Diretor e roteirista, Thomas Lilti também é médico e aproveitou sua experiência para fazer um filme próximo à realidade do tratamento no campo (Fotos: Jair Sfez/Divulgação) |
Maristela Bretas
Um filme francês, tendo como ator principal François Cluzet (conhecido por seu trabalho em "Intocáveis", de 2011) e uma linha de roteiro sem oscilações, quase retilínea. Um pouco longo talvez, mas nada que comprometa a bela e simples história de "Insubstituível" ("Médecin de Campagne"), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas de BH. O blog Cinema no Escurinho, a Revista PQN e outros jornalistas assistiram a uma sessão especial a convite da Rede Cineart.
"Insubstituível" tem uma belíssima fotografia. A região da França foi muito bem escolhida pelo diretor, que passeia com sua lente por campos e estradas pela manhã e ao entardecer, proporcionando belas imagens ao espectador. Esta talvez seja a parte mais atraente do filme, além da atuação da dupla. principal e do elenco que ajudou a compor a simplicidade típica da população do campo.
Numa região rural, o médico Jean-Pierre Werner (François Cluzet) é o único a tratar de todos os moradores dando, além de remédios, atenção e conselhos como melhor receita. Ele atravessa diariamente vilarejos e fazendas para o atendimento em domicílio, além de receber pacientes em seu consultório na cidade.
Por recomendações médicas, Jean-Pierre precisa diminuir o ritmo de trabalho, mas ele se recusa a abandonar seus pacientes. Até que chega à cidade a médica recém-formada Natalie Delezia (Marianne Denicourt). Além de ter de enfrentar o ciúme do velho médico, ela ainda terá de ganhar a confiança dos pacientes que não aceitam substituir Jean-Pierre por uma estranha e, principalmente, mulher.
Jean-Pierre e Natalie formam um casal agradável, simpático, que conquista o público. Considerado um dos maiores nomes do cinema francês da atualidade, François Cluzet por sua atuação em "Insubstituível" foi indicado ao prêmio César de Melhor Ator de 2016. O filme também recebeu indicação no Festival de Cinema de Edinburg de 2016. Marianne Denicourt tem o olhar forte de sedução que é bem explorado pela personagem na relação com o médico.
Uma curiosidade sobre o filme: além de diretor e roteirista, Thomas Lilti também é médico e aproveitou sua experiência ao criar situações, às vezes dramáticas, às vezes cômicas de atendimento clínico no campo como as apresentadas no filme. Mais um ponto que justifica a ida ao cinema.
Ficha técnica:
Direção e roteiro: Thomas Lilti
Produção: Juin Films
Distribuição: Cineart Filmes
Duração: 1h42
Gênero: Comédia dramática
País: França
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)
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