18 fevereiro 2016

"13 Horas" é história verídica sobre soldados nos moldes de "Sniper Americano"

Seis soldados de elite são a salvação de uma base militar na Líbia atacada por terroristas (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


O conflito de um povo que se vê livre da ditadura de mais de 40 anos de Kadafi e ainda tenta se levantar e o surgimento de uma nova facção extremista que quer o domínio dos países asiáticos - o Estado Islâmico. Tudo isso recheado de bombas, tiros, momentos tensos, dramas e a exaltação a seus heróis de guerra americanos, coisa que o Estados Unidos sabe fazer bem. Assim é o enredo de "13 Horas - Os Soldados Secretos de Benghazi", do diretor Michael Bay, o mesmo da franquia "Transformers" e "Pearl Habor".

Baseado em fatos reais, o longa conta a história de seis ex-militares que fazem secretamente a segurança de um complexo da CIA em Benghazi, na Líbia, em 2012, após a queda de Kadafi. Mas a tensão na capital Trípoli e, principalmente na cidade de Benghazi, é crescente e os sírios contrários ao novo governo não aceitam mais a presença dos americanos em seu país. A situação piora com a visita do embaixador Christopher Stevens, que fica hospedado em um posto diplomático.


No aniversário de 11 anos dos atentados do 11 de setembro, o local se torna alvo das forças rebeldes e a única esperança para salvar os quatro americanos que estão sob ataque dos terroristas é o grupo de elite, formado por Jack (John Krasinski), Tanto (Pablo Schreiber), Rone (James Badge Dale), Oz (Max Martini), Boon (David Denman) e John "Tig" Tiegen (Dominic Fumusa). Todos estão bem em seus papéis, com destaque para Krasinzki, Dale e Schreiber.

O filme conta minuto a minuto o drama vivido pelos ex-militares e pelos civis que estavam no anexo e na base da CIA, também ameaçada pelos rebeldes. Ao mesmo tempo em que explora a tensão no país e de um possível ataque Michael Bay levanta a bola para os ex-fuzileiros, mostrando-os como heróis e homens que sofrem por estarem afastados de suas famílias.

Mas a história deixa claro que quando os ataques começam o governo norte-americano ficou apenas observando e não se envolveu para evitar um problema diplomático. Ou seja, largou seus compatriotas na mão e apenas seis ex-militares para fazerem o quase impossível. E como se isso não bastasse, como eram seguranças privados, nem condecorações públicas puderam receber por "não existirem oficialmente no país".

"13 Horas" é indicado para quem gosta de um filme de guerra com muita ação, drama e até uma biografia não tão escancarada, mas com direito a bandeira americana lembrando quem são os mocinhos da história. A produção estreia nesta quinta-feira nos cinemas de BH.

Curiosidade

Em 11 de setembro de 2012, um ataque ao Complexo da Missão Especial do Departamento de Estado dos EUA em Benghazi (Líbia) resultou na morte de quatro pessoas, dentre elas o embaixador Christopher Stevens. 

Os acontecimentos daquele dia repercutem desde então na imprensa de todo o mundo e têm estado também no centro dos debates da atual campanha presidencial norte-americana – já que Hillary Clinton, que hoje disputa, dentro do Partido Democrata, uma indicação para concorrer nas eleições, era secretária de Estado na época.

Obra literária

Aproveitando o lançamento do filme, chega às livrarias pela Editora Bertrand Brasil o livro "13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi" ("13 hours: the inside account of what really happened in Benghazi"), do professor e escritor Mitchell Zuckoff. O livro, que deu origem à produção cinematográfica, tem 350 páginas e sairá a um preço estimado de R$ 45,00.

Para escrever o livro, o autor se juntou a cinco membros da equipe do Anexo de Segurança da CIA em Benghazi. Saídos das forças armadas americanas, esses homens prestavam seus serviços a uma organização secreta que protegia agentes de inteligência no exterior. Contratados pela CIA para atuar na Líbia, eles lideraram um contra-ataque ao atentado e lutaram por 13 horas para resgatar funcionários do Departamento de Estado e moradores do Anexo. Com base nos relatos exclusivos desses oficiais sobreviventes, Zuckoff constrói uma narrativa emocionante e cheia de ação, descrevendo a batalha detalhadamente.




