24 outubro 2019

"Zumbilândia - Atire Duas Vezes" é comédia que faz até morto-vivo dar risada

Passados dez anos, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Abigail Breslin e Emma Ston ainda lutam para sobreviver aos zumbis (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Dez anos depois do lançamento da comédia de terror "Zumbilândia" (2009), entra em cartaz nos cinemas, nesta quinta-feira, "Zumbilândia- Atire Duas Vezes" ("Zombieland 2: Double Tap"). Com o mesmo elenco principal, agora com ganhadores e indicados ao Oscar, e um bom elenco coadjuvante, esta continuação está sendo considerada por muitos fãs como ainda melhor e mais divertida que o antecessor. O mesmo diretor Ruben Fleischer e os roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick do primeiro filme retomam a história sobre uma epidemia zumbi que dizimou parte do mundo e proporcionam 100 minutos de boas gargalhadas, piadas picantes e sátiras a outros filmes, políticos e personalidades do mundo atual.



O quarteto principal continua sob o comando de Woody Harrelson (Tallahassee), que tem Jesse Eisenberg (Columbus) como seu braço direito. A dupla de indicados ao Oscar, que se reúne após "Truque de Mestre - O 2º Ato" (2016) está imbatível e mais entrosada que nunca. Eles garantem os melhores momentos desta produção, que tem mais de comédia e ação do que terror. Emma Stone (Wichita) parece um pouco deslocada do papel, que foi um dos maiores sucessos do seu início de carreira. 



A ganhadora da estatueta de 2017 por "La La Land", em alguns momentos, dá a impressão de estar apenas cumprindo contrato, mas não deixa a peteca cair e o talento fala mais alto. A atriz de "Pequena Miss Sunshine" (2006), Abigail Breslin, também indicada ao maior prêmio de Hollywood, deixou de ser a menina do primeiro filme e se tornou a adolescente Little Rock, que quer conhecer pessoas de sua idade e parar com tanta matança, como sua irmã Wichita e os amigos.



O elenco secundário não fica para trás: Luke Wilson (no papel do caubói Albuquerque) e seu parceiro Thomas Middleditch, como Flagstaff, um nerd matador de zumbi estão ótimos. Zoey Deutch brilha como Madison, uma típica "patricinha" burra que só veste cor de rosa e, sabe-se lá como, conseguiu sobreviver aos zumbis. Até Rosario Dawson entrou na trama como uma sedutora dona de um hotel que atira bem e dirige melhor ainda.

Além do elenco, "Zumbilândia - Atire Duas Vezes" apostou fundo no seu maior trunfo - as lutas sangrentas entre sobreviventes e zumbis. O diretor não economizou em tinta vermelha e jorra sangue por todos os lados, sem dó nem piedade. Para quem gosta do gênero, o que não falta neste filme é ação, acompanhada de muitos tiros, facadas, bombas, explosões, ataques zumbis e brigas (algumas em slow-motion para ficarem mais engraçadas).



Afinal, o que vale é sobreviver a estes monstros. Apesar de alguns furos no roteiro, o filme soube acompanhar o amadurecimento dos atores ao longo desses dez anos, mostrando que os personagens adquiriram experiência no combate ao inimigo. Mesmo quando o comportamento infantil da ala masculina mostra o contrário, exigindo a intervenção das mulheres para por ordem na casa.


E se o elenco humano é bom, melhor ainda é a turma zumbi. Grande trabalho de Tony Gardner na maquiagem e efeitos especiais. Ele é responsável por outras produções do gênero terror como "Parque do Inferno" (2018) e "A Morte Te Dá Parabéns" (2017). Também a trilha é um ponto forte e relembra sucessos como “Like a Rolling Stone”, de Bob Dylan, o reggae “Three Little Birds”, de Bob Marley and the Wailers, “Master of Puppets”, da banda Metallica e o rap "Click Clack - Get Back", de Ice Cube.

Anos depois de se unirem para atravessar o início da epidemia zumbi nos Estados Unidos, Columbus (que narra a história), Tallahassee, Wichita e Little Rock seguem buscando novos lugares para habitarem, garantindo sua sobrevivência. Quando decidem ir até a Casa Branca, acabam encontrando outros sobreviventes e percebem que precisam mudar suas vidas. Mas um novo inimigo, mais forte, pode tornar esta guerra ainda pior.



