26 agosto 2024

"Alien: Romulus" - O retorno triunfante do terror espacial

Thriller de ficção científica retorna às raízes da franquia e mostra características de “Alien, o 8º Passageiro” e “Prometheus” (Fotos: 20th Century Studios)


Filipe Matheus
Blog Maravilha de Cinema


Após décadas de sucesso, “Alien: Romulus” , em cartaz nos cinemas, retorna às raízes da franquia de sucesso iniciada em 1979 com "Alien, o 8º Passageiro, e que teve diversas sequências. 

O longa da vez é ambientado entre o primeiro e a versão de 1986, "Alien, O Resgate", dirigido por James Cameron e que marcou a volta de Sigourney Weaver ao papel principal que a consagrou no longa original. 


Agora o longa acompanha um grupo de novos e jovens colonizadores que se aventuram em uma missão em busca de liberdade e paz e acabam nas profundezas de uma estação espacial abandonada. No local, eles se deparam com uma criatura aterrorizante que ameaça a sobrevivência da equipe.

A franquia “Alien” é uma das mais clássicas do cinema de terror de ficção científica. Todos os filmes juntos arrecadaram mais de US$ 1,6 bilhão em bilheteria, sendo “Prometheus” (2012) o mais rentável, com US$ 403,4 milhões.


A história do novo filme é bem explorada. Do início ao fim, o longa é envolvente. O ambiente claustrofóbico e o terror psicológico à espera de um novo ataque da criatura contribuem para manter o espectador tenso e ansioso por cada cena. Som e efeitos visuais são os destaques da produção.

O elenco jovem é formado por Cailee Spaeny (Rain), Isabela Merced (Kay), Aileen Wu (Navarro), David Johnsson (o andróide Andy) e Archie Renaux (Tyler), sob a direção do uruguaio Fede Alvarez, conhecido por filmes como "Millennium - A Garota da Teia de Aranha" (2018). 


Um dos produtores é Ridley Scott, que dirigiu o primeiro filme da franquia, protagonizado por Sigourney Weaver, e "Alien: Covenant" (2017), com Michael Fassbender no papel principal.

Cada filme não só manteve o terror e a tensão, mas também trouxe novos elementos para a história, contribuindo para a longevidade e êxito contínuo da icônica franquia “Alien”. Com a chegada de "Alien: Romulus", os fãs estão ansiosos por mais histórias da saga.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Fede Alvarez
Produção: Scott Free Productions, 20th Century Studios
Distribuição: Disney Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h59
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: terror, ficção, suspense

25 agosto 2024

"Longlegs - Vínculo Mortal" é um policial de terror com Nicolas Cage irreconhecível

Maika Monroe interpreta uma agente do FBI misteriosa e arredia que investiga um serial killer violento e aterrorizador (Fotos: Diamond Films)


Maristela Bretas


Confuso no início, "Longlegs - Vínculo Mortal", que estreia nesta quinta-feira (29) é um filme tenso e violento, que tem como destaque Nicolas Cage (que também é um dos produtores). 

Apesar das atuações impecáveis dele e de Maika Monroe, sai da sessão sem conseguir digerir o que tinha acabado de assistir. Não sei se considero como uma produção boa demais ou só mais um filme perturbador que fica dando voltas para explicar a ligação dos protagonistas.


Ao longo do filme, a confusão inicial, que se assemelha à da mente da personagem Lee Harker, vai se explicar e antes do meio já dá para saber o que houve, quais as conexões e como a história vai terminar. Dá a impressão de que o diretor usa muitas imagens aleatórias para "encher linguiça". No final, algumas são explicadas e outras vão continuar sem propósito e dispensáveis.


Além da atuação como um serial killer impiedoso, destaco a ótima maquiagem do personagem de Nicolas Cage, que dá nome ao filme. Ela o torna irreconhecível e assustador. Fez toda a diferença a escolha dele para o papel. 

Segundo o responsável pela maquiagem, Harlow MacFarlane, a fonte de inspiração para a concepção deste visual foi intencional, baseada numa memória da infância do ator, que se surpreendeu com a imagem de sua mãe fazendo skincare.


Maika Monroe também não fica atrás interpretando Lee Harker, a agente do FBI solitária e silenciosa, de passado nebuloso. É ela, com sua mente atormentada, quem direciona o filme ao investigar Longlegs, estudando a fundo seu perfil tenebroso. 

Somente Lee é capaz de decifrar as pistas com símbolos deixadas pelo assassino nas cenas do crime. Mas o que mais a perturba são as visões provocadas pela à medida que se aproxima dele. 

O diretor e roteirista Osgood Perkins (filho do ator Anthony Perkins, de "Psicose") manteve o visual de Longlegs em segredo até mesmo da atriz, para garantir que o público sentisse a mesma antecipação que a protagonista ao finalmente encontrá-lo. 

O elenco conta ainda com as participações de Alicia Witt, como Ruth Harker, mãe de Lee, e Blair Underwood, como o chefe de Lee no FBI, além de outros.


O longa tem três pontos positivos que podem agradar ao público: o design de som, que explora bem os momentos, tanto de ação quanto de silêncio, aliado à trilha sonora que foge um pouco às usadas normalmente em filmes de terror. 

O segundo ponto é a fotografia (dirigida por Andres Arochi), que dá a dimensão dos ataques de Longlegs, ao mesmo tempo em que preenche lagunas formadas na mente de Lee Harker.

"Longlegs - Vínculo Mortal" vai dividir opiniões, com certeza. Ele está entre um dos filmes do gênero mais comentados no momento, colocando-o como o terror do ano. Não sei se chega a tanto, mas vale ser conferido, especialmente pelas atuações dos protagonistas e da atmosfera de suspense que provoca, que lembra o excelente "O Silêncio dos Inocentes" (1991).


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Osgood Perkins
Produção: Black Bear Productions
Distribuição: Diamond Films
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h41
Classificação: 18 anos
País: EUA
Gêneros: terror, policial