Deadpool é irônico, péssimo exemplo, violento e engraçado (Foto: Fox Film/Divulgação)
Maristela Bretas
Um herói nada convencional e mais um integrante do universo
da Marvel Comics chega dia 11 de fevereiro aos cinemas brasileiros.
"Deadpool" é dirigido por Tim Miller e tem Ryan Reynolds no papel do
anti-herói violento e ao mesmo tempo de um humor ácido e distorcido, que curte
rap e não perdoa os inimigos. Veja o segundo trailer deste filme da Fox Films, que reúne
também bons momentos de ação e aventura, recheados de muito humor.
Wade Wilson é um ex-agente das Forças Especiais que se torna mercenário. Ao descobrir que está com um câncer incurável, aceita se submeter a um experimento suspeito que o deixa com poderes de cura acelerada. E adota o codinome Deadpool para caçar aqueles que tentaram destruí-lo.
Suspense se resume ao trio principal e a um segredo que pode mudar a vida de todos (Fotos: Fabula Films/Divulgação)
Maristela Bretas
Dirigido, roteirizado, produzido e estrelado por Joel
Edgerton ("Êxodo: Deuses e Reis" e "O Grande Gatsby") o
suspense "O Presente" ("The Gift") é um filme interessante,
consegue manter o suspense esperado em boa parte, apesar de indicar o final a
partir da metade da exibição. Edgerton faz bem o papel de Gordon, um homem de
poucos amigos, morador de uma cidade do interior nos EUA. Ele reencontra um
antigo colégio de escola - Simon (Jason Bateman) -, que está retornando,
acompanhado da esposa Robyn (Rebecca Hall).
O que o jovem casal não esperava era que está trazendo de
volta também um terrível segredo do passado envolvendo os antigos colegas, que
pode colocar a vida deles em perigo. Gordon passa a frequentar a casa dos novos
amigos, a lhes dar presentes constantes e a interferir na vida do casal, o que
começa a incomodar Simon. À medida que Robyn vai conhecendo Gordon (ou Gordo,
como o marido dela insiste em chamar o velho conhecido), ela começa uma busca
pela verdade até descobrir o que realmente aconteceu entre eles.
Tenso, "O Presente" mostra um bom trabalho de
Edgerton, que divide seu tempo entre momentos de simpatia pela esposa de Simon
e sinais constantes ao ex-colega de que não deixou o passado ficar para trás.
Baterman não mostra nada muito diferente de papéis anteriores, enquanto Hall
segura bem seu personagem.
Como diretor, o ator australiano ainda precisa percorrer um
longo caminho (este foi seu primeiro trabalho), usar cenários mais variados e explorar
melhor as cenas de suspense. Em "O Presente" ele restringiu a
história a alguns pontos da casa, como a varanda, a cozinha e a sala. Mas teve um bom começo e o filme vale a pena ser conferido.
Em exibição somente na sala 2 do Shopping Cidade - Cineart, sessão das 16h10.
A Paris Filmes divulga o primeiro trailer de "Os Dez mandamentos - O Filme", que estreia nos cinemas brasileiros em 28 de janeiro – com pré-venda iniciando em 1º de janeiro. Adaptação para os cinemas da novela da Rede Record foi um dos maiores sucessos da TV brasileira em 2015.
O trailer mostra Moisés (Guilherme Winter) recebendo de Deus a missão de salvar o povo hebreu da escravidão egípcia sob o governo de Ramsés (Sergio Marone), seu irmão de criação. Para fazer com que o faraó liberte os hebreus para que possa conduzi-los à Terra Prometida, Moisés lança sobre o Egito as Pragas Divinas, que culminam na morte dos primogênitos– até a abertura do Mar Vermelho para a passagem dos hebreus. O longa-metragem, escrito por Vivian de Oliveira e dirigido por Alexandre Avancini, tem no elenco principal os atores Guilherme Winter, Sergio Marone, Gisele Itié, Samara Felippo, Sidnei Sampaio, Camila Rodrigues, Petrônio Gontijo, Denise Del Vecchio, Paulo Gorgulho e Larissa Maciel.
Com efeitos especiais grandiosos e uma história emocionante, o filme conta uma das mais famosas passagens da Bíblia: a saga de Moisés, desde seu nascimento até a chegada de seu povo à Terra Prometida, passando pela fuga do Egito através do Mar Vermelho e o encontro com Deus no Monte Sinai. Livre adaptação dos livros Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, o filme cobre mais de cem anos de história.
