25 junho 2023

Harrison Ford se despede de personagem com nostalgia em "Indiana Jones e a Relíquia do Destino"

Quinto filme encerra a franquia com viagem pelo tempo e retorno de parceiros de filmes anteriores
(Fotos: Lucasfilm Ltd.)

 

Maristela Bretas


Um encerramento muito bom para Harrison Ford, com direito a viagem no tempo e imagens que remetem aos filmes anteriores da franquia. Assim é "Indiana Jones e a Relíquia do Destino", que estreia nesta quinta-feira (29) nos cinemas. 

Muita ação e aventura, que não poderiam faltar, efeitos especiais e um enredo que aposta no lado pessoal e nos dilemas do personagem principal que o levarão a uma viagem pelo tempo.


O quinto e último filme da franquia iniciada em 1981 com "Os Caçadores da Arca Perdida", sob a direção do brilhante Steven Spielberg, também encerra a participação de Ford como protagonista, sem deixar herdeiros para suas aventuras. 

Ele é a grande estrela e, mesmo aos 80 anos e sem vergonha de aparecer sem camisa, mostra porque ainda é um ator que atrai uma legião de fãs para seus filmes. 


A direção ficou nas mãos de James Mangold (diretor dos ótimos "Ford VS Ferrari" - 2019 e "Logan" - 2017), que também participou do roteiro. Ele entrega uma boa produção, que no entanto perde em história para os três primeiros filmes. Além de ser longa demais - 2h34 -, com alguns momentos cansativos. Poderia ter uma duração menor. 

O filme usa combinação de imagens e inteligência artificial para rejuvenescer Harrison Ford como Indiana Jones na época da ocupação alemã, a mesma do primeiro longa. São quase 30 minutos de muita ação e aventura, que já garantem boa diversão.


Há situações semelhantes aos dos longas anteriores que vão ser lembradas pelo público que acompanhou a saga do famoso arqueólogo. Não faltam perseguições de carros e motonetas, saltos de paraquedas, fugas em trens e muitos tiros e bombas.

A volta ao passado vai explicar os fatos que irão ocorrer no momento em que este novo filme se passa - 1969 -, durante a corrida espacial e a Guerra Fria. E apresenta como está a vida do outrora aventureiro Indy, agora um quase aposentado professor Jones, que dá aulas numa universidade para alunos sem interesse em História.


Tudo acontece quando o Indiana se vê envolvido na busca a um objeto antigo, construído pelo matemático Arquimedes, capaz de fazer quem o possuir viajar pelo tempo. Indy vai se envolver com a filha de um antigo parceiro e uma organização chefiada por um ex-nazista que quer o artefato para mudar a história.

O novo longa é nostálgico e traz de volta alguns personagens que acompanharam o herói de chapéu e chicote em muitas de suas aventuras. Como Sallah (o ator britânico John Rhys-Davies) e Marion (Karen Allen), ambos tão envelhecidos quanto o próprio Ford.


Apesar da escolha do excelente ator Mads Mikkelsen para ser o oponente da vez, o personagem Jürgen Voller, um cientista do Terceiro Reich que agora trabalha para o governo norte-americano, foi o mais fraco de todos os vilões da franquia. 

Ficou parecendo que era só mais um na trama. Um desperdício do grande talento do ator dinamarquês, que tem "Druk - Mais uma Rodada" (2021) e "Doutor Estranho" (2016) em sua filmografia.


Participam também do elenco atual Phoebe Waller-Bridge, como Helena Shaw, afilhada de Jones; Antônio Banderas (o marinheiro Renaldo, amigo de Indy); Shaunette Renee Wilson (agente Mason, da CIA); Toby Jones (Basil Shaw, parceiro de Jones e pai de Helena) e alguns outros nomes menos conhecidos.


Novamente (e não poderia ser diferente), a trilha sonora ficou nas mãos de John Williams, como nos outros quatro filmes da franquia, com destaque para a famosa música-tema que marcou toda uma geração e é tocada ao longo de todo o filme.

"Indiana Jones e a Relíquia do Destino" ressuscita a franquia após 15 anos do último filme - "Indiana Jones e o Reino da Caveira" (2008) -, e diverte, especialmente no início. Vale ser conferido, assim como os demais da saga, que já deixaram suas marcas como filmes de  aventura.


Ficha técnica:
Direção: James Mangold
Produção: Walt Disney Pictures, Lucasfilm Ltd, Paramount Pictures
Distribuição: Disney Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h34
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ação, aventura

20 junho 2023

Cine OP - Mostra de Cinema de Ouro Preto completa a maioridade com programação intensa e gratuita

Evento terá exibições no Centro de Artes e Convenções e na Praça Tiradentes, como aconteceu na edição passada (Fotos: Universo Produção)


Da Redação


De 21 a 26 de junho, Ouro Preto será palco da 18ª edição da CineOP – Mostra de Cinema, evento já consolidado no calendário e circuito de mostras e festivais do Brasil como o único a enfocar o cinema como patrimônio, preservação, história e educação. Com programação intensa, presencial e online, totalmente gratuita, as exibições irão ocorrer no Centro de Artes e Convenções e na Praça Tiradentes. 

Durante seis dias de evento, o público terá oportunidade de vivenciar um conteúdo inédito, descobrir novas tendências, assistir aos filmes, curtir atrações artísticas, trocar experiências com importantes nomes da cena cultural, do audiovisual, da preservação e da educação, participar do programa de formação e debates temáticos. 

"Rainha Diaba"

Haverá sessões de cinema, homenagem ao ator Tony Tornado, oficinas, workshops, masterclasses, Mostrinha de Cinema, Mostra Valores, lançamento de livros, exposição e atrações artísticas. Uma seleção de curtas, médias e longas-metragens, conectados com os três eixos curatoriais. 

Serão exibidos 125 filmes em pré-estreias e mostras temáticas (30 longas, nove médias-metragens e 86 curtas-metragens), vindos de cinco países: Brasil, Argentina, Colômbia, Equador, EUA - e de 14 estados brasileiros (AM, BA, CE, DF, ES, GO, MG, PB, PR, RJ, RN, RS, SC, SP) e distribuídos em nove mostras - Contemporânea, Homenagem, Preservação, Histórica, Educação, Valores, Mostrinha e Cine-Escola. 


A grade ainda será acompanhada de debates, diálogos, rodas de conversa e atividades relacionadas com a experiência dos filmes. Além das sessões presenciais, o público poderá assistir a filmes na plataforma do evento (cineop.com.br), na plataforma do Itaú Cultural Play, na TV UFOP e no Canal Educação, ampliando as janelas de exibição para quem não puder estar em Ouro Preto.

O Sesc Minas e o Senac também parceiros culturais e educacionais do evento, organizaram uma programação artística e educativa de alta qualidade e totalmente gratuita, que contará com a participação de renomados artistas, com abrangência local, regional e nacional.

Um dos grandes destaques é a participação especial do renomado ator e cantor brasileiro, Tony Tornado, que estará presente na cerimônia de abertura, participará de debates e ainda realizará um show memorável ao lado do filho, no dia 23 de junho.

"Quilombo"

Mostra Histórica

Sob o recorte “Imagens da MPB (Música Preta no Brasil)”, temática Histórica enfatiza a presença da criação musical de artistas pretas e pretos nas trilhas sonoras e nos elencos dos mais variados filmes. A curadoria de Cleber Eduardo e Tatiana Carvalho Costa buscou colocar as sonoridades pretas em evidência dentro de contextos históricos e culturais nos séculos XX e XXI como formas de invenção de universos populares. 


A ascensão do soul, a chegada do funk e vários outros momentos importantes dessa trajetória estarão representados numa série de filmes. Entre eles, o de abertura da CineOP, dá o ritmo: “Baile Soul”, de Cavi Borges, documenta um período entre anos 1960 e 1970 quando as equipes de som realizavam bailes blacks em centenas de clubes espalhados pelo subúrbio do Rio de Janeiro, dando origem ao movimento “Black Rio”. 

O fenômeno colaborou para a consolidação do movimento negro em todo o país. Tony Tornado, ator e cantor, homenageado este ano pela Mostra, teve participação fundamental nesse processo e aparece no longa-metragem. Confira a programação completa: https://cineop.com.br/index.php/filmes/mostra-historica/


Mostra Contemporânea

Os filmes da Mostra Contemporânea são assinados pelos curadores Cleber Eduardo (longas e médias), Camila Vieira (longas e médias) e Tatiana Carvalho Costa (curtas). Ainda que não seja essencial, a presença de trabalhos com pensamentos em torno de arquivos ou de reflexões sobre o passado aparecem bem evidentes na Mostra, devido a seu caráter de valorizar a preservação e o debate sobre o presente a partir do olhar para a história. Além disso, a temática também afetou a escolha de alguns títulos, em especial a relação com a música.

