25 fevereiro 2023

"Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" encerra trilogia para apresentar vilão substituto de Thanos

Os super-heróis retornam ao Reino Quântico para enfrentar criaturas estranhas e uma civilização oculta (Fotos: Marvel)


Maristela Bretas


Grandiosidade nos efeitos especiais para falar de família e apresentar um novo vilão. Assim é "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" ("Ant-Man and The Wasp: Quantumania"), que está nos cinemas atraindo um bom público. 

Apesar de o multiverso ainda precisar ser muito explicado para a maior parte do público, o novo filme da Marvel Studios é um bom entretenimento. Segue a linha de "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" (2022) nas cenas de batalhas, usando e abusando do CGI.


Pode ser "quaaaase" comparado à luta final de "Vingadores: Ultimato" (2019). Mais um reforço ao Universo Cinematográfico Marvel, que inicia a Fase 5 com esta produção. 

Apesar disso, o personagem tem as menores bilheterias mundiais do MCU. Este terceiro filme já atingiu US$ 363 milhões. 

Somados a "Homem-Formiga" (2015), com US$ 519,3 milhões e "Homem-Formiga e a Vespa" (2018), com US$ 622,7 milhões, a trilogia chega a pouco mais de US$ 1,5 bilhão.


Família em primeiro lugar

O longa fecha a trilogia do Homem-Formiga. Scott Lang (Paul Rudd) quer recuperar o tempo perdido com a filha Cassie Lang (Kathryn Newton) e manter um romance tranquilo com Hope/Vespa (Evangeline Lilly).


O personagem agora vive da fama da vitória contra Thanos junto com os demais Vingadores. Rudd é a simpatia em pessoa, uma das maiores qualidades do super-herói, que acabou ganhando três filmes. 


A questão da família se aplica também a Hope, que quer recuperar o tempo perdido com a mãe Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), desaparecida por 30 anos no Reino Quântico. 

O que ninguém esperava, menos ainda Janet, era que Hank Pym (Michael Douglas) e Cassie estivessem trabalhando num dispositivo que levaria todos de volta a esse mundo. 


Cercados por uma civilização oculta e criaturas estranhas e bizarras, como M.O.D.O.K. (Corey Stoll), Scott, Hope, Janet, Hank e Cassie vão enfrentar o perigoso mundo de onde Janet conseguiu escapar. 

Um novo Thanos

Janet agora terá expostos os segredos que tentou ocultar da família sobre seu tempo de prisão e que serão expostos no Universo Quântico. 


O maior deles envolve o poderoso e cruel vilão, Kang, o Conquistador, interpretado por Jonathan Majors, com quem Janet tem um passado e que não conseguiu escapar como ela.

Majors está excelente no papel e pode até superar Thanos em vilania nas próximas produções da Marvel Studios. 


Ele será a principal ameaça das fases 5 e 6 do Multiverso, que inclui o longa "Vingadores: A Dinastia Kang", previsto para 2025.

Mais tempo para os veteranos

Outro ponto a favor do novo longa da Marvel é o tempo maior e a participação essencial dados na trama aos atores veteranos, como Michael Douglas e Michelle Pfeiffer. 


Ela é o elo entre os dois mundos e vai usar sua experiência para levar todos de volta para casa. Ele, por sua vez, junto com suas formigas, terá um papel definitivo na trama.

Fica a dica

"Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania". é um filme que vale a pena assistir no cinema, de preferência em Imax. E não saia no final. 

Como é de costume da Marvel, há duas cenas pré e pós-créditos que vão indicar os rumos das próximas fases.


Ficha técnica:
Direção: Peyton Reed
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Walt Disney
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h01
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ação, aventura, ficção

23 fevereiro 2023

"As Múmias e o Anel Perdido" - Uma aventura no tempo dos faraós

Animação espanhola tem ótima qualidade e enredo simples, com linguagem para crianças pequenas (Fotos: Warner Bros. Pictures)


Maristela Bretas


Londres nunca mais será a mesma depois que um trio de múmias e um crocodilo bebê se aventurarem por suas ruas e ainda se tornarem pop star das paradas musicais. Impossível? 