Segundo a emissora, a novela “Os Dez Mandamentos”, que foi ao ar de março a novembro de 2015, impactou cerca de 144 milhões de telespectadores no Brasil e alavancou em 139% os índices de audiência na faixa de exibição garantindo a vice-liderança isolada, com muitos capítulos em primeiro lugar. O filme terá, além de cenas exclusivas, um final inédito, que antecipará a segunda temporada da novela, que estreia em março de 2016. Tags: #OsDezMandamentosOFilme, #Moisés, #Guilherme Winter, #Ramsés, #Sergio Marone, #pragasdivinas, #Egito, #Record, #ParisFilmes, #DowtownFilmes, CinemanoEscurinho
Produção retrata a dura luta das mulheres britânicas para terem direito ao voto no final do século XIX (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)
Mirtes Helena Scalioni
Pessoas mais sensíveis chegam a ficar com nó na garganta ao assistir ao filme "As Sufragistas" ("The Suffragettes"), produção do Reino Unido que retrata a dura luta das mulheres britânicas para terem direito ao voto no final do século XIX, início do XX. Qualquer semelhança com o ativismo feminino de hoje não é mera coincidência. As mulheres sempre brigaram - e continuam brigando - pelos seus direitos, como se fossem seres de segunda categoria.
Maud Watts (Carey Mulligan) é uma das muitas operárias de uma lavanderia, onde trabalha desde os 12 anos e, como as outras, é explorada e maltratada pelo chefe. Casada e mãe de um filho pré-adolescente, ela é obediente ao patrão e ao marido até que fica conhecendo, por acaso, o movimento das mulheres que querem simplesmente votar. Se, no início, Maud tem dúvidas sobre a importância das manifestações, dramas de sua própria vida empurram a jovem para o único caminho possível num mundo dominado por homens.
"As Sufragistas" é apenas um pequeno recorte no ativismo das mulheres pelo voto, já que o movimento ocorreu em muitos países. Especificamente no Reino Unido, a movimentação ganhou a adesão da classe operária, que se uniu à Emmeline Pankhrust, importante líder feminista da época. Emmeline é Meryl Streep, que tem participação pequena no longa, mas nem por isso menos brilhante. Afinal, trata-se de Meryl Streep. Ao final, além da constatação de que, historicamente, toda conquista precisa de um mártir, fica a surpresa quando aparecem as datas da adoção do voto feminino em vários países. Surpreendente! Se, no subdesenvolvido Brasil, a mulher só pôde votar a partir de 1932, na avançadíssima Suíça isso só aconteceu em 1971. E, no Iraque, em 1980.
O filme, dirigido por Sarah Gauron, é classificado como drama histórico. Mas pelo barulho que vem fazendo - uma associação internacional de mulheres críticas o elegeu como "o melhor filme sobre mulheres" e "o melhor filme feito por uma mulher" de 2015 - tem mostrado que se trata de um drama mais do que contemporâneo. Apesar de ser um ótimo filme, "As Sufragistas" está em exibição apenas nas salas 2 do Diamond Mall (sessão de 12h20) e 4 do Net Cineart Ponteio (sessão de 14h10), com duração de 1h46. Classificação: 14 anos
"Star Wars - O Despertar da Força" inicia terceira trilogia e faz querer que venha logo o segundo filme (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)
Maristela Bretas
J. J. Abrams se mostrou mais que um grande fã da saga Star Wars. Ele conseguiu colocar na telona o que os fãs, de todas as idades, esperavam ver na terceira trilogia: trazer de volta a adrenalina, a aventura e a paixão por uma grande história, iniciada por George Lucas em 1977. "Star Wars - O Despertar da Força" ("Star Wars: Episode VII - The Force Awakens") é um trabalho excelente, feito com competência em tudo - produção (agora nas mãos dos Estúdios Disney), direção, fotografia, efeitos especiais, locações, cenários, maquiagem, vestuário, equipamentos, enfim, um filme completo em seu gênero, digno de ser considerado o mais esperado do ano.
Mas de nada adiantaria tudo isso se o elenco não fosse bom e simpático, e a história não atraísse como aconteceu com "Star Wars IV - Uma Nova Esperança" (o primeiro a ser exibido, em 1977). Nota 10 para a escolha dos atores. A volta do elenco original para fazer a passagem para a nova geração foi ótima. Está todo mundo lá, exceto o vilão mais fantástico e carismático de todos os tempos, Darth Vader, que morreu no Episódio VI - "O Retorno de Jedi", em 1983.
Harrison Ford (Han Solo), Carrie Fisher (Princesa Leia), Peter Mayhew (Chewbacca) e os dois droids - o baixinho R2D2 e o tagarela C-3PO interpretados novamente por Kenny Baker e Anthony Daniels. E claro, Mark Hamill. Sim, "Star Wars 7" tem Luke Skywalker e com uma participação que fará diferença nos próximos episódios. Mas o grande destaque do novo filme ainda é Han Solo, o elo entre os heróis e vilões do passado e os do presente.
