11 junho 2015

“Qualquer Gato Vira-Lata 2” não deveria ter passado do primeiro

Conrado e Tati estão juntos e viajam para Cancun para o lançamento do livro do professor (Fotos Paris Filmes/Divulgação)


Maristela Bretas


Se o primeiro foi fraco, dificilmente a continuação de um filme pode ser melhor. E “Qualquer Gato Vira-Lata 2” não fugiu à regra. A produção não convence como comédia e a história manjada do romance do professor bobão com a aluna gata, que precisa disputar o amor da jovem com o garotão sarado nas praias de Cancun piora a situação. Não passa de mais um filme nacional ruim com muita divulgação, que aproveita atores de novela (não que sejam os melhores) para tentar atrair o público da telinha para a telona. 

É o caso de Cléo Pires, Malvino Salvador e Dudu Azevedo. Cléo, que interpreta Tati está mais madura, com boa voz e belo visual que vai atrair o público masculino. Mas ela ainda tem uma longa estrada até chegar aos pés da mãe, Glória Pires, que com menos idade já era sucesso garantido nas produções.

No filme, Tati (Cléo Pires) e Conrado (Malvino Salvador), que terminam juntos o primeiro, viajam a Cancún, onde ele participa de uma conferência para o lançamento de seu livro. Lá, ela aproveita a ocasião para pedi-lo em casamento, com transmissão via internet para todos os amigos no Brasil. Mas, Conrado responde apenas um “Posso pensar?” e a moça explode em fúria. O ex dela, Marcelo (Dudu Azevedo), aproveita para tentar reatar, enquanto Ângela (Rita Guedes), a ex de Conrado, está na mesma conferência tentando provar que o livro dele é uma furada.

Um momento no filme chama a atenção e chega a ser emocionante – o reencontro e as pazes entre Cléo e Fábio Jr., seu pai na vida real, e de quem a atriz se mantinha afastada há anos. As cenas ficaram bacanas, ele chega a cantar um de seus sucessos a pedido dela, como se fosse uma música para ninar. 

Já Malvino Salvador volta no papel do professor, agora namorado da aluna bonitona, mas continua com cara de bobão em um personagem muito fraco, sem carisma e nem um pouco engraçado. Na disputa pelo coração da jovem está Dudu Azevedo. De onde tiraram que esse menino é ator, só porque fica o tempo todo mostrando músculo? Fala sério, ele é muito ruim!  Desperdício de talento também para Rita Guedes.




Se há atores (de verdade) que provocam algum riso, eles estão no elenco secundário e alguns conhecidos de novelas e programas de TV: Letícia Novaes, como Paula, a amiga encalhada de Tati; Álamo Facó, como Magrão, o melhor amigo de Marcelo e com uma queda forte por Paula; a menininha Me Maia (essa sim tem futuro), que interpreta Júlia, a filha de mentira de Marcelo.

Stella Miranda ta,be´m segura o papel como Gláucia, a sogra de Tati que não vê a hora de transar com um amante latino; e Marcelo Saback, o amante latino que come todas e todos no filme. Sem esquecer do quarteto de mariachis cantando "Cucurucucú Paloma", muito bom.

Resumo da ópera: assistir "Qualquer Gato Vira-Lata 2" é desperdício de dinheiro, não vale o ingresso, a pipoca e o refrigerante.

Ficha técnica:
Direção: Roberto Santucci e Marcelo Antunez
Produção: Globo Filmes
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h44
Gênero: Comédia / Romance
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2 (0 a 5)

Tags: Qualquer Gato Vira-Lata 2; Cléo Pires; Malvino Salvador; Dudu Azevedo; comédia; romance; Paris Filmes; Globo Filmes; Cinema no Escurinho

06 junho 2015

Tempo, tempo, tempo, tempo - "A Incrível História de Adaline" encanta como um bom conto de fadas

A bela Blake Lively interpreta Adaline, que nasceu em 1908, torna-se prisioneira do seu destino (Fotos Diamond Films Brasil)


Mirtes Helena Scalioni


Histórias sobre o tempo sempre fascinaram a humanidade, curiosa por decifrar - e dominar? - seus meandros. Da mesma forma, os humanos sempre se encantaram com o destino, intrigados com seus mistérios. Quando os dois temas estão juntos - tempo e destino - está pavimentado meio caminho para o sucesso de uma obra. 


É esse o caso de "A Incrível História de Adaline", filme que conta a longa vida de Adaline Bowman, americana que, ao sofrer um acidente de carro aos 29 anos, passa a sofrer também de um estranho fenômeno de jamais envelhecer.

Em interpretação contida e discreta de Blake Lively, Adaline, que nasceu em 1908, torna-se prisioneira do seu destino. Solitária, não pode criar laços para não revelar seu segredo. Vive fugindo e se mudando, sempre adotando identidades falsas, o que levanta a suspeita da polícia. Ponto para a atriz, que soube emprestar sua indiscutível beleza para que sua personagem se transformasse ao longo do tempo modificando apenas figurinos e penteados.

Mas chega um dia em que Adaline conhece Ellis Jones (Michiel Huisman) e se apaixona. Sim, trata-se de um filme de amor. Na verdade, um conto de fadas onde o príncipe, claro, é rico, lindo, gentil, inteligente e capaz de, pelo amor, libertá-la. E "A Incrível História de Adaline" seria só mais uma fábula romântica não fosse o aparecimento de Harrison Ford na trama. Maduro, o ator permanece com seu charme irresistível e seu personagem é a chave para mudar a vida da bela protagonista.


Há quem não goste de filmes narrados. No caso desse, a narração não compromete. Pelo contrário, complementa os muitos flashbacks necessários para dar ao espectador a dimensão do tempo e da longa vida de Adaline. 

Enfim, a imortalidade e a juventude eterna, velhos mitos que intrigam os humanos, são a grande riqueza do filme que só tem um pecado: tentar explicar com uma ciência que está mais para ficção os fenômenos que poderiam ser simplesmente vistos como magia0
.



