29 outubro 2019

"Abominável", uma singela animação sobre amizade, descobertas e família

Everest e Yi se tornam grandes amigos e vão viver uma grande aventura que vai transformar suas vidas (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma animação onde tudo é lindo e emociona. Assim é "Abominável" ("Abominable"), mas uma bela produção da DreamWorks Animation, capaz de fazer escorrerem algumas lágrimas ao abordar os temas amizade e família. O filme é lindo, a história envolvente e trazendo uma bela mensagem de união e perseverança. Tudo isso numa jornada cheia de aventuras de quatro amigos - dois adolescentes, uma criança e filhote de yet. Isso mesmo, você não leu errado. O famoso Homem das Neves é nosso personagem principal e nada tem de abominável, só o título. Ele é fofinho, carinhoso, fiel, determinado, tem grandes olhos e uma enorme sensibilidade, capaz de transformar as pessoas e fazer com que elas encontrem seu lado bom.



"Abominável" parece uma versão chinesa de "ET - O Extraterrestre", com o mesmo tipo de narrativa - o "monstro" que é perseguido por malvados cientistas e acaba encontrando uma jovem que irá ajudá-lo, junto com dois amigos, a retornar à sua casa, no Monte Everest, no Himalaia. A abordagem e os diálogos têm a mesma pureza, assim como a ligação entre os personagens e os poderes mágicos de Everest (como foi batizado o yet), capazes de mudar a natureza. No lugar de uma fuga em bicicletas usaram baleias encantadas e um mar com ondas gigantescas de flores. Tudo muito colorido, com a uma escolha marcante das locações por onde passam nossos bravos heróis, cheias de encantos e magia.



O ponto principal é a amizade entre Yi (voz de Chloe Bennet), uma menina que não aceita a perda do pai e só pensa em fugir, e o yet Everest (grunhidos feitos pelo compositor Rupert Gregson-Williams). Enquanto a jovem tenta ajudar seu gigantesco e estabanado amigo, a relação entre eles vai ficando cada vez mais forte e ambos vão descobrindo os poderes que possuem a cada novo destino. Uma jornada recheada de amizade, lembranças, conquistas, descobertas e especialmente, a importância da família. 



Como em toda aventura, há momentos engraçados, mas também de muito perigo. O grupo de amigos terá de escapar de um vilão que quer recapturar Everest, foragido de seu laboratório. A parte divertida fica por conta de Peng (Albert Tsai), o pequeno vizinho de Yi, que logo se torna um grande amigo de Everest. Afinal, ambos são crianças. O mais ranzinza é Jin (Tenzing Norgay Trainor), o tio adolescente de Jin, que vê perigo em tudo e só se preocupa com a imagem nas redes sociais. Mas até ele também começa a ver um mundo além de seu celular.




A ação começa em Shanghai, na China quando Yi descobre um yet no telhado do prédio onde mora. A partir disso, ela e seus amigos decidem levar Everest até sua família, que está na montanha mais alta do planeta. Porém, os três amigos terão que conseguir despistar o ganancioso Burnish (Eddie Izzard) e a zoóloga Dra. Zara (Sarah Paulson), que querem pegar o yet a qualquer custo. O elenco conta ainda com as vozes de Sarah Paulson (a zoóloga Dra. Zara), Eddie Izzard (o empresário Burnish), Tsai Chines Hong (a vovó Nai Nai), Michelle Wong (a mãe de Yi) e James Hong.



Rupert Gregson-Williams também é o responsável pela trilha sonora, que conta com três lindas canções conhecidas do público - "Fix You", da banda Coldplay, "Dreams", de Phil Beaudreau, e "Beautiful Life", de Bebe Rexha. 


Este sim é um ótimo filme para levar os filhos a partir dos 5 anos. As crianças vibram com os personagens, torcem por Everest e comentam o tempo todo com os pais o que estão achando da história. É uma animação que conquista o público de todas as idades. "Abominável" está em cartaz em salas da rede @cineart _cinemas nos shoppings Boulevard, Cidade, Del Rey, Minas Shopping, Paragem e Via Shopping (Barreiro), somente em versões dubladas. Merece ser visto, especialmente em família.