E põe vilão nisso. O novo herdeiro do mal - Kylo Ren (papel de Adam Driver), dá seus primeiros passos de tirania usando o Lado Negro da Força a favor da Primeira Ordem, organização criada a partir do antigo Império. Se bem trabalhado, o ator, em episódios futuros, pode até se tornar o novo Darth Vader da franquia. Mas por enquanto o velho vilão da voz grave (emprestada por James Earl Jones) ainda reina absoluto.
Os novos heróis - Daisy Ridley (a catadora de lixo Rey), John Boyeda (o stormtrooper Finn) e os conhecidos Oscar Isaac ("O Ano Mais Violento" - 2014), como o piloto da Resistência Poe Dameron, e Domhnall Gleeson ("Questão de Tempo" - 2013), interpretando o terrível General Hux - estão muito bem e deram mostras que poderão substituir à altura os velhos personagens.
As naves de combate, as armas e os uniformes, principalmente os dos Stormtroopers ganharam uma repaginada e tem até uma capitã prateada (Phasma). Tudo isso com muitos e fantásticos efeitos especiais, que ficam ainda melhores se assistidos em 3D. "Star Wars - O Despertar da Força" faz a gente rir, bater palmas, vibrar e até ficar triste com a morte de um dos personagens. Deixa também muitas perguntas que deverão respondidas nos próximos episódios.
Na nova história, 30 anos se passaram desde que Luke desapareceu após se despedir do pai Darth Vader e eliminar o Imperador Palpatine na segunda Estrela da Morte. A Resistência, liderada pela Princesa Leia, precisa encontrá-lo para impedir que uma nova organização - a Primeira Ordem - volte a dominar a galáxia. Velhos conhecidos e jovens heróis vão se unir nesta nova aventura, ao som, novamente, da conhecida trilha sonora de John Williams. "Que a Força Esteja com Você"!
Curiosidade O sétimo filme da saga Star Wars contou com uma mega produção e uma divulgação gigantesca, que está atraindo velhos e novos fãs para os cinemas e lojas que estão apostando na venda de todo tipo de bugiganga sobre o tema - de camisetas a canecas, sabres de luz e fantasias. Tudo isso só poderia resultar em recordes de bilheteria: neste primeiro final de semana após a estreia foram arrecadados mais de US$ 250 milhões nas bilheterias mundiais. E até este domingo deverão ser vendidos mais de US$ 220 milhões em ingressos somente nos Estados Unidos e Canadá.
Sala Imax Para quem não dispensa grandes efeitos, sugiro assistir na sala Imax (Imagem Maximum), a primeira de BH e instalada no Shopping Boulevard em parceria com a Rede Cineart. Um espetáculo à parte de som e imagem de altíssima definição (resolução 4K) distribuídos em uma tela de 211 m2, que vale a pena ser conferido, principalmente num filme de grandes efeitos especiais como "Star Wars 7". A sala comporta 250 espectadores e é a 12ª no Brasil a receber esta tecnologia canadense que já existe em outros 65 países.
O filme também está em exibição em outras 44 salas de 14 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões legendada e dublada, também em 2D. Ficha técnica: Direção e roteiro: J. J. Abrams Produção: J. J. Abrams, Bryan Burk e Kathleen Kennedy Distribuição: Disney / Buena Vista Produção: LucasFilm Ltd., Walt Disney Pictures, Bad Robot Duração: 2h15 Gêneros: Aventura / Ação / Ficção científica País: EUA Classificação: 12 anos Nota: 5 (0 a 5)
Produção argentina é uma das indicações ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira (Fotos: Fox Film/Divulgação)
Mirtes Helena Scalioni
Para um diretor como Pablo Trapero ("Abutres"), quando a realidade é mais absurda do que a mais fantasiosa ficção, já há meio caminho andado para um grande filme. É assim com "O Clã" ("El Clan"), longa argentino que se passa na década de 1980, exatamente quando o país fazia sua transição entre uma ditadura sangrenta e a democracia. Numa casa aparentemente comum no município de San Isidro, na Província de Buenos Aires, vive a família do militar Arquimedes Puccio que, entre o lanche e o jantar, se ocupa em sequestrar - e às vezes matar - pessoas.
O que mais choca em "O Clã", é saber que a história é baseada em fatos reais e que continua sendo estudada - e nunca compreendida - não apenas por argentinos, mas por todos que se interessam pelas esquisitices e fragilidades humanas. Como é que pode um pai afetuoso e preocupado com os filhos envolver toda a família em sequestros, a ponto de esconder as vítimas em sua própria casa? E o que intriga é que tanto a mulher como os filhos de Arquimedes continuam vivendo naturalmente suas vidas, cozinhando, estudando, fazendo refeições, jogando. Tudo na mais absoluta naturalidade.
