A história de "O Décimo Homem" ("El Rey de
Once"), dirigido por Daniel Burman, é centrada no bem-sucedido economista
de Nova York, Ariel (papel interpretado por Alan Sabbagh), que deixa a grande
metrópole para atender a um chamado do pai, um judeu que mora no bairro
argentino de Once. Ele é tido pela comunidade como um pai por ajudar aos
necessitados, mas controla todo o que acontece no local, como se fosse o rei do
bairro (por isso o título em espanhol).
Ariel, com seus costumes de cidade grande terá de voltar a suas origens e reaprender os costumes de seu povo, completamente diferentes daqueles a que estava acostumado. Para ele causam estranhamento, tradições como uma mulher não poder conversar com um homem solteiro até que haja um compromisso, o pai que dedica mais tempo aos outros que ao único filho e pessoas de todos os tipos que passam o dia pedindo favores em troca de nada. Tirando esta busca pela atenção do pai e o reencontro com as origens, "O Décimo Homem" não apresenta nada de novo. O nome do filme vai ser explicado quase no final.
Nada de novo, Alan Sabbagh se saiu bem no papel de futuro
herdeiro do "Reinado de Once", mas que precisa resolver sua vida
financeira, emocional e romântica, esta dividida entre duas mulheres - a noiva
que deixou em Nova York e a assistente judia que nunca fala, interpretada por
Julieta Zylberberg (de "Relatos Selvagens").
Muito comum, superficial em alguns momentos, sem nada que
inspire, pode agradar quem curte muito o cinema argentino, apesar de o diretor
ter dois bons prêmios em sua carreira por outros dois trabalhos - vencedor do
Festival de Berlim 2004 com o filme “O Abraço Partido” e do Festival de Chicago
em 2010 com o filme “Dois Irmãos”. "O Décimo Homem" entra em cartaz
nos cinemas de BH nesta quinta-feira.
Ficha técnica:
Direção. roteiro e produção: Daniel Bruman
Produção: BD Cine / Kino Lorber Films / Pasto
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h22
Gênero: Drama
País: Argentina
Classificação: 12 anos
Nota: 2 (0 a 5)
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