11 janeiro 2016

"O Regresso", "Perdido em Marte" e "Steve Jobs" brilham no Globo de Ouro 2016

"O Regresso" conquistou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Diretor
 (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Com apresentação principal do ator Ricky Gervais, muitas celebridades do cinema e da TV e um evento mais agitado por conversas que em anos anteriores, foram anunciados na noite de domingo e madrugada desta segunda-feira os ganhadores do Globo de Ouro 2016 (Golden Globe Awards). O vitorioso da noite foi o "O Regresso", que conquistou três estatuetas - Melhor Filme, Melhor Ator - Leonardo DiCaprio - e Melhor Diretor - Alejandro González Iñarritu.

O primeiro anúncio foi feito pela dupla Channing Tatum e Jonah Hill, que apresentou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante. E a escolhida foi Kate Winslet, por seu papel no filme "Steve Jobs". 

Dwayne Johnson e Jennifer Lopez entregaram o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante de Minissérie ou Telefilme, a Maura Tierney, por "The Affair". Rachel Bloom, da série "Crazy Ex-Girlfriend" venceu como Melhor Atriz em Série de Comédia de TV. Já a estatueta de Melhor Série de TV na categoria de Comédia/ Musical foi para "Mozart in the Jungle".

Viola Davis, da série "To Get Away With Murder", começou anunciando os filmes que estavam na disputa do prêmio de Melhor Filme do cinema. O primeiro foi "Carol". Matt Damon, que também disputava o prêmio de Melhor Ator, anunciou "Perdido em Marte". Melissa McCarthy e Jason Statham anunciaram o filme "A Espiã Que Sabia de Menos". 


Jennifer Lawrence e Amy Schummer apresentaram os filmes "Descompensada" e "Joy: O Nome do Sucesso". Com algumas gracinhas, Ryan Gosling e Brad Pitt (também produtor do filme) fizeram o anúncio de "A Grande Aposta". Mel Gibson, que atuou nos três primeiros filmes da franquia "Mad Max", ficou com a responsabilidade de anunciar "Mad Max - Estrada da Fúria". Chris Evans (o belo Capitão América) contou um pouco sobre a história de "Spotlight - Segredos Revelados", outro dos candidatos. Os últimos filmes anunciados foram "O Quarto de Jack" e "O Regresso". 

O Globo de Ouro de Melhor Minissérie ou Telefilme ficou para "Wolf Hall". Jamie Alexander e Amber Heard anunciaram o prêmio de Melhor Ator de Minissérie ou Telefilme, levado por Oscar Isaac, por "Show Me a Hero". Ele também pode ser visto em "Star Wars - O Despertar da Força", no papel do mocinho Poe Dameron.

Lady Gaga, também entre as indicadas, entregou a Christian Slater o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em série de TV, Minissérie ou Telefilme, por "Mr. Robot". Ela está passando no Brasil e entra em sua segunda temporada no canal a cabo Space. E conquistou seu segundo prêmio da noite, como Melhor Série de Drama. 

Quentin Tarantino recebeu o prêmio por Ennio Morricone de Melhor Trilha Sonora Original, feita para o filme "Os Oito Odiados", que ele dirigiu. Esta foi o terceiro Globo de Ouro do compositor de 87 anos, autor de mais de 500 obras musicais para filmes e programas de TV.

Uma pena, mas Wagner Moura, que interpretou Pablo Escobar na série de TV "Narcos", exibida pela Netflix, não levou o prêmio e Melhor Ator em Série de Drama em TV, que ficou para Jon Hamm, por "Mad Men".

Amy Adams foi a responsável por entregar o Globo de Ouro para Matt Damon, como Melhor Ator de Comédia ou Musical. Ele interpretou um astronauta esquecido no planeta vermelho em "Perdido em Marte". No discurso ele mandou os filhos dormirem cedo, agradeceu à esposa, ao diretor Ridley Scott e a todos que trabalharam na produção.

Não poderia ser diferente. O Melhor Filme de Animação do Ano ficou para "Divertida Mente", uma escolha mais que esperada e merecida. A estatueta foi entregue aos diretores da Pixar/Disney.

Sylvester Stallone foi uma das premiações mais comemoradas da noite ao conquistar seu primeiro Globo de Ouro como Melhor Ator Coadjuvante pelo filme "Creed". Ele interpreta o treinador de um jovem boxeador, relembrando os bons tempos de "Rocky, um Lutador". Stallone agradeceu a família e os produtores e, principalmente, ao amigo imaginário Rocky Balboa, que ele chamou de o melhor amigo que jamais teve.

Will Ferrell e Mark Walberg com óculos coloridos de 2016 reclamaram do ruído da plateia (assim como outros apresentadores) e do pessoal da TV e anunciaram o ganhador de Melhor Roteiro. O prêmio ficou para "Steve Jobs”, do roteirista Aaron Sorkin. 


Gael García Bernal ganhou o reforço dos super-heróis das séries "Supergirl" e "The "Flash" ao ser anunciado como o vencedor de Melhor Ator por Comédia ou Musical pelo filme "Mozart  In The Jungle".

Helen Mirren demonstrou com muita alegria sua satisfação em anunciar a produção húngara "Filho de Saul" como a vencedora do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, previsto para estrear em março deste ano nos cinemas brasileiros.


Lady Gaga, de longo preto, ficou muito emocionada ao conquistar seu primeiro Globo de Ouro como Melhor Atriz de Minissérie ou Telefilme por "American Horror Story: Hotel". Ela agradeceu a todos e disse que queria ser atriz antes de ser cantora, mas que a carreira musical deu muito certo.

Katy Perry anunciou a Melhor Canção Original, que saiu  para "Writing's On The Wall" (Sam Smith), do filme "007 Contra Spectre". Nada merecido. A música é muito fraca e é inevitável não comparar com "Skyfall", de Adele, esta sim, merecedora do Globo de Ouro e Oscar.

O grande ganhador de Oscar, Tom Hanks (muito gripado) também chamou a atenção da plateia pelo barulho excessivo. E anunciou a homenagem, mais que merecida ao também premiado Denzel Washington por seu trabalho, personalidade e grandeza pelo conjunto de obras que interpretou. Hanks comparou o colega a antigos astros do cinema, como Humphrey Bogart que deixaram sua marca em Hollywood. Em seguida foram exibidos vários filmes de Denzel, que recebeu o prêmio especial Cecil B. DeMille. Ele foi aplaudido de pé e fez seu discurso acompanhado da mulher e de três dos quatro filhos ao palco. 