Arquimedes é vivido por Guillermo Francella e faz isso magistralmente. Deve ser por isso que o espectador, a partir de certo ponto da trama, deixa de perguntar por que ele faz aquilo e que estranho poder tem sobre o grupo familiar. O público simplesmente o aceita. Outro destaque do filme é Peter Lanzani, que faz Alejandro, o mais atuante filho de Arquimedes. O jovem ator veio da moda, da música e das novelas e, com "O Clã", mostrou que pode alçar voos mais ousados. Faz sentido - muito sentido - o filme estar entre os indicados ao Oscar como Melhor Filme em Língua Estrangeira. Muito bem recebido na Argentina, que até hoje não cicatrizou as feridas da ditadura, "O Clã" tem feito boas bilheterias por onde passa. Mesmo com um início meio confuso - ninguém mais faz filme com começo, meio e fim - o longa vale muito a pena.
"O Clã" pode (e merece) ser conferido nas salas 2 do Ponteio Lar Shopping (sessões de 14h20 e 21h10) e 2 do Pátio Savassi (sessão de 13h15), em versão legendada e duração de 1h48. Classificação: 16 anos
Versão "made in USA" de drama tem como destaque a interpretação do trio principal (Fotos: Diamond Filmes/Divulgação)
Maristela Bretas
Tudo bem que o filme seja uma adaptação americanizada do argentino "O Segredo dos Seus Olhos" (2009), dirigido por Juan José Campanella e ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro. Mas isso não tira o mérito de "Olhos da Justiça" ("Secret In Their Eyes"), do diretor Billy Ray, que soube conduzir muito bem a trama. Ele reforça o drama pessoal inserindo pequenos toques sobre a política de segurança dos EUA após os atentados do 11 de setembro.
Para dar maior credibilidade à produção, um elenco de primeira: Nicole Kidman, Julia Roberts e Chiwetel Ejiofor formam o triângulo que balança entre o amor não correspondido, a fidelidade a uma amiga e o sentimento de culpa. O que dizer dos três atores: nada menos que ótimos, conduzindo a história com o talento que era esperado deles. Principalmente Julia, que vem melhorando sua atuação em papéis dramáticos e é o destaque dos três, no papel de uma mãe amarga em busca de vingança contra o assassino de sua filha.
"Olhos da Justiça" é um ótimo filme: tem ação, suspense, drama pessoal, vingança e até amor platônico. Para quem conhece o filme original, o final é um pouco previsível mas agrada na versão para os dias de hoje.
A história aborda a vida dos investigadores do FBI Ray (Chiwetel Ejiofor) e Jess (Julia Roberts) e da procuradora Claire (Nicole Kidman). Durante uma operação policial, Jess é surpreendida ao encontrar a filha assassinada. Treze anos depois, seu ex-parceiro Ray, que nunca desistiu de procurar o assassino, encontra novas pistas do suspeito e vai atrás da amiga. Afastado da função, ele pede ajuda do antigo amigo de FBI, Bumpy (Dean Norris) para ir atrás dele. E para reabrir o caso precisará de Claire, por quem sempre foi apaixonado. A verdade é chocante e os limites entre justiça e vingança vão sendo quebrados a cada nova descoberta.
Vale a pena, uma ótima produção. "Olhos da Justiça" está em exibição em salas de sete shoppings de Belo Horizonte e Contagem, em versões dubladas e legendadas. Ficha técnica: Direção: Billy Ray Produção: IM Global / Gran Via Productions / STX Entertainment Distribuição: Diamond Films Duração: 1h51 Gênero: Suspense / Drama País: EUA Classificação: 14 anos Nota: 4 (0 a 5)
Bradley Cooper se garante como um obstinado chef que quer recupera o nome e o prestígio (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)
Maristela Bretas
Bradley Cooper pula de um sniper americano para um falido e competitivo chef da alta gastronomia, que no lugar de balas atira pratos pela cozinha a cada ataque histérico no longa-metragem "Pegando Fogo" ("Burnt"). O filme é uma boa distração, muito parecido com os "reality shows" do gênero que passam nos canais a cabo, com gritos, ofensas e choros dos participantes (no caso, os funcionários).
A diferença da produção para os programas é o fato de a história mesclar um pouco de romance entre os muitos momentos de competição, traições e estresse culinário. Mas ter um Bradley Cooper como o chef, com aquele belo par de olhos azuis, a comida pode até ficar ruim que muita cliente não vai nem notar a diferença. Os cenários não são o forte, se restringindo a alguns pontos de Paris e de Londres, ao contrário de "A 100 Passos de um Sonho" (2014), do diretor Lasse Hallström. Com Helen Mirren no papel principal, o filme abusa das belas imagens do interior da França e dos chamativos pratos da culinária daquele país.
