20 outubro 2023

Filme "Swimming Home" busca recursos para distribuição mundial

Produção franco-britânica conta com a participação de artistas de renome (Fotos: Divulgação)


Da Redação


Já está em fase de pós-produção o longa "Swimming Home", ambientado na Grécia e baseado na obra literária homônima da escritora britânica Deborah Levy, finalista do Man Booker Prize de 2012, o mais importante prêmio literário da Grã-Bretanha. 

O filme conta com a participação de artistas de renome como o ator estadunidense Christopher Abbott (da série "The Sinner", da Netflix), a atriz canadense Mackenzie Davis ("Blade Runner 2049" - 2017) e a atriz greco-francesa Ariane Labed ("Fidelio: A Odisseia de Alice" - 2014). A produção é dirigida por Justin Anderson, responsável também pelo roteiro.

"Swimming Home", que poderá receber o nome em português de "Natação em Casa", é uma comédia de humor negro. Conta a história de um casal problemático, Joe e Isabel, e sua filha adolescente Nina, cujas férias são transformadas por Kitti. A estranha é encontrada nadando nua na piscina da casa em que estava hospedada a família e acaba convidada a ficar no local. Que tipo de alívio Kitti pode oferecer para esta crise familiar? 

Livro homônimo da escritora britânica Deborah Levy

Financiamento

Apesar de ser uma produção internacional, o filme contou com uma parcela de financiamento proveniente do Brasil. "Swimming Home" começou a ser gravado no ano passado, apoiado pela brasileira Hurst, por meio da MUV, seu braço voltado à cultura e pioneira no Brasil neste tipo de iniciativa. 

A cota financiada pela fintech foi transformada em ativo de investimento, com a promessa de retorno na forma de juros. O modelo desenvolvido pela Hurst é simples e quase qualquer um pode investir. O aporte mínimo é de R$ 10 mil. A operação terá duração de 12 meses, e a expectativa é de rentabilidade de 28,24% ao ano dentro do cenário base. 

Praticamente concluído e entrando na fase de distribuição, o longa entra na segunda fase de captação pela Hurst. Os recursos são necessários para a promoção do filme no mercado internacional. O fato de já estar todo gravado e em fase final de edição é um fator positivo porque reduz risco, já que os prazos e custos determinados para a produção foram cumpridos à risca. 

Ariane Labed, Christopher Abbott e Mackenzie Davis 


Mercado internacional

Em 2024, "Swimming Home" vai entrar no mercado por meio dos principais festivais internacionais de cinema, entre eles o Sundance Film Festival e o Festival de Berlim. A participação nestes eventos tem como objetivo atrair compradores, ou seja, as distribuidoras, que podem pagar pelo direito de exploração do filme em determinados territórios ou globalmente.

A exploração em questão é a exibição em diversas ou em todas as janelas existentes como cinemas, streamings ou TVs. E essas possibilidades aumentam o poder de barganha junto aos distribuidores, valorizando a produção e aumentando a rentabilidade da obra. 

“Ao transformarmos a produção cinematográfica em ativo de investimento, há uma troca com o objetivo do ganha-ganha. O cinema recebe o dinheiro de que precisa para concluir a produção e os investidores, ao final, recebem de volta o dinheiro acrescido da rentabilidade. Ninguém deve favor a ninguém, é um formato absolutamente profissional e independente”, comenta Arthur Farache, CEO da Hurst.


Ficha técnica
FILME EM PÓS-PRODUÇÃO
Direção e roteiro:
Justin Anderson
Produção: Anti-Worlds, Quiddity Films, Heretic, Reagent Media e coprodução da Leming Film
Países: Reino Unido e França
Gênero: drama

18 outubro 2023

"Trolls 3 - Juntos Novamente" revela passado de personagens sem deixar a diversão de lado

Terceiro filme da franquia reúne, após 20 anos, a banda ‘N Sync e Justin Timberlake (Fotos: DreamWorks Animation)


Eduardo Jr.