Morgan Freeman, anunciado pelo apresentador por Ricky Gervais como um dos mais respeitados atores do evento, entregou a  Alejandro González Iñarritu o prêmio de Melhor Diretor por "O Regresso", que tem Leonardo DiCaprio no papel principal. O filme deverá estrear no Brasil somente em 24 de fevereiro.

Na categoria Melhor Atriz de Série em Drama, a vencedora foi Taraji P. Henson, por "Empire", sobre uma ex-presidiária que passou 17 anos na cadeia vendendo crack.

Michael Keaton anunciou o nome de Jennifer Lawrence  como a ganhadora do prêmio de Melhor Atriz de Comédia ou Musical por "Joy: O Nome do Sucesso". Esta é a terceira estatueta da atriz, que já foi vencedora por "O Lado Bom da Vida" e "Trapaça".

Jim Carey, barbado, falou de seus dois Golden Globes e do sonho de ganhar o terceiro, fez piada sobre a premiação e anunciou o vencedor de uma categoria que ele conhece bem - Melhor Comédia. E o prêmio ficou para "Perdido em Marte". O diretor Ridley Scott agradeceu ao prêmio (o segundo da noite) que ele achava que receberia somente depois de morto, elogiou os outros candidatos e ao sucesso de outros filmes, como "Star Wars - O Despertar da Força". 


Eddie Redmayne, na disputa como melhor ator de Drama, entregou o Globo de Ouro para Brie Larson como Melhor Atriz de Drama por sua interpretação em "O Quarto de Jack". A jovem atriz agradeceu a todos e principalmente à família e é uma das mais fortes candidatas ao Oscar deste ano.

Já Julianne Moore ficou com a responsabilidade de entregar a estatueta de Melhor Ator de Drama a Leonardo DiCaprio por sua excelente atuação em "O Regresso". Ganhador de três Globos de Ouro (e nenhum Oscar), ele foi aplaudido de pé e, emocionado, falou da dificuldade de filmagem e agradeceu e lembrou a importância dos povos indígenas e da necessidade de preservar suas terras.




Mal tinha acabado de ser aclamado como um dos fortes candidatos ao Oscar, "O Regresso" voltou a brilhar, com a conquista da maior premiação, como Melhor Filme. E o diretor Alejandro González Iñarritu subiu novamente ao palco e recebeu a estatueta das mãos do premiado ator Harrison Ford. "O Regresso" disputava com "Spotlight - Segredos Revelados", "Carol", "O Quarto de Jack" e "Mad Max - Estrada da Fúria".


Confira a lista abaixo dos premiados

CINEMA

MELHOR FILME  - "O Regresso"

MELHOR FILME - COMÉDIA/MUSICAL - "Perdido em Marte"

MELHOR DIRETOR - Alejandro González Iñarritu ("O Regresso")

MELHOR ATOR - DRAMA - Leonardo DiCaprio ("O Regresso")

MELHOR ATRIZ - DRAMA - Brie Larson ("O Quarto de Jack")

MELHOR ATOR - COMÉDIA/MUSICAL - Matt Damon ("Perdido em Marte")

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA/MUSICAL - Jennifer Lawrence ("Joy: O Nome do Sucesso")

MELHOR ATOR COADJUVANTE - Sylvester Stallone ("Creed")

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE -  Kate Winslet ("Steve Jobs")

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO - "Divertida Mente"

MELHOR FILME ESTRANGEIRO - "Filho de Saul" (Hungria)

MELHOR ROTEIRO - Aaron Sorkin, por "Steve Jobs"

MELHOR TRILHA SONORA - "Os Oito Odiados"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL - Writing's On The Wall ("007 Contra Spectre")


TELEVISÃO

MELHOR SÉRIE DE TV - DRAMA - "Mr. Robot"

MELHOR SÉRIE DE TV - COMÉDIA/MUSICAL - "Mozart in the Jungle"

MELHOR MINISSÉRIE/TELEFILME - "Wolf Hall"

MELHOR ATOR - DRAMA - Jon Hamm ("Mad Men")

MELHOR ATRIZ - DRAMA - Taraji P. Henson ("Empire")

MELHOR ATOR - COMÉDIA/MUSICAL - Gael García Bernal ("Mozart In The Jungle")

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA/MUSICAL - Rachel Bloom ("Crazy Ex-Girlfriend")

MELHOR ATOR - MINISSÉRIE/TELEFILME - Oscar Isaac ("Show Me a Hero")

MELHOR ATRIZ - MINISSÉRIE/TELEFILME - Lady Gaga ("American Horror Story: Hotel")

MELHOR ATOR COADJUVANTE - SÉRIE DE TV/MINISSÉRIE/TELEFILME - Christian Slater ("Mr. Robot")

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE - SÉRIE DE TV/MINISSÉRIE/TELEFILME - Maura Tierney (The Affair)


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07 janeiro 2016

"Spotlight - Segredos Revelados" tira a sujeira varrida para debaixo do tapete

Jornalistas do Boston Globe investigaram crimes de pedofilia cometidos por padres católicos (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

 Maristela Bretas


Muitos segredos, manipulação, jogos de interesses políticos e religiosos. E o resultado com um excelente filme mostrando toda a sujeira da pedofilia de padres da Igreja Católica que foi empurrada para debaixo do tapete por anos. Baseado em fatos reais, "Spotlight - Segredos Revelados" é um drama que sacudiu a Santa Sé graças à perseverança e a um grande trabalho investigativo da equipe de jornalistas da Spotlight, uma divisão de reportagens especiais do jornal Boston Globe. Este mesmo grupo escreveu o livro sobre o trabalho investigativo, que originou o filme.

O elenco também foi acertado, tendo à frente Michael Keaton ("Birdman"), Mark Ruffalo ("Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo"), Rachel McAdams ("Questão de Tempo"), Stanley Tucci ("O Diabo veste Prada") e Liev Schreiber ("O Mordomo da Casa Branca").

Com uma ótima direção de Tom McCarthy, o filme reconstituiu de maneira inteligente e bem conduzida, que prende do início ao fim, essa história que acabou se transformando num dos grandes escândalos divulgados pela imprensa norte-americana sobre os crimes de pedofilia cometidos por membros da Igreja Católica em Boston e que foram acobertados.

Na redação da Spotlight começam a chegar denúncias de abusos sexuais de padres contra crianças de comunidades carentes da cidade. O editor Walter Robinson (Keaton) e seus três repórteres Michael Rezendes (Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel) e Matty Carroll (Bryan d'Arcy James), apoiados pelo novo diretor decidem ir até o fim para descobrir toda a verdade.

