11 março 2016

"Deuses do Egito" lembra "Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo" com mais efeitos especiais

Luta de deuses e muita computação gráfica são os
destaques da produção (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Tem muita ação, magia, romance, poder, sedução e até um deus canastrão com pinta de Ali Babá. Para quem gosta de um filme praticamente quase todo feito em computação gráfica, "Deuses do Egito" ("Gods if Egypt") pode agradar bastante. A história é a de sempre, desta vez explorando a mitologia egípcia e seus deuses poderosos, uns bonzinhos e outros bem cruéis que convivem no reino com os pobres mortais.

A produção reúne atores de diversas nacionalidades: o filho do deus maior Osíris (o australiano Bryan Brown, de "Austrália"), Horus, é interpretado pelo ator dinamarquês Nikolas Coster-Waldau, de "Mulheres ao Ataque". Teoricamente ele é o mocinho, mas apanha muito, não passa de um covarde quando perde seus poderes e não inspira confiança no reino para ocupar o lugar do rei no futuro. Está mais para playboy do Egito Antigo, que toma todas e é o garanhão do pedaço. Ele é responsável por momentos bem engraçados que fazem a produção parecer mais uma comédia que um filme "épico".

Na disputa do elenco principal está o britânico Gerard Butler no papel de Set, irmão de Oziris e deus da escuridão e do deserto. Ele parece estar o tempo todo repetindo sua atuação em "300". Mas os australianos são maioria no time principal. Como o grande Geoffrey Rush ("A Menina que Roubava Livros") que faz o papel do deus Ra, pai de Oziris e Set e avô de Horus. Um desperdício de talento. E dos jovens Brenton Thwaites ("O Doador de Memórias"), que faz Bek, um ladrão de rua, e Courtney Eaton ("Mad Max: Estrada da Fúria"), como sua namorada Zaya.

No elenco multinacional há ainda a francesa Elodie Yung (deusa Hathor, namorada de Horus) e do também britânico Rufus Sewell (o arquiteto egípcio Urshu), um neo-zelandês e outras quatro atrizes australianas interpretando deusas do segundo escalão.

O destaque da produção fica para o uso "sem dó" de computação gráfica (GCI), que oferece cenas muita ação, com dragões cuspindo fogo, deuses gigantes para parecerem superiores aos humanos e lutas épicas entre divindades pelo poder.

Na história, Osíris é o deus que comanda o Egito com bondade e justiça. Quando resolve passar o trono para seu filho, o deus Horus, é morto pelo irmão Set que toma o poder, deixa Horus cego e transforma o povo em escravo. Sem seus poderes que vinha dos olhos, o deus dos Céus se torna um recluso. Mas a persistência de um casal de jovens apaixonados e o amor pela deusa Hathor vão fazer que este deus lute para recuperar o reino e o trono que era de seu pai.

Apesar de ter sido produzido em 2014, somente agora "Deuses do Egito" foi lançado no Brasil. Uma distração se o espectador estiver a procura de algo para assistir numa sessão da tarde sem grandes pretensões. Ele está em cartaz em 18 salas de 17 shoppings de BH, Betim e contagem, em versões dubladas e legendadas.



Ficha técnica:
Direção e produção: Alex Proyas
Produção: Thunder Road / Summit Entertainment / Mystery Clock Cinema
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h07
Gêneros: Aventura, Fantasia, Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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06 março 2016

"Zoolander 2" vale pela dupla Ben Stiller e Owen Wilson e o desfile de estrelas



"Zoolander 2" reúne personalidades do mundo pop star numa comédia confusa (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Justin Bieber assassinado? Estrelas de Hollywood e da música sendo mortos sem explicação? O que está acontecendo? Quem poderá ajudar a polícia a capturar este "pop star serial killer"?  Todas essas perguntas poderiam fazer parte do enredo de um bom filme policial. Mas é o enredo de "Zoolander 2", uma continuação que não tem a mesma graça do primeiro, que deu muito certo.

Apesar de a dupla de comediantes Ben Stiller e Owen Wilson funcionar como um relógio - um bom exemplo é "Zoolander" (2001) e a trilogia "Uma Noite no Museu", o segundo filme deixa a desejar. Além deles outros grandes nomes compõem o novo elenco, incluindo a bela Penélope Cruz, no papel de uma detetive ex-modelo de moda praia, e Will Ferrell, que volta como o vilão Mugatu. Novamente Stiller é o diretor e um dos produtores e roteiristas da produção, que não ficou barata pela quantidade de coadjuvantes.

Como se não bastasse o time principal, o elenco conta ainda com nomes conhecidos como Benedict Cumberbatch (um top model andrógino), Kristen Wiig (como Alexanya Atoz, que mais parece a Donatella Versace melhorada), Kiefer Sutherland, Billy Zane e uma dezena de atores, modelos e cantores.  Destaque para a participação do cantor Sting, que só vai aparecer a partir da metade do filme para esclarecer alguns mistérios das duas histórias.

Isso sem contar o desfile de personalidades do mundo da moda internacional, como os estilistas Valentino, Tommy Hilfiger, Marc Jacobs e Alexander Wang. Segundo as revistas de fofocas, alguns deles teriam implorado para fazer uma "ponta" em Zoolander 2" apenas para ganharem visibilidade nas redes sociais.

Mas afinal, o que tem de especial em Zoolander 2"? Nada, a não ser uma continuação da história do modelo muito, muito, muito bonito Derek Zoolander (Ben Stiller) e seu ex-inimigo Hansel (Owen Wilson). O filme começa com uma grande perseguição em Roma e a morte (pena que de mentira), do cantor Justin Bieber. Antes de morrer, ele posta no Instagram uma foto com o famoso "biquinho"  blue steel, marca registrada de Derek Zoolander.

Além dele, outros astros da música pop são assassinados e antes de morrerem fazem a mesma cara idiota. Somente Derek e Hansel poderão ajudar a bela detetive da Divisão de Crimes de Moda e ex-modelo de moda praia Valentina Valência (Penélope Cruz) a desvendar os crimes.

Zoolander vai aproveitar a oportunidade de voltar às passarelas, ao lado de Hansel, para retomar o contato com o filho Derek Júnior (Cyrus Arnold), agora adolescente, e que se torna o alvo de criminosos. A dupla aceita o convite de Alexanya Atoz (Kristen Wiig) dona da marca mais badalada da atualidade, para fazer um novo desfile. O que eles não sabem é que tudo não passa de um plano maquiavélico comandado por Mugatu (Will Ferrell), antigo inimigo da dupla.

Mas nem o marketing violento pelas passarelas e principais cidades do mundo da moda foi suficiente para fazer de "Zoolander 2" mais um sucesso sob a direção de Stiller.

O filme satiriza o estrelismo do mundo da moda, tira "sarro" com o exagero de exposição que vivem os personagens deste mundo, mas fica nisso. Muitas caras e bocas para pouco riso, que é o que se espera em uma comédia. Deixou a desejar.


O filme pode ser conferido em 12 salas de oito shoppings de BH, Betim e Contagem, em sessões dubladas e legendadas.

Ficha técnica
Direção, roteiro e produção: Ben Stiller
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h42
Gênero: Comédia
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,8 (0 a 5)

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