. Viajando com ele está Rafael, papel vivido por Gil Coelho, que se interessa por Adriana.

Elenco escolhido, todo mundo nos seus lugares, com papéis decorados, tentando fazer tudo certinho, mas o resultado foi menos que mediano, em uma comédia que não faz rir. Uma pena, deveria ter ficado no primeiro, que foi bem divertido com a história terminando como deve em uma comédia romântica - "e todos viveram felizes para sempre".

Neste filme estamos de volta com Adriana (Antonelli), agora uma escritora bem-sucedida, feliz em seu romance com André (Gianecchini), que está prestes a lançar sua primeira coleção de moda durante um cruzeiro pelo Caribe. Porém, quando ela descobre que Anita (Rhaisa) a bela ex-noiva do estilista irá acompanhá-lo em busca de uma reconciliação, Adriana convoca a irmã Luiza (Fabíula) e Dialinda (Thalita) para uma nova aventura, com direito a novos romances e passeio no Parque da Universal, em Orlando, e diversão em lindas praias no Caribe mexicano.




"S.O.S. Mulheres ao Mar 2" pode ser conferido em 18 salas de cinema de 18 shoppings de BH, Betim e Contagem.

Ficha técnica:
Direção: Cris D'Amato
Produção: Globo Filmes / Universal Pictures / Europa Filmes
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h34
Gênero: Comédia romântica
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 2 (0 a 5)

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