Atenção para os mais apressadinhos: como se trata de uma continuação, figuras carimbadas do humor também estão de volta e dão um show a parte, para alegria do espectador que não deve deixar a sala durante os créditos finais.  Quer ver um filme divertido e não se incomoda com sangue e cabeças cortadas? Então não perca "Zumbilândia - Atire Duas Vezes", a partir de hoje nos cinemas.


Ficha técnica:
Direção: Ruben Fleischer
Produção: Columbia Pictures / Pariah Films
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h40
Gêneros:  Comédia/ Terror/ Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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22 outubro 2019

"Projeto Gemini" usa tecnologia 3D+ para criar clone jovem de Will Smith

Grandes perseguições e muita ação são os destaques do filme dirigido pelo premiado Ang Lee (Fotos: Ben Rosenstein/Paramount Pictures)

Maristela Bretas


Apesar de não ter atingido sucesso em bilheterias nas últimas produções das quais participou - exceto como o gênio da lâmpada de "Aladdin" (2019), Will Smith é sempre um chamariz. E foi apostando no carisma do ator e na tecnologia de ponta do 3D+ que a Paramount Pictures, Skydance e Alibaba Pictures produziram "Projeto Gemini" ("Gemini Man"), em cartaz nos cinemas. Mas até o momento, o super blockbuster não chegou nem perto do sucesso esperado para um investimento de US$ 138 milhões, que tem como diretor o premiado Ang Lee e os produtores Jerry Bruckheimer e David Ellison.


Will Smith fez bem a sua parte, divulgando o filme com muita simpatia e atuando em dose dupla, o real e mais velho e o clone digital mais jovem, resultado da utilização do formato 3D+ que tomou boa parte do orçamento. E é esta tecnologia de ponta que garante efeitos visuais espetaculares, com sequências e cenas de ação de tirar o fôlego, como a da perseguição de moto. Assim como boas lutas entre os dois Smith. Pena que o público ainda não tenha se interessado em assistir "Projeto Gemini".


O 3D+ é um novo formato digital de projeção de cinema em 60 quadros por segundo. Isso representa mais que o dobro do formato padrão, que é de 24 quadros. A experiência em 3D+ traz imagens com maior definição e profundidade, colocando o espectador no centro da ação e permitindo a percepção da cena de uma forma muito mais realista. Ang Lee e outras pessoas da produção falaram sobre o processo de captação e o formato em alta definição 3D+ em vídeo no Youtube. 


No filme, o ator interpreta Henry Brogan, um matador contratado de 51 anos que anuncia sua aposentadoria. A decisão faz dele um alvo da Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos, para quem trabalhava anteriormente. Ele passa a ser perseguido por Júnior, um agente que é sua versão aos 23 anos e que consegue prever cada movimento seu. Brogan descobre que seus matadores do governo americano querem eliminá-lo para esconder um grande segredo, que ele pode desmascarar.


Na sessão que eu estava, um espectador comentou que o clone digital parecia Will Smith quando fazia a série "Um Maluco no Pedaço", sucesso exibido entre os anos de 1990 e 1996 na TV. Com a diferença que naquela época o ator fazia uma comédia e hoje, o Will digital é um rapaz sisudo, treinado para matar, mas que tem conflitos como qualquer jovem.


O elenco conta ainda com Mary Elizabeth Winstead, Clive Owen e Benedict Wong. Além dos efeitos gráficos, "Projeto Gemini" conta também com uma boa trilha sonora, composta por Lorne Balfe, que trabalhou em "Missão Impossível - Efeito Fallout" (2018), "Tempestade - Planeta em Fúria" (2017), "LEGO Batman - O Filme" (2017) e "13 Horas - Os Soldados Secretos de Benghazi" (2016).

Sessões com a inovadora tecnologia 3D+, somente na versão legendada, podem ser conferidas nas salas da Rede Cinemark no BH Shopping, Pátio Savassi e Diamond Mall. Nas demais redes, "Projeto Gemini" está sendo exibido nos formatos 2D, em sessões dubladas e legendadas.


Ficha técnica:
Direção: Ang Lee
Produção: Jerry Bruckheimer Films / Skydance Productions / Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h57
Gêneros: Ação / Ficção
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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