A equipe reúne milhares de depoimentos e documentos capazes de provar diversos casos de abuso de crianças por padres católicos que durante anos foram ocultados pelo alto escalão da Igreja Católica. Para encobrir os fatos, os padres pedófilos eram transferidos de região, sem sofrer qualquer tipo de punição.

Passado em 2001, "Spotlight" mostra ao público como era feito uma investigação jornalística com profissionalismo e "sangue nos olhos", para que a verdade chegasse ao leitor mesmo contra a vontade dos grupos poderosos. O caso rendeu à equipe do jornal um prêmio Pulitzer, o maior concedido a trabalhos jornalísticos.

"Spotlight" abordou de forma correta, tensa e envolvente uma história polêmica, reunindo um grande elenco. Destaque para Michael Keaton e Mark Ruffalo, que fizeram os melhores diálogos e participação marcante. Merece disputar a estatueta dourada. 



O filme entrou em cartaz nesta quinta-feira e está sendo exibido em cinco salas de cinema, na versão legendada: 3 (sessão de 21 horas), 4 (18 horas) e 5 (21 horas) do Shopping Del Rey; 4 do Net Cineart Ponteio (sessões de 16h40, 19 horas e 21h20); e 2 do Diamond Mall (sessões de 12h30, 15h40, 18h30 e 21h35).

Ficha técnica:
Direção: Tom McCarthy
Produção: Participant Media // Anonymous Content
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 2h08
Gênero: Drama 
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 5 (0 a 5)

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"Spotlight", "A Grande Aposta" e "Perdido em Marte" entre os indicados do Sindicato dos Roteiristas



Maristela Bretas


Foram anunciados na noite desta quarta-feira em Hollywood as produções que vão disputar o o prêmio do Sindicato dos Roteiristas Americanos dos melhores de 2016. "Star Wars - O Despertar da Força", apesar de ter atingido a marca de quarta maior bilheteria da história, não foi sequer mencionado. 

Confira a lista:

ROTEIRO ORIGINAL

"Ponte dos Espiões" - Escrito por Matt Charman, Ethan  e Joel Cohen - DreamWorks Pictures
"Sicário - Terra de Ninguém" - Escrito por Taylor Sheridan - Lionsgate
"Spotlight - Segredos Revelados" - Escrito por Josh Singer, Tom McCarthy - Open Road Films
"Straight Outta Compton" - Escrito por Jonathan Herman, Andrea Berloff - Universal Pictures
"Descompensada" - Escrito por Amy Schumer - Universal Pictures


ROTEIRO ADAPTADO

"A Grande Aposta" - Escrito por Charles Randolph e Adam McKay - Paramount Pictures
"Carol" - Escrito por Phyllis Nagy - The Weinstein Company
"Perdido em Marte" - Escrito por Drew Goddard -  Twentieth Century Fox
"Steve Jobs" - Escrito por Aaron Sorkin - Universal Pictures
"Trumbo" - Escrito por John McNamara - Bleecker Street Media


ROTEIRO DE DOCUMENTÁRIO

"Being Canadian" - Escrito por Robert Cohen - Candy Factory Films
"Going Clear: Scientology and the Prison of Belief" - Escrito por Alex Gibney - HBO Documentary Films
"Kurt Cobain: Montage of Heck" - Escrito por Brett Morgen - HBO Documentary Films
"Prophet’s Prey" - Escrito por Amy J. Berg - Showtime Documentary Films

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03 janeiro 2016

Imperdível, "Macbeth: Ambição e Guerra" faz jus ao texto de Shakespeare

Filme se destaca também pela excelente fotografia, cenários e cenas de batalhas quase reais (Fotos: Fátima Gigliotti/Diamond Films Brasil)

Maristela Bretas


Não foi a primeira vez nem será a última que esta obra, assim como outras de William Shakespeare, foi adaptada para o cinema. Nem sempre a empreitada acabou em sucesso. Mas "Macbeth: Ambição e Guerra" ("Macbeth") é uma das melhores adaptações feitas nos últimos tempos. O diretor Justin Kurzel acertou em tudo - fotografia, figurinos, cenários e, principalmente na escolha do par central - Michael Fassbender e Marion Cotillard.

Ela está ótima como a gananciosa e depressiva Lady Macbeth, que usa a sexualidade para controlar o marido. Mas ao mesmo tempo, não se conforma por não poder lhe dar herdeiros. Mas a grande estrela é Fassbender como Macbeth. Ele está excelente, reunindo toda a loucura, sadismo e ambição que um homem pode ter num só personagem, assim como William Shakespeare fez em sua obra. Fassbender é a estrela do filme.

Até mesmo o texto seguiu fielmente a narrativa shakespeariana. E às vezes fica um pouco monótono. As cenas de batalhas não poderiam ser mais reais e sangrentas, uma violência nua e crua, que escancaram a paranoia e a ganância de um homem. Macbeth passa de admirado guerreiro e líder a temido e odiado rei.

Na história, Macbeth é um leal general do exército escocês dominado por quatro mulheres - três bruxas que profetizam que ele deverá se tornar o novo rei da Escócia e a mulher, Lady Macbeth, que consegue convencê-lo a matar o rei Duncan (David Thewlis) para que a profecia se concretize.

Loucura, cobiça, crueldade e ambição marcam a narração de "Macbeth" e envolvem o público do início ao fim. Uma grande produção que vale a pena ser conferida, em versão legendada, nas salas 2 do Belas Artes (sessões as 14 e 19 horas), 2 do Cinemark Diamond Mall (sessão as 16h40) e 4 do Net Cineart Ponteio (sessões as 16h20 e 21 horas).


Ficha técnica:
Direção: Justin Kurzel
Produção: See-Saw Films
Distribuição: Diamond Films Brasil
Duração: 1h53
Gênero: Drama 
Países: Reino Unido / França / EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #MacbethAmbiçãoeGuerra, #Macbeth, #WilliamShakespeare, #MichaelFassbender, #MarionCotillard, #JustinKurzel, #drama, #DiamondFilmsBrasil, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

01 janeiro 2016

Leandro Hassum encerra trilogia apostando em novo sucesso de bilheteria

Leandro Hassum "chuta o balde" e leva o Brasil à falência em último filme da série (Fotos: Downtown Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Desta vez não tem nada de separação, o casal Leandro Hassum e Camila Morgado está bem e o título não se justifica, a não ser para encerrar a trilogia "Até que a Sorte nos Separe", que finalmente esgotou o que se poderia explorar. Mas uma coisa é certa. O diretor Roberto Santucci apostou no carisma do ex-gordinho Hassum (que perdeu mais de 50 quilos este ano) para atrair novamente o público aos cinemas, como aconteceu nos dois filmes anteriores.

