12 junho 2016

"Invocação do Mal 2" é terror de dar pulos na cadeira do cinema

O diretor James Wan repete a fórmula e garante uma boa continuação do sucesso "Invocação do Mal" (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Se o trabalho de caça ao sobrenatural do casal Ed (Patrick Wilson) e Lorraine (Vera Farmiga) Warren foi muito bem apresentado em "Invocação do Mal" (2013), não poderia ser diferente na continuação, que está em cartaz nos cinemas de BH. "Invocação do Mal 2" ("The Conjuring 2: The Enfield Poltergeist") atrai tanto quanto o primeiro (ainda melhor) e não deixa a peteca do terror cair, oferecendo muitos sustos e pulos na cadeira do cinema.

Mas desta vez, o diretor, roteirista e também produtor James Wan (o mesmo do primeiro filme, de "Sobrenatural" e "Velozes e Furiosos 7") foca na vida cotidiana dos dois demonologistas que vivem nos EUA, mesclando com o sofrimento de uma família londrina que está sendo atormentada por um espírito nada amigável que quer expulsar todos da casa onde moram e que um dia foi dele.

Na América, Ed e Lorraine vivem quase uma vida normal, dando palestras e criando a filha adolescente. Mas os espíritos do passado voltam a perseguir Lorraine e sua família, sete anos após os eventos de "Invocação do Mal" (2013). Mesmo dispostos a abandonar os casos de aparições, eles são chamados pela Igreja Católica para ajudar a família britânica, formada pela mãe e quatro filhos. O maior problema está na filha Janet, atormentada e possuída pela entidade.

A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970 pelo casal Warren. Segundo depoimento da própria Lorraine, o pior que enfrentaram em sua vida. Inicialmente descrentes de que estivesse realmente ocorrendo um evento poltergeist, a dupla acaba se envolvendo emocionalmente com a família Hodgson e decide ajudá-la. Só não estava preparada para o que estava por vir.

Muitos sustos, dá para pregar na cadeira de tanta tensão, a narrativa é ágil, sem deixar brecha para cochiladas, até mesmo quando mostra o amor que une o casal paranormal. Todos os adolescentes da família estão bem em seus papeis, mas o destaque fica para a atriz Madison Wolfe, que interpreta Janet, a menina de 11 anos possuída. Quase tão boa quanto Linda Blair, de "O Exorcista".

Já a trilha sonora de Joseph Bichara (também responsável por "Invocação do Mal", "Anabelle" e "Sobrenatural") é um combustível a mais no suspense e ajuda a fincar você na cadeira à espera de um ataque fantasma. Ao mesmo tempo, apresenta momentos românticos que se encaixam bem ao enredo, apesar de ser um filme de terror, usando uma das baladas mais lindas de Elvis Presley, "Can't Help Falling in Love".


Então, só posso dizer que para quem aprecia um bom terror, "Invocação do Mal 2" vale a pena ser visto. Inevitável comparar com o primeiro, que foi um sucesso mundial e atingiu a maior bilheteria de fim de semana de um filme de terror com roteiro original. Foram US$ 319 milhões arrecadados no mundo e ainda atingiu a segunda maior bilheteria neste gênero de todos os tempos, perdendo apenas para "O Exorcista". A continuação consegue ser muito boa, bem melhor que "Anabelle", e pode se tornar outro grande sucesso de bilheteria do gênero.

O filme está em cartaz em 24 salas de cinema de 18 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada.



Ficha técnica:
Direção: James Wan
Produção: New Line Cinema / Safran Company
Distribuição: Warner Bros.Pictures
Duração: 2h14
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 14 anos 
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #invocaçãodomal2, #PatrickWilson, #VeraFarmica, #terror, #poltergeist, #TheConjuring2, #JamesWan, #LorraineWarren, #EdWarren, #CinemanoEscurinho, #PortalUAI

09 junho 2016

Um outro lado do paraíso que encanta, comove e enche de esperança

Filme nacional destaca as atuações de Eduardo Moscovis e do garoto Davi Galdeano (Fotos: Europa Filmes/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Se for verdade que um bom filme nada mais é do que uma história bem contada em imagens, movimentos e emoções, pode-se dizer que "O Outro Lado do Paraíso" é um ótimo longa. A saga de uma família que sai de Minas em busca de uma vida melhor em uma Brasília ainda em construção em 1963 é contada pelo ponto de vista de um dos seus membros, Nando, menino de 12 ou 13 anos. Isso confere à narrativa um toque ainda mais simples e direto, quase inocente, mas rico em credibilidade. E reside aí o grande trunfo do trabalho dirigido por André Ristum.

Trajetórias de homens sonhadores sempre emocionam. E Antônio, vivido por Eduardo Moscovis, é o típico sonhador místico, que acredita um dia atingir o "Evilath", o éden que vê na Bíblia. Ele vende a casa na zona rural, compra uma caminhonete e se muda com mulher e três filhos para Brasília, atraído pelo discurso e pelas promessas do presidente João Goulart, que jura fazer do Brasil um país justo e melhor. Baseado no livro autobiográfico do escritor mineiro Luiz Fernando Emediato, "O Outro Lado do Paraíso" encanta e comove também porque, no fundo, é uma história de esperança.