O filme pode ser visto na sessão de 17h50 da 4 do Cineart Ponteio Lar Shopping, e nas sessões de 13h20, 16 horas e 21h30 da sala 2 do Cinemark Diamond Mall, todas  em versões legendadas. Classificação: 12 anos

O site Por A mais B, de Anna Foureuax e Beth Barra, que está sempre ligado nas tendências de Moda, Beleza, Viagem e Costumes também assistiu "A Incrível História de Adaline". Leia a matéria da jornalista Beth Barra sobre as oito décadas de moda na vida da personagem.


Tags: A Incrível História de Adaline; Blake Lively; Michiel Huisman; Harrison Ford; Kathy Baker; Diamond Films; drama; romance; Cinema no Escurinho

05 junho 2015

"Tomorrowland" é uma homenagem ao sonho de Walt Disney de um futuro melhor

Filme reúne ação, aventura e esperança num cenário grandioso e com elenco de peso (Fotos Walt Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser mais um filme dos estúdios Disney, com uma historinha comum, de pessoas comuns e uma grande aventura envolvendo jovens, como aconteceu com "Fuga Para A Montanha Enfeitiçada". Mas "Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível" ("Tomorrowland"), que estreia nesta quinta-feira (4), aposta não só na criação de uma história sobre um mundo no futuro com propostas melhores, mas na forma de tratar um projeto que começou na década de 50 pelas mãos de um visionário chamado Walt Disney.

O filme é uma grande homenagem ao criador de Mickey e centenas de outros personagens que marcaram gerações, na animação e no cinema. Para Disney, "o futuro não era estático, mas um projeto que nunca acaba”.

Para quem teve oportunidade de conhecer Epcot, na Flórida, ou Tomorrowland, na Califórnia, o filme é como estar num destes parques, com suas atrações futuristas e propostas de sustentabilidade, redução nas emissões de gases tóxicos e preservação da natureza. Uma verdadeira "Terra do Amanhã".

Um detalhe interessante logo na abertura do filme foi a troca do tradicional Castelo da Cinderela pela imagem da futurística Tomorrowland. A partir daí, o diretor ganhador de Oscar Brad Bird, o roteirista Damon Lindelof e o produtor executivo Jeff Jensen se envolvem por completo no mundo projetado por Walt Disney. E vão além, com uma produção de qualidade, bem conduzida, com muita ação, e mensagens de amizade, respeito e otimismo, no estilo dos estúdios.

Isso sem contar os efeitos especiais que são excelentes (a Disney não ia deixar por menos), além de uma forte campanha mundial para divulgação do filme, que traz nomes de peso no elenco. Estrelado pelo também premiado duas vezes com o Oscar, George Clooney, o filme conta a aventura de Casey Newton (Britt Robertson), uma adolescente otimista e vibrante que é transportada para outra dimensão após encontrar um misterioso boton com a letra "T". 

Sua curiosidade acaba por colocá-la no caminho de Athena (Raffey Cassidy), uma menina vinda do futuro, e de um grupo de homens estranhos que não querem que elas descubram o segredo do boton.

As duas vão precisar da ajuda de Frank Walker (Clooney), um cientista que foi um sonhador no passado, mas que se tornou desiludido e vive isolado do mundo. Juntos eles vão embarcar em uma missão repleta de perigos para encontrar um lugar escondido no tempo e no espaço conhecido como Tomorrowland. E tentar salvar da extinção o mundo de Casey.

No filme estão ainda Hugh Laurie como o brilhante cientista David Nix que controla Tomorrowland; Kathryn Hahn e Keegan-Michael Key, como o casal Ursula e Hugo Gernsback, donos de uma loja de gibis e artigos de ficção científica e que garantem ótimas cenas de luta e tiros com armas de laser; Thomas Robinson, que interpreta Frank com 11 anos, um inventor idealista e sonhador; e Tim McGraw, no papel de Ed Newton, pai de Casey e engenheiro da Nasa ameaçado de demissão com o fim do programa espacial.

George Clooney, que não é pai, mas tem se mostrado muito "família" em produções recentes, tira de letra o papel do cientista decadente e paranoico com segurança, enquanto Hugh Laurie não perde a pose e sua principal característica - o sarcasmo, principalmente quando se refere à humanidade ameaçada. Parece o "Dr. House" falando.

Britt Robertson (que está em cartaz nos cinemas com o romântico "Uma Longa Jornada", ao lado de Scott Eastwood), cumpriu bem a função e não ficou para trás quando divide cenas com o top megacharmoso George Clooney (que não fica feio nem quando está desarrumado e com barba por fazer).

Já Raffey Cassidy é de uma presença que encanta, com um olhar doce e ao mesmo tempo frio quando enfrenta o inimigo - ela já é conhecida do público por "Branca de Neve e o Caçador" e "Sombras da Noite". Ponto também para o garoto Thomas Robinson, que tem na bagagem duas produções - "Coincidências do Amor" e "O Protetor".


Num momento onde a indústria cinematográfica investe em produções que exploram a violência, o medo e um fim do mundo catastrófico, com pessoas sem esperança e cada vez mais isoladas em suas conexões, "Tomorrowland" vem com uma mensagem totalmente oposta, propondo que se as pessoas acreditarem não será impossível fazer um mundo melhor. Utopia? Pode ser. Mas não custa tentar. O filme tem uma história comum, mas que ganha destaque por sua criação baseada no sonho de um homem de visão e pela atuação do elenco.

Curiosidades

- A história de "Tomorrowland" começou com uma caixa com uma etiqueta “1952”, supostamente descoberta por acaso nos arquivos dos Estúdios Disney. A caixa misteriosa continha todo tipo de modelos e plantas, fotografias e cartas fascinantes que pareciam ter relação com a origem de Tomorrowland e da Feira Mundial de 1964-1965, em Nova York, que apresentou tecnologias radicais.