E a comédia "Até que a Sorte nos Separe - Falência Final" não foge muito do primeiro e do segundo filmes, exceto por usar o momento atual como material para boas piadas do elenco. Ninguém fica de fora do caldeirão - a presidenta" Dilma (papel de Mila Ribeiro), Nestor Cerveró (Bemvindo Siqueira), a investigação do Lava Jato e o famoso bilionário Rique que já foi o homem mais rico do país, Rico Barelli, com sua mulher ex-modelo Malu do Carmo) que gostava de usar uma coleira com o nome dele no pescoço, papéis interpretados pelos atores Leonardo Franco e Emanuelle Araújo.

Mas Hassum, como Tino, ainda é a estrela e o chamariz de público com certeza. Até sua perda de peso é motivo para piadas, com direito a participação em programa do Luciano Hulk. Ao contrário de muitas pessoas que fizeram cirurgia para perder peso e acabaram perdendo a graça, Hassum não deixou a peteca cair e segue o mesmo estilo esculachado. Pelo menos neste filme. E faz um ótimo trio com Camila Morgado (a esposa Jane) e Kiko Mascarenhas - o Amauri, ex-contador de Tino que sempre acaba se dando mal com as coisas erradas que ele faz.

No terceiro e último filme de "Até que a Sorte nos Separe", Tino reaparece pobre, após ter perdido toda a herança da família em Las Vegas. Para ganhar dinheiro vira vendedor de biscoito e lava para-brisa no sinal de trânsito, até ser atropelado por um carro esporte dirigido pelo filho do homem mais rico do Brasil. Após sete meses em coma, ele acorda e descobre que sua filha Tetê (Julia Dalávia) está namorando o jovem rapaz, Tom (Bruno Gissoni). 

A união das famílias garante a Tino um ótimo cargo na corretora de Barelli. Sem o menor "Tino" para o negócio, ele quebrar a empresa, provocar a desvalorização de ações brasileiras na Bolsa e levar a economia do país ao colapso. E se a situação já não é nada boa, ele ainda terá de administrar o casamento da filha sem que as famílias saibam que todos estão falidos.

Não é o melhor dos filmes da franquia, provoca poucas risadas e o final feliz com mensagem chega a ser chato. Mas "Até que a Sorte nos Separe 3" pode acabar virando outro sucesso de bilheteria, como os outros dois filmes, principalmente por causa da gozação aberta à presidente e a pouco sutil ao empresário Eike Batista e sua ex, Luma de Oliveira.

Vale como diversão numa sessão da tarde, se não estiver exigindo muito de uma comédia com piadas bobas e escrachadas e um elenco global, claro. "Até que a Sorte nos Separe 3" está disputando salas e a atenção do público com "Star Wars - O Despertar da Força". O filme está em exibição em 30 salas de 18 shoppings de BH, Betim e Contagem.  




Ficha técnica:
Direção: Roberto Santucci
Produção: Globo Filmes / Paris Filmes
Distribuição: Downtown Filmes
Duração: 1h46
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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29 dezembro 2015

Fox divulga segundo trailer legendado de "Deadpool"

Deadpool é irônico, péssimo exemplo, violento e engraçado (Foto: Fox Film/Divulgação)

Maristela Bretas


Um herói nada convencional e mais um integrante do universo da Marvel Comics chega dia 11 de fevereiro aos cinemas brasileiros. "Deadpool" é dirigido por Tim Miller e tem Ryan Reynolds no papel do anti-herói violento e ao mesmo tempo de um humor ácido e distorcido, que curte rap e não perdoa os inimigos. Veja o segundo trailer deste filme da Fox Films, que reúne também bons momentos de ação e aventura, recheados de muito humor.




Wade Wilson é um ex-agente das Forças Especiais que se torna mercenário. Ao descobrir que está com um câncer incurável, aceita se submeter a um experimento suspeito que o deixa com poderes de cura acelerada. E adota o codinome Deadpool para caçar aqueles que tentaram destruí-lo.

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28 dezembro 2015

"O Presente" mostra um bom começo de Joel Edgerton como diretor

Suspense se resume ao trio principal e a um segredo que pode mudar a vida de todos
(Fotos: Fabula Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Dirigido, roteirizado, produzido e estrelado por Joel Edgerton ("Êxodo: Deuses e Reis" e "O Grande Gatsby") o suspense "O Presente" ("The Gift") é um filme interessante, consegue manter o suspense esperado em boa parte, apesar de indicar o final a partir da metade da exibição. Edgerton faz bem o papel de Gordon, um homem de poucos amigos, morador de uma cidade do interior nos EUA. Ele reencontra um antigo colégio de escola - Simon (Jason Bateman) -, que está retornando, acompanhado da esposa Robyn (Rebecca Hall).

O que o jovem casal não esperava era que está trazendo de volta também um terrível segredo do passado envolvendo os antigos colegas, que pode colocar a vida deles em perigo. Gordon passa a frequentar a casa dos novos amigos, a lhes dar presentes constantes e a interferir na vida do casal, o que começa a incomodar Simon. 

À medida que Robyn vai conhecendo Gordon (ou Gordo, como o marido dela insiste em chamar o velho conhecido), ela começa uma busca pela verdade até descobrir o que realmente aconteceu entre eles.

Tenso, "O Presente" mostra um bom trabalho de Edgerton, que divide seu tempo entre momentos de simpatia pela esposa de Simon e sinais constantes ao ex-colega de que não deixou o passado ficar para trás. Baterman não mostra nada muito diferente de papéis anteriores, enquanto Hall segura bem seu personagem.

Como diretor, o ator australiano ainda precisa percorrer um longo caminho (este foi seu primeiro trabalho), usar cenários mais variados e explorar melhor as cenas de suspense. Em "O Presente" ele restringiu a história a alguns pontos da casa, como a varanda, a cozinha e a sala. Mas teve um bom começo e o filme vale a pena ser conferido. Em exibição somente na sala 2 do Shopping Cidade - Cineart, sessão das 16h10.