Outro destaque do longa de Ristum é, sem dúvida, a atuação de Davi Galdeano, que interpreta Nando. O pequeno ator é um achado. E surpreende como o pré-adolescente que idolatra o pai aventureiro e, ao chegar a Brasília, se decepciona com uma Taguatinga pobre e feia que não se parece em nada com a capital que esperava.

É por meio dos olhares, gestos - e narrativa - do menino que o espectador, aos poucos, vai descobrindo que aquela cidade não é exatamente o paraíso, principalmente quando o golpe militar de 1964 é deflagrado, acabando de vez com as esperanças de Antônio. Há outros encantos em "O Outro Lado do Paraíso". Um deles é a descoberta de Nando, ao mesmo tempo, de dois amores: uma colega de escola e os livros. As atuações discretas e corretas dos demais membros da família também merecem destaque: a mãe Nancy (Simone Iliescu), a irmã mais velha (Camila Márdila - aquela de "Que Horas Ela Volta?"), Jonas Bloch como o avô materno e outros, cada um dando sua contribuição na medida, sem exageros.




Deliciosas imagens antigas de documentários também enriquecem e dão um toque especial ao filme. É preciso citar ainda a trilha sonora de Patrick de Jonah e as incursões vocais mineiríssimas do magistral Milton Nascimento. Em tempos de Brasil polarizado, história e músicas podem levar, providencialmente, a um silêncio necessário no final.

Com 1h55 de duração, o drama "O Outro Lado do Paraíso" pode ser conferido nas salas 2 do Belas Artes (sessão de 21h40), 7 do Cineart Contagem (16h15) e 5 do Cineart Paragem (15h10). Classificação: 10 anos

08 junho 2016

Como num passe de mágica, "Truque de Mestre: O 2º Ato" é ainda mais surpreendente

Os Quatro Cavaleiros agora vão enfrentar um inimigo maior, a tecnologia avançada (Fotos: Jay Maidment/Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Os Quatro Cavaleiros (na verdade cinco) estão de volta, com novos truques de ilusionismo. Mas o que J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson), Jack Wilder (Dave Franco) e a recém-integrante Lola (Lizzy Caplan), além do líder, Dylan Rhodes (Mark Ruffalo), não esperavam é que a mágica que conheciam tão bem seria usada contra eles. 

Esta é a história de "Truque de Mestre: O 2º Ato" ("Now You See Me 2"), que entra em cartaz nos cinemas de BH nesta quinta-feira. Uma produção tão boa quanto a primeira, talvez até melhor. Os atores estão mais seguros de seus personagens, até mesmo Lizzy Caplan que entrou agora tem uma participação bem convincente.

Para não cair no dilema que derruba a maioria das continuações, o segundo filme tinha obrigação de oferecer um retorno triunfal do grupo. Um verdadeiro espetáculo, muito maior que o anterior. E isso foi feito pelo diretor Jon M. Chu ("G. I. Joe: Retaliação"), e o roteirista Ed Solomon (responsável também pelo sucesso de "Truque de Mestre" e "MiB: Homens de Preto"). Eles ainda contaram com um coprodutor especial - o mestre da magia David Copperfield.

Mas é um filme de mágica o tempo todo? Sim, e muito boa. Tem muita ação, não tem tiro, as bombas são de fumaça para causarem efeito, as cartas adquirem tamanhos gigantescos, e até a chuva ganha um balé especial nas mãos de Atlas (Eisenberg). Tudo acontece de forma ágil, às vezes tensa e às vezes até cômica, envolvendo o público em todo processo.

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Os famosos mestres da mágica que há um ano se uniram para expor o inescrupuloso empresário Arthur Tressler (Michael Caine) agora são foragidos do FBI. Para limparem seus nomes, eles terão de aplicar outro grande golpe, desta vez a vítima é o bilionário da tecnologia, Owen Case (Ben Lamb). Só não contavam que o inimigo da vez Walter Mabry (papel de Daniel Radcliffe, que está parecendo um chapeleiro louco megalomaníaco). usaria tecnologia avançada para superar a magia.

Não poderia faltar nesta versão a participação sempre espetacular de Morgan Freeman, como o mágico profissional Thaddeus Bradley, preso em "Truque de Mestre" pelo também agente federal Dylan Rhodes e que está em busca de vingança por ter sido enganado pelo quarteto.

Com certeza, "Truque de Mestre: 2º Ato" merece ser conferido. Assim como o primeiro filme, que está sendo exibido nos últimos dias na programação das TVs a cabo por causa desta estreia. Mesmo sem conhecer a história original será possível compreender a continuação, que além de um novo grande golpe vai esclarecer alguns fatos que ficaram pendentes em "Truque de Mestre". O filme vale pela trama, pelos truques de ilusionismo, pelas ótimas atuações de Mark Ruffalo, Jesse Eisenberg, Woody Harrelson e do experiente Michael Caine e, principalmente, pelo surpreendente final.