- O sucesso da Feira Mundial permitiu que Disney arrecadasse fundos para seu próximo grande projeto, o Experimental Prototype Community of Tomorrow, ou Epcot. A visão de Disney era de uma cidade modelo que seria um contínuo experimento de desenvolvimento urbano e organização; era para ser a verdadeira Tomorrowland onde a tecnologia se unia ao planejamento urbano para criar um ambiente otimizado para se viver.

- Walt Disney morreu antes de o Epcot poder ser construído, e a Disney Company decidiu que não queria administrar uma cidade sem as ideias dele. O conceito da comunidade modelo foi modificado para se tornar uma grande e “permanente Feira Mundial”, com dois pequenos distritos residenciais para funcionários e suas famílias. O parque é um dos quatro que compõem o complexo Walt Disney World, em Orlando, na Flórida.

- Já Tomorrowland foi criada por Walt Disney como uma área da Disneylandia em 1955, numa época em que os americanos imaginavam um futuro otimista. E é um dos parques mais visitados do complexo.


- Para a Feira Mundial de 1964, a Walt Disney Company criou três atrações, sendo a mais conhecida "It’s a Small World", instalada na Disneylândia (em Anaheim, na Califórnia), cuja entrada é lembrada no início do filme "Tomorrowland" quando o pequeno Frank segue Athena e um grupo de cientistas numa atração de barco.

- As outras duas atrações, embora meio ultrapassadas para os padrões atuais, "Carousel of Progress", instalada no Parque Magic Kingdom, em Orlando, e "Great Moments with Mr. Lincoln", na Disneylandia, foram revolucionárias no modo como usaram robôs e tecnologia para criar uma atração rica e temática. Ambas ainda estão em atividade.

- A Cidade das Artes e Ciências em Valência, na Espanha, desenhada por Santiago Calatrava, serviu de inspiração para a criação do cenário de Tomorrowland.

- As plantações de milho e trigo mostradas nas imagens foram cultivadas especialmente para o filme em duas fazendas - uma no Canadá e outra nos EUA.

- Além dos cenários na Espanha e no Canadá, outras locações incluíram a atração “It’s a small world” da Disneylândia, uma praia nas Bahamas e uma cena da segunda unidade em Paris. No total, o filme teve mais de 90 combinações diferentes de cenários e locações, e se mudou dez vezes.

- O figurinista Jeffrey Kurland teve que vestir quase 400 figurantes no período de 1964 para as cenas do Hall das Invenções da Feira Mundial.

GALERIA DE FOTOS


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Brad Bird e Damon Lindelof
Produção: Walt Disney Pictures
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h10
Gêneros: Ficção científica/ Aventura/Ação
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada É Impossível; Walt Disney; George Clooney; Hugh Laurie; Britt Robertson; Disneylandia; Epcot; futurista; Feira Mundial de 64; ação; aventura; ficção científica; Estúdios Disney; Cinema no Escurinho


03 junho 2015

BH recebe pela primeira vez a Mostra do Filme Livre

"A Mulher que Amou o Vento", da mineira Ana Moravi, é um dos destaques da MFL 2015 (Fotos: MFL/Divulgação)

Maristela Bretas


Para os amantes do cinema experimental independente, uma grande oportunidade de acompanhar, pela primeira vez em Belo Horizonte de forma integral, a Mostra do Filme Livre (MFL), que acontece no até o dia 22 de junho no CCBB-BH, na Praça da Liberdade. Constam da programação mais de 260 filmes entre longas, médias e curtas metragens – com todas as sessões gratuitas.

Mais de 10 mil pessoas já conferiram a programação da Mostra nas três capitais pelas quais passou desde abril deste ano: Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. A programação está no site www.mostradofilmelivre.com.br. Neste ano, a Mostra homenageia o diretor Maurice Capovilla, com a exibição de oito de suas produções, entre os dias 18 e 21 de junho, no Teatro II.

Premiados na MFL 2015


Entre os filmes a serem exibidos na MFL em BH está o longa-metragem “Ela Volta na Quinta”, que garantiu ao mineiro André Novais o Troféu Livre, entregue na segunda-feira durante a abertura do evento. Ele está na lista dos 10 diretores agraciados com a premiação. Novais acaba de retornar da França, onde exibiu seu mais recente trabalho, o curta-metragem “Quintal”, selecionado para a “Quinzena dos Realizadores”, mostra paralela ao Festival de Cinema de Cannes.




Vencedor dos prêmios de melhor ator e atriz coadjuvante no Festival de Brasília de 2014, o filme “Ela Volta na Quinta” terá exibição única no dia 11 de junho, às 20 horas, no Teatro II do CCBB-BH. Primeiro longa-metragem de André Novais, a película conta a história de um casal de idosos da periferia de Contagem que atravessa uma crise conjugal que interfere na vida dos filhos.

Retrospectiva de Carlos Magno

Outro destaque de Minas Gerais na Mostra do Filme Livre é a retrospectiva do diretor Carlos Magno Rodrigues, no dia 17 de junho, às 18h30, no Teatro II. A sessão é seguida por um debate sobre a carreira do diretor com mediação de Gabriel Sanna, um dos curadores da MFL.


 


Formado em Artes Visuais pela UFMG, Carlos Magno chama a atenção pela forma autoral e o tom quase confidencial de seus primeiros vídeos. Nos anos 2000, com a proliferação de festivais e mostras, seu trabalho cavou um espaço importante na cena e hoje, após 20 anos e diversos prêmios e homenagens, é tido como um dos alicerces do cinema de autor no Brasil, especialmente quando se pensa em curta-metragem.

Durante a MFL, o público confere os seguintes curtas de Carlos Magno: “Andrômeda – a menina que fumava sabão” (2009, 15 min); “1976 – Lugar sagrado” (2010, 6 min); “Alexandre Illich” (2008, 12 min); “Sebastião, o homem que bebia querosene” (2007, 10 min); “IGRREV – Igreja Revolucionária dos Corações Amargurados” (2007, 15 min); “Antes de tudo” (2004, 5 min); “Imprescindíveis” (2003, 5 min); “Coração Rebelde” (1999, 2 min); “O Corte de cabelo do diabo” (1998, 5 min); “Para quem enxerga e não entende bem as palavras” (1997, 5 min); e “Michelangelo Antonioni” (1995, 3 min).