Ficha técnica:
Direção, roteiro, produção: Joel Edgerton
Produção: Blumhouse Productions
Distribuição: PlayArte Pictures
Duração: 1h48
Gêneros: Suspense / Drama
Países: EUA / Austrália
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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24 dezembro 2015

Divulgado primeiro trailer de "Os Dez Mandamentos - O Filme"


A Paris Filmes divulga o primeiro trailer de "Os Dez mandamentos - O Filme", que estreia nos cinemas brasileiros em 28 de janeiro – com pré-venda iniciando em 1º de janeiro. Adaptação para os cinemas da novela da Rede Record foi um dos maiores sucessos da TV brasileira em 2015.

O trailer mostra Moisés (Guilherme Winter) recebendo de Deus a missão de salvar o povo hebreu da escravidão egípcia sob o governo de Ramsés (Sergio Marone), seu irmão de criação. Para fazer com que o faraó liberte os hebreus para que possa conduzi-los à Terra Prometida, Moisés lança sobre o Egito as Pragas Divinas, que culminam na morte dos primogênitos– até a abertura do Mar Vermelho para a passagem dos hebreus.

O longa-metragem, escrito por Vivian de Oliveira e dirigido por Alexandre Avancini, tem no elenco principal os atores Guilherme Winter, Sergio Marone, Gisele Itié, Samara Felippo, Sidnei Sampaio, Camila Rodrigues, Petrônio Gontijo, Denise Del Vecchio, Paulo Gorgulho e Larissa Maciel.



Com efeitos especiais grandiosos e uma história emocionante, o filme conta uma das mais famosas passagens da Bíblia: a saga de Moisés, desde seu nascimento até a chegada de seu povo à Terra Prometida, passando pela fuga do Egito através do Mar Vermelho e o encontro com Deus no Monte Sinai. Livre adaptação dos livros Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, o filme cobre mais de cem anos de história.



Segundo a emissora, a novela “Os Dez Mandamentos”, que foi ao ar de março a novembro de 2015, impactou cerca de 144 milhões de telespectadores no Brasil e alavancou em 139% os índices de audiência na faixa de exibição garantindo a vice-liderança isolada, com muitos capítulos em primeiro lugar.

O filme terá, além de cenas exclusivas, um final inédito, que antecipará a segunda temporada da novela, que estreia em março de 2016.

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Drama "As Sufragistas" é eleito por feministas um dos melhores filmes sobre mulheres


Produção retrata a dura luta das mulheres britânicas para terem direito ao voto no final do século XIX (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Pessoas mais sensíveis chegam a ficar com nó na garganta ao assistir ao filme "As Sufragistas" ("The Suffragettes"), produção do Reino Unido que retrata a dura luta das mulheres britânicas para terem direito ao voto no final do século XIX, início do XX. Qualquer semelhança com o ativismo feminino de hoje não é mera coincidência. As mulheres sempre brigaram - e continuam brigando - pelos seus direitos, como se fossem seres de segunda categoria.

Maud Watts (Carey Mulligan) é uma das muitas operárias de uma lavanderia, onde trabalha desde os 12 anos e, como as outras, é explorada e maltratada pelo chefe. Casada e mãe de um filho pré-adolescente, ela é obediente ao patrão e ao marido até que fica conhecendo, por acaso, o movimento das mulheres que querem simplesmente votar. Se, no início, Maud tem dúvidas sobre a importância das manifestações, dramas de sua própria vida empurram a jovem para o único caminho possível num mundo dominado por homens.

"As Sufragistas" é apenas um pequeno recorte no ativismo das mulheres pelo voto, já que o movimento ocorreu em muitos países.  Especificamente no Reino Unido, a movimentação ganhou a adesão da classe operária, que se uniu à Emmeline Pankhrust, importante líder feminista da época. Emmeline é Meryl Streep, que tem participação pequena no longa, mas nem por isso menos brilhante. Afinal, trata-se de Meryl Streep.

Ao final, além da constatação de que, historicamente, toda conquista precisa de um mártir, fica a surpresa quando aparecem as datas da adoção do voto feminino em vários países. Surpreendente! Se, no subdesenvolvido Brasil, a mulher só pôde votar a partir de 1932, na avançadíssima Suíça isso só aconteceu em 1971. E, no Iraque, em 1980.

O filme, dirigido por Sarah Gauron, é classificado como drama histórico. Mas pelo barulho que vem fazendo - uma associação internacional de mulheres críticas o elegeu como "o melhor filme sobre mulheres" e "o melhor filme feito por uma mulher" de 2015 - tem mostrado que se trata de um drama mais do que contemporâneo.

Apesar de ser um ótimo filme, "As Sufragistas" está em exibição apenas nas salas 2 do Diamond Mall (sessão de 12h20) e 4 do Net Cineart Ponteio (sessão de 14h10), com duração de 1h46. Classificação: 14 anos



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20 dezembro 2015

Tudo o que os fãs esperavam para uma sequência de Star Wars

"Star Wars - O Despertar da Força" inicia terceira trilogia e faz querer que venha logo o segundo filme (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


J. J. Abrams se mostrou mais que um grande fã da saga Star Wars. Ele conseguiu colocar na telona o que os fãs, de todas as idades, esperavam ver na terceira trilogia: trazer de volta a adrenalina, a aventura e a paixão por uma grande história, iniciada por George Lucas em 1977. "Star Wars - O Despertar da Força" ("Star Wars: Episode VII - The Force Awakens") é um trabalho excelente, feito com competência em tudo - produção (agora nas mãos dos Estúdios Disney), direção, fotografia, efeitos especiais, locações, cenários, maquiagem, vestuário, equipamentos, enfim, um filme completo em seu gênero, digno de ser considerado o mais esperado do ano.

Mas de nada adiantaria tudo isso se o elenco não fosse bom e simpático, e a história não atraísse como aconteceu com "Star Wars IV - Uma Nova Esperança" (o primeiro a ser exibido, em 1977). Nota 10 para a escolha dos atores. A volta do elenco original para fazer a passagem para a nova geração foi ótima. Está todo mundo lá, exceto o vilão mais fantástico e carismático de todos os tempos, Darth Vader, que morreu no Episódio VI - "O Retorno de Jedi", em 1983.

Harrison Ford (Han Solo), Carrie Fisher (Princesa Leia), Peter Mayhew (Chewbacca) e os dois droids - o baixinho R2D2 e o tagarela C-3PO interpretados novamente por Kenny Baker e Anthony Daniels.  E claro, Mark Hamill. Sim, "Star Wars 7" tem Luke Skywalker e com uma participação que fará diferença nos próximos episódios. Mas o grande destaque do novo filme ainda é Han Solo, o elo entre os heróis e vilões do passado e os do presente. 