O ator interpreta o chef Adam Jones, que conquistou duas estrelas Michelin em restaurantes de Paris, mas está fora do mercado por causa dos inúmeros problemas com drogas, bebida e brigas constantes que levaram seus ex-parceiros à falência, além de criar muitos inimigos e credores. Recuperado, ele tenta voltar à ativa, mas desta vez em Londres onde procura o antigo amigo e mâitre, Tony (Daniel Brühl, de "Bastardos Inglórios"), para tentar convencê-lo a retomar a antiga parceria. No caminho para conquistar sua terceira estrela Michelin, Jones vai encontrando velhos amigos e inimigos e talentos promissores.
Além de Cooper e Brühl estão também no elenco Sienna Miller (como Helene, a mocinha que deseja ser chef), Omar Sy (chef Michel), Emma Thompson (a psiquiatra Dra. Rosshilde), Uma Thurman (numa participação especial como crítica de gastronomia), Mathew Rhys (como o renomado chef Reece e desafeto de Jones) e Alicia Vikander (uma antiga namorada). Curiosidades "Pegando Fogo" teve a consultoria dos chefs Marcus Wareing (que elaborou os pratos do filme, alguns bem interessantes), Gordon Ramsay (que veio ao Brasil para divulgação do filme) e Marco Pierre White, em quem Cooper se inspirou para o papel principal. Chefs e cozinheiros participaram das cenas nas cozinhas e os atores desempenharam de verdade seus papéis nas estações, em meio às panelas, facas e molhos ferventes. O filme está em exibição em dez salas de cinemas de shoppings de BH, Betim e Contagem, em versões dubladas e legendadas.
Ficha técnica: Direção: John Wells Distribuição: Paris Filmes Duração: 1h42 Gêneros: Drama / Comédia País: EUA Classificação: 14 anos Nota: 3 (0 a 5) Tags: #Pegandofogo, #BradleyCooper, #DanielBrühl, #SiennaMiller, #EmmaThompson, #OmarSy, #UmaThurman, #drama, #comédia, #gastronomia, #culinária, #chef, #Michelin, #ParisFilmes, #CinemanoEscurinho, #TudoBH
Cemitério do Bonfim, arte e história em cada túmulo (Reprodução)
O documentário, dirigido por Maurício Gino e produzido com recursos do edital Ofícios em Belo Horizonte, da Fundação Municipal de Cultura - FMC, e Centro de Referência Audiovisual - CRAV, nos anos de 2012 e 2013, foi um dos selecionados para a Retrospectiva Imagem dos Povos 10 anos e exibido na TV neste fim de semana. Segundo o diretor Maurício Gino, a produção abrange os marmoristas, os artistas e outros profissionais que trabalharam efetivamente na construção deste cemitério, que é o mais tradicional e antigo de Belo Horizonte.
Ele destaca a importância de participar novamente da Mostra, principalmente nesta edição, uma vez que o filme trata de um ofício que foi fundamental para a criação da Capital mineira. E destaca a mostra Imagem dos Povos como um importante espaço não só de exibição, mas também de execução sobre o filme documentário e sobre obras audiovisuais que de alguma forma espelham a diversidade cultural de nosso país e de outros países.
Para quem não teve oportunidade de ver este excelente trabalho na TV, confira abaixo
Ficha técnica: Roteiro, direção e produção: Maurício Gino Argumento: Marcelina Almeida, Maurício Gino, Ronaldo Gino Direção musical: Ronaldo Gino Pesquisa: Marcelina Almeida e Ilza Lima Duração: 16min32 País: Brasil Classificação: Livre
"O Natal dos Coopers é comédia fraca com elenco de famosos (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)
Maristela Bretas
Comédia fraquinha, com cara de sessão da tarde de 25 de
dezembro. Não fosse o elenco famoso, "O Natal dos Coopers" poderia
passar batido pelas bilheterias de cinema e ir direto para DVD ou TVs abertas. A história é comum nesta época do ano: os pais sessentões Sam
(interpretado por John Goodman) e Charlotte (Diane Keaton) que tentam reunir a
família para a ceia natalina, mas ao mesmo tempo precisam arrumar uma forma de
contar que vão se separar após 40 anos de casamento.
Enquanto isso, cada filho vive seu drama e tenta esconder a
situação para não atrapalhar a festa. Tem o filho quarentão Hank (Ed Helms) que
está separado e precisa pagar a pensão, mas está desempregado. A filha Eleanor
(Olivia Wilde) que não consegue ter um relacionamento sério por muito tempo,
mas mantém um caso com um homem casado.
Além de Emma (Marisa Tomei), que morre
de inveja da irmã Charlotte, e o pai das duas, Bucky (Alan Arkin) que se
encanta por Ruby (Amanda Seyfried), a jovem garçonete do restaurante que
frequenta.
