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Montagem sobre fotos de divulgação |
Maristela Bretas
"Bacurau", dirigido por Kleber Mendonça Filho e
Juliano Dornelles, foi o grande vencedor do 19º Grande Prêmio do Cinema
Brasileiro 2020, conquistando os troféus Grande Otelo de Melhor Longa-Metragem
de Ficção e outros cinco premiações. A produção estava com 15 indicações, o maior número da premiação.
O anúncio dos vencedores foi feito pela
Academia Brasileira de Cinema na noite desse domingo. Por questões de segurança
devido à pandemia de covid-19, a transmissão foi online, feita pela primeira
vez pela TV Cultura.
O troféu de Melhor Filme Brasileiro escolhido por Voto
Popular foi entregue a "Eu Sou Mais Eu", de Pedro Amorim. O
sul-coreano "Parasita", dirigido por Bong-Joon-ho, juntou à sua
coleção de prêmios (entre eles o Oscar de 2020), a estatueta de Melhor Longa
Metragem Internacional.
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"Eu Sou Mais Eu" (Foto Catarina Souza)
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A jornalista Adriana Couto, apresentadora do programa
Metrópolis da TV Cultura, e a diretora, atriz e apresentadora Marina Person,
anunciaram os vencedores e homenageados da noite. Elas lembraram as perdas
deste ano na Cultura brasileira, entre eles, os compositores Aldir Blanc e
Moraes Moreira, a roteirista Fernanda Young, os atores e atrizes Flávio
Migliaccio, Cecil Thiré e Hilda Rabelo, o cineasta José Mojica Marins (o Zé do
Caixão), os diretores Jorge Fernando e Maurício Sherman, o escritor Rubem
Fonseca e muitos outros.
Quinze longas brasileiros foram indicados a finalistas de
ficção (drama e comédia) e documentário. Longas e curtas metragens, além de
produções internacionais premiadas em 2019 participaram da disputa em 32
categorias, com um grande destaque: a de Melhor Curta-Metragem Ficção, que
contou somente com a participação de mulheres diretoras.
Francis Hime e Joyce Moreno, também online, fizeram uma
homenagem com a canção "Cinema Brasil", composta por Hime em 2007,
que foi ilustrada com a exibição de grandes produções nacionais. O encerramento do GP do Cinema Brasileiro 2020 foi dos
músicos Pedro Luís e Teresa Cristina, apresentando um medley das canções
“Quando o Carnaval Chegar”, “Vai Trabalhar, Vagabundo” e “Bye Bye Brasil”,
todas de Chico Buarque.
Veja a lista dos vencedores:
Melhor Longa-Metragem Ficção: "Bacurau", de Kleber Mendonça Filho e Juliano
Dornelles. Produção: Emilie Natacha Lesclaux por Cinemascópio Produções
Cinematográficas e Artísticas. A produtora afirmou que ficou muito
feliz com o trabalho e que o filme representa o Brasil na sua força e na sua diversidade.
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"Bacurau" (Crédito: Vitrine Filmes) |
Melhor Direção - Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por
"Bacurau". Para o diretor Kleber Mendonça Filho trata-se de um filme
sobre histórias, cultura e Brasil e que espera ver o cinema nacional sendo
respeitado como cultura do país.
Melhor Ator: houve empate
Silvero Pereira, como Lunga, por "Bacurau" - “Foi uma transformação gigantesca na minha vida como artista
e pessoal. Tenho origem pobre estudei em escola pública e hoje vejo meu nome ao
lado de artistas que admiro. Me sinto muito honrado de ser artista”.
Fabrício Boliveira, como Simonal, por "Simonal" -“Só tenho a agradecer pela aposta, de veteranos que
estiveram de mãos dadas comigo”.
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Silvero Pereira, em "Bacurau" (Vitrine Filmes)
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Melhor Atriz: Andrea Beltrão como Hebe Camargo, por "Hebe – A Estrela doBrasil". Andrea Beltrão - "Nós estamos aqui falando da nossa
cultura, da nossa alma, com a nossa língua. Agradeço a todas as indicações que
Hebe recebeu".
Melhor atriz Coadjuvante: Fernanda Montenegro, como Eurídice, por "A Vida Invisível"
Melhor Ator Coadjuvante: Chico Diaz, como Véi Gois, por "Cine Holliúdy – AChibata Sideral"
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Chico Diaz, em "Cine Holliúdy - A Chibata Sideral" (Divulgação) |
Melhor Série Ficção TV Paga/ OTT: "Sintonia "– 1ª Temporada (Netflix). Direção
Geral: Kondzilla, Guilherme Quintella e Felipe Braga. Diretores: Kondzilla e
Johnny Araújo. Produtora Brasileira Independente: Los Bragas
Melhor Série de TV Aberta: "Cine Holliúdy" – 1ª Temporada (Globo). Direção
Geral: Patrícia Pedrosa. Diretores: Halder Gomes e Renata Porto D’ave.
Produtora Brasileira Independente: Glaz Entretenimento. Patrícia Pedrosa contou que foi muito importante
falar sobre as raízes, a cultura e o povo de forma tão divertida.