E põe vilão nisso. O novo herdeiro do mal - Kylo Ren (papel de Adam Driver), dá seus primeiros passos de tirania usando o Lado Negro da Força a favor da Primeira Ordem, organização criada a partir do antigo Império. Se bem trabalhado, o ator, em episódios futuros, pode até se tornar o novo Darth Vader da franquia. Mas por enquanto o velho vilão da voz grave (emprestada por James Earl Jones) ainda reina absoluto.

Os novos heróis - Daisy Ridley (a catadora de lixo Rey), John Boyeda (o stormtrooper Finn) e os conhecidos Oscar Isaac ("O Ano Mais Violento" - 2014), como o piloto da Resistência Poe Dameron, e Domhnall Gleeson ("Questão de Tempo" - 2013), interpretando o terrível General Hux - estão muito bem e deram mostras que poderão substituir à altura os velhos personagens.

As naves de combate, as armas e os uniformes, principalmente os dos Stormtroopers ganharam uma repaginada e tem até uma capitã prateada (Phasma). Tudo isso com muitos e fantásticos efeitos especiais, que ficam ainda melhores se assistidos em 3D.

"Star Wars - O Despertar da Força" faz a gente rir, bater palmas, vibrar e até ficar triste com a morte de um dos personagens. Deixa também muitas perguntas que deverão respondidas nos próximos episódios.
                                                                           
GALERIA DE FOTOS


Na nova história, 30 anos se passaram desde que Luke desapareceu após se despedir do pai Darth Vader e eliminar o Imperador Palpatine na segunda Estrela da Morte. A Resistência, liderada pela Princesa Leia, precisa encontrá-lo para impedir que uma nova organização - a Primeira Ordem - volte a dominar a galáxia. Velhos conhecidos e jovens heróis vão se unir nesta nova aventura, ao som, novamente, da conhecida trilha sonora de John Williams. "Que a Força Esteja com Você"!

Curiosidade

O sétimo filme da saga Star Wars contou com uma mega produção e uma divulgação gigantesca, que está atraindo velhos e novos fãs para os cinemas e lojas que estão apostando na venda de todo tipo de bugiganga sobre o tema - de camisetas a canecas, sabres de luz e fantasias. Tudo isso só poderia resultar em recordes de bilheteria: neste primeiro final de semana após a estreia foram arrecadados mais de US$ 250 milhões nas bilheterias mundiais. E até este domingo deverão ser vendidos mais de US$ 220 milhões em ingressos somente nos Estados Unidos e Canadá.

Sala Imax

Para quem não dispensa grandes efeitos, sugiro assistir na sala Imax (Imagem Maximum), a primeira de BH e instalada no Shopping Boulevard em parceria com a Rede Cineart. Um espetáculo à parte de som e imagem de altíssima definição (resolução 4K) distribuídos em uma tela de 211 m2, que vale a pena ser conferido, principalmente num filme de grandes efeitos especiais como "Star Wars 7". A sala comporta 250 espectadores e é a 12ª no Brasil a receber esta tecnologia canadense que já existe em outros 65 países.



O filme também está em exibição em outras 44 salas de 14 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões legendada e dublada, também em 2D.

Ficha técnica:
Direção e roteiro: J. J. Abrams
Produção: J. J. Abrams, Bryan Burk e Kathleen Kennedy
Distribuição: Disney / Buena Vista
Produção:  LucasFilm Ltd., Walt Disney Pictures, Bad Robot
Duração: 2h15
Gêneros: Aventura / Ação / Ficção científica
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: #StarWarsODespertardaForça, #StarWars, #GeorgeLucas, #JJAbrams, #AForçaDespertou, #HanSolo, #HarrisonFord, #CarrieFischer, #PrincesaLeia, #MarkHamill, #LukeSkywalker, #DaisyRidley, #Rey, #Finn, #JohnBoyeda, #PoeDameron, #OscarIsaac, #KyloRen, #AdamDriver, #ação, #aventura, #ficção, #WaltDisney, #BuenaVista, #BadRobot, #LucasFilm, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

18 dezembro 2015

"O Clã" é história real com ares de ficção fantasiosa

Produção argentina é uma das indicações ao Oscar de Melhor Filme em Língua 
Estrangeira (Fotos: Fox Film/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Para um diretor como Pablo Trapero ("Abutres"), quando a realidade é mais absurda do que a mais fantasiosa ficção, já há meio caminho andado para um grande filme. É assim com "O Clã" ("El Clan"), longa argentino que se passa na década de 1980, exatamente quando o país fazia sua transição entre uma ditadura sangrenta e a democracia. Numa casa aparentemente comum no município de San Isidro, na Província de Buenos Aires, vive a família do militar Arquimedes Puccio que, entre o lanche e o jantar, se ocupa em sequestrar - e às vezes matar - pessoas.

O que mais choca em "O Clã", é saber que a história é baseada em fatos reais e que continua sendo estudada - e nunca compreendida - não apenas por argentinos, mas por todos que se interessam pelas esquisitices e fragilidades humanas. Como é que pode um pai afetuoso e preocupado com os filhos envolver toda a família em sequestros, a ponto de esconder as vítimas em sua própria casa? E o que intriga é que tanto a mulher como os filhos de Arquimedes continuam vivendo naturalmente suas vidas, cozinhando, estudando, fazendo refeições, jogando. Tudo na mais absoluta naturalidade.

Arquimedes é vivido por Guillermo Francella e faz isso magistralmente. Deve ser por isso que o espectador, a partir de certo ponto da trama, deixa de perguntar por que ele faz aquilo e que estranho poder tem sobre o grupo familiar. O público simplesmente o aceita. Outro destaque do filme é Peter Lanzani, que faz Alejandro, o mais atuante filho de Arquimedes. O jovem ator veio da moda, da música e das novelas e, com "O Clã", mostrou que pode alçar voos mais ousados.

Faz sentido - muito sentido - o filme estar entre os indicados ao Oscar como Melhor Filme em Língua Estrangeira. Muito bem recebido na Argentina, que até hoje não cicatrizou as feridas da ditadura, "O Clã" tem feito boas bilheterias por onde passa. Mesmo com um início meio confuso - ninguém mais faz filme com começo, meio e fim - o longa vale muito a pena.