Então confira nos cinemas a animação "As Múmias e o Anel Perdido", do diretor espanhol Juan Jesús García Galocha.


Na sessão em exibição no Cineart Boulevard, a criançada vibrou muito com os heróis de séculos passados. Especialmente o simpático bebê crocodilo, que adora seu porquinho rosa de pelúcia. 

Não faltaram comentários e risadas (inclusive de adultos), apesar de ser uma produção totalmente voltada para crianças de até 7 anos. 

Um ponto positivo é que, em algumas salas, a produção tem versões acessíveis.


O enredo não tem novidades, com final esperado, mas a qualidade da animação e a simpatia dos personagens seguram a produção e agradam. 

O longa tem ação do início ao fim, com corrida de bigas e de ônibus, além de bons exemplos de amizade e companheirismo entre irmãos e animais. 


Também aborda costumes passados, que impõem o casamento às filhas, sem deixar que elas escolham qual destino querem seguir. 

Já no caso de Thut, o trauma de uma corrida é o ponto-chave que passa a definir a vida do jovem. Até mesmo o vilão sofre com o controle da mãe.

Personagens

Os caminhos dessa dupla de múmias vão se cruzar por uma obra do destino (ou melhor, de um bumerangue). Thut (na voz de Joe Thomas) é um campeão de corridas de bigas que se aposenta prematuramente. Passa a viver da fama do passado e dos livros autografados que vende. 

Ele tem um irmão, o simpático e super antenado Sekhem (Santiago Winder), que nunca se separa de seu bichinho de estimação, um crocodilo bebê. O bichinho é tão fofo e divertido que dá vontade de levar pra casa.



Para formar o par não tão romântico temos a princesa Nefer (Elanor Tomlison), herdeira do trono do Faraó (Sean Bean). A jovem acha a vida no reino entediante e sonha em ser cantora. E como Thut, tem aversão a casamento.

Por azar (ou sorte) do destino, o piloto de bigas é acidentalmente escolhido para ser marido de Nefer. Mas até o dia do casamento, ele terá de tomar conta de um anel ancestral, de propriedade da Família Real das Múmias.


Só não contava com a aparição do ambicioso arqueólogo Lorde Carnaby (Hugh Bonneville), que está de olho nesta e em outras relíquias históricas. 

O vilão descobre, sob as pirâmides do Egito, uma passagem para o reino escondido das múmias e rouba a preciosa peça.

Agora o quarteto (claro que o pet conta) terá de deixar seu mundo seguro no subterrâneo e conhecer as belezas e perigos do mundo atual dos humanos. 


O local escolhido onde eles vão tentar recuperar o Anel de noivado é Londres, com seus ônibus de dois andares, teatros, museus e turistas.

Destaque para a ótima reprodução de locações, tanto da cidade subterrânea dos faraós, quanto da Londres moderna, com direito à famosa roda gigante. 


Fernando Velazquez, também vencedor do Prêmio Goya, compôs a trilha sonora. O filme traz três canções originais: “I Am Today” ("Nefer Song") e "New Song", com música e letra dele. E “Ring Song”, com música de Velázquez e letra de Jordi Gasull. 

O roteiro de "As Múmias e o Anel Perdido" foi coescrito por Jordi Gasull, também produtor do filme. Ele é vencedor de três prêmios Goya (o mais importante do cinema espanhol) de Melhor Animação (“As Aventuras de Tadeo” - 2012, “No Mundo da Lua” - 2016 e “As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas” - 2017). Boa pedida para conferir com os pequenos.


Ficha técnica:
Direção: Juan Jesús García Galocha
Produção: C.O.R.E. Feature Animation, 4Cats Pictures, Anangu Grup SLU e Moomios Movie AIE
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h29
Classificação: Livre
País: Espanha
Gêneros: animação, família, comédia, aventura