03 junho 2015

BH recebe pela primeira vez a Mostra do Filme Livre

"A Mulher que Amou o Vento", da mineira Ana Moravi, é um dos destaques da MFL 2015 (Fotos: MFL/Divulgação)

Maristela Bretas


Para os amantes do cinema experimental independente, uma grande oportunidade de acompanhar, pela primeira vez em Belo Horizonte de forma integral, a Mostra do Filme Livre (MFL), que acontece no até o dia 22 de junho no CCBB-BH, na Praça da Liberdade. Constam da programação mais de 260 filmes entre longas, médias e curtas metragens – com todas as sessões gratuitas.

Mais de 10 mil pessoas já conferiram a programação da Mostra nas três capitais pelas quais passou desde abril deste ano: Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. A programação está no site www.mostradofilmelivre.com.br. Neste ano, a Mostra homenageia o diretor Maurice Capovilla, com a exibição de oito de suas produções, entre os dias 18 e 21 de junho, no Teatro II.

Premiados na MFL 2015


Entre os filmes a serem exibidos na MFL em BH está o longa-metragem “Ela Volta na Quinta”, que garantiu ao mineiro André Novais o Troféu Livre, entregue na segunda-feira durante a abertura do evento. Ele está na lista dos 10 diretores agraciados com a premiação. Novais acaba de retornar da França, onde exibiu seu mais recente trabalho, o curta-metragem “Quintal”, selecionado para a “Quinzena dos Realizadores”, mostra paralela ao Festival de Cinema de Cannes.




Vencedor dos prêmios de melhor ator e atriz coadjuvante no Festival de Brasília de 2014, o filme “Ela Volta na Quinta” terá exibição única no dia 11 de junho, às 20 horas, no Teatro II do CCBB-BH. Primeiro longa-metragem de André Novais, a película conta a história de um casal de idosos da periferia de Contagem que atravessa uma crise conjugal que interfere na vida dos filhos.

Retrospectiva de Carlos Magno

Outro destaque de Minas Gerais na Mostra do Filme Livre é a retrospectiva do diretor Carlos Magno Rodrigues, no dia 17 de junho, às 18h30, no Teatro II. A sessão é seguida por um debate sobre a carreira do diretor com mediação de Gabriel Sanna, um dos curadores da MFL.


 


Formado em Artes Visuais pela UFMG, Carlos Magno chama a atenção pela forma autoral e o tom quase confidencial de seus primeiros vídeos. Nos anos 2000, com a proliferação de festivais e mostras, seu trabalho cavou um espaço importante na cena e hoje, após 20 anos e diversos prêmios e homenagens, é tido como um dos alicerces do cinema de autor no Brasil, especialmente quando se pensa em curta-metragem.

Durante a MFL, o público confere os seguintes curtas de Carlos Magno: “Andrômeda – a menina que fumava sabão” (2009, 15 min); “1976 – Lugar sagrado” (2010, 6 min); “Alexandre Illich” (2008, 12 min); “Sebastião, o homem que bebia querosene” (2007, 10 min); “IGRREV – Igreja Revolucionária dos Corações Amargurados” (2007, 15 min); “Antes de tudo” (2004, 5 min); “Imprescindíveis” (2003, 5 min); “Coração Rebelde” (1999, 2 min); “O Corte de cabelo do diabo” (1998, 5 min); “Para quem enxerga e não entende bem as palavras” (1997, 5 min); e “Michelangelo Antonioni” (1995, 3 min).

Filmes mineiros na programação


 “Guignard Imaginário” , de Isabel Lacerda integra a sessão Extra Belo Horizonte

Durante a MFL serão exibidos ainda outros 14 filmes (longas, médias e curtas-metragens) produzidos em Minas Gerais: Os longas “A Mulher que amou o vento”, de Ana Moravi (67 min); “Ruídos Mudos”, de Haendel Melo (23 min); “Tigre”, de João Borges (15 min); “O Bagre africano de Ataléia”, de Aline X e Gustavo Jardim; e os curtas “Os cantos da terra livre”, de Gabriel Bilig (27 min); “Brisa secreta das alturas”, de Fábio Carvalho (14 min); “Vila-Aeroporto”, de Danilo Vilaça (10 min); “Tormenta”, de Fernanda Salgado e Fernando Mendes (14 min); “A Varinha Mágica”, de Ramon Faria (5 min); “Atemporal”, de Sara Não Tem Nome (1 min); “Texto Simples”, de Francisco Franco e Josimar Freira (3 min).

