10 novembro 2016

"Horizonte Profundo - Desastre no Golfo" é uma história real de impunidade

Produção é tensa, com bons efeitos visuais e grande elenco (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas

Baseado em fatos reais, "Horizonte Profundo - Desastre no Golfo" ("Deepwater Horizon") reproduz um dos maiores acidentes provocados por falha humana. No dia 20 de abril de 2010 a base de petróleo Deepwater Horizon, no Golfo do México, pertencente à empresa British Petroleum, explodiu matando 11 pessoas e deixando outras 16 feridas. 

O objetivo do diretor Peter Berg era fazer um filme em homenagem aos trabalhadores da plataforma que morreram e também aos demais que conseguiram salvar vários colegas à bordo.

A produção foi bem feita, com bons efeitos visuais e sonoros, momentos de tensão e ótimas cenas de ação. A trama explora o drama de quem estava na plataforma quando tudo começou e quem foram os culpados pela tragédia. O filme poderia ter mostrando mais o desastre ambiental que a explosão provocou e que é considerado um dos maiores já ocorridos.

"Horizonte Profundo - Desastre no Golfo" reúne bons nomes no elenco  comandado por Mark Wahlberg (também produtor executivo): Kurt Russell, Kate Hudson, John Malkovich e Dylan O'Brien. Wahlberg sempre fazendo o mocinho bombadão dá conta do recado. Destaque para os embates entre Malkovich e Russell. Kate Hudson ficou desperdiçada como Felicita Williams, esposa de Mike Williams (Wahlberg), que acompanha todo o drama de casa.

Funcionário da empresa que dá manutenção nos equipamentos da Deepwater Horizon, Mike Williams embarca para a plataforma no qual iria ficar 21 dias. No local, as condições ruins de trabalho e os cortes em setores essenciais que podem comprometer a segurança chamam a atenção dele e do chefe  Mr. Jimmy (Russell). Ignorando os alertas de perigo, Vidrine (Malkovich), um dos dirigentes da BP, acaba tomando a decisão que vai mudar a vida de todos a bordo.

Outro lado dramático do longa-metragem mostra o afastamento dos funcionários da plataforma de suas famílias provocado por longos dias no mar, aliado às condições ruins de trabalho, o risco de operarem com redução na segurança e equipamentos sem manutenção e chefes despreparados.

Ao final, o filme pode deixar um sentimento de revolta ao mostrar como ficaram vítimas e culpados. Não estou dando spoiler, a história é recente e ganhou as manchetes do mundo inteiro. "Horizonte Profundo - Desastre no Golfo" não decepciona, vale o ingresso.



Ficha Técnica
Direção: Peter Berg
Produção: Lionsgate / Summit Entertainment / Participant Media / Image Nation Abu Dhabi
Distribuição: Paris Flmes
Duração: 1h47
Gêneros: Ação / Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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05 novembro 2016

"A Luz Entre Oceanos" é uma história de amor e mentiras justificáveis

O casal Alícia Vikander e Michael Fassbender vive um grande dilema entre abrir mão de quem ama e a razão (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Seria apenas mais um drama histórico clássico no estilo britânico. Mas "A Luz Entre Oceanos" ("The Light Between Oceans") tem em seu elenco três ganhadores de Oscar e um cenário de encher os olhos, o que o torna um filme que vale e pena ser conferido. 

Michael Fassbender interpreta muito bem o papel de Tom Sherbourne, um oficial da Marinha britânica de pouca conversa que volta da 1º Guerra Mundial com seus remorsos e a consciência pesada pelo que enfrentou no conflito. E essa postura fechada que ele vai levar por toda a história, inclusive nos momentos felizes com aqueles que ama.

O elenco feminino não deixa por menos e tem Alícia Vikander (casada na vida real com Fassbender) dividindo o destaque com Rachel Weisz. A primeira no papel da jovem Isabel Graysmark, uma jovem cheia de sonhos que ao longo do filme se torna uma mulher cheia de traumas mas que está disposta a fazer o que for preciso para não abrir mão de sua família.

Weisz surge na metade do filme como Hannah Roennfeldt , que irá mudar o rumo da história e abalar o casamento de Tom e Isabel. Apesar da importância de seu papel, os poucos momentos marcantes são as cenas divididas com Vikander.

Se o elenco já é um atrativo de público, maior é a surpresa com a fotografia de encher os olhos. O diretor passeia por belíssimas paisagens e proporciona ao público um espetáculo de imagens.

"A Luz Entre Oceanos" conta a história de Tom (Fassbender), o oficial da Marinha que retorna da guerra e chega a uma ilha isolada na Austrália (na verdade Nova Zelândia) para tomar conta de um farol, que orienta os navios na divisão entre os oceanos Pacífico e Índico. Antes de assumir o posto ele conhece a comunidade da cidade mais próxima e se interessa pela jovem Isabel (Vikander), por quem se apaixona. Pouco tempo depois os dois se casam e vão morar na ilha do farol.

Isabel chega a engravidar duas vezes mas perde os bebês. Até que um dia, um bote com um homem morto e um recém-nascido chega à praia da ilha. Tom tenta avisar as autoridades, mas Isabel, cheia de traumas e abalada emocionalmente pelos dois abortos, consegue convencê-lo de que devem ficar com a criança e não contar a ninguém, criando-a como deles. Mesmo contra seus princípios, ele se deixa convencer pela esposa. Enterra o pai da criança e seguem a vida criando a pequena Lucy.

Até que um dia conhecem Hannah (Weisz), uma mulher que perdeu o marido e a filha num naufrágio, despertando em Tom um grande drama de consciência pelo que ele e Isabel fizeram, o que vai abalar a relação familiar do casal.

Mesmo com final quase previsível, esta adaptação para o cinema do best-seller homônimo de M.L. Stedman foi bem conduzido, sem muitas surpresas mas que deve agradar aos fãs de um drama romântico.



Ficha técnica:
Direção: Derek Cianfrance
Produção: Dreamworks / Participan Media
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h13
Gêneros: Drama / Romance
Países: EUA / Reino Unido / Nova Zelândia
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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