"O Natal dos Coopers" é uma comédia leve, bem
família, com alguns momentos engraçados (graças ao cachorro do casal
principal). Não foi a toa que ficou pouco tempo em exibição nos cinemas de BH,
não chegou nem ao Natal.
Filme revela as terríveis consequências do encontro entre a tripulação de um navio e a gigantesca baleia Moby-Dick (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)
Maristela Bretas
Chris Hemsworth sem dúvida é a presença marcante deste filme. Mas a grande estrela (e põe grande nisso!) é branca, tem mais de 30 metros e uma persistência maior que a de qualquer ser humano. E esta gigantesca baleia é a razão de toda a história de "No Coração do Mar" ("In The Heart of The Sea"), um filme que se destaca pelas imagens da batalha entre homem e animal, ambos com a mesma sede de vingança.
As cenas mais extraordinárias, claro, não poderiam ser outras que não as filmadas no mar, numa caçada insana do imediato Owen Chase (Hemsworth) àquela que se tornaria a personagem de um dos grandes livros de aventura do mundo - Moby-Dick.
Além das duas estrelas, estão no elenco em ótimos papéis, Benjamin Walker ("Abraham Lincoln: Caçados de Vampiros"), Cillian Murphy ("Trancendence - A Revolução"), Ben Whishaw ("007 Contra Spectre"), Tom Holland ("O Impossível") e o irlandês Brendan Gleeson ("No Limite do Amanhã").
"No Coração do Mar" é uma grande aventura que merece ser conferida em 3D, principalmente por causa das cenas aéreas quando a gigantesca baleia ataca o navio e quando a tripulação enfrenta uma forte tempestade em alto mar. Também a maquiagem ficou excelente, chegando a deixar alguns atores com aspecto de verdadeiros náufragos. Como aconteceu com Cillian Murphy e Chris Hemsworth. Destaque ainda para as atuações de Tom Holland, como o jovem aprendiz de marinheiro Thomas Nickerson, e Brendan Gleeson, no papel do mesmo personagem mais velho.
E é ele quem dá início a toda a história, quando decide contar ao escritor Herman Melville (Whishaw) o que realmente aconteceu no inverno de 1820 com o navio Essex, que naufragou de forma estranha na costa da América do Sul, matando a maior parte da tripulação. Trabalhando para uma empresa pesqueira britânica, Owen Chase (Hemsworth) é convocado para ser o 1ª imediato do inexperiente capitão George Pollard (Walker) numa viagem para caçar baleias e conseguir o máximo de óleo, fonte de energia da época. O baleeiro é o Essex, que vai enfrentar muitas dificuldades até chegar a mares desconhecidos onde estão os grandes cardumes de baleias.
O que a tripulação e seu comandante não esperavam é que conheceriam seu maior pesadelo - uma gigantesca baleia branca de mais de 30 metros que vai fazer o possível para destruir o barco e seus ocupantes. E se já não bastasse a perseguição, os sobreviventes ainda terão de enfrentar tempestades, fome e desespero que os levarão a fazer de tudo para permanecerem vivos. O premiado diretor Ron Howard ("Apolo 13" e "Uma Mente Brilhante") soube explorar bem a situação em que a caça vira caçador e seus inimigos se tornam o principal alvo. Um filme imperdível. E se a grana não estiver curta, os efeitos especiais justificam investir na versão 3D.
"No Coração do Mar" está em 19 cinemas de Belo Horizonte, Betim e Contagem, nas versões 2D e 3D, dubladas e legendadas. Ficha técnica: Direção: Ron Howard Produção: Village Roadshow Pictures e Warner Bros. Pictures Distribuição: Warner Bros. Pictures Duração: 2h02 Gêneros: Aventura / Ação / Drama País: EUA Classificação: 14 anos Nota: 4 (0 a 5)
Após 20 anos, filme dirigido por Guilherme Fontes entra em cartaz e agrada (Fotos: Divulgação)
Mirtes Helena Scalioni
Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, o ator,
produtor e diretor Guilherme Fontes despistou, escorregou, mas não explicou por
que o filme que dirigiu, "Chatô, o Rei do Brasil", levou 20 anos para
ficar pronto, em meio a uma série de polêmicas, acusações e debates sobre leis
de incentivo cultural e desvio de dinheiro. Mas num ponto, ele foi categórico:
trata-se de uma comédia dramática.
Faz sentido. Em vez de optar pelo caminho óbvio, mostrando
nascimento, crescimento, ascensão e queda do jornalista Assis Chateaubriand,
magnata das comunicações que criou os Diários Associados e chegou a comandar
mais de 100 veículos entre jornais, rádios e TVs, Fontes escolheu um caminho
mais difícil: criou um dia do juízo final, no qual o protagonista é julgado
enquanto relembra passagens da sua vida louca.
