12 junho 2020

Uma seleção de filmes para assistir a dois no Dia dos Namorados

Produções vão aquecer os corações nesta data especial (Fotos: Califórnia Filmes/Divulgação)

Da Redação


Um jantar a dois, um vinho especial, um sofá aconchegante abraçadinho com o amor. Pra que sair de casa? A diversão pode ser bem romântica e caliente no Dia dos Namorados. Para ajudar no clima, a Califórnia Filmes preparou uma boa seleção de seus filmes para assistir agarradinho. Confira!

Retrato do Amor 
("Photograph" | Direção: Ritesh Batra) 
Pressionado por sua família a se casar o mais rápido possível, um determinado fotógrafo de Mumbai convence uma tímida estranha a fingir ser a sua mulher durante algum tempo. Apesar da relutância, ela aceita a proposta e os dois desenvolvem um laço que vai mudar suas vidas. 
Onde ver: Google Play, Youtube, AppleTV, Looke 


Doentes de Amor 
("The Big Sick" | Direção: Michael Showalter) 
O comediante e motorista de Uber paquistanês Kumail (Kumail Nanjiani) e a estudante de psicologia Emily (Zoe Kazan) se apaixonam em Chicago, mas encontram dificuldades no momento em que suas culturas entram em conflito. Quando Emily contrai uma doença misteriosa e é colocada em coma, Kumail tenta enfim resolver o conflito emocional entre sua família e seu coração. 
Onde ver: Telecine Play, Globo Play,  Apple TV, Google Play, Youtube


A Bela e a Fera 
("La belle et la bête" | Direção: Christophe Gans) 
A versão francesa deste clássico. Bela é uma jovem sensível e compreensiva, que sempre põe os outros em primeiro lugar. Quando seu pai se vê em uma situação complicada após contrair uma dívida e perder sua liberdade, ela não hesita em viver em um castelo ao lado de uma assustadora criatura para que possa salvá-lo. Com o tempo, ela passa a sentir afeto pela fera. 
Onde ver: Prime Video, Telecine Play, Globo Play 


Guerra Fria 
("Zimna wojna" | Direção: Pawel Pawlikowski) 
Durante a Guerra Fria entre a Polônia stalinista e a Paris boêmia dos anos 50, um músico amante da liberdade e uma jovem cantora com histórias e temperamentos completamente diferentes vivem um amor impossível. 
Onde ver: Now, Vivo Play, Google Play, Youtube, Telecine Play, Apple TV, Looke


Todos os Caminhos Levam à Roma 
("All Roads Lead to Rome" | Direção: Ella Lemhagen) 
Maggie embarca em uma viagem para Itália, com Summer, sua filha adolescente. Mas ao chegar lá, a jovem foge roubando o carro da mãe. Maggie contará com a ajuda de um ex-namorado para encontrar a filha. 
Onde ver: AppleTV, PrimeVideo,  Telecine Play, Globo Play


De Carona para o Amor 
("Tout le monde debout" | Direção: Franck Dubosc) 
Jocelyn, bem-sucedido homem de negócios, é um sedutor e mentiroso experiente. Apesar de cansado de si mesmo, acaba seduzindo uma jovem bonita, fingindo ser deficiente, até o dia em que ela lhe apresenta sua irmã, que é realmente deficiente. 
Onde ver: Telecine Play, Apple TV, Now, Vivo Play, Looke 


Paris Pode Esperar 
("Paris Can Wait" | Direção:  Eleanor Coppola) 
Anne (Diane Lane) está casada com o produtor de cinema Michael (Alec Baldwin). Ele a ama muito, mas não tem tempo para dedicar à esposa. No trajeto de Cannes até Paris, Anne é acompanhada pelo sócio de seu marido (Arnaud Viard). O trajeto deveria demorar sete horas, mas ao longo de várias paradas, eles passam a se conhecer melhor enquanto apreciam as paisagens francesas. 
Onde ver: Telecine Play, Globo Play


A Eterna Namorada 
("Big Stone Gap" | Direção: Adriana Trigiani) 
Na pequena cidade de Big Stone Gap, nas Montanhas Apalaches da Virgínia, Ave Maria Mulligan (Ashley Judd) é uma farmacêutica de 35 anos auto-proclamada a solteirona da cidade. Ela leva uma agradável vida ao redor de amigos e hobbies, até que um dia percebe que não era nada do que imaginava. Cercada por propostas de casamento, parentes gananciosos e celebrações, Ave Maria Mulligan organiza uma viagem que pode mudar sua visão de mundo e seu lugar nele
Onde ver: Google Play, Youtube, Apple TV 


Beijei uma Garota
("Toute Première Fois" | Direção: Noémie Saglio, Maxime Govare)
 Após beber muito em uma noite, Jérémie  acorda num apartamento desconhecido ao lado de Adna, uma adorável sueca, tão divertida quanto atraente. O problema é que Jérémie é homossexual convicto e está de casamento marcado com Antoine. Confuso com a atração que sente pela mulher, tudo piora quando ele volta a encontrá-la. 
Onde ver: Telecine Play, Youtube


