24 dezembro 2015

Drama "As Sufragistas" é eleito por feministas um dos melhores filmes sobre mulheres


Produção retrata a dura luta das mulheres britânicas para terem direito ao voto no final do século XIX (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Pessoas mais sensíveis chegam a ficar com nó na garganta ao assistir ao filme "As Sufragistas" ("The Suffragettes"), produção do Reino Unido que retrata a dura luta das mulheres britânicas para terem direito ao voto no final do século XIX, início do XX. Qualquer semelhança com o ativismo feminino de hoje não é mera coincidência. As mulheres sempre brigaram - e continuam brigando - pelos seus direitos, como se fossem seres de segunda categoria.

Maud Watts (Carey Mulligan) é uma das muitas operárias de uma lavanderia, onde trabalha desde os 12 anos e, como as outras, é explorada e maltratada pelo chefe. Casada e mãe de um filho pré-adolescente, ela é obediente ao patrão e ao marido até que fica conhecendo, por acaso, o movimento das mulheres que querem simplesmente votar. Se, no início, Maud tem dúvidas sobre a importância das manifestações, dramas de sua própria vida empurram a jovem para o único caminho possível num mundo dominado por homens.

"As Sufragistas" é apenas um pequeno recorte no ativismo das mulheres pelo voto, já que o movimento ocorreu em muitos países.  Especificamente no Reino Unido, a movimentação ganhou a adesão da classe operária, que se uniu à Emmeline Pankhrust, importante líder feminista da época. Emmeline é Meryl Streep, que tem participação pequena no longa, mas nem por isso menos brilhante. Afinal, trata-se de Meryl Streep.

Ao final, além da constatação de que, historicamente, toda conquista precisa de um mártir, fica a surpresa quando aparecem as datas da adoção do voto feminino em vários países. Surpreendente! Se, no subdesenvolvido Brasil, a mulher só pôde votar a partir de 1932, na avançadíssima Suíça isso só aconteceu em 1971. E, no Iraque, em 1980.

O filme, dirigido por Sarah Gauron, é classificado como drama histórico. Mas pelo barulho que vem fazendo - uma associação internacional de mulheres críticas o elegeu como "o melhor filme sobre mulheres" e "o melhor filme feito por uma mulher" de 2015 - tem mostrado que se trata de um drama mais do que contemporâneo.

Apesar de ser um ótimo filme, "As Sufragistas" está em exibição apenas nas salas 2 do Diamond Mall (sessão de 12h20) e 4 do Net Cineart Ponteio (sessão de 14h10), com duração de 1h46. Classificação: 14 anos



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20 dezembro 2015

Tudo o que os fãs esperavam para uma sequência de Star Wars

"Star Wars - O Despertar da Força" inicia terceira trilogia e faz querer que venha logo o segundo filme (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


J. J. Abrams se mostrou mais que um grande fã da saga Star Wars. Ele conseguiu colocar na telona o que os fãs, de todas as idades, esperavam ver na terceira trilogia: trazer de volta a adrenalina, a aventura e a paixão por uma grande história, iniciada por George Lucas em 1977. "Star Wars - O Despertar da Força" ("Star Wars: Episode VII - The Force Awakens") é um trabalho excelente, feito com competência em tudo - produção (agora nas mãos dos Estúdios Disney), direção, fotografia, efeitos especiais, locações, cenários, maquiagem, vestuário, equipamentos, enfim, um filme completo em seu gênero, digno de ser considerado o mais esperado do ano.

Mas de nada adiantaria tudo isso se o elenco não fosse bom e simpático, e a história não atraísse como aconteceu com "Star Wars IV - Uma Nova Esperança" (o primeiro a ser exibido, em 1977). Nota 10 para a escolha dos atores. A volta do elenco original para fazer a passagem para a nova geração foi ótima. Está todo mundo lá, exceto o vilão mais fantástico e carismático de todos os tempos, Darth Vader, que morreu no Episódio VI - "O Retorno de Jedi", em 1983.

