13 abril 2017

"Bones" vai deixar saudades

A equipe do Instituto Jeffersonian se despede na 12ª temporada após 246 capítulos (Fotos: Fox Studios/Divulgação) 


Maristela Bretas


Adoro seriados de TV, principalmente os de super-herói e policiais, mas não sou de escrever sobre eles. Deixo isso para meus amigos blogueiros que acompanham com mais frequência o que vai nas emissoras a cabo e Netflix. Mas "Bones" foi uma série dos Estúdios Fox que me agradou desde o primeiro capítulo em 2005 e formou uma legião de fãs, como eu, até seu encerramento na 12ª temporada. 

Mostrou um bom trabalho dos roteiristas na conclusão da história do casal principal - a renomada antropologista forense Dra. Temperance Brennan, também chamada de Bones, interpretada por Emily Deschanel, e o agente do FBI Seeley Booth, vivido pelo ator David Boreanaz. Ao longo dos 246 episódios eles passaram de antagonistas a parceiros inseparáveis de trabalho, bons amigos, amