18 outubro 2023

"Trolls 3 - Juntos Novamente" revela passado de personagens sem deixar a diversão de lado

Terceiro filme da franquia reúne, após 20 anos, a banda ‘N Sync e Justin Timberlake (Fotos: DreamWorks Animation)


Eduardo Jr.


As criaturinhas coloridas de cabelos arrepiados que vivem para cantar, dançar e abraçar estão de volta! O filme “Trolls 3 - Juntos Novamente” ("Trolls Band Together") estreia nesta quinta-feira (19), distribuído pela Universal Pictures. Este é o terceiro longa da franquia, que segue sob a direção do americano Walt Dohrn e tem produção musical executiva de Justin Timberlake. 

A direção pode até ser a mesma, mas a animação dá um passo adiante em relação aos dois anteriores. A amizade entre Poppy e Tronco (dublados no Brasil por Jullie e Hugo Bonemer) evoluiu e os protagonistas agora são namorados. 

Além disso, o filme revela histórias do passado dos trolls, enquanto eles partem para salvar um conterrâneo que foi sequestrado. A sequência também tem como novidade a participação de Larissa Manoela, interpretando a personagem Viva, uma troll muito carismática e alegre. Confira o vídeo de nossos dubladores clicando aqui.


Diferente de "Trolls 1 e 2", este não começa com a tradicional animação stop-motion com bonecos de feltro. As cenas iniciais mostram Tronco sozinho, ouvindo um disco de vinil de uma boy band. Ali começa a se revelar o passado desconhecido do mais pragmático dos trolls. 

Aliás, a banda é só uma das várias homenagens e referências contidas no filme - que, assim como outras animações, dialoga com as crianças e também com os adultos. Ao longo de uma hora e meia, o público encontra um texto moderno, com algumas piadinhas bem colocadas, pautas contemporâneas e, claro, aventura. 


Outro alicerce do filme é a música. Aí se apresenta algo metalinguístico: as personagens principais receberam, na versão norte-americana, as vozes de Anna Kendrick (“Amor Sem Escalas”, 2009) e Justin Timberlake (“O Preço do Amanhã”, 2011). 

Assim como Tronco vai atrás de sua antiga boy band - a BroZone, Justin Timberlake trouxe de volta o grupo que o projetou ao estrelato, o ‘N Sync - que se reuniu após 20 anos para gravar o single inédito “Better Place” (já disponível nas plataformas de áudio), usado no filme. 


"Trolls" é uma franquia que vem se estabelecendo pela qualidade. Não só por levar a assinatura da DreamWorks, mas porque emplaca grandes sucessos. O primeiro filme, do ano de 2016, tinha entre as faixas a música “Can’t Stop the Feeling!”, que ganhou um Grammy e indicação ao Oscar. O segundo longa deu à canção “The Other Side”, parceria de Timberlake com Sza, indicação ao American Music Award. 

Agora, em “Trolls 3 - Juntos Novamente”, além de “Better Place”, a faixa “It Takes Two” (que reuniu Camila Cabello, Anna Kendrick, Justin Timberlake, Eric Andre, Daveed Diggs, e Kid Cudi) chega com credenciais de peso. Mas, se nenhuma das faixas agradar ao público, o medley usado no filme, que juntou 'N Sync com Bee Gees, já vale o ingresso do cinema só pela criatividade. A trilha sonora, produzida pela RCA Records, já está disponível nas principais plataformas musicais. Confira aqui



Alguns podem achar que a história de “Trolls 3” é menos potente que a do segundo filme. No entanto, as cores e texturas são impecáveis. Há momentos em que o traço dos desenhos muda e descansa o olhar do espectador. E os resgates situam quem não assistiu aos anteriores. 

Essa soma de fatores faz o longa figurar nas prateleiras de cima do ranking das animações. Mas cravar se o melhor filme é o segundo ou o terceiro, fica a cargo do espectador. Inclusive, espectadores, vocês podem esperar sentados enquanto subirem as letrinhas, porque tem cena pós-crédito. Fica a dica!  


Ficha técnica:
Direção: Walt Dohrn
Produção: DreamWorks Animation, Universal Studios
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h30
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, comédia, família

16 outubro 2023

Curtas de cineasta de BH concorrem a prêmios na 20ª Mostra de Filme Livre Online

Divulgação


Jean Piter Miranda


No próximo dia 20 de outubro será encerrada a votação para a escolha dos três vencedores da 20ª Mostra do Filme Livre (MFL) 2023 Online. O público poderá escolher três entre os mais de 30 filmes de curta duração que estão concorrendo à premiação de R$ 3 mil da edição deste ano. 

Entre os inscritos estão as produções “Dinheiro” (2021) e “Virtual Genesis” (2023), do diretor belo-horizontino Arthur Benfica Senra. Outros quatro curtas mineiros disputam a premiação: "Presente", de Pedro Coelho Xavier; "Órbita", de Catapreta; "Nunca Pensei que Seria Assim", de Meibe Rodrigues; e "Gestos de Proteção". 

As obras, em todos os formatos, gêneros e durações, estão disponíveis gratuitamente na internet para escolha e votação dos favoritos. Basta acessar o site:
https://www.mostralivre.com/23/. O resultado sairá no dia 21.


"Dinheiro"
O curta-animação emprega imagens feitas com cédulas antigas do Brasil para contar uma breve história do papel moeda e fazer crítica ao capitalismo. Cruzeiros, cruzados, cruzados novos e até notas carimbadas remetem às transições de moedas vividas pelos brasileiros nas décadas passadas.

O filme apresenta frases de grandes pensadores da história sobre o dinheiro, escritas por cima de recibos de compras. Há ainda sons de comércios de ruas, tão comuns em todo o país. Um relato de pouco mais de quatro minutos que faz pensar sobre a relação do homem com o dinheiro e o quanto isso molda as nossas vidas.


Ficha técnica:
Direção: Arthur Benfica Senra
Duração: 4 min.
Classificação: 10 anos

"Virtual Genesis"
O tema deste curta é ainda mais atual. Ele apresenta a ideia de uma inteligência artificial (IA) super avançada que cria seu próprio mundo. Complexo e em constante evolução. Esse mundo da IA surpreende os próprios cientistas que a projetaram.  pelos impressionantes avanços obtidos.

O programa cria sociedades e culturas e questiona a si mesmo sobre ética. Embora se trate de uma ficção, de um cenário hipotético, a proposta é completamente possível, considerando a tecnologia disponível atualmente. É uma provocação e tanto para os espectadores.

Em um mundo em que a inteligência artificial está presente na vida de muita gente, abordar questões éticas é algo essencial - fake news, desinformação, algoritmos - e como isso impacta na sociedade. Um curta de apenas oito minutos, feito com recursos de IA, que fica por dias e dias na cabeça. Vale à pena conferir a Mostra.


Ficha técnica:
Direção: Arthur Benfica Senra
Duração: 8 min.
Classificação: 12 anos