"Diálogos com Ruth de Souza"

Também uma programação exclusiva de cinco curtas-metragens foi selecionada para ser exibida na TV UFOP, numa parceira da Mostra com a universidade. Confira a programação completa: 

Mostra Preservação

Os filmes da Mostra Preservação expandem as atividades dos Encontros de Arquivo, que este ano vão debater o Plano Nacional de Preservação. Também serão discutidas questões surgidas a partir da temática “Patrimônio Audiovisual Brasileiro em Rede”, proposta pela curadoria de Fernanda Coelho e Vitor Graize. 

"Gurufim"

Mostra Educação

Na temática “Cinema e educação digital: Deslocamentos”, as curadoras Adriana Fresquet e Clarisse Alvarenga põem em destaque os desafios das redes e da tecnologia no processo de ensino e aprendizado. 

Os filmes, muitos deles produzidos em ambiente de sala de aula ou de ensino, devem ilustrar em detalhes muito do que estará nos debates. Um dos recortes adotados são os processos, educacionais ou de criação com o cinema, que se relacionam a uma aproximação com a terra. 


Projetos de educação audiovisual, de mídia e de comunicação que colocam as formas de produção em relação com outros seres vivos e com a política estarão no centro de algumas conversas e sessões. Confira a programação completa: https://cineop.com.br/index.php/filmes/mostra-educacao/

Mostra Valores

Este é o espaço da programação da 18ª CineOP planejado para valorizar e destacar filmes, projetos, ações e personalidades de Ouro Preto que fazem a diferença na cena da cidade, em Minas Gerais e no Brasil. 

Foi escolhido para integrar o recorte de programação desta edição o filme mineiro “As Linhas da Minha Mão”, de João Dumans, título vencedor de melhor longa-metragem da Mostra Aurora na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes realizada em janeiro de 2023. Um documentário sensível, que aposta no corpo, na voz e no carisma de sua personagem para falar de afetos, vivências, saúde e relações urbanas.


Cine-Escola e Mostrinha

Espaço de confraternização e aprendizado entre estudantes a partir do cinema, o Cine-Escola segue no objetivo de formação de novos públicos e olhares para a produção. 

As sessões, agendadas diretamente pelas escolas da região de Ouro Preto, contêm curtas adequados para cada uma das faixas etárias montadas na seleção: entre 5 e 7 anos; de 8 a 10 anos; e entre 11 e 13 anos. 


A sessão Mostrinha tem objetivo similar, incluindo pais e familiares que estejam em Ouro Preto para poderem acompanhar a programação com os pequenos. Esse ano será a animação “A Ilha dos Ilus”, de Paulo G. C. Miranda, uma produção de Goiás.

Serviço:
18ª CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto
Data: 21 a 26 de junho
Locais: Centro de Artes e Convenções e na Praça Tiradentes
Formatos: presencial e online
Entrada: gratuita
Informações: www.cineop.com.br


Confira a programação do Sesc em Minas:
22/6 - 19h30 -  Abertura oficial na Praça Tiradentes.
24/6 - concentração às 10h30 - Cortejo das Artes na Praça Tiradentes, com apresentações dos grupos: Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, Guarda de Congo Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, Maracatrupe, Bloco Queimando o Filme e Marcelino Xibil e pernaltas.
25/6 - 18h - Festa Junina - Arraiá da CineOP no Centro de Convenções da UFOP, com a presença das animadas quadrilhas Pé de Moleque e Xorey Largadu.


De 22 a 26/6
Das 22h às 2h - Sesc Cine Lounge no Centro de Convenções da UFOP. Programação:
22/6 - DJ Pátrida e Banda Diplomattas convida Maurício Tizumba
23/6 - DJ Pátrida e Tony Tornado
24/6 - DJ Pátrida, DJAHI e Rincon Sapiência
25/6 - DJAHI e Leci Brandão
26/6 - DJAHI e Samba Preto Choro Jazz