Filmes mineiros na programação


 “Guignard Imaginário” , de Isabel Lacerda integra a sessão Extra Belo Horizonte

Durante a MFL serão exibidos ainda outros 14 filmes (longas, médias e curtas-metragens) produzidos em Minas Gerais: Os longas “A Mulher que amou o vento”, de Ana Moravi (67 min); “Ruídos Mudos”, de Haendel Melo (23 min); “Tigre”, de João Borges (15 min); “O Bagre africano de Ataléia”, de Aline X e Gustavo Jardim; e os curtas “Os cantos da terra livre”, de Gabriel Bilig (27 min); “Brisa secreta das alturas”, de Fábio Carvalho (14 min); “Vila-Aeroporto”, de Danilo Vilaça (10 min); “Tormenta”, de Fernanda Salgado e Fernando Mendes (14 min); “A Varinha Mágica”, de Ramon Faria (5 min); “Atemporal”, de Sara Não Tem Nome (1 min); “Texto Simples”, de Francisco Franco e Josimar Freira (3 min).

Os filmes “Sandra Espera”, de Leonardo Amaral (20 min), “A Mudança”, de Erick Ricco (25 min), e “Guignard Imaginário” , de Isabel Lacerda (26 min) integram a sessão Extra Belo Horizonte e serão exibidos no dia 6 de junho, às 15 horas, no Teatro II.

SERVIÇO
14ª Mostra do Filme Livre em BH – MFL 2015
Data: Até 22 de junho
Local: CCBB BH - Praça da Liberdade, 450 – Funcionários
Funcionamento: de quarta a segunda, das 9 às 21 horas
Horário das exibições: consultar programação em www.mostradofilmelivre.com/15/agenda.php
Informações: (31) 3431-9400 | ccbbbbh@bb.com.br
Ingressos: Entrada franca, com distribuição dos ingressos meia hora antes da sessão.
Classificação: consultar programação por sessão

Tags: Mostra do Filme Livre; CCBB-BH; curta-metragem; longa-metragem; Cinema no Escurinho

31 maio 2015

"Terremoto: A Falha de San Andreas" não deixa pedra sobre pedra

San Francisco e Los Angeles serão devastadas por terremotos provocados pela falha de San Andreas (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Para quem está à procura de um filme de ação do início ao fim, com excelentes efeitos especiais, tragédia, terremotos, tsunami e tensão, a pedida é "Terremoto: A Falha de San Andreas" ("San Andreas"), que está em cartaz nos cinemas de BH. Talvez o melhor do gênero entre os últimos produzidos, apesar dos clichês e de cenas que lembram outros filmes deste tipo. E apesar de vir também na versão 3D, as cenas de destruição não perdem muito o impacto na exibição normal.

Contando com Dwayne Johnson no papel principal como um integrante da força de resgate aéreo de Los Angeles, o filme explora um temor que os norte-americanos da Costa Oeste sempre tiveram - o dia em a famosa falha localizada na Califórnia resolvesse se mover e provocasse um terremoto de proporções inimagináveis.

E é exatamente essa a história: são quase duas horas de tremores, prédios rachando e caindo, fugas espetaculares de avião e helicóptero, resgates quase impossíveis que somente o mocinho "The Rock" poderia realizar. E ao final, uma mensagem bem patriótica, como era esperada neste tipo de filme-catástrofe.


Isso não desmerece a produção. Ao contrário, cumpre o que já era esperado para esse gênero de ação. Como aconteceu em "2012". Por sinal, os dois são muito parecidos, até mesmo na história que serve de pano de fundo para a megatragédia.

Dwayne é o piloto de helicóptero Ray, ex-combatente do Afeganistão e atualmente chefe de uma equipe de resgate dos bombeiros de Los Angeles. Quando fortes tremores provocados pela falha de San Andreas começam a atingir a cidade, ele precisará salvar sua ex-mulher Emma (Carla Gugino) e a filha Blake (a linda Alexandra Daddario, de "Percy Jackson: Ladrão de Raios"), que se encontra em San Francisco, onde acontecerá o maior estrago.



A jovem está acompanhada de dois jovens irmãos britânicos - Ben (Hugo Johnstone-Burf) e Ollie (Art Parkinson) - que visitam a cidade pela primeira vez. Enquanto isso, o pesquisador e sismólogo Lawrence (Paul Giamatti) e a repórter de TV Serena (Archie Panjabi) tentam avisar ao resto do país o perigo que está por vir e a necessidade de uma evacuação imediata das cidades.

"Terremoto - A Falha de San Andreas" é indicado aos fãs dos gênero catástrofe e vale por suas cenas, quase reais, que levam a pensar se uma tragédia de tamanha intensidade pode acontecer um dia, como foi previsto por vários pesquisadores. O filme pode ser conferido nas versões legendadas e dubladas em 36 salas de cinema de 19 shoppings de BH, Contagem e Betim.


Galeria de fotos


Ficha técnica:
Direção: Brad Peyton
Produção: Village Roadshow Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures do Brasil
Duração: 1h54
Gêneros: Ação/ Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)


Tags: Terremoto: A Falha de San Andreas; Dwayne Johnson; Carla Gugino; Alexandra Daddario; catástrofe; ação; aventura; tsunami; destruição;Warner Bros. Pictures; Village Roadshow; Cinema no Escurinho

26 maio 2015

Chris Evans é um mulherengo que não acredita no amor em “Deixa Rolar”

Escritor começa a mudar de vida quando conhece uma bela mulher (Fotos: Imagem Filmes/Divulgação)

Jean Piter


Um escritor e roteirista que escreve romances, mas que não acredita no amor. Esse é o personagem de Chris Evans na comédia romântica “Deixa Rolar”, com estreia prevista no Brasil para o próximo dia 11 de junho. Essa falta de fé nos relacionamentos afetivos tem um motivo bem óbvio: uma decepção. Entretanto, em vez de ficar distante das mulheres para evitar sofrimento, ele pega geral, sem se apegar. 