Ficha técnica:
Direção: Jon M. Chu
Produção: Summit Entertaiment / Lionsgate Company
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h55
Gênero: Ação / Suspense
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,0 (0 a 5)

Tags: #truquedemestreosegundoato, #NowYouSeeMe2, #osquatrocavaleiros, #mágica, #ilusionismo, #MarkRuffalo, #JesseEisenberg, #DaveFranco, #WoodyHarrelson, #LizzyCaplan, #JayChou, #DanielRadcliffe, #MichaelCaine, #MorganFreeman, #ação, #suspense, #JonMChu, ParisFilmes, #CinemanoEscurinho, #PortalUAI

05 junho 2016

O divertido mundo quase perfeito de "Zootopia" chega às lojas em DVD e Blu-ray

Nova animação da Disney diverte e provoca a sociedade atual (Fotos: Walt Disney Studios/Divulgação)


Maristela Bretas


Chega às lojas e locadoras nesta quarta-feira (8) o mais recente e estrondoso sucesso dos estúdios Disney, a animação "Zootopia: Essa Cidade é o Bicho". O filme, que arrecadou mais de US$ 900 milhões será comercializado nos formatos Blu-ray, Blu-ray 3D e DVD, com materiais extras que vão desde documentários sobre a criação dos personagens, produção da trilha sonora até cenas inéditas.

E "Zootopia" é imperdível, podendo se tornar um forte candidato ao Oscar 2017 de Melhor Animação, como aconteceu com outro sucesso da Disney neste ano - "Divertidamente". O filme tem ação, aventura, provoca boas gargalhadas ao fazer alusão a situações comuns, do tipo "entrevista de jogador de futebol após a partida".

Apesar de ser uma animação com bichos de todos os tamanhos e espécies, vivendo em harmonia, algo bem indicado para crianças, "Zootopia" aborda temas bem reais e cotidianos. O celular constante, as baladas, o preconceito, o bullying na infância, o efeito das drogas e a busca pela realização dos sonhos na cidade grande.


As mensagens são bem sutis em algumas situações e abertas em outras, de forma a fazer com que o público mesmo o infantil, perceba que os seres vivos (no caso os animais) não são perfeitos, cometem erros e precisam mudar o que está errado.

E a responsável por esta mudança é uma coelhinha que não gosta de ser chamada de fofinha - Judy Hopps (voz original de Ginnifer Goodwin, da série de TV "Once Upon a Time"). Ela mora com os pais e mais de 200 irmãos e irmãs uma fazenda isolada. Filha de agricultores plantadores de cenouras há décadas, sempre sonhou em ser uma policial, se mudar para a cidade grande, Zootopia, onde todas as espécies de animais convivem em harmonia, e tentar fazer um mundo melhor.

 A pequena mas destemida heroína enfrenta o preconceito e as manipulações dos outros animais, e só poderá contar com a ajuda do maior de seus inimigos do passado, a raposa Nick Wilde (Jason Bateman, de "O Presente"), um trambiqueiro que vive aplicando golpes pelas ruas.

Entre brigas e salvamentos, a dupla vai tentar descobrir porque animais estão sumindo de Zootopia e por que alguns voltaram a ser selvagens. A investigação vai levar Judy e Nick a uma grande conspiração que vai afetar toda a cidade.

A dublagem em português de Judy e Nick foi feita pelos atores Monica Iozzi e Rodrigo Lombardi e, tomando o lugar na bancada do Zoo News, fazendo a voz do apresentador Boi Chá, ninguém menos que o versátil jornalista Ricardo Boechat.

Para a canção tema "Try Everything", Shakira emprestou sua voz à personagem Gazella, a estrela pop de Zootopia que mais parece uma Lady Gaga. No elenco de vozes estão ainda Idris Elba (Chefe Bogo), Jenny Slate (vice-prefeita), Nate Torrence e Bonnie Hunt (pais de Judy) e J.K. Simmons (prefeito Lionheart).

Galeria de Fotos

Um filme para todas as idades que merece ser visto e com grandes mensagens, bem no estilo Disney que, de forma positiva, tem abordado cada vez mais em suas produções infantis temas que afetam diretamente as crianças e sua formação.