Ficha técnica:
Direção: Michael Bay
Produção e Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 2h24
Gêneros: Ação / Guerra / Biografia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #13horas, #MichaelBay, #Benghazi, #Síria, #ação, #drama, #tensão, #biografia, #soldadossecretos, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

15 fevereiro 2016

"Deadpool" é o filme com a "gostosa de plantão", "o vilão britânico" e o "cara que tá se achando"

"Deadpool" é o oposto dos super-heróis e conquista a nova geração com sua ironia e sarcasmo (Fotos: Fox Filme/Divulgação)

Maristela Bretas


Para quem não sabe muito sobre este super-herói diferente, uma boa oportunidade é assistir "Deadpool", filme que traz para as telonas mais um dos personagens da Marvel Comics. Se compararmos com outros companheiros de quadrinhos, ele é vingativo e com poder de regeneração como o Wolverine, tem a agilidade de um Capitão América, se desmancha todo quando está perto de sua mocinha, como o Thor, mas supera a todos com seu sarcasmo e a capacidade de ironizar até mesmo o ator que o interpreta e também um dos produtores, Ryan Reynolds.

Com humor ácido e uma violência latente, sem capacidade de sentir qualquer pena de seus inimigos, ele é uma metralhadora ambulante de palavras. Fala o tempo todo, tira sarro com a cara dos bandidos, não sente medo. Ao contrário, está sempre indo de encontro à morte, como se quisesse acabar com sua vida e seu sofrimento.

E este anti-herói, o pior dos exemplos que a meninada menor de 14 anos pode ter, foi interpretado, ou melhor, incorporado, por Ryan Reynolds, que admite ser um fã do personagem. É como se os dois tivessem sem fundido. Não bastassem as características físicas bem semelhantes, o ator assimilou as inúmeras e insanas facetas de Deadpool. Como o próprio produtor executivo Stan Lee afirmou em entrevista (mais uma vez ele faz uma ponta em um de seus filmes), "nunca houve um personagem como Deadpool e o Ryan Reynolds o interpreta como se tivesse nascido para fazer o papel”.

O ator já havia interpretado o "mercenário tagarela" (como também é chamado) em "X-Men Origens: Wolverine", que ele inclusive critica em uma das cenas. Tudo, na verdade é motivo para ele falar muito e gozar a cara de todos. Somente sua namorada, Vanessa Carlysle (interpretada pela brasileira Morena Baccarin, da série "Gotham) escapa de tanta falação e vingança. 

E todo o sucesso de "Deadpool", poucos dias antes de sua estreia mundial garantiu uma continuação, já confirmada pelos produtores. Neste, possivelmente, Vanessa deverá se transformar também em outra personagem dos quadrinhos Copycat. Os roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick (de “Zumbilândia”) foram os responsáveis pelas falas sarcásticas e engraçadas do herói. A isso Tim Miller, que estreia como diretor de um longa-metragem, adicionou muita ação e ótimos efeitos especiais principalmente nas lutas, tudo numa enorme velocidade, difícil até de acompanhar a legenda.

O filme conta a história do ex-agente do Comando de Operações Especiais Wade Wilson, que se tornou mercenário e vivia de pequenos golpes. Até que conhece a prostituta Vanessa, por quem se apaixona. Como uma linda história de amor que acaba em tragédia, ele descobre que está com câncer em fase terminal e abandona a moça. Depois de ser submetido a um experimento malsucedido realizado pelo sádico Ajax (Ed Skrein, da série "Game of Thrones"), Wade fica com o rosto deformado, adquire poderes de regeneração acelerada e adota o alter ego Deadpool.


Armado com suas novas habilidades e um senso de humor sarcástico e sempre com um comentário cômico a ser disparado para qualquer um, o irreverente anti-herói da roupa vermelha colada no corpo (e que corpo!) sai à caça dos homens que quase destruíram sua vida e o afastaram da mulher que amava.

Com ritmo frenético como sua fala, cenas violentas com sangue espirrando para todos os lados, tiros, explosões e "tiradas" precisas e bem colocadas que provocam boas risadas, "Deadpool" tem agradado bastante ao público adulto. E também aos jovens que se aproveitam da classificação de 16 anos no Brasil, enquanto nos EUA ele é indicado para maiores de 18 anos.





Pelo que foi mostrado nesta primeira produção, já garantiu seu lugar também no universo cinematográfico da Marvel. O filme está em exibição em 30 salas de 18 shoppings de Belo Horizonte, Betim e Contagem, nas versões 2D, 3D e Imax, dubladas e legendadas.

Ficha técnica:
Direção: Tim Miller
Produção: Marvel Filmes
Distribuição: Fox Films do Brasil
Duração: 1h48
Gêneros: Ação / Aventura / Comédia
Países: EUA / Canadá
Classificação: 16 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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