Mas essa situação muda quando ele conhece por acaso uma bela moça (Michelle Monaghan) em um evento de caridade. Rola uma afinidade, mas eles vão embora sem que um saiba ao menos o nome do outro. Até porque ela tem namorado (Loan Gruffudd), que é mais que um bom partido. 

É ai que começa a saga do rapaz para tentar reencontrar a mulher que, por um momento, colocou em dúvida suas certezas sobre o amor. 



Sem grandes novidades

Um cara mulherengo que começa a mudar de vida quando conhece uma mulher. Esse é só um dos clichês do filme. Uma amizade que vira um caso e depois vira paixão. Uma moça bonita, de personalidade forte e até mesmo um pouco indelicada, que mexe com a cabeça do rapaz. Um avô moderno que dá bons conselhos. A gente já viu coisa assim, não?

O que diferencia “Deixa Rolar” das outras comédias românticas é a tentativa de fugir dos clichês. Em vez de um amigo atrapalhado, caricato, que sempre tem um ombro para desabafo e dá bons conselhos, são quatros melhores amigos. Bem exóticos. Há também um pouco de fantasia. Evans se imagina em todas as histórias que ouve ou escreve.

Entrosamento

Chris Evans está com cabelo mais escuro e mais curto que em “Capitão América” e “Vingadores”. E com barba por fazer. Sem fazer pose de moço certinho, a gente até esquece que ele é o super-herói da Marvel. Mas a ligação é inevitável quando ele contracena com Anthony Mackie, o Falcão de “O Soldado Invernal”. Seria proposital?

Michelle Monaghan se ajusta bem a sua personagem. Consegue ser engraçada, ingênua e charmosa, ao mesmo tempo em que demonstra uma personalidade forte. Evans faz bem o tipo cafajeste bonitão, simpático e gente boa. Mas falta química para o casal.  Eles funcionam melhor quando estão separados. Não convencem muito como um par.

O filme não é ruim. Mas está longe de ser bom. Tem poucos momentos engraçados e não vai fazer ninguém chorar. É só entretenimento. É pra ver sem exigir muito.

Ficha técnica:
Direção: Justin Reardon
Produção: McG / Nicolas Chartier / Voltage Pictures
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h34
Gênero: Comédia, Romance
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: Deixa Rolar; Chris Evans; Michelle Monaghan; comédia; romance; Imagem Filmes; Cinema no Escurinho

22 maio 2015

Reticente e atrevido, "Entre Abelhas" é para fazer pensar

"Entre Abelhas" traz o comediante Fábio Porchat em ótima e surpreendente atuação dramática (Fotos: Imagem Filmes/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Se é comédia de muitas risadas o que você procura, não vá ao cinema para ver Fábio Porchat em "Entre Abelhas". Identificado - para alguns, até exageradamente - como tragicomédia, o filme, apesar de momentos hilários, é, digamos, mais profundo. E traz o comediante em ótima e surpreendente atuação dramática.

Ao contar a história de Bruno (Porchat), que ao se separar de Regina (Giovana Lancellotti), vai paulatinamente deixando de enxergar as pessoas à sua volta, talvez o filme queira esbarrar em assuntos mais sérios, como por exemplo a solidão das grandes cidades, o egocentrismo que impera nos tempos atuais ou ainda a superexposição das celebridades, que fazem malabarismos para serem vistas.

O elenco, quase todo formado por figurinhas carimbadas do Porta dos Fundos, pode, a princípio, levar o espectador para o lado óbvio do riso. Estão lá, além do diretor Ian SBF, Marcos Veras como o amigo Davi com quem Bruno divide seu drama; Luis Lobianco como o entregador de pizzas que serve de cobaia para que a mãe do protagonista faça testes da visão do filho e outros. 

Mas não se engane: não se trata de comédia. O público até ri, mas não é comédia. E o grande diferencial é: Irene Ravache, atriz dramática que faz a mãe, está impagável e, acredite, é responsável pelos momentos mais engraçados do filme. Mais um paradoxo.

Houve quem não gostasse do final. Raso? Nem tanto. Melhor dizer "reticente", o que contribui para que "Entre Abelhas" mereça ser visto. Interessante e atrevido.  O filme está em exibição na sessão de 20h30 da sala 8 do Cineart Shopping Contagem. Classificação: 14 anos



Tags: Entre Abelhas; Fabio Porchat; Porta dos Fundos; Irene Ravache; drama; comédia; Imagem Filmes; Cinema no Escurinho


08 maio 2015

"A Estrada 47", um filme sobre heróis brasileiros

Os atores Daniel de Oliveira, Thogun Teixeira e Julio Andrade, em cena de "A Estrada 47"(Fotos: Europa Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser apenas mais um filme sobre a Segunda Guerra Mundial. Mas neste, os brasileiros fizeram a diferença e foram os verdadeiros heróis. Apesar de ser uma ficção, "A Estrada 47", que estreou nesta quinta-feira em BH, se propõe a mostrar um pouco do que foi a ação de mais de 25 mil brasileiros convocados para lutar na 2º Guerra Mundial, a partir de 1944.

Não se trata de um filme de muitos combates e tiros, mas de uma história dentro de um grande fato histórico, esquecido por muitos e até desconhecido pelos mais jovens. E o resultado é uma surpreendente e bem elaborada produção conjunta entre Brasil, Itália e Portugal, que já conquistou diversos prêmios no país, entre eles o Kikito do Festival de Gramado como melhor longa-metragem, - e no exterior. O filme está em exibição na sala 1 do Boulevard Shopping Cineart, nas sessões legendadas de 15 horas e 19h10.