Harrison Ford (Han Solo), Carrie Fisher (Princesa Leia), Peter Mayhew (Chewbacca) e os dois droids - o baixinho R2D2 e o tagarela C-3PO interpretados novamente por Kenny Baker e Anthony Daniels.  E claro, Mark Hamill. Sim, "Star Wars 7" tem Luke Skywalker e com uma participação que fará diferença nos próximos episódios. Mas o grande destaque do novo filme ainda é Han Solo, o elo entre os heróis e vilões do passado e os do presente. 


E põe vilão nisso. O novo herdeiro do mal - Kylo Ren (papel de Adam Driver), dá seus primeiros passos de tirania usando o Lado Negro da Força a favor da Primeira Ordem, organização criada a partir do antigo Império. Se bem trabalhado, o ator, em episódios futuros, pode até se tornar o novo Darth Vader da franquia. Mas por enquanto o velho vilão da voz grave (emprestada por James Earl Jones) ainda reina absoluto.

Os novos heróis - Daisy Ridley (a catadora de lixo Rey), John Boyeda (o stormtrooper Finn) e os conhecidos Oscar Isaac ("O Ano Mais Violento" - 2014), como o piloto da Resistência Poe Dameron, e Domhnall Gleeson ("Questão de Tempo" - 2013), interpretando o terrível General Hux - estão muito bem e deram mostras que poderão substituir à altura os velhos personagens.

As naves de combate, as armas e os uniformes, principalmente os dos Stormtroopers ganharam uma repaginada e tem até uma capitã prateada (Phasma). Tudo isso com muitos e fantásticos efeitos especiais, que ficam ainda melhores se assistidos em 3D.

"Star Wars - O Despertar da Força" faz a gente rir, bater palmas, vibrar e até ficar triste com a morte de um dos personagens. Deixa também muitas perguntas que deverão respondidas nos próximos episódios.
                                                                           
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Na nova história, 30 anos se passaram desde que Luke desapareceu após se despedir do pai Darth Vader e eliminar o Imperador Palpatine na segunda Estrela da Morte. A Resistência, liderada pela Princesa Leia, precisa encontrá-lo para impedir que uma nova organização - a Primeira Ordem - volte a dominar a galáxia. Velhos conhecidos e jovens heróis vão se unir nesta nova aventura, ao som, novamente, da conhecida trilha sonora de John Williams. "Que a Força Esteja com Você"!

Curiosidade

O sétimo filme da saga Star Wars contou com uma mega produção e uma divulgação gigantesca, que está atraindo velhos e novos fãs para os cinemas e lojas que estão apostando na venda de todo tipo de bugiganga sobre o tema - de camisetas a canecas, sabres de luz e fantasias. Tudo isso só poderia resultar em recordes de bilheteria: neste primeiro final de semana após a estreia foram arrecadados mais de US$ 250 milhões nas bilheterias mundiais. E até este domingo deverão ser vendidos mais de US$ 220 milhões em ingressos somente nos Estados Unidos e Canadá.

Sala Imax

Para quem não dispensa grandes efeitos, sugiro assistir na sala Imax (Imagem Maximum), a primeira de BH e instalada no Shopping Boulevard em parceria com a Rede Cineart. Um espetáculo à parte de som e imagem de altíssima definição (resolução 4K) distribuídos em uma tela de 211 m2, que vale a pena ser conferido, principalmente num filme de grandes efeitos especiais como "Star Wars 7". A sala comporta 250 espectadores e é a 12ª no Brasil a receber esta tecnologia canadense que já existe em outros 65 países.



O filme também está em exibição em outras 44 salas de 14 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões legendada e dublada, também em 2D.

Ficha técnica:
Direção e roteiro: J. J. Abrams
Produção: J. J. Abrams, Bryan Burk e Kathleen Kennedy
Distribuição: Disney / Buena Vista
Produção:  LucasFilm Ltd., Walt Disney Pictures, Bad Robot
Duração: 2h15
Gêneros: Aventura / Ação / Ficção científica
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 5 (0 a 5)

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