Quem Você Pensa Que Sou 
("Celle que vous croyez" | Direção: Safy Nebbou) 
Desconfiada de seu marido Ludo, Claire Millaud, de 50 anos, decide criar um perfil falso em uma rede social. Lá, ela atende por Clara, uma bela jovem de 24 anos. Alex, amigo de seu marido, é uma das pessoas com a qual o avatar interage. O homem acaba se apaixonando por Clara, enquanto Claire, por trás das telas, também nutre um sentimento de amor por Alex que pode  trazer complicações para ambos. 
Onde ver: Google Play, Youtube, Telecine Play, Apple TV, Now, VivoPlay, Looke


Um Amor à  Altura 
("Un homme à la hauteur" | Direção: Laurent Tirard) 
Um dia, a advogada Diane perde seu telefone celular, mas logo recebe a ligação de um desconhecido que encontrou o aparelho e quer devolvê-lo. Quando se encontram, Diane tem uma surpresa: o homem tão simpático ao telefone tem apenas 1,36 m. Os dois logo se apaixonam, mas ela não está pronta para lidar com o preconceito de namorar um homem tão baixo. 
Onde ver: Now, Telecine Play, Vivo Play, Globo Play


Agora e para Sempre 
("Now Is Good" | Direção: Ol Parker) 
Tessa Scott (Dakota Fanning) sofre de leucemia em estágio terminal e decide organizar uma lista de tudo aquilo que precisa fazer antes de morrer. Em primeiro lugar está seu principal desejo: perder a virgindade. Quando ela conhece Adam (Jeremy Irvin), encontra uma companhia e um amor com quem compartilhar seus momentos. 
Onde ver: Globo Play, Telecine Play


Um Novo Olhar 
("Blind" | Direção: Michael Mailer) 
Bill Oakland (Alec Baldwin) é um bem sucedido romancista. Em um acidente de carro, ele acaba perdendo a visão e sua esposa morre. Anos depois, a socialite Suzanne Dutchman (Demi Moore) é obrigada a ler para ele três vezes na semana em uma pequena sala devido a um acordo por estar associada à informações privilegiadas do marido, um homem de negócios. A convivência faz despertar o amor entre eles. 
Onde ver: Now, Telecine Play


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10 junho 2020

"O Método Kominsky", uma história sobre a velhice e a amizade: o que dá pra rir, dá pra chorar

Michael Douglas e Alan Arkin brilham com ironia e inteligência na série da Netflix (Michael Yarish/Netflix)

Mirtes Helena Scalioni


Houve quem dissesse que "O Método Kominsky" ("The Kominsky Method") seria a versão masculina de "Grace and Frankie". Pode ser. Afinal, ambas as séries da Netflix tratam, de forma irônica e inteligente, da velhice. Enquanto na produção das mulheres brilham os talentos de Jane Fonda e Lily Tomlin, na outra, Michael Douglas, de 74 anos, e Alan Arkin, de 84, esbanjam experiência e charme num bate-bola raro de se ver. 


Houve também quem se queixasse de que "O Método Kominsky" não deveria ser classificado como comédia, gênero no qual a série venceu o Globo de Ouro de 2018, além de ter faturado o troféu de Melhor Ator para Michael Douglas. Puro exagero e purismo. O que torna a produção diferente, instigante e contagiante é exatamente o humor ácido, a forma sagaz com que os dois personagens lidam com as agruras da velhice. 

Os diálogos, extremamente aguçados e hábeis, fazem rir sim, mas também ajudam a pensar, a refletir. Não é fácil ficar velho, mas é possível enfrentar essa fase da vida com uma boa dose de deboche e sarcasmo. Por que não? Se fosse totalmente séria e chorosa, talvez não fizesse tanto sucesso.


"O Método Kominsky" é mais um sucesso do roteirista e produtor Chuck Lorre, que já assinou êxitos como "Two and a half man". Passando dos 60 anos, Chuck mostra que sabe mesmo como cativar o público, mesmo que o tema seja pesado e difícil. Talvez por isso, ele tenha juntado às inevitáveis dores do envelhecimento uma relação de amizade que se mostra forte, verdadeira e comovente - claro que daquele jeito masculino de ser amigo. 

Nem é preciso dizer que Michael Douglas e Alan Arkin estão perfeitos. Ambos se entregam com gosto e sem pudores aos papéis de Sandy Kominsky e Norman Newlander. O primeiro, ator em fim de carreira e professor de uma escola de interpretação de atores; o segundo dono de uma bem-sucedida agência de artistas. As diferenças entre as personalidades dos dois também ajudam a enriquecer a série. 



Sandy é mulherengo, desorganizado financeiramente e conquistador. Norman fez carreira brilhante, tem dinheiro, gosta de trabalhar e acaba de perder a mulher com quem foi casado por mais de 40 anos. Os dois já levaram pelo menos um Oscar pra casa: Douglas, em 1987, por sua atuação em "Wall Street", e Arkin como ator coadjuvante em 2006 por "Pequena Miss Sunshine".

Como se não bastasse todos esses predicados, "O Método Kominsky" tem outros atributos. Trata-se de uma série pequena - apenas duas temporadas até agora com oito episódios cada. Os capítulos também são mínimos. Impossível ficar cansado. Claro que não há cenas de violência nem de perseguições com carros. Mas tem muito de humanidade, empatia e humor nos diálogos, mesmo quando falam de câncer, medo da morte, próstata, perdas, dores, velórios, brochadas, limitações. O que dá pra rir, dá pra chorar.


Ficha técnica:
Direção: Chuck Lorre
Duração: 30 minutos cada episódio
Classificação: 12 anos
Gênero: Comédia
Exibição: Netflix

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