O filme "A Estrada 47", dirigido por Vicente Ferraz (do premiado "Soy Cuba, o Mamute Siberiano") conta a história de um grupo de soldados caçadores de minas terrestres, integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

O frio, a fome, o desconhecido e o medo da guerra provocam um ataque de pânico no grupo, que acaba se separando e se perdendo nas montanhas geladas do Norte da Itália. E as opções para o grupo dos quatro militares restantes são mínimas: desertar ou enfrentar o inimigo, completando seu trabalho de localizar e desativar todas as minas da Estrada 47 por onde a tropa aliada deverá passar.

Pelo caminho, eles vão se tornando cada vez mais unidos e conhecem desertores como um italiano fascista arrependido e um oficial alemão cansado da guerra. Toda a trama tem ainda a narração da carta que Guima (Daniel) escreve ao pai, culpando-o por seu sofrimento e por estar num conflito que não é dele.



O elenco contra com Daniel de Oliveira, Julio Andrade (que faz o papel do tenente), Francisco Gaspar, Thogun Teixeira, o alemão Richard Sammel (coronel Mayer), o italiano Sérgio Rubini (Roberto) e português Ivo Canelas (o fotógrafo Rui). Todo o filme foi rodado na Itália, onde aconteceram as batalhas há 70 anos. Destaque para as interpretações de Francisco Gaspar (soldado Piauí) e Thogun Teixeira (sargento Laurindo), que deram a medida certa de seriedade e de comicidade quando a cena exigia.

Dispensável o excesso de palavrões atuais, reforçando uma marca de filme brasileiro, já que muitos dos termos usados pelos atores não eram da época. Mas isso não desmerece o filme que, como o próprio Ferraz explicou mostra apenas uma pequena parte do que foi a importante participação da FEB na guerra.

Conflito real

A ideia de fazer "A Estrada 47", que inicialmente iria se chamar "A Montanha" começou em 2011. O diretor Vicente Ferraz conta que durante as filmagens a produção precisou explicar às forças da OTAN que se tratava de um filme, uma vez que estavam sendo realizadas operações militares na região devido ao conflito na Líbia:



De pacifista e devoto de Nossa Senhora Aparecida, cada um do elenco tem sua própria história de participação no filme, o que pensam sobre a 2ª Guerra, a importância dos ex-combatentes brasileiros para a história e a necessidade de preservar a memória.




O ator Daniel Oliveira, que interpreta Guima, um engenheiro especializado em desarmar minas terrestres, fala sobre seu personagem e como foi a preparação para o filme.




Ficha técnica:
Direção: Vicente Ferraz
Produção: Primo Filmes/Três Mundos Produções/ Verdeoro
Distribuição: Europa Filmes
Duração: 1h46
Gêneros: Drama/História/Guerra
Países: Brasil, Itália e Portugal
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Exposição

E se o filme por si só faz jus aos prêmios que recebeu, melhor ainda quando ele vem associado a uma exposição sobre a época. Até o dia 24 de maio, o Boulevard Shopping, em BH, vira um "campo de guerra", com uma exposição que celebra os "70 Anos do Fim da 2ª Guerra Mundial".


A mostra é inédita em shoppings centers e reúne um dos maiores acervos do país. Pelos corredores estão espalhados dez carros militares, fotos, arsenal bélico, uniformes, publicações, documentos, condecorações e utensílios usados por combatentes - aliados e inimigos - durante este conflito que abalou o mundo e levou mais de 25 mil militares brasileiros para lutarem em outro continente. Todo o acervo foi disponibilizado pelo Museu da FEB, de BH, e por colecionadores.

Dois ex-veteranos que lutaram pela Força Expedicionária Brasileira em 1944, na Itália, participaram a abertura da exposição e do lançamento do filme. O soldado Rafael Braz se emocionou ao contar fatos do combate e deu seu recado ao cantar o Hino da FEB, acompanhado de militares presentes.



Já o cabo João Batista Moreira pediu mais filmes do gênero, para mostrar a importância da atuação da FEB nos campos de batalha.




SERVIÇO:
Exposição "70 Anos do Fim da 2ª Guerra Mundial"
Período: Até 24 de maio
Local: Corredores do Boulevard Shopping - Av. dos Andradas, 3000 - Santa Efigênia
Horário: De segunda a sábado, das 10 às 22 horas e domingo, das 14 às 20 horas
Visitação: Gratuita

Museu da FEB
Local: Avenida Francisco Sales, 199 - bairro Floresta

Tags: A Estrada 47; 2ª Guerra Mundial; FEB; pracinhas; Daniel de Oliveira; Júlio César; Thogun Teixeira; Francisco Gaspar; Vicente Ferraz; drama; Europa Filmes; Cinema no Escurinho

07 maio 2015

"O Franco-Atirador" reúne Sean Penn e Javier Bardem em trama que explora a miséria e os conflitos na África

Sean Penn é o franco-atirador Martin Terrier que quer deixar a profissão e levar uma vida pacata (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


O diretor Pierre Morel tentou trazer para "O Franco-Atirador" ("The Gunman") a ação policial sem trégua de "Busca Implacável", que lhe valeu boa bilheteria e ganhou duas sequências. Apostou suas fichas em nada menos que Sean Penn (que virou um saradão de meia idade) e Javier Bardem para dividirem o amor de Jasmine Trinca. Idris Elba, Jorge Leon Martinez e Ray Winstone completam o elenco principal. O filme estreia nesta quinta-feira (7) nos cinemas de BH.

Toda a ação foi filmada em Barcelona e Londres, mas o filme perde um pouco a força a medida que vai avançando e vai se transformando numa história comum, com cenas de violência e muitos tiros e explosões. Da metade para frente já fica claro quem são os vilões. Não que o personagem de Sean Penn seja algum santo, mas é o mais próximo de um "mocinho", com direito a namorar a "mocinha". A interpretação de Bardem lembra, em alguns momentos, a que ele fez em "Skyfall", mas mesmo ele foi pouco explorado.