Melhor Série Animação TV Paga/ OTT: "Turma Da Mônica Jovem" – 1ª Temporada (Cartoon
Network). Direção Geral: Mauricio de Sousa e Roger Keesse. Diretor: Marcelo de
Moura. Produtora Brasileira Independente: Mauricio de Sousa Produções.
Melhor Longa-Metragem Infantil: "Turma Da Mônica – Laços", de Daniel Rezende.
Produção: Bianca Villar, Fernando Fraiha, Karen Castanho por Biônica Filmes,
Charles Miranda, Cassio Pardini por Quintal Digital, Cao Quintas por Latina
Estudio, Marcio Fraccaroli por Paris Entretenimento e Daniel Rezende, que agradeceu, dizendo que viu crianças saindo felizes
do cinema após verem uma grande produção nacional.
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"Turma da Mônica - Laços" (Biônica Filmes)
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Melhor Série Documentário Tv Paga/OTT: "Quebrando O Tabu" – 2ª Temporada (GNT). Direção
Geral: Katia Lund e Guilherme Melles. Diretor: Pio Figueiroa. Produtora
Brasileira Independente: Spray Filmes.
Melhor Efeito Visual: Mikaël Tanguy e Thierry Delobel, por "Bacurau"
Melhor Figurino: Marina Franco, por "A Vida Invisível". Para a figurinista, ter colaborado no filme
foi um grande desafio e a realização de um sonho profissional.
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"A Vida Invisível" (Crédito: Bruno Machado)
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Melhor Curta-Metragem Animação: "Ressurreição", de Otto Guerra
Melhor Curta-Metragem Documentário: "Viva Alfredinho!", de Roberto Berliner
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"Viva Alfredinho!" (Crédito: TV Zero)
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Melhor Curta-Metragem Ficção: "Sem Asas", de Renata Martins
Melhor Roteiro Adaptado: Murilo Hauser, Karen Aïnouz e Inés Bortagaray – baseado no
livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha – por "A Vida Invisível". Murilo Hauser: “Foi um processo incrível e uma honra fazer
parte desta turma incrível que dedica a vida pela luta de nossa arte”.
Melhor Roteiro Original: Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por
"Bacurau". O corroteirista Juliano Dornelles afirmou que "o cinema
brasileiro está num momento incrível, porque está sendo feito cada vez
melhor".
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"Hebe - A Estrela do Brasil" (Divulgação)
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Melhor Montagem Documentário: Karen Harley, por "Estou me Guardando para Quando o
Carnaval Chegar"
Melhor Montagem Ficção: Eduardo Serrano, por "Bacurau"
Melhor Som: Marcel Costa, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond, Armando
Torres Jr., Abc e Renan Deodato, por "Simonal". Para o técnico de som Marcel Costa foi um prazer fazer o som
desta produção por ser um universo muito rico e também de grande
responsabilidade para entregar um trabalho à altura de um nome como Wilson
Simonal.
Melhor Trilha Sonora: Wilson Simoninha e Max De Castro, por "Simonal"
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"Simonal" (Crédito: Globo Filmes)
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Melhor Primeira Direção de Longa-Metragem: Leonardo Domingues, por "Simonal" - "Foi incrível contar a história de
Wilson Simonal. Fazer filme com liberdade é poder contar histórias como esta.
Viva o Cinema Brasileiro!"
Melhor Longa-Metragem Animação: "Tito E Os Pássaros", de Gustavo Steinberg,
Gabriel Bitar e André Catoto. Produção: Gustavo Steinberg por Bits Filmes. Segundo ele, a animação já circulou por
mais de 80 festivais, ganhou grandes prêmios e agora este é quase o fechamento
de um ciclo.
Melhor Longa-Metragem Documentário: "Estou Me Guardando Para Quando O Carnaval Chegar", de Marcelo Gomes. Produção: João Vieira Jr. e Nara Aragão por Carnaval Filmes e Marcelo Gomes e Ernesto Soto por Misti Filmes. Marcelo Gomes: "Tivemos muitas alegrais e muitas tristezas. alegrias porque aprendemos muito com o poder de resistência dessas pessoas e tristeza com a política trabalhista do atual governo. A pergunta que fica é: trabalhamos para viver ou vivemos para trabalhar?”
Melhor Longa-Metragem Ibero-Americano: "A Odisseia dos Tontos" (La Odisea de lós Giles)
- Argentina e Espanha) / Ficção / Direção: Sebastián Borensztein. Distribuidor
Brasileiro: Warner Bros. Pictures
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"A Odisseia dos Tontos" (Crédito: Alfa Filmes)
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Melhor Longa-Metragem Internacional: "Parasita" (Parasite) - Coreia do Sul / Ficção /
Direção: Bong-Joon-ho. Distribuidor Brasileiro: Pandora Filmes
Melhor Filme Brasileiro escolhido por Voto Popular: "Eu Sou mais Eu", de Pedro Amorim. Produção: Lara
Guaranys, Marcus Baldini e Gustavo Munhoz por Damasco Filmes
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