"O Clã" pode (e merece) ser conferido nas salas 2 do Ponteio Lar Shopping (sessões de 14h20 e 21h10) e 2 do Pátio Savassi (sessão de 13h15), em versão legendada e duração de 1h48. Classificação: 16 anos

Tags: #OCla, #PabloTrapero, #GuillermoFrancella, #PeterLanzani, #suspense, #drama, #Argentina, #FoxFilm, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

14 dezembro 2015

Elenco ganhador de Oscar é o destaque de "Olhos da Justiça"

Versão "made in USA" de drama tem como destaque a interpretação do trio principal (Fotos: Diamond Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Tudo bem que o filme seja uma adaptação americanizada do argentino "O Segredo dos Seus Olhos" (2009), dirigido por Juan José Campanella e ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro. Mas isso não tira o mérito de "Olhos da Justiça" ("Secret In Their Eyes"), do diretor Billy Ray, que soube conduzir muito bem a trama. Ele reforça o drama pessoal inserindo pequenos toques sobre a política de segurança dos EUA após os atentados do 11 de setembro.

Para dar maior credibilidade à produção, um elenco de primeira: Nicole Kidman, Julia Roberts e Chiwetel Ejiofor formam o triângulo que balança entre o amor não correspondido, a fidelidade a uma amiga e o sentimento de culpa. O que dizer dos três atores: nada menos que ótimos, conduzindo a história com o talento que era esperado deles. Principalmente Julia, que vem melhorando sua atuação em papéis dramáticos e é o destaque dos três, no papel de uma mãe amarga em busca de vingança contra o assassino de sua filha.


"Olhos da Justiça" é um ótimo filme: tem ação, suspense, drama pessoal, vingança e até amor platônico. Para quem conhece o filme original, o final é um pouco previsível mas agrada na versão para os dias de hoje.

A história aborda a vida dos investigadores do FBI Ray (Chiwetel Ejiofor) e Jess (Julia Roberts) e da procuradora Claire (Nicole Kidman). Durante uma operação policial, Jess é surpreendida ao encontrar a filha assassinada. Treze anos depois, seu ex-parceiro Ray, que nunca desistiu de procurar o assassino, encontra novas pistas do suspeito e vai atrás da amiga. Afastado da função, ele pede ajuda do antigo amigo de FBI, Bumpy (Dean Norris) para ir atrás dele. E para reabrir o caso precisará de Claire, por quem sempre foi apaixonado. A verdade é chocante e os limites entre justiça e vingança vão sendo quebrados a cada nova descoberta.



Vale a pena, uma ótima produção. "Olhos da Justiça" está em exibição em salas de sete shoppings de Belo Horizonte e Contagem, em versões dubladas e legendadas.

Ficha técnica:
Direção: Billy Ray
Produção: IM Global / Gran Via Productions / STX Entertainment
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h51
Gênero: Suspense / Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #OlhosdaJustiça, #NicoleKidman, #JuliaRoberts, #Chiwetel Ejiofor, #BillyRay, #drama, #suspense, #DiamondFilms, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

"Pegando Fogo" ambienta o mundo competitivo e estressante da alta gastronomia

Bradley Cooper se garante como um obstinado chef que quer recupera o nome e o prestígio (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Bradley Cooper pula de um sniper americano para um falido e competitivo chef da alta gastronomia, que no lugar de balas atira pratos pela cozinha a cada ataque histérico no longa-metragem "Pegando Fogo" ("Burnt"). O filme é uma boa distração, muito parecido com os "reality shows" do gênero que passam nos canais a cabo, com gritos, ofensas e choros dos participantes (no caso, os funcionários). 

A diferença da produção para os programas é o fato de a história mesclar um pouco de romance entre os muitos momentos de competição, traições e estresse culinário. Mas ter um Bradley Cooper como o chef, com aquele belo par de olhos azuis, a comida pode até ficar ruim que muita cliente não vai nem notar a diferença.

Os cenários não são o forte, se restringindo a alguns pontos de Paris e de Londres, ao contrário de "A 100 Passos de um Sonho" (2014), do diretor Lasse Hallström. Com Helen Mirren no papel principal, o filme abusa das belas imagens do interior da França e dos chamativos pratos da culinária daquele país.   

O ator interpreta o chef Adam Jones, que conquistou duas estrelas Michelin em restaurantes de Paris, mas está fora do mercado por causa dos inúmeros problemas com drogas, bebida e brigas constantes que levaram seus ex-parceiros à falência, além de criar muitos inimigos e credores.

Recuperado, ele tenta voltar à ativa, mas desta vez em Londres onde procura o antigo amigo e mâitre, Tony (Daniel Brühl, de "Bastardos Inglórios"), para tentar convencê-lo a retomar a antiga parceria. No caminho para conquistar sua terceira estrela Michelin, Jones vai encontrando velhos amigos e inimigos e talentos promissores.

Além de Cooper e Brühl estão também no elenco Sienna Miller (como Helene, a mocinha que deseja ser chef), Omar Sy (chef Michel), Emma Thompson (a psiquiatra Dra. Rosshilde), Uma Thurman (numa participação especial como crítica de gastronomia), Mathew Rhys (como o renomado chef Reece e desafeto de Jones) e Alicia Vikander (uma antiga namorada).
     
Curiosidades 

"Pegando Fogo" teve a consultoria dos chefs Marcus Wareing (que elaborou os pratos do filme, alguns bem interessantes), Gordon Ramsay (que veio ao Brasil para divulgação do filme) e Marco Pierre White, em quem Cooper se inspirou para o papel principal. 

Chefs e cozinheiros participaram das cenas nas cozinhas e os atores desempenharam de verdade seus papéis nas estações, em meio às panelas, facas e molhos ferventes.

O filme está em exibição em dez salas de cinemas de shoppings de BH, Betim e Contagem, em versões dubladas e legendadas.

Ficha técnica:
Direção: John Wells
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h42
Gêneros: Drama / Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #Pegandofogo, #BradleyCooper, #DanielBrühl, #SiennaMiller, #EmmaThompson, #OmarSy, #UmaThurman, #drama, #comédia, #gastronomia, #culinária, #chef, #Michelin, #ParisFilmes, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

13 dezembro 2015

"Moritvri Mortvis - os construtores de túmulos do Bonfim"

Cemitério do Bonfim, arte e história em cada túmulo (Reprodução)

O documentário, dirigido por Maurício Gino e produzido com recursos do edital Ofícios em Belo Horizonte, da Fundação Municipal de Cultura - FMC, e Centro de Referência Audiovisual - CRAV, nos anos de 2012 e 2013, foi um dos selecionados para a Retrospectiva Imagem dos Povos 10 anos e exibido na TV neste fim de semana.