As criaturinhas coloridas de cabelos arrepiados que vivem para cantar, dançar e abraçar estão de volta! O filme “Trolls 3 - Juntos Novamente” ("Trolls Band Together") estreia nesta quinta-feira (19), distribuído pela Universal Pictures. Este é o terceiro longa da franquia, que segue sob a direção do americano Walt Dohrn e tem produção musical executiva de Justin Timberlake. 

A direção pode até ser a mesma, mas a animação dá um passo adiante em relação aos dois anteriores. A amizade entre Poppy e Tronco (dublados no Brasil por Jullie e Hugo Bonemer) evoluiu e os protagonistas agora são namorados. 

Além disso, o filme revela histórias do passado dos trolls, enquanto eles partem para salvar um conterrâneo que foi sequestrado. A sequência também tem como novidade a participação de Larissa Manoela, interpretando a personagem Viva, uma troll muito carismática e alegre. Confira o vídeo de nossos dubladores clicando aqui.


Diferente de "Trolls 1 e 2", este não começa com a tradicional animação stop-motion com bonecos de feltro. As cenas iniciais mostram Tronco sozinho, ouvindo um disco de vinil de uma boy band. Ali começa a se revelar o passado desconhecido do mais pragmático dos trolls. 

Aliás, a banda é só uma das várias homenagens e referências contidas no filme - que, assim como outras animações, dialoga com as crianças e também com os adultos. Ao longo de uma hora e meia, o público encontra um texto moderno, com algumas piadinhas bem colocadas, pautas contemporâneas e, claro, aventura. 


Outro alicerce do filme é a música. Aí se apresenta algo metalinguístico: as personagens principais receberam, na versão norte-americana, as vozes de Anna Kendrick (“Amor Sem Escalas”, 2009) e Justin Timberlake (“O Preço do Amanhã”, 2011). 

Assim como Tronco vai atrás de sua antiga boy band - a BroZone, Justin Timberlake trouxe de volta o grupo que o projetou ao estrelato, o ‘N Sync - que se reuniu após 20 anos para gravar o single inédito “Better Place” (já disponível nas plataformas de áudio), usado no filme. 


"Trolls" é uma franquia que vem se estabelecendo pela qualidade. Não só por levar a assinatura da DreamWorks, mas porque emplaca grandes sucessos. O primeiro filme, do ano de 2016, tinha entre as faixas a música “Can’t Stop the Feeling!”, que ganhou um Grammy e indicação ao Oscar. O segundo longa deu à canção “The Other Side”, parceria de Timberlake com Sza, indicação ao American Music Award. 

Agora, em “Trolls 3 - Juntos Novamente”, além de “Better Place”, a faixa “It Takes Two” (que reuniu Camila Cabello, Anna Kendrick, Justin Timberlake, Eric Andre, Daveed Diggs, e Kid Cudi) chega com credenciais de peso. Mas, se nenhuma das faixas agradar ao público, o medley usado no filme, que juntou 'N Sync com Bee Gees, já vale o ingresso do cinema só pela criatividade. A trilha sonora, produzida pela RCA Records, já está disponível nas principais plataformas musicais. Confira aqui



Alguns podem achar que a história de “Trolls 3” é menos potente que a do segundo filme. No entanto, as cores e texturas são impecáveis. Há momentos em que o traço dos desenhos muda e descansa o olhar do espectador. E os resgates situam quem não assistiu aos anteriores. 

Essa soma de fatores faz o longa figurar nas prateleiras de cima do ranking das animações. Mas cravar se o melhor filme é o segundo ou o terceiro, fica a cargo do espectador. Inclusive, espectadores, vocês podem esperar sentados enquanto subirem as letrinhas, porque tem cena pós-crédito. Fica a dica!  


Ficha técnica:
Direção: Walt Dohrn
Produção: DreamWorks Animation, Universal Studios
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h30
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, comédia, família