Os filmes “Sandra Espera”, de Leonardo Amaral (20 min), “A Mudança”, de Erick Ricco (25 min), e “Guignard Imaginário” , de Isabel Lacerda (26 min) integram a sessão Extra Belo Horizonte e serão exibidos no dia 6 de junho, às 15 horas, no Teatro II.

SERVIÇO
14ª Mostra do Filme Livre em BH – MFL 2015
Data: Até 22 de junho
Local: CCBB BH - Praça da Liberdade, 450 – Funcionários
Funcionamento: de quarta a segunda, das 9 às 21 horas
Horário das exibições: consultar programação em www.mostradofilmelivre.com/15/agenda.php
Informações: (31) 3431-9400 | ccbbbbh@bb.com.br
Ingressos: Entrada franca, com distribuição dos ingressos meia hora antes da sessão.
Classificação: consultar programação por sessão

Tags: Mostra do Filme Livre; CCBB-BH; curta-metragem; longa-metragem; Cinema no Escurinho

31 maio 2015

"Terremoto: A Falha de San Andreas" não deixa pedra sobre pedra

San Francisco e Los Angeles serão devastadas por terremotos provocados pela falha de San Andreas (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Para quem está à procura de um filme de ação do início ao fim, com excelentes efeitos especiais, tragédia, terremotos, tsunami e tensão, a pedida é "Terremoto: A Falha de San Andreas" ("San Andreas"), que está em cartaz nos cinemas de BH. Talvez o melhor do gênero entre os últimos produzidos, apesar dos clichês e de cenas que lembram outros filmes deste tipo. E apesar de vir também na versão 3D, as cenas de destruição não perdem muito o impacto na exibição normal.

Contando com Dwayne Johnson no papel principal como um integrante da força de resgate aéreo de Los Angeles, o filme explora um temor que os norte-americanos da Costa Oeste sempre tiveram - o dia em a famosa falha localizada na Califórnia resolvesse se mover e provocasse um terremoto de proporções inimagináveis.

E é exatamente essa a história: são quase duas horas de tremores, prédios rachando e caindo, fugas espetaculares de avião e helicóptero, resgates quase impossíveis que somente o mocinho "The Rock" poderia realizar. E ao final, uma mensagem bem patriótica, como era esperada neste tipo de filme-catástrofe.


Isso não desmerece a produção. Ao contrário, cumpre o que já era esperado para esse gênero de ação. Como aconteceu em "2012". Por sinal, os dois são muito parecidos, até mesmo na história que serve de pano de fundo para a megatragédia.

Dwayne é o piloto de helicóptero Ray, ex-combatente do Afeganistão e atualmente chefe de uma equipe de resgate dos bombeiros de Los Angeles. Quando fortes tremores provocados pela falha de San Andreas começam a atingir a cidade, ele precisará salvar sua ex-mulher Emma (Carla Gugino) e a filha Blake (a linda Alexandra Daddario, de "Percy Jackson: Ladrão de Raios"), que se encontra em San Francisco, onde acontecerá o maior estrago.



A jovem está acompanhada de dois jovens irmãos britânicos - Ben (Hugo Johnstone-Burf) e Ollie (Art Parkinson) - que visitam a cidade pela primeira vez. Enquanto isso, o pesquisador e sismólogo Lawrence (Paul Giamatti) e a repórter de TV Serena (Archie Panjabi) tentam avisar ao resto do país o perigo que está por vir e a necessidade de uma evacuação imediata das cidades.

"Terremoto - A Falha de San Andreas" é indicado aos fãs dos gênero catástrofe e vale por suas cenas, quase reais, que levam a pensar se uma tragédia de tamanha intensidade pode acontecer um dia, como foi previsto por vários pesquisadores. O filme pode ser conferido nas versões legendadas e dubladas em 36 salas de cinema de 19 shoppings de BH, Contagem e Betim.


Galeria de fotos


Ficha técnica:
Direção: Brad Peyton
Produção: Village Roadshow Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures do Brasil
Duração: 1h54
Gêneros: Ação/ Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)


Tags: Terremoto: A Falha de San Andreas; Dwayne Johnson; Carla Gugino; Alexandra Daddario; catástrofe; ação; aventura; tsunami; destruição;Warner Bros. Pictures; Village Roadshow; Cinema no Escurinho