Filme é quase um remake do videogame que fez sucesso em 2002 para PS2 (Fotos: PlayArte Pictures/Divulgação)
Maristela Bretas
Os gamemaníacos podem até gostar e os pequenos também, mas "Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank" ("Ratchet & Clank") não é das melhores animações. Está mais para videogame de plataforma em 3D, como o que deu origem a este filme, lançado em 2002 para Playstation 2. Para cinema ele deixa a desejar, mesmo tendo também a versão 3D.
Se servir de consolo, um remake do jogo homônimo, "Ratchet & Clank", desenvolvido pela Insomniac Games, aproveitou a estreia da animação e lançou em abril a versão para PS4. Quem testou, elogia e recomenda. Ao contrário de muitos que assistiram ao filme. "Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank" é uma distração para criança: tem batalhas intergalácticas, disparos de lasers, naves espaciais velozes, um grupo de super-heróis com um líder bobão e uma dupla pouco convencional. Ratchet é um Lombax, espécie semelhante a gato listrado de orelhas grandes, que encontra o brilhante robô Clank, nascendo daí uma grande amizade.
O longa conta a história desta dupla, que luta contra um alienígena chamado Drek cujo objetivo é destruir todos os planetas da galáxia Solana, contando com a ajuda de seu fiel soldado Victor, cuja voz na versão original é de Sylvester Stallone. Mas apesar de suas habilidades com armas e mecânica, Ratchet e seu parceiro precisarão da ajuda do grupo de super-heróis Galactic Rangers para derrotar o perigoso vilão e salvar a galáxia. No meio do caminho, os personagens aprenderão lições de heroísmo, amizade e a importância de descobrir a sua própria identidade.
Os momentos mais divertidos ficam por conta dos soldados alienígenas de Drek com seus celulares, tuitando o tempo todo, para desespero do chefe. E de Clank com seu olhar simpático e planos mirabolantes. "Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank" pode ser conferido em 18 salas de 12 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada em sessões 2D e 3D.
Ficha técnica: Direção: Kevin Munroe (também roteirista e produtor executivo) e Jericca Cleland Produção: Rainmaker Entertainment Distribuição: PlayArte Pictures Duração: 1h34 Gêneros: Animação / Aventura / Família País: EUA Classificação: Livre Nota: 2 (0 a 5)
A grande batalha que vai dividir os Vingadores (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)
Maristela Bretas
Depois da meia decepção com "Batman X Superman - A Origem da Justiça", confesso que estava com receio do que poderia acontecer com o terceiro filme de um dos meus heróis favoritos, apesar de ser o mais careta. "Capitão América: Guerra Civil" não conta com Thor e Hulk e a responsabilidade de sucesso de bilheteria ficou nas mãos dos dois principais Vingadores - Steve Rogers, o "Capitão América" (Chris Evans), e Tony Stark, o "Homem de Ferro" (Robert Downey Jr.) E eles se superaram e "mataram a pau".
O filme é o melhor da trilogia do Capitão América e um dos melhores com os Vingadores, mesmo sem a presença de dois importante s integrantes, que acabaram sendo bem substituídos por três novos componentes. A dupla principal está excelente - Downey Jr. de novo insuperável e Evans mais maduro no papel - garante toda a ação que o filme exige e ainda dá a dramaticidade quando precisam lutar entre si. O restante da equipe também faz o suporte e dá o recado e faz tanto estrago por onde passa que daria inveja no Hulk.
Natasha Romanoff, a "Viúva Negra" de Scarlett Johansson ganhou merecidamente mais destaque, assim como a heroína Wanda Maximoff, a "Feiticeira Escarlate", interpretada por Elizabeth Olsen. O mesmo para o time masculino, principalmente Anthony Mackie, que faz Sam Wilson, o "Falcão", braço direito do herói de escudo estrelado. Sebastian Stan, que faz Bucky Barnes, o "Soldado Invernal" ("Capitão América 2") também garante seu lugar, mas Jeremy Renner, o "Arqueiro", ainda é melhor que ele quando entra em cena.
A grande e até divertida novidade é a entrada o Homem-Aranha para o grupo do Homem de Ferro. Sua atuação garante ótimas cenas cômicas e também de muita ação. Ele tem atitudes típicas de um aprendiz de Vingador, que se encanta por estar perto de seus heróis, não importando o lado. O papel ficou para o jovem ator Tom Holland (de "No Coração do Mar").
Outra novidade é o "Pantera Negra", vivido espetacularmente por Chadwick Boseman, mais um personagem Marvel que passa a integrar os Vingadores, assim como Paul Rudd, com seu "Homem Formiga" com destaca. Já Daniel Brühl (de "Bastardos Inglórios") apesar da importância de seu papel na história (não vou contar), tem participação mediana. A pancadaria come solta, muitos tiros, explosões, batalhas entre amigos, decepções e fidelidade. "Capitão América: Guerra Civil" tem tudo isso na medida certa. Às vezes até mais um pouquinho, o que faz a gente colar na cadeira do cinema.
Tudo começa após o ataque de Ultron ("Os Vingadores: Era de Ultron") e os governos de vários países passam a procurar meios para controlar os super-heróis por suas ações e estragos. A interferência política cria uma rixa entre o Capitão América, atual líder dos Vingadores, e o Homem de Ferro, que tomam posições opostas. A situação piora quando Bucky Barnes é suspeito de um atentado terrorista e o Capitão América fica ao lado do amigo de infância. O enfrentamento entre os dois heróis se torna iminente.
Produção top, excelente, imperdível para quem curte o universo Marvel, ainda imbatível nos filmes sobre seus heróis. O filme pode ser visto em 51 salas de 19 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada, em 2D, 3D e IMAX (que eu recomendo demais para esta produção por causa dos efeitos especiais e das cenas de ação). Ficha Técnica: Direção: Joe e Anthony Russo Produção: Marvel Studios / The Walt Disney Company Distribuição: Disney/Buena Vista País: EUA Gênero: Ação Duração: 2h26 Classificação: 12 anos Nota: 5 (0 a 5)