13 março 2016

"Convergente" não encerra saga "Divergente" e pode desagradar até fãs

"Convergente" começa a partir do final de "Insurgente" mantendo a maioria dos atores do grupo original (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


A adaptação do terceiro livro da série "Divergente", da escritora Veronica Roth, segue outras produções juvenis e será dividido em duas partes. Assim como "Jogos Vorazes", "Harry Potter" e "Crepúsculo", a primeira parte de "Convergente" ("The Divergent Series: Allegiant") está em cartaz nos cinemas sem anunciar que haverá uma continuação - "Convergente: Ascendente". Isso pode desagradar alguns fãs, mas para o espectador comum, não faz diferença.

A história começa a partir do final de "Insurgente", segundo filme da franquia e vai até um final sem indícios de que necessitava de uma segunda parte. Ou seja, se não tivesse não faria falta para aqueles que não acompanharam a obra literária. Seria mais um filme do gênero e poderia ter mantido o impacto esperado. Até o romance de Tris e Quatro conseguiu ficar mais insosso sob a direção de Robert Schwentke.

Os atores são quase os mesmos dos filmes anteriores, sem contar com a participação de Kate Winslet (Jeanine). Shailene Woodley (Tris) fez seu nome como a heroína da franquia (não tão destacada quanto Jennifer Lawrence com a franquia "Jogos Vorazes"), mantendo o destaque mesmo com um papel sem muita força. Na parte dos inexpressivos integrantes do grupo de revolucionários seguem o apenas muito gato Theo James (Quatro), o totalmente sem sal Ansel Elgort (Caleb), Miles Teller (Peter), Zoë Kravitz (Christina) e Maggie Q (Tori).

A novidade desta produção e da próxima está na participação de Jeff Daniels, como David, o chefão do outro lado do muro que dirige uma nova civilização. Enquanto que do lado de dentro, disputando o poder e desperdiçando talento, estão Naomi Watts (Evelyn) e Octavia Spencer (Johanna). Pouca história e poucos efeitos especiais fazem de "Convergente" - parte 1 o mais fraco da trilogia até o momento. Talvez a continuação e última (espero!) faça uma reviravolta e compense as demais, inclusive a primeira, ainda a melhor de todas.

No filme, Tris e seu grupo não se sentem bem com as punições aos antigos aliados de Janine e fogem da Chicago murada. Eles saem em busca de um novo mundo, deixando para trás a disputa pelo comando entre Johanna e Evelyn, mãe de Quatro. Ao chegarem do outro lado descobrem uma nova civilização comandada com mãos de ferro por David, um líder usando terno (como assim?) que seleciona os integrantes de seu mundo pela perfeição genética.

Para quem acompanhou a franquia "Divergente" até agora, vale continuar assistindo a saga cinematográfica e esperar o lançamento nos cinemas da segunda parte - "Ascendente", prevista para chegar ao Brasil em junho de 2017. "Convergente" está em 41 salas de cinema de 19 shoppings de Belo Horizonte, Betim e Contagem nas versões 2D e 3D, dublada e legendada.




Ficha técnica:
Direção: Robert Schwentke
Produção: Lionsgate / Red Wagon Entertainment / Summit Entertainment
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h01
Gêneros: Ficção Científica / Aventura / Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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11 março 2016

"Deuses do Egito" lembra "Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo" com mais efeitos especiais

Luta de deuses e muita computação gráfica são os
destaques da produção (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Tem muita ação, magia, romance, poder, sedução e até um deus canastrão com pinta de Ali Babá. Para quem gosta de um filme praticamente quase todo feito em computação gráfica, "Deuses do Egito" ("Gods if Egypt") pode agradar bastante. A história é a de sempre, desta vez explorando a mitologia egípcia e seus deuses poderosos, uns bonzinhos e outros bem cruéis que convivem no reino com os pobres mortais.

A produção reúne atores de diversas nacionalidades: o filho do deus maior Osíris (o australiano Bryan Brown, de "Austrália"), Horus, é interpretado pelo ator dinamarquês Nikolas Coster-Waldau, de "Mulheres ao Ataque". Teoricamente ele é o mocinho, mas apanha muito, não passa de um covarde quando perde seus poderes e não inspira confiança no reino para ocupar o lugar do rei no futuro. Está mais para playboy do Egito Antigo, que toma todas e é o garanhão do pedaço. Ele é responsável por momentos bem engraçados que fazem a produção parecer mais uma comédia que um filme "épico".

Na disputa do elenco principal está o britânico Gerard Butler no papel de Set, irmão de Oziris e deus da escuridão e do deserto. Ele parece estar o tempo todo repetindo sua atuação em "300". Mas os australianos são maioria no time principal. Como o grande Geoffrey Rush ("A Menina que Roubava Livros") que faz o papel do deus Ra, pai de Oziris e Set e avô de Horus. Um desperdício de talento. E dos jovens Brenton Thwaites ("O Doador de Memórias"), que faz Bek, um ladrão de rua, e Courtney Eaton ("Mad Max: Estrada da Fúria"), como sua namorada Zaya.

No elenco multinacional há ainda a francesa Elodie Yung (deusa Hathor, namorada de Horus) e do também britânico Rufus Sewell (o arquiteto egípcio Urshu), um neo-zelandês e outras quatro atrizes australianas interpretando deusas do segundo escalão.

O destaque da produção fica para o uso "sem dó" de computação gráfica (GCI), que oferece cenas muita ação, com dragões cuspindo fogo, deuses gigantes para parecerem superiores aos humanos e lutas épicas entre divindades pelo poder.

Na história, Osíris é o deus que comanda o Egito com bondade e justiça. Quando resolve passar o trono para seu filho, o deus Horus, é morto pelo irmão Set que toma o poder, deixa Horus cego e transforma o povo em escravo. Sem seus poderes que vinha dos olhos, o deus dos Céus se torna um recluso. Mas a persistência de um casal de jovens apaixonados e o amor pela deusa Hathor vão fazer que este deus lute para recuperar o reino e o trono que era de seu pai.

Apesar de ter sido produzido em 2014, somente agora "Deuses do Egito" foi lançado no Brasil. Uma distração se o espectador estiver a procura de algo para assistir numa sessão da tarde sem grandes pretensões. Ele está em cartaz em 18 salas de 17 shoppings de BH, Betim e contagem, em versões dubladas e legendadas.



Ficha técnica:
Direção e produção: Alex Proyas
Produção: Thunder Road / Summit Entertainment / Mystery Clock Cinema
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h07
Gêneros: Aventura, Fantasia, Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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