O diretor se perde ao usar estes personagens para tentar mostrar a destruição e a miséria nos países africanos provocadas pelos conflitos armados e a exploração das mineradoras de ouro e diamante que contratam mercenários para garantirem a segurança. Pode funcionar em livro, mas como filme deixou a desejar. "O Franco-Atirador" é uma adaptação do romance policial "The Prone Gunman", escrito por Jean-Patrick Manchette em 2002.

O filme conta a história de Martin Terrier (Sean Penn), ex-atirador de elite das Forças Armadas e agora matador de aluguel que atua na área de conflito de Uganda ao lado de Félix (Bardem). Ele quer deixar a profissão e passar o resto da vida ao lado de sua amada Annie (Jasmine Trinca).

Mas no último trabalho ele é obrigado a fugir, deixando a jovem para trás. Anos depois, o passado volta a assombrar Terrier, que terá de investigar quem está tentando matá-lo e a seus antigos companheiros e qual destino tomou o amor de sua vida.

Não vá ao cinema pensando que "O Franco-Atirador" é um filme sobre um atirador de elite que sai matando quem ameaça seus companheiros. Ele é completamente diferente de "Sniper Americano", a começar por Martin Terrier, que dá um tiro apenas com um rifle de precisão no filme todo. Ao contrário de Chris Kyle (papel de Bradley Cooper) que mata dezenas de pessoas na guerra no Iraque. O filme vale pelas presenças de Javier Bardem e Sean Penn.



Ficha Técnica:
Direção: Pierre Morel
Produção: Nostromo Pictures / Silver Pictures/ StudioCanal
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h57
Gêneros: Ação/Policial/Drama
Países: Espanha/França/Reino Unido
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: O Franco-Atirador; Sean Penn; Javier Bardem; Idris Elba; Pierre Morel; drama; ação; policial; Paris Filmes; Cinema no Escurinho

06 maio 2015

Em "Noite Sem Fim", a família vem sempre em primeiro lugar

Liam Neeson tem apenas uma noite para salvar sua família e consertar os erros do passado (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma família de mafiosos de Nova York, seus descendentes, protegidos e capangas. Seria mais uma história sobre essas organizações criminosas, como muitas que o cinema tem mostrado todos estes anos. Mas a atuação de dois respeitados veteranos sessentões - Liam Neeson e Ed Harris fez toda a diferença em "Noite Sem Fim" ("Run All Night"). O primeiro vive Jimmy Conlon, amigo de infância e matador profissional que trabalha para o segundo, Shawn Maguire, um chefão da máfia do Brooklin. E quando estão juntos, mostram porque são nomes respeitados no cinema.

Nos últimos tempos, Neeson vem investindo nos filmes do gênero ação/suspense e em alguns, como a trilogia "Busca Implacável 1, 2 e 3", "Caçada Mortal" e o grande "Sem Escalas" as bilheterias mostram que ele acertou na escolha, e está entre os mais bem pagos de Hollywood. Harris apesar de ter um olhar extremamente simpático, é capaz de passar do fiel amigo e patrão ao mais implacável dos inimigos para vingar a morte do único filho.

E para completar o grupo, outros nomes conhecidos, alguns mais novos, como Joel Kinnaman ("Robocop 2014"), no papel de Mike, filho de Jimmy, e Boyd Holbrook (da série “Behind the Candelabra”, da HBO) vivendo Danny, filho de Shawn. Além do excelente Vicente D'Onofrio (da série “Lei & Ordem: Crimes Premeditados”), Bruce Mc Gill ("Lincoln") e Common ("Selma") e o quase irreconhecível setentão e sempre um grande ator, Nick Nolte ("Caça aos Gângsteres").

E se o assunto é máfia, filho de peixe, peixinho é e a família protege mesmo quando o erro é grande. Shawn comanda seus negócios sem se envolver com traficantes, ao contrário do único filho, Danny, que quer expandir os negócios da família. Entre os matadores que trabalham para o mafioso está o decadente Jimmy, conhecido como "Coveiro", que vive bêbado e afastado da família. Sua amizade com Shawn garante uns trocados e alguns trabalhos.




Uma negociação errada de Danny acaba por colocar em risco a vida de Mike, um instrutor de boxe honesto que quer distância do pai devido às ligações dele com o crime organizado. Para proteger o filho, Jimmy mata Danny e o antigo e fiel amigo Shawn inicia uma caçada mortal (já vi esse filme!) ao ex-amigo e sua família. 


E para piorar a situação do matador, ele ainda tem na sua cola o detetive Harding (D'Onofrio) que tenta prendê-lo há 30 anos por todos os crimes cometidos a mando de Maguire. E Jimmy terá apenas uma noite para salvar o filho e ajustar as contas com o passado.

Filmado na cidade de Nova York, principalmente nos bairros do Brooklyn e Queens, "Noite Sem Fim" é ação do início ao fim, bem no estilo dos últimos filmes de Liam Neeson, onde ele acaba fazendo o papel do herói (ou vilão) que precisa proteger a família ou alguém a qualquer custo. Vale a pena conferir, um ótimo policial que pode ser conferido em 16 shoppings de BH, Contagem e Betim.

GALERIA DE FOTOS

Ficha técnica:
Direção: Jaume Collet-Serra
Produção: Vertigo Entertainment
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h54
Gênero: Ação/ Policial/Drama
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: Noite, Sem Fim; Liam Neeson; Ed Harris; Joel Kinnaman; Vincent D'Onofrio; Jaume Collet-Serra; policial; drama; ação; máfia; Warner Bros Pictures; Cinema no Escurinho

05 maio 2015

"Para o que der e vier" se perde entre comédia e drama

Steve e Ben são amigos de infância unidos principalmente pela falta de responsabilidade (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma história boba, que não define se é uma comédia ou um drama, com artistas que parecem não muito convencidos de seus papéis. Se esta era a proposta de "Para o que Der e Vier" ("Are You Here"), comédia em cartaz nos cinemas, então o diretor acertou em cheio. É bem fraquinha, apesar de ter em seu elenco Owen Wilson, Zach Galifianakis e Amy Poehler.

Wilson faz as mesmas caras e bocas de outros personagens ao interpretar Steve Dallas, um apresentador de um programa de meteorologia que só pensa em fumar maconha aos quilos e transar com a primeira que aparece. Para fugir das responsabilidades, ele conta com o fiel amigo de infância e enlouquecido Ben Baker (Galifianakis), com quem divide "tapas e fungadas" diários.


Piadas sem graça, muita chapação até que o pai de Baker morre e deixa toda a fortuna e os negócios para ele. Isso desperta a ira da irmã Terri (Poehler), que sempre foi a certinha e bem-sucedida. 

O doidão irresponsável e seu amigo ainda terão de dividir as obrigações da herança (além do tesão) com a bonita madrasta hippie de Baker, Angela (Laura Ramsey), que tem a mesma idade deles. E dá-lhe chapação. E o pior: de alucinado que não pensa duas vezes em ficar pelado, o herdeiro passa a caretão de camisa abotoada, colocando em risco a amizade com Dallas.



Enfim, o filme começa do nada e vai para coisa alguma, com um final tão sem sentido quando o enredo, apesar do roteiro e direção serem de Matthew Weiner, vencedor de nove Emmys pelas séries "The Sopranos" e "Mad Men". O filme esté em cartaz nas salas 4, do Shopping Del Rey, e 10, do BH Shopping.

Ficha técnica:
Direção e roteiro: Matthew Weiner
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h52
Gênero: Comédia/Drama
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,0 (0 a 5)

Tags: Para o que der e vier; Owen Wilson; Zach Galifianakis; Amy Poehler; Matthew Weiner; drama; comédia; Matthew Weiner; Cinema no Escurinho



03 maio 2015

"Vingadores: Era de Ultron" é melhor que o primeiro em tudo

"Vingadores: Era de Ultron" traz o elenco completo do filme anterior e um supervilão robótico que quer destruir a raça humana (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Demorou mas saiu. E com nota 10. "Os Vingadores: Era de Ultron" ("The Avengers: Age of Ultron") faz jus a toda a campanha de marketing que antecipou a estreia no cinema. Ação e pancadaria do início ao fim, excelentes efeitos especiais, história bem conduzida pelo diretor Joss Whedon, super-heróis fortes, fracos, engraçados e até românticos nas horas certas. Enfim, a diversão esperada que merece ser vista. Sem dúvida, o segundo filme é melhor que o primeiro.

Se antes o "piadista" do grupo era Tony Stark/Homem de Ferro, agora até Thor solta suas "pérolas", que acabam engraçadas, pois o Senhor de Asgard não tem o menor jeito prá coisa. O bonitão, mas "muito certinho" Capitão América também alivia um pouco no comportamento, mas não deixa de ser o "líder" da turma superpoderosa que nunca perde a pose.

A novidade de "Vingadores: Era de Ultron" é que desta vez rola um romance pouco convencional, mas que já era esperado desde o filme anterior - Bruce Banner/Hulk e Natasha Romanoff/Viúva Negra. O grandão verde se derrete todo quando fica perto da dama de preto megalutadora. Apesar de "um pouco diferentes", há química no casal e seria legal se isso fosse repetido em "Vingadores: Guerra Infinita", previsto para ter sua a primeira parte exibida a partir de maio de 2018.

Mas as novidades não param por aí. James Spader deu uma parada em "The Blacklist" para emprestar sua atraente e sinistra voz ao robô (quase humano) Ultron. Ele é o grande diferencial do filme e arrasa como vilão, mesmo sem aparecer. 


Ele ganha dois estreantes na franquia para serem seus auxiliares no plano de destruir a Terra: os irmãos Wanda (Elizabeth Olsen) e Pietro (Aaron Taylor-Johnson) Maximoff - ela é a Feiticeira Escarlate, com superpoderes telepáticos e controle da mente, enquanto ele, Mercúrio, tem supervelocidade. A dupla garante boas batalhas contra os Vingadores.

"Vingadores: Era de Ultron" tem novamente em seu elenco Robert  Downey Jr. (Homem de Ferro), Chris Evans (Capitão América), Chris Hemsworth (Thor) e Mark Ruffalo (Hulk), Scarlett Johansson (Viúva Negra) e Jeremy Renner (Gavião Arqueiro). Este último, por sinal, vem com uma novidade que agrada e confirma ser ele o mais comum dos heróis.

Outros conhecidos de franquias Marvel voltam para dar uma forcinha ao grupo - Samuel L. Jackson (Nick Fury), Cobie Smulders (agente Maria Hill  ), além de parceiros dos Vingadores como Don Cheadle (Máquina de Combate, de "Homem de Ferro 2 e 3" ), Anthony Mackie (Falcão, de "Capitão América 2") e Idris Elba (Heimdall, de "Thor 1 e 2").



Neste filme, Tony Stark planeja proteger a Terra construindo um sistema de Inteligência Artificial, juntamente com Bruce Banner. Mas o projeto ganha vida própria e se transforma em Ultron, um robô que vê na extinção da raça humana a única solução para a paz mundial. O erro de Stark também pode separar o grupo dos Vingadores.

Imperdível para quem curte estes super-heróis da Marvel Comics. Os estúdios acertaram no investimento. Que venham os próximos, tão bom quanto este. O filme pode ser conferido em 46 salas de cinemas de 19 shoppings de BH, Contagem e Betim, nas versões 2D e 3D.

Ficha técnica:
Direção e roteiro: Joss Whedon
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h22
Gênero: Aventura/ ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 5 (0 a 5)



Tags: Vingadores: Era de Ultron; Marvel;  Robert Downey Jr.; Homem de Ferro; Chris Evans; Capitão América; Chris Hemsworth; Thor; Mark Ruffalo; Hulk; Scarlett Johansson; Viúva Negra; Jeremy Renner; Gavião Arqueiro; Samuel L. Jackson; Aventura;  Cinema no Escurinho