31 dezembro 2016

Dona Hermínia lidera bilheterias e consagra Paulo Gustavo

"Minha Mãe é Uma Peça 2" é uma das boas comédias nacionais de 2016 (Fotos: Divulgação)


Maristela Bretas


Quem ainda não assistiu deve conferir. E se não viu o primeiro, mais um motivo para ver os dois. "Minha Mãe é Uma Peça" é uma comédia muito divertida (com toques de drama), que tem no ator Paulo Gustavo seu maior trunfo. Na verdade, ele é tudo (além de um dos roteiristas) e dá conta do recado como Dona Hermínia, a mãe neurótica, escandalosa, que enlouquece filhos, vizinhos e ex-marido.

O personagem domina todas as cenas, mas conta com um bom elenco de apoio - Rodrigo Pandolfo (o filho gay Juliano), Mariana Xavier (a filha Marcelina que tem uns quilinhos a mais), Alexandra Richter (a irmã Iesa, com quem que vive às turras), Samantha Schmütz (a faxineira Waldéia) e Herson Capri (o ex-marido Carlos Alberto). A parte tranquila da família fica por conta de Suely Franco, que interpreta tia Zélia. De novidade, a presença da irmã louca Lúcia Helena que chega de Nova York, papel de Patricya Travassos, sem muita importância. 

Se no primeiro filme Dona Hermínia fazia seus filhos morrerem de vergonha com seus escândalos, não seria diferente na sequência. Só que antes ela era uma suburbana pobre. Agora é uma apresentadora de um programa de sucesso na TV que fala de filhos, maridos, raivas e alegrias do cotidiano de toda mãe. 

Se pensa que isso acalmou a fera de coração mole, engana-se. Está mais histérica do que nunca. O que ela não esperava era que iria viver tão rápido a "síndrome do ninho vazio". Os filhos cresceram e agora querem ganhar o mundo, mas para Dona Hermínia é como se nunca mais fosse vê-los. Enquanto o mais velho, Garib (Bruno Bebiano), é pai de um lindo garoto, Juliano e Marcelina se mudam para São Paulo com o apoio do pai, para desespero da mãe.

Paulo Gustavo esbanja talento, impossível desvincular o personagem do ator. Principalmente porque sua inspiração vem de uma pessoa que conhece bem, sua mãe Déa Lúcia, que aparece nas cenas finais das duas produções, inclusive cantando. Esta é uma das razões do sucesso de "Minha Mãe é Uma Peça", que tem levado milhares de pessoas ao cinema. No primeiro, de 2013, foram mais de 4,6 milhões de espectadores. Este agora ultrapassou 2 milhões de ingressos vendidos em uma semana desde o seu lançamento em cerca de mil salas pelo país.

"Minha Mãe é Uma Peça 2" foi a segunda melhor estréia nacional do ano, ficando atrás apenas de “Os Dez Mandamentos – O Filme”. O filme chegou a desbancar "Rogue One: Uma História Star Wars", liderando as bilheterias. E pode continuar dando trabalho, ameaçando inclusive seu antecessor. 

A culpa disso tudo tem um nome: Paulo Gustavo, que deixou o humor ácido da série de TV "Vai que Cola" para incorporar um personagem que tem um pouco da mãe de cada um de nós - amorosa, superprotetora e louca destemperada. Essa é a identificação que tanto tem atraído as pessoas para o filme.



Ficha técnica:
Direção: César Rodrigues
Produção: Globo Filmes / Universal Pictures / Migdal Filmes
Distribuição: Downtown Filmes
Duração: 1h36
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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29 dezembro 2016

"Rogue One" e uma certa princesa Leia

Aventura faz a ligação entre os episódios 3 e 4 da saga "Star Wars", com grandes batalhas e ótimos personagens (Fotos: The Walt Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Darth Vader sempre foi meu ídolo - sua roupa preta e o capacete assustador e emblemáticos - fez muito adolescente tremer quando surgiu pela primeira vez em 1977. E apesar da excelente continuação e seus herdeiros, ele ainda continua imbatível, único e absoluto. Se Vader foi uma das razões de "Star Wars" ter atingido tanto sucesso, não menos foram seus companheiros de elenco.

Cada um dos personagens deixou sua marca, uns mais outros menos, mas todos tiveram papel importante para todas as gerações que vieram após. Han Solo, Chewbacca, Luke Skywalker, os androides R2D2 e C3PO e a aquela que até então se tornou primeira mulher da saga - princesa Leia. Interpretada pela atriz Carrie Fisher, a personagem se destacou nos três episódios da franquia (contando pela ordem de George Lucas) e retornou, sob aplausos, junto com Harrison Ford e Mark Hamill, em "Star Wars VII - O Despertar da Força".

E os fãs de Star Wars gostaram, mesmo com a morte de seu par romântico Han Solo na trama e o filho se tornando o novo vilão. Leia deixou o ar de princesa para se tornar a general Organa e lutar pelos rebeldes, como há quase 40 anos e já havia gravado toda a sua participação no episódio VIII. 

Mas não sem antes relembrar seu papel "daqueeeeeela" época e fazer a ligação entre "Star Wars - Uma Nova Esperança" e "O Império Contra-Ataca", com uma aparição relâmpago em "Rogue One - Uma História Star Wars", que está arrasando nos cinemas do mundo inteiro.

Quis o destino que o coração da princesa Leia, que atirava com armas laser, foi escrava de Jabba The Hutt e se apaixonou pelo galã aventureiro do espaço Han Solo parasse de bater aos 60 anos. "Star Wars" perdeu uma de suas importantes estrelas, que agora brilha "in a galaxy far, far, away".

Uma boa oportunidade para quem quer rever um dos últimos trabalhos da atriz na saga, antes do oitavo episódio, é assistir nos cinemas "Rogue One". Assim como "O Despertar da Força", o filme é uma aventura imperdível para todos aqueles que acompanham Star Wars durante estas quatro décadas.

Gareth Edwards deu uma ótima direção e todo o conjunto da obra ficou excelente, reunindo personagens cômicos e marcantes, com destaque novamente para a uma mulher - Jyn Erso, interpretada por Felicity Jones. Diego Luna, como o capitão rebelde Cassian Andor, também não deixou por menos, assim como o restante do elenco, que conta com Forest Whitaker, Mads Mikkelsen, Alan Tudyk, Ben Mendelsohn e James Earl Jones, a inconfundível voz de Darth Vader.

GALERIA DE FOTOS

"Rogue One" é imperdível, tão bom quanto "O Império Contra-Ataca". Enredo, atores, efeitos visuais, comicidade na medida certa e muita ação, garantindo a marca registrada da franquia - grandes batalhas estelares e em solo. Mais uma prova de que o filão "Guerra nas Estrelas" ainda tem muito fôlego a ser explorado.



Ficha técnica:
Direção: Gareth Edwards 
Produção:  Lucas Filme / Walt Disney Company
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h14
Gêneros: Aventura / Ação / Ficção Científica
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

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