Segundo o diretor Maurício Gino, a produção abrange os marmoristas, os artistas e outros profissionais que trabalharam efetivamente na construção deste cemitério, que é o mais tradicional e antigo de Belo Horizonte.


Ele destaca a importância de participar novamente da Mostra, principalmente nesta edição, uma vez que o filme trata de um ofício que foi fundamental para a criação da Capital mineira. E destaca a mostra Imagem dos Povos como um importante espaço não só de exibição, mas também de execução sobre o filme documentário e sobre obras audiovisuais que de alguma forma espelham a diversidade cultural de nosso país e de outros países.

Para quem não teve oportunidade de ver este excelente trabalho na TV, confira abaixo


 

Ficha técnica:
Roteiro, direção e produção: Maurício Gino
Argumento: Marcelina Almeida, Maurício Gino, Ronaldo Gino
Direção musical: Ronaldo Gino
Pesquisa: Marcelina Almeida e Ilza Lima
Duração: 16min32
País: Brasil
Classificação: Livre

Tags: #Moritvri MortvisosconstrutoresdetúmulosdoBonfim, #MauricioGino, #RonaldoGino, #Bonfim, #documentário, #ImagemdosPovos 10, #curta, #CinemanoEscurinho

10 dezembro 2015

Em "O Natal dos Coopers" o que salva é o elenco premiado


"O Natal dos Coopers é comédia fraca com elenco
de famosos (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas

Comédia fraquinha, com cara de sessão da tarde de 25 de dezembro. Não fosse o elenco famoso, "O Natal dos Coopers" poderia passar batido pelas bilheterias de cinema e ir direto para DVD ou TVs abertas. 

A história é comum nesta época do ano: os pais sessentões Sam (interpretado por John Goodman) e Charlotte (Diane Keaton) que tentam reunir a família para a ceia natalina, mas ao mesmo tempo precisam arrumar uma forma de contar que vão se separar após 40 anos de casamento.

Enquanto isso, cada filho vive seu drama e tenta esconder a situação para não atrapalhar a festa. Tem o filho quarentão Hank (Ed Helms) que está separado e precisa pagar a pensão, mas está desempregado. 

A filha Eleanor (Olivia Wilde) que não consegue ter um relacionamento sério por muito tempo, mas mantém um caso com um homem casado. 

Além de Emma (Marisa Tomei), que morre de inveja da irmã Charlotte, e o pai das duas, Bucky (Alan Arkin) que se encanta por Ruby (Amanda Seyfried), a jovem garçonete do restaurante que frequenta.

"O Natal dos Coopers" é uma comédia leve, bem família, com alguns momentos engraçados (graças ao cachorro do casal principal). Não foi a toa que ficou pouco tempo em exibição nos cinemas de BH, não chegou nem ao Natal.




Ficha técnica:
Direção: Jessie Nelson
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h47
Gênero: Comédia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #ONataldosCoopers, #JohnGoodman, #DianeKeaton, #MarisaTomei, #OliviaWilde, #AlanArkin, #AmandaSeyfried, #EdHelms, #comédia, #ParisFilmes, CinemanoEscurinho

A baleia é a grande estrela em "No Coração do Mar"


Filme revela as terríveis consequências do encontro entre a tripulação de um navio e a gigantesca baleia Moby-Dick (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Chris Hemsworth sem dúvida é a presença marcante deste filme. Mas a grande estrela (e põe grande nisso!) é branca, tem mais de 30 metros e uma persistência maior que a de qualquer ser humano. E esta gigantesca baleia é a razão de toda a história de "No Coração do Mar" ("In The Heart of The Sea"), um filme que se destaca pelas imagens da batalha entre homem e animal, ambos com a mesma sede de vingança.

As cenas mais extraordinárias, claro, não poderiam ser outras que não as filmadas no mar, numa caçada insana do imediato Owen Chase (Hemsworth) àquela que se tornaria a personagem de um dos grandes livros de aventura do mundo - Moby-Dick.


Além das duas estrelas, estão no elenco em ótimos papéis, Benjamin Walker ("Abraham Lincoln: Caçados de Vampiros"), Cillian Murphy ("Trancendence - A Revolução"), Ben Whishaw ("007 Contra Spectre"), Tom Holland ("O Impossível") e o irlandês Brendan Gleeson ("No Limite do Amanhã").

"No Coração do Mar" é uma grande aventura que merece ser conferida em 3D, principalmente por causa das cenas aéreas quando a gigantesca baleia ataca o navio e quando a tripulação enfrenta uma forte tempestade em alto mar. 

Também a maquiagem ficou excelente, chegando a deixar alguns atores com aspecto de verdadeiros náufragos. Como aconteceu com Cillian Murphy e Chris Hemsworth. Destaque ainda para as atuações de Tom Holland, como o jovem aprendiz de marinheiro Thomas Nickerson, e Brendan Gleeson, no papel do mesmo personagem mais velho. 


E é ele quem dá início a toda a história, quando decide contar ao escritor Herman Melville (Whishaw) o que realmente aconteceu no inverno de 1820 com o navio Essex, que naufragou de forma estranha na costa da América do Sul, matando a maior parte da tripulação.

Trabalhando para uma empresa pesqueira britânica, Owen Chase (Hemsworth) é convocado para ser o 1ª imediato do inexperiente capitão George Pollard (Walker) numa viagem para caçar baleias e conseguir o máximo de óleo, fonte de energia da época. O baleeiro é o Essex, que vai enfrentar muitas dificuldades até chegar a mares desconhecidos onde estão os grandes cardumes de baleias.


O que a tripulação e seu comandante não esperavam é que conheceriam seu maior pesadelo - uma gigantesca baleia branca de mais de 30 metros que vai fazer o possível para destruir o barco e seus ocupantes. E se já não bastasse a perseguição, os sobreviventes ainda terão de enfrentar tempestades, fome e desespero que os levarão a fazer de tudo para permanecerem vivos.

O premiado diretor Ron Howard ("Apolo 13" e "Uma Mente Brilhante") soube explorar bem a situação em que a caça vira caçador e seus inimigos se tornam o principal alvo. Um filme imperdível. E se a grana não estiver curta, os efeitos especiais justificam investir na versão 3D. 




"No Coração do Mar" está em 19 cinemas de Belo Horizonte, Betim e Contagem, nas versões 2D e 3D, dubladas e legendadas.

Ficha técnica:

Direção: Ron Howard
Produção: Village Roadshow Pictures e Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h02
Gêneros: Aventura / Ação / Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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