Ficha Técnica
Direção: Byron Howard, Rich Moore e Jared Bush
Produção: Walt Disney Animation Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 1h48
Gêneros: Comédia de Animação/ Aventura/ Família
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,8 (0 a 5)

Tags: #zootopia, #zootopiaessacidadeeobicho,  #animação, #aventura, #animais, #comédia, #WaltDisneyStudios,  #Disney, #GinniferGoodwin, #JasonBateman, #IdrisElba, #mundoanimal, #mundoperfeito, #CinemanoEscurinho, #PortalUAI

31 maio 2016

Jodie Foster expõe o jornalismo/espetáculo no drama "Jogo do Dinheiro"


George Clooney é refém de Jack O'Connell em suspense transmitido ao vivo (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Jodie Foster aposta em novo drama, explorando desta vez o universo do novo jornalismo/espetáculo que vem dominando as emissoras de TV do mundo inteiro. Os apresentadores estão mais para atores de um programa de domingo à tarde do que de um noticiário. A própria notícia mudou de cara, que o ator George Clooney soube mostrar bem no filme "Jogo do Dinheiro" ("Money Monster").

A notícia sobre a cotação do dólar e a situação das bolsas de valores pelo mundo fica em segundo plano e o destaque é o espetáculo de Lee Gates (papel de Clooney), o apresentador do programa de TV "Money Monster". Ele dá dicas sobre o mercado financeiro mesclando com performances típicas de um pop star. Faz do noticiário um verdadeiro circo ao vivo envolvendo os telespectadores de tal forma que os faz investir suas economias no que indicar. Muito parecido com o que vemos hoje em vários programas diários de nossas emissoras.

A diretora soube conduzir bem a trama, que ganha força com invasão do cenário pelo desconhecido Kyle Budwell (Jack O'Connell), um homem que perdeu tudo após acreditar nas dicas do apresentador. Armado ele obriga Gates a vestir um colete de explosivos e ordena que a transmissão continue para que o público veja como é enganado pelo contrário. A produtora Patty Fenn (Julia Roberts), apesar do risco que Gates está correndo, aposta na audiência da transmissão e deixar correr toda a negociação ao vivo. E vê os índices subirem vertiginosamente.

George Clooney está ótimo como o apresentador-showman, que faz de tudo para atrair a atenção do público. Ele usa uma linguagem apelativa e "tosca" para falar de investimentos, se vestindo de boxeador, tocando sinetas e colocando artes chamativas. Chega a ser cômico em muitos momentos, mesmo quando está sob a mira de uma arma e prestes a explodir.


Julia Roberts e Jack O'Connell completam bem o quadro de programa verdade (só que não!). Ela é a produtora que usa e abusa dos recursos da TV manipulando imagens, a disposição das câmeras pelo melhor ângulo e o que Gates deve falar. Ele é o inocente rapaz lesado pelo sistema financeiro que acaba se transformando em ídolo para o público e o motivo para se chegar ao que poderia se transformar num grande furo de reportagem com uma denúncia de fraude de um grande conglomerado financeiro.

"Jogo do Dinheiro" prende desde o início, é ágil e envolve o espectador, mas enfraquece um pouco no final. Mesmo assim, merece ser visto por sua composição que mescla momentos de drama, de comicidade, de manipulação da informação e do publico. E principalmente pela atuação do elenco principal. O filme está sendo exibido em oito salas de oito shoppings de BH e Contagem, em sessões dublada e legendada.



Ficha técnica:
Direção: Jodie Foster
Produção: Village Roadshow Productions / Smoke House Productions / TriStar Pictures 
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h39
Gêneros: Suspense / Drama
País: EUA 
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #jogododinheiro, #moneymonster, #GeorgeClooney, #Jack O'Connell, #JodieFoster, #suspense, #drama, #SonyPictures, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

26 maio 2016

Animação com "Peppa Pig" copia TV e fica cansativa para os pequenos

Além de "As Botas de Ouro", que dura 15 minutos, há outros nove episódios curtos da famosa porquinha rosa (Fotos: Warner Bros./Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Não se pode dizer que Felipe e Francisco não gostaram de "Peppa Pig - As Botas de Ouro e Outras Histórias". Aos quatro anos de idade, ambos assistiram atentamente ao filme, mas, como a maioria das crianças presentes à sessão, não vibraram, não bateram palmas, não cantaram. Mesmo sendo fãs da porquinha cor-de-rosa que tanto sucesso faz na TV, não se empolgaram muito.

Talvez a explicação esteja exatamente no "outras histórias" do título. Além de "As Botas de Ouro", que dura 15 minutos, há outros nove episódios curtos e, claro, a certa altura, a criançada se cansa daquele "termina/começa", passa a se mexer nas poltronas, fica de pé, caminha pelo cinema, se desinteressa pelo que está acontecendo na telona à qual a maioria não está muito acostumada.

"Peppa Pig - As Botas de Ouro e Outras Histórias" é mais do mesmo. Isso também pode ter pesado no desinteresse das crianças. Quem se arrumou e saiu de casa para ver o filme, certamente esperava alguma novidade. Não há. Com exceção do primeiro, os outros nove episódios são muito semelhantes aos da telinha: o Pai Pig sempre trapalhão e fazendo tudo errado, a família se divertindo pulando em poças de lama e, no final, tudo acabando invariavelmente em gargalhadas gerais. Melhor ver em casa.