Ficha técnica:
Direção: Jill Culton e Todd Wilderman
Produção: Dreamworks Animation / Pearl
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h37
Gêneros: Animação / Aventura / Comédia
País: EUA
Classificação: 6 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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24 outubro 2019

"Zumbilândia - Atire Duas Vezes" é comédia que faz até morto-vivo dar risada

Passados dez anos, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Abigail Breslin e Emma Ston ainda lutam para sobreviver aos zumbis (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Dez anos depois do lançamento da comédia de terror "Zumbilândia" (2009), entra em cartaz nos cinemas, nesta quinta-feira, "Zumbilândia- Atire Duas Vezes" ("Zombieland 2: Double Tap"). Com o mesmo elenco principal, agora com ganhadores e indicados ao Oscar, e um bom elenco coadjuvante, esta continuação está sendo considerada por muitos fãs como ainda melhor e mais divertida que o antecessor. O mesmo diretor Ruben Fleischer e os roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick do primeiro filme retomam a história sobre uma epidemia zumbi que dizimou parte do mundo e proporcionam 100 minutos de boas gargalhadas, piadas picantes e sátiras a outros filmes, políticos e personalidades do mundo atual.



O quarteto principal continua sob o comando de Woody Harrelson (Tallahassee), que tem Jesse Eisenberg (Columbus) como seu braço direito. A dupla de indicados ao Oscar, que se reúne após "Truque de Mestre - O 2º Ato" (2016) está imbatível e mais entrosada que nunca. Eles garantem os melhores momentos desta produção, que tem mais de comédia e ação do que terror. Emma Stone (Wichita) parece um pouco deslocada do papel, que foi um dos maiores sucessos do seu início de carreira. 



A ganhadora da estatueta de 2017 por "La La Land", em alguns momentos, dá a impressão de estar apenas cumprindo contrato, mas não deixa a peteca cair e o talento fala mais alto. A atriz de "Pequena Miss Sunshine" (2006), Abigail Breslin, também indicada ao maior prêmio de Hollywood, deixou de ser a menina do primeiro filme e se tornou a adolescente Little Rock, que quer conhecer pessoas de sua idade e parar com tanta matança, como sua irmã Wichita e os amigos.



O elenco secundário não fica para trás: Luke Wilson (no papel do caubói Albuquerque) e seu parceiro Thomas Middleditch, como Flagstaff, um nerd matador de zumbi estão ótimos. Zoey Deutch brilha como Madison, uma típica "patricinha" burra que só veste cor de rosa e, sabe-se lá como, conseguiu sobreviver aos zumbis. Até Rosario Dawson entrou na trama como uma sedutora dona de um hotel que atira bem e dirige melhor ainda.

Além do elenco, "Zumbilândia - Atire Duas Vezes" apostou fundo no seu maior trunfo - as lutas sangrentas entre sobreviventes e zumbis. O diretor não economizou em tinta vermelha e jorra sangue por todos os lados, sem dó nem piedade. Para quem gosta do gênero, o que não falta neste filme é ação, acompanhada de muitos tiros, facadas, bombas, explosões, ataques zumbis e brigas (algumas em slow-motion para ficarem mais engraçadas).



Afinal, o que vale é sobreviver a estes monstros. Apesar de alguns furos no roteiro, o filme soube acompanhar o amadurecimento dos atores ao longo desses dez anos, mostrando que os personagens adquiriram experiência no combate ao inimigo. Mesmo quando o comportamento infantil da ala masculina mostra o contrário, exigindo a intervenção das mulheres para por ordem na casa.


E se o elenco humano é bom, melhor ainda é a turma zumbi. Grande trabalho de Tony Gardner na maquiagem e efeitos especiais. Ele é responsável por outras produções do gênero terror como "Parque do Inferno" (2018) e "A Morte Te Dá Parabéns" (2017). Também a trilha é um ponto forte e relembra sucessos como “Like a Rolling Stone”, de Bob Dylan, o reggae “Three Little Birds”, de Bob Marley and the Wailers, “Master of Puppets”, da banda Metallica e o rap "Click Clack - Get Back", de Ice Cube.

Anos depois de se unirem para atravessar o início da epidemia zumbi nos Estados Unidos, Columbus (que narra a história), Tallahassee, Wichita e Little Rock seguem buscando novos lugares para habitarem, garantindo sua sobrevivência. Quando decidem ir até a Casa Branca, acabam encontrando outros sobreviventes e percebem que precisam mudar suas vidas. Mas um novo inimigo, mais forte, pode tornar esta guerra ainda pior.



Atenção para os mais apressadinhos: como se trata de uma continuação, figuras carimbadas do humor também estão de volta e dão um show a parte, para alegria do espectador que não deve deixar a sala durante os créditos finais.  Quer ver um filme divertido e não se incomoda com sangue e cabeças cortadas? Então não perca "Zumbilândia - Atire Duas Vezes", a partir de hoje nos cinemas.


Ficha técnica:
Direção: Ruben Fleischer
Produção: Columbia Pictures / Pariah Films
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h40
Gêneros:  Comédia/ Terror/ Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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