03 janeiro 2019

Assistir "O Manicômio" é jogar tempo e dinheiro fora com terror muito ruim

Filme reúne youtubers alemães numa aposta dentro de um hospital abandonado que seria assombrado (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


O ano de 2018 contou com bons filmes de terror e suspense, alguns até com indicações a prêmios internacionais, como "Um Lugar Silencioso". Iniciar 2019 com um filme do gênero ruim demais é até covardia com o público. É o caso de "O Manicômio" ("Heilstätten"), produção alemã, que para piorar veio para BH somente em versão dublada em português. Que sofrimento!

O filme ficou perdido num limbo inexplicável, sem saber se explorava o universo dos youtubers ou se apostava no susto das assombrações de um antigo manicômio abandonado. No final, nem uma coisa nem outra, somente um roteiro cheio de furos, mal escrito e mal dirigido, com atores péssimos. Mais parece uma postagem no Youtube feita por adolescentes tentando vencer seus oponentes na disputa pela melhor imagem ou fato mais interessante. 

Na história, um grupo de youtubers entra ilegalmente na área de cirurgia de um manicômio abandonado da 2ª Guerra Mundial perto de Berlim onde nazistas faziam experiências com prisioneiros. Eles precisam vencer o desafio de passar 24 horas no local, mostrando tudo o que acontece lá dentro com a esperança de viralizarem seus vídeos e conseguirem mais seguidores. 

Mas logo descobrem que não estão sozinhos e não são bem-vindos ali e terão de fazer de tudo para sobreviverem até o dia seguinte. 

Com um trailer bem montado que até atrai, o filme é uma correria desenfreada que nem o fantasma consegue acompanhar, poucos sustos e salva apenas o cenário escolhido para a trama que, infelizmente, foi desperdiçado. Teria garantido um bom filme de terror. 


Ficha técnica:
Direção: Michael David Pate
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h29
Gêneros: Terror / Suspense
País: Alemanha
Classificação: 14 anos
Nota: 1 (0 a 5)

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30 dezembro 2018

Paulo Gustavo é o par perfeito de Mônica Martelli em "Minha Vida em Marte"

Filme celebra a amizade e as dúvidas sobre a melhor maneira de amar após uma separação (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Com uma química perfeita, "Minha Vida em Marte" acerta na dupla Paulo Gustavo-Mônica Martelli (também roteiristas e produtores) para oferecer ao público a diversão esperada para uma comédia. Dirigido por Susana Garcia, irmã de Martelli, o filme é uma celebração à amizade entre os protagonistas que é mostrada claramente durante toda a narrativa, deixando o tema principal - a decepção com um casamento perto de chegar ao fim - em segundo plano.


Paulo Gustavo é o destaque com suas tiradas sarcásticas que o consagraram como Dona Hermínia em "Minha Mãe é Uma Peça 2" e dá a esta produção, sequência de "Os Homens São de Marte... E é prá Lá que Eu Vou", uma roupagem cômica. É o humor ácido de Paulo Gustavo, como Aníbal, que dá vida à produção e deixa o enredo mais engraçado. Ao contrário do monólogo homônimo interpretado por Mônica Martelli da qual foi adaptada, que é mais dramático.


Martelli está muito bem como Fernanda, que agora está casada, tem uma filha de cinco anos e vive a rotina de uma relação que começa a dar sinais de desgaste, rumo a um divórcio. Sem tesão, mas não aceitando o fim do que "deveria ser para sempre", ela e o marido Tom (Marcos Palmeira) se afastam cada vez mais um do outro, vivem em atrito e passam a buscar opções externas.


Apesar de ser uma mulher que está insegura sobre seu futuro como divorciada, num mundo machista que considera "velha" uma mulher acima do 40 anos, Fernanda sabe que "na alegria e na tristeza" sempre vai poder contar com Aníbal, seu par perfeito para buscar a felicidade de se tornar uma nova mulher.


E é ele quem irá ajudar a amiga e sócia a superar a crise no casamento, propondo todo tipo de estratégia para salvar a relação ou acabar de vez com ela. Aníbal cria situações das mais divertidas, algumas bem "saia justa", desde romances a viagens e encontros com novos parceiros. Os diálogos entre os dois garantem boas gargalhadas.

No elenco estão ainda Fiorella Mattheis (Carol), Ricardo Pereira (Bruno), Heitor Martinez (Humberto) e os estreantes no cinema, Marianna Santos (como Joana, filha de Fernanda e Tom) e Lucas Capri (Theo, o produtor musical de Anitta, que faz uma ponta no filme). Mas todos, inclusive Marcos Palmeira são meros coadjuvantes. A história se concentra mesmo é na dupla principal. Uma boa comédia nacional, que deverá atingir o mesmo sucesso de bilheteria dos filmes anteriores protagonizados por Paulo Gustavo e Mônica Martelli. Vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Susana Garcia
Produção: A Fábrica / Capri Produções
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes
Duração: 1h45
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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