Felipe e Francisco já estavam pedindo para ir embora quando a sessão acabou. Se estivessem em casa, certamente já teriam se levantado da poltrona à procura de alguma novidade. Talvez se fosse um único episódio, um pouco mais trabalhado e diferente, com músicas que requisitassem a atenção e participação das crianças, eles tivessem se interessado mais.

O especial "Peppa Pig, as Botas de Ouro e Outras Histórias" terá lançamento exclusivo para o cinema e exibições limitadas de hoje a domingo (29) e nos dias 4 e 5 de junho. 

A animação pode ser conferida nas salas dos shoppings Cinesercla Big 1 (sessão 13h30) , Boulevard 3 (12h20 e 13h40), Cidade 2 (12h20 e 13h40) , Cineart Contagem 4 (13h20) , Del Rey 3 (13h20) , Diamond 3 (12 horas) , Estação BH 1 (13h30) , Itaú Power 2 (13h20) , Minas 3 (12h20 e 13h40) , Monte Carmo 3 (13h20) , Cinesercla Norte 1 (13h30) , Pampulha 4 (14h15 e 15h35) , Cineart Paragem 2 (13h20), Partage Shopping Betim 7 (11h30) , Pátio Savassi 2 (11h30) e  Via Shopping 1 (13h20). 

Peppa Pig vai ao ar diariamente no Discovery Kids. Confira também as novidades e brincadeiras no site  www.peppapig.com.  Classificação: Livre


Tags:#peppapigeasbotasdeouroeoutrashistorias, #peppapig, #animaçao, WarnerBrosPictures, #porquinharosa, #infantil, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

25 maio 2016

Seth Rogen aposta na piada para tratar de tema sério em "Vizinhos 2"

"Vizinhos 2" é comédia que critica machismo de fraternidades (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Seth Rogen resolveu ampliar seu trabalho e além de ser um dos atores principais, divide o roteiro de "Vizinhos 2" ("Neighbors 2 - Sorority Rising") com o diretor Nicholas Goldberg e Evan Goldberg, seu parceiro também na produção. E o resultado é uma continuação da comédia só que numa versão feminina que alfineta o lado machista das fraternidades norte-americanas que permitem somente aos homens a realização de festas.

Se no primeiro filme, o casal Mac (Rogen) e Kelly Radner (Rose Byrne) era atormentado pelos vizinhos estudantes comandados pelo belo sarado Teddy Sanders (Zac Efron), a ameaça na continuação agora é a bela loirinha Shelby (a atual menina dos olhos de Hollywood, Chloë Grace Moretz) e suas amigas recém aceitas na universidade.

A comédia, dirigida novamente por Nicholas Stolier, aborda um pouco de tudo: pais que se acham liberais, mas são irresponsáveis, juventude incontrolável, medo de assumir a responsabilidade que chega com a idade, muita maconha e farras sem limite. Ao mesmo tempo critica o fato de que as mulheres são vistas como presas fáceis nas festas organizadas pelas fraternidades masculinas, E acabam se tornando vítimas de assédios e estupros, cada vez mais crescentes nas escolas dos EUA.

O grupo de Shelby não se conforma com a norma de que precisam usar roupas provocantes para frequentarem as festas promovidas nas casas das fraternidades masculinas. E que apenas os rapazes podiam fazer tais festas. Elas resolvem fundar a primeira fraternidade de mulheres - a Kappa Nu.

Para desespero de Mac e Kelly, o local escolhido para ser a sede é justamente o casarão ao lado de sua casa, que está à venda. E as jovens vão mostrar que podem ser bem piores que os antigos vizinhos. Novamente, uma guerra será travada entre os vizinhos, que contarão com a participação do seminu Teddy para apimentar, em todos os sentidos, a disputa.

Para quem gostou da primeira comédia a grande chance de simpatizar com esta pelas piadas e algumas situações engraçadas. Seth Rogen insiste no papel do vizinho coroa que curte muita maconha enquanto ele e a mulher deixam a filha pequena brincar com um vibrador como se fosse uma boneca de pano. 

Apesar de ter a mesma cara de outras produções, ele segura bem o papel, assim como Byrne e Efron. Mas Moretz está um pouco forçada como a líder da Kappa Nu que briga por direitos iguais nas fraternidades como se fosse uma menina mimada.

"Vizinhos 2" é um filme mais fraco que seu antecessor, mas soube inserir temas sérios em seu contexto sem cair na chatice ou no pieguismo.  A produção está em exibição em 16 salas de 13 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada.



Ficha técnica:
Direção: Nicholas Stolier
Produção: Good Universe
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h35
Gênero: Comédia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #vizinhos2, #SethRogen, #ZacEfron, #RoseByrne, #ChloeGraceMoretz, #comédia, #NicholasStolier, #UniversalPictures, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

22 maio 2016

"Memórias Secretas" trata de vingança, traumas e a busca por identidades pessoais

O filme é uma reflexão sobre como lidamos com as memórias do passado e o desejo de vingança (Fotos: Cassia Larrubia/Diamond Films/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Max Zucker (Martin Landau) e Zev Guttman (Christopher Plummer) já passam dos oitenta e vivem numa casa de repouso tipicamente americana. O primeiro está numa cadeira de rodas, respira com a ajuda de um balão de oxigênio, mas é lúcido. O segundo acaba de ficar viúvo de Ruth, e já começa a ter lapsos de memória e confusão mental. É nesse clima que Max arquiteta e entrega a Zev um plano de vingança: encontrar e matar o carrasco nazista Rudy Kurlander (papel vivido pelo alemão Bruno Ganz) que, segundo ele, dizimou a família de ambos no campo de concentração de Auschwitz.

Filmes que abordam episódios da Segunda Guerra costumam aguçar a curiosidade de velhos e jovens. No caso de "Memórias Secretas" ("Remember"), o interesse é ainda maior porque trata-se de um filme que fala de particularidades, é uma reflexão sobre como lidamos com traumas, histórias, memórias e identidades pessoais.

Mais do que chamar a atenção, a atuação de Christopher Plummer como um Zev senil chega a enternecer. Inocente útil nas mãos do amigo Max, tão lúcido quanto ardiloso, ele rouba o filme com um jeito quase infantil de cumprir à risca as orientações do colega.

Houve quem encontrasse inverossimilhanças nas viagens de Zev Guttman pelos Estados Unidos em busca do carrasco que vive no país com identidade falsa. Mas, seguramente, elas não comprometem o filme. Pelo contrário, geram uma torcida para que ele finalmente encontre o que procura. Além de surpreender, a reviravolta nos últimos minutos do filme pode deixar muitos espectadores em dúvida: seria mesmo necessária a surpresa? Pelo sim, pelo não, "Memórias Secretas" merece ser visto.

"Memórias Secretas" foi indicado como Melhor Filme no Festival de Veneza de 2015 e premiado como Melhor Direção (Atom Egoyan) pelo grande júri jovem do Vittorio Veneto Film Festival. O filme está em exibição apenas nas salas 2 do Diamond Mall (sessão às 13h05) e 4 do Net Cineart Ponteio (17h10 e 19h10). Classificação: 14 anos



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21 maio 2016

"X-Men: Apocalipse" é fraco em vilão, mas grandioso em efeitos especiais e destruição

Apocalipse é o primeiro e mais poderoso dos mutantes que os X-Men terão de enfrentar (Fotos: Fox Films/Divulgação)

Maristela Bretas


O último dos filmes da nova trilogia X-Men foi feito para os fãs e não vai desagradar. Os heróis e vilões, exceto Apocalipse (vivido por Oscar Isaac, de "Star Wars - O Despertar da Força"), estão bem de acordo com os quadrinhos. Em "X-Men: Apocalipse" ("X-Men: Apocalypse") não faltam destruição em massa de cidades e efeitos especiais numa proporção muito superior a de seus antecessores: "Primeira Classe" (2011) e "Dias de um Futuro Esquecido" (2014), este último também dirigido por Bryan Singer.

O elenco dos dois primeiros filmes está reunido novamente e ganha alguns reforços que se tornarão, no futuro, integrantes importantes do grupo dos X-Men, liderados pelo professor Charles Xavier (interpretado por James McAvoy). Claro que não poderia ficar de fora um dos mais importantes personagens - Magneto (papel do sempre muito "interessante" Michael Fassbender), que está p... da vida com a raça humana e não sabe se quer ser vilão ou mocinho.

Mística (Jennifer Lawrence) e Fera (Nicholas Hoult) agora passam a contar com novos parceiros e alunos na Escola Xavier para Estudantes Super Dotados: Jean Grey (Sophia Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee) estão muito bem em seus papéis. Mas o destaque fica novamente para Mercúrio (Evan Peters), que "arrasa" em sua atuação em slow-motion, ao som de "Sweet Dreams (Are made of this"), do Eurythmics.

Na turma do mal, Oscar Isaac até que tenta, mas não consegue dar a devida força que o personagem do poderoso En Sabah Nur, o Apocalipse, necessitava e se perde da versão em quadrinhos. Poderia ser mais forte, mais "vilão". Magneto quando entra em cena tem muito mais presença que ele. De seu grupo fazem parte Tempestade (Alexandra Shipp), Psylocke (Olivia Munn) e Anjo (Ben Hardy), com suas belas asas de metal.

Depois de toda a divulgação, claro que não poderia faltar em "X- Men: Apocalipse" a estrela da franquia (além de Xavier e Magneto). Wolverine, que há 16 anos é interpretado "com garras" pelo top mega arrasa quarteirão Hugh Jackman faz uma aparição rápida e devastadora. Coisa de deixar os jovens mutantes de queixo caído.

A história volta ao início da civilização, quando Apocalipse era adorado como um deus no Egito. O primeiro e mais poderoso do universo X-Men acumulou os poderes de muitos outros mutantes, tornando-se imortal e invencível. 


Ao acordar depois de milhares de anos, ele está desiludido com o mundo e começa a reunir mutantes poderosos para recriar o mundo e se tornar seu deus. Da equipe, o mais poderoso é Magneto. Para tentar parar o maior dos inimigos da raça humana, Mística retorna para os X-Men e ajuda o Professor Xavier e Fera a montar um novo grupo e salvar a humanidade da destruição completa.

X-Men é um bom filme, mesmo com um roteiro e a escolha errada do intérprete do vilão. Merece ser visto por toda a ação e efeitos que oferece, as participações de McAvoy, Fassbender, Jackman e a atuação dos mutantes mais novos, Noturno e Mercúrio.

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Apesar de não ser o melhor da nova trilogia - perde para "Dias de um Futuro Esquecido", deverá entrar na disputa para se tornar uma das grandes bilheterias do ano. A produção está em exibição em 43 salas de 19 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada, em 2D, 3D e Imax.



Ficha técnica:
Direção: Bryan Singer
Produção: Marvel Entertainment / 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h24
Gêneros: Ação / Ficção científica 
País: EUA 
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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06 maio 2016

"Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank", um ótimo videogame que virou filme, e ganhou nova versão


Filme é quase um remake do videogame que fez sucesso em 2002 para PS2 (Fotos: PlayArte Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Os gamemaníacos podem até gostar e os pequenos também, mas "Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank" ("Ratchet & Clank") não é das melhores animações. Está mais para videogame de plataforma em 3D, como o que deu origem a este filme, lançado em 2002 para Playstation 2. Para cinema ele deixa a desejar, mesmo tendo também a versão 3D. 

Se servir de consolo, um remake do jogo homônimo, "Ratchet & Clank", desenvolvido pela Insomniac Games, aproveitou a estreia da animação e lançou em abril a versão para PS4. Quem testou, elogia e recomenda. Ao contrário de muitos que assistiram ao filme.

"Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank" é uma distração para criança: tem batalhas intergalácticas, disparos de lasers, naves espaciais velozes, um grupo de super-heróis com um líder bobão e uma dupla pouco convencional. Ratchet é um Lombax, espécie semelhante a gato listrado de orelhas grandes, que encontra o brilhante robô Clank, nascendo daí uma grande amizade.

O longa conta a história desta dupla, que luta contra um alienígena chamado Drek cujo objetivo é destruir todos os planetas da galáxia Solana, contando com a ajuda de seu fiel soldado Victor, cuja voz na versão original é de Sylvester Stallone. 

Mas apesar de suas habilidades com armas e mecânica, Ratchet e seu parceiro precisarão da ajuda do grupo de super-heróis Galactic Rangers para derrotar o perigoso vilão e salvar a galáxia. No meio do caminho, os personagens aprenderão lições de heroísmo, amizade e a importância de descobrir a sua própria identidade.

Os momentos mais divertidos ficam por conta dos soldados alienígenas de Drek com seus celulares, tuitando o tempo todo, para desespero do chefe. E de Clank com seu olhar simpático e planos mirabolantes. "Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank" pode ser conferido em 18 salas de 12 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada em sessões 2D e 3D.


Ficha técnica:
Direção: Kevin Munroe (também roteirista e produtor executivo) e Jericca Cleland
Produção: Rainmaker Entertainment
Distribuição: PlayArte Pictures
Duração: 1h34
Gêneros: Animação / Aventura / Família
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 2 (0 a 5)

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04 maio 2016

"Capitão América: Guerra Civil" é o melhor de todos do herói estrelado

A grande batalha que vai dividir os Vingadores (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Depois da meia decepção com "Batman X Superman - A Origem da Justiça", confesso que estava com receio do que poderia acontecer com o terceiro filme de um dos meus heróis favoritos, apesar de ser o mais careta. "Capitão América: Guerra Civil" não conta com Thor e Hulk e a responsabilidade de sucesso de bilheteria ficou nas mãos dos dois principais Vingadores - Steve Rogers, o "Capitão América" (Chris Evans), e Tony Stark, o "Homem de Ferro" (Robert Downey Jr.) E eles se superaram e "mataram a pau".

O filme é o melhor da trilogia do Capitão América e um dos melhores com os Vingadores, mesmo sem a presença de dois importante
s integrantes, que acabaram sendo bem substituídos por três novos componentes. A dupla principal está excelente - Downey Jr. de novo insuperável e Evans mais maduro no papel - garante toda a ação que o filme exige e ainda dá a dramaticidade quando precisam lutar entre si. O restante da equipe também faz o suporte e dá o recado e faz tanto estrago por onde passa que daria inveja no Hulk.

Natasha Romanoff, a "Viúva Negra" de Scarlett Johansson ganhou merecidamente mais destaque, assim como a heroína Wanda Maximoff, a "Feiticeira Escarlate", interpretada por Elizabeth Olsen. O mesmo para o time masculino, principalmente Anthony Mackie, que faz Sam Wilson, o "Falcão", braço direito do herói de escudo estrelado. Sebastian Stan, que faz Bucky Barnes, o "Soldado Invernal" ("Capitão América  2") também garante seu lugar, mas Jeremy Renner, o "Arqueiro", ainda é melhor que ele quando entra em cena.

A grande e até divertida novidade é a entrada o Homem-Aranha para o grupo do Homem de Ferro. Sua atuação garante ótimas cenas cômicas e também de muita ação. Ele tem atitudes típicas de um aprendiz de Vingador, que se encanta por estar perto de seus heróis, não importando o lado. O papel ficou para o jovem ator Tom Holland (de "No Coração do Mar").

Outra novidade é o "Pantera Negra", vivido espetacularmente por Chadwick Boseman, mais um personagem Marvel que passa a integrar os Vingadores, assim como Paul Rudd, com seu "Homem Formiga" com destaca. Já Daniel Brühl (de "Bastardos Inglórios") apesar da importância de seu papel na história (não vou contar), tem participação mediana.

A pancadaria come solta, muitos tiros, explosões, batalhas entre amigos, decepções e fidelidade. "Capitão América: Guerra Civil" tem tudo isso na medida certa. Às vezes até mais um pouquinho, o que faz a gente colar na cadeira do cinema.


Tudo começa após o ataque de Ultron ("Os Vingadores: Era de Ultron") e os governos de vários países passam a procurar meios para controlar os super-heróis por suas ações e estragos. A interferência política cria uma rixa entre o Capitão América, atual líder dos Vingadores, e o Homem de Ferro, que tomam posições opostas. A situação piora quando Bucky Barnes é suspeito de um atentado terrorista e o Capitão América fica ao lado do amigo de infância. O enfrentamento entre os dois heróis se torna iminente.

GALERIA DE FOTOS

Produção top, excelente, imperdível para quem curte o universo Marvel, ainda imbatível nos filmes sobre seus heróis. O filme pode ser visto em 51 salas de 19 shoppings de BH, Betim e Contagem, nas versões dublada e legendada, em 2D, 3D e IMAX (que eu recomendo demais para esta produção por causa dos efeitos especiais e das cenas de ação).

Ficha Técnica:
Direção: Joe e Anthony Russo
Produção: Marvel Studios / The Walt Disney Company
Distribuição: Disney/Buena Vista
País: EUA
Gênero: Ação
Duração: 2h26
Classificação: 12 anos
Nota: 5 (0 a 5)


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"O Décimo Homem" é produção argentina comum sobre família e tradição

 Maristela Bretas


A história de "O Décimo Homem" ("El Rey de Once"), dirigido por Daniel Burman, é centrada no bem-sucedido economista de Nova York, Ariel (papel interpretado por Alan Sabbagh), que deixa a grande metrópole para atender a um chamado do pai, um judeu que mora no bairro argentino de Once. Ele é tido pela comunidade como um pai por ajudar aos necessitados, mas controla todo o que acontece no local, como se fosse o rei do bairro (por isso o título em espanhol).

Ariel, com seus costumes de cidade grande terá de voltar a suas origens e reaprender os costumes de seu povo, completamente diferentes daqueles a que estava acostumado. Para ele causam estranhamento, tradições como uma mulher não poder conversar com um homem solteiro até que haja um compromisso, o pai que dedica mais tempo aos outros que ao único filho e pessoas de todos os tipos que passam o dia pedindo favores em troca de nada. Tirando esta busca pela atenção do pai e o reencontro com as origens, "O Décimo Homem" não apresenta nada de novo. O nome do filme vai ser explicado quase no final.

Nada de novo, Alan Sabbagh se saiu bem no papel de futuro herdeiro do "Reinado de Once", mas que precisa resolver sua vida financeira, emocional e romântica, esta dividida entre duas mulheres - a noiva que deixou em Nova York e a assistente judia que nunca fala, interpretada por Julieta Zylberberg (de "Relatos Selvagens").

Muito comum, superficial em alguns momentos, sem nada que inspire, pode agradar quem curte muito o cinema argentino, apesar de o diretor ter dois bons prêmios em sua carreira por outros dois trabalhos - vencedor do Festival de Berlim 2004 com o filme “O Abraço Partido” e do Festival de Chicago em 2010 com o filme “Dois Irmãos”. "O Décimo Homem" entra em cartaz nos cinemas de BH nesta quinta-feira.


Ficha técnica:
Direção. roteiro e produção: Daniel Bruman
Produção: BD Cine / Kino Lorber Films / Pasto
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h22
Gênero: Drama
País: Argentina
Classificação: 12 anos
Nota: 2 (0 a 5)

Tags: #odecimohomem, #Argentina, #DanielBurman, #AlanSabbagh, #JulietaZylberberg, #drama, #ParisFilms, #CinemanoEscurinho