Como sempre, o livro é melhor do que o filme. A obra de
Fernando Morais, até pelo tom mais sério e ordenado, resulta numa compreensão
mais completa por parte do leitor, que consegue contextualizar as
extravagâncias e aventuras de Chatô, homem que parece já ter nascido
personagem. Afinal, não é todo dia que se vê alguém que, nascido pobre na
Paraíba, se torne um poderoso e excêntrico empresário, amigo - e inimigo - de
presidentes da República.
De caráter duvidoso e capaz de tramoias inacreditáveis, ele
se envolve com muitas mulheres e promove negociatas inacreditáveis e
inconcebíveis. Visionário, foi o pioneiro da TV no Brasil criando a TV Tupi de
São Paulo nos anos de 1950.
O elenco, encabeçado por Marco Ricca como Chateaubriand, é
um dos responsáveis pelo brilho do filme, que conta ainda com Letícia Sabatella
como sua primeira mulher, Maria Eudóxia; Leandra Leal como Lola, outra de suas
mulheres; Andréa Beltrão como a eterna amante Vivi Sampaio; e Paulo Betti como
Getúlio Vargas.
Houve quem não gostasse do ritmo frenético e fragmentado do
longa, repleto de cores, fantasias, idas e vindas. Na verdade, em se tratando
de um filme cuja produção e realização foram confusas e nebulosas, foi uma boa
sacada. Chatô resultou num bom filme, mesmo que anárquico e alegórico - aliás,
bem parecido com o Brasil. O filme, com duração de 1h42, está em cartaz nas salas 4 do Ponteio Lar Shopping (sessões às 17 horas e 19h15) e 8 do Pátio Savassi (sessões às 13 horas e 15h15). Classificação 14 anos
Cansativo em boa parte, o filme trata de crise conjugal e voyeurismo (Fotos Universal Pictures/Divulgação)
Maristela Bretas
Solidão, vícios e uma crise conjugal que se arrasta há anos.
A ideia da trama é interessante, com Angelina Jolie Pitt acertando a mão e se
destacando neste que é seu terceiro filme como diretora, além de roteirista e
produtora junto com o marido Brad Pitt. Mas "À Beira Mar" ("By
The Sea") é arrastado, levando mais de duas horas para contar o drama do casal.
Cansativo em vários momentos, o destaque fica para as cenas de voyeurismo e as
brigas no quarto de hotel.
Mesmo com Angelina Jolie e Brad Pitt fazendo uma boa dupla em
cena (como aconteceu em "Sr. e Sra. Smith", de 2005) a história acaba
se tornando cansativa. O casal, que praticamente não conversa, vai para uma
cidade na costa francesa em busca de inspiração para um novo livro dele e uma
possível reconciliação.
Entre um copo e outro, o escritor Roland Bertrand (Pitt),
passa seu tempo no bar da vila, conversando com o calejado proprietário Michel
(interpretado por Niels Arestrup) e o morador Patrice (Richard Bohringer).
Já a mulher, a ex-bailarina Vanessa (Jolie), quando não está
no quarto, passando seu tempo tomando sol na varanda ou antidepressivos, se
aventura pelas encostas e faz compras nas quitandas da cidade, em busca de algo
nem ela mesmo sabe o que.
A sintonia do casal Pitt é tanta que há momentos que parece
que a trama é uma reprodução de uma crise real no matrimônio deles. Isso ajudou
muito para que o filme não se tornasse muito chato. E depois de muita embromação,
finalmente a interessante: a chegada de um casal em lua de mel, Léa (Mélanie
Laurent) e François (Melvil Poupaud), que se hospeda no quarto ao lado. Um
buraco na parede se torna a diversão e o novo vício de Vanessa e Roland que
pode despertar antigos desejos e frustrações e mudar a vida de todos.
Um ponto se destaca em "à Beira Mar" - a ótima fotografia,
que explorou a beleza da região, assim como as imagens internas, com muito jogo
de espelho e closes no Sr. e Sra. Pitt. A trilha sonora é suave, sem exageros e
na hora certa. Tinha tudo para ser ótimo, não fosse a duração excessiva. Mas
vale a pena conferir. "À Beira Mar" está em cartaz nas salas 2 do Diamond Mall (sessões às 15h50 e 21h40), 4 do Shopping Paragem (18h50 e 21h10) e Ponteio Lar Shopping, nas salas 2 (14h20, 16h45 e 21h10) e Premier (18h25), todas em versão legendada.
Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção: Angelina Jolie Pitt
Produção:
Plan B Entertainment / Universal Pictures
Uma vista aos avós pode mudar a vida de dois jovens netos para sempre (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)
Maristela Bretas
Um ótimo filme de terror, sob a direção de M. Night Shyamalan, o mesmo de "Sexto Sentido" (1999) e "Sinais" (2002). Suspense na medida certa, traumas que vão surgindo ao longo da história e apesar da categoria, traz uma boa mensagem no final. Assim é "A Visita" ("The Visit"), em cartaz nos cinemas. O filme coloca dois adolescentes - Olivia De Jonge e Ed Oxenbould - contracenando com três atores experientes do cinema e de séries - Kathryn Hahn, Peter McRobbie e Deanna Dunagan.
O diretor escolheu contar a história sob o ponto de vista da neta (Olivia), que carrega uma filmadora todo o tempo e quer fazer um filme sobre os avós para dar de presente à mãe (Kathryn Hahn) que se separou deles quando era adolescente. E durante todo o tempo a jovem registra a família, em diversas situações, principalmente os avós. A adolescente, que tem medo de se olhar no espelho, e o irmão (Oxenbould), com fobia por germes, são enviados pela mãe para visitar os avós que moram em uma remota fazenda na Pensilvânia. Não demora muito até que os irmãos descubram que os idosos têm comportamento estranho e passam a agir de maneira assustadora, o que pode colocar suas vidas em perigo e reforçar velhos traumas de infância.
Os cenários são limitados aos arredores da casa dos avós, numa época de neve. Então não espere uma fotografia de arrasar. Dentro de casa, o que é proibido desperta a curiosidade dos netos, apesar dos avisos dos avós sobre perigos e horários. Bons sustos, momentos tensos e boas interpretações, principalmente de Deanna Dunagan, que faz o papel da avó boazinha que adora cozinhar para os netos e muda completamente quando a noite chega. Um dos bons filmes de terror deste ano e vale a pena ser visto. M. Night Shyamalan prova que, apesar de não ter tido muito sucesso com produções recentes, ainda sabe como conduzir bem o gênero.
"A Visita" está em exibição em nove salas de cinema de shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada. Ficha técnica: Direção e roteiro: M. Night Shyamalan Distribuição: Universal Pictures Duração: 1h34 Gêneros: Terror Países: EUA Classificação: 14 anos Nota: 3,5 (0 a 5)
Tags: #AVisita, #MNightShyamalan, terror, #UniversalPictures, #Cinema no Escurinho, #Tudo BH
Documentário mostra um Chico Buarque falante e bem humorado (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)
Mirtes Helena Scalioni
Se tivesse de resumir, com uma única palavra, o filme "Chico - Artista Brasileiro" usaria, sem dúvida, a expressão "honestidade". Sem rodeios, sem salamaleques, sem maiores invenções, o documentário de Miguel Faria Jr. é absolutamente honesto ao contar - e deixar contar - a trajetória do nosso maior artista. E o que é melhor: o próprio Chico fala de si mesmo e de sua carreira com simplicidade e fluência, que resulta no final num sentimento de "quero mais".
Diretor de "Vinícius", de 2005, documentário que é recorde brasileiro de público no gênero, Miguel Faria Jr. optou por uma fórmula parecida. Se, no primeiro filme, os depoimentos de parceiros e amigos de Vinícius de Moraes eram intercalados com canções e poemas de sua lavra, no segundo é o próprio Chico, na maioria das vezes, que conta as histórias sentado no escritório de sua casa no Leblon. De novo, os números musicais - especialmente gravados para o filme - intercalam as falas, tudo na medida certa.
Um detalhe que chama a atenção no documentário é o humor do artista, o que imprime leveza ao filme. Mesmo quando fala de passagens e percalços terríveis da sua trajetória como a censura implacável da ditadura e os anos de exílio na Itália, Chico ri, faz graça, em paz com a sua maturidade. Seu livro mais recente, "O irmão alemão", no qual ele conta a descoberta e a dolorosa busca de um irmão desconhecido, permeia todo o filme e é também com naturalidade e honestidade que o artista fala do processo. Procurando sair do óbvio, as canções do filme surpreendem: da brejeira "Biscate", num delicioso dueto de Mart'Nália e Adriana Calcanhoto, passando por "Mar e Lua", com Mônica Salmaso, e "Uma canção desnaturada", aquela do curuminha, em comovente interpretação de Laila Garin, a cantora/atriz que fez o musical de Elis Regina. E mesmo diante de tantas feras, vale um destaque: a cantora portuguesa Carminho reinventando "Sabiá" é de cortar os pulsos.
Para os fãs do grande compositor, "Chico - Artista Brasileiro" é imperdível. O filme está em exibição nas salas 2 do Ponteio Lar Shopping (sessões de 16h40, 19 horas e 21h20) e 2 do Diamond Mall (sessões de 12h50, 15h40, 18h40 e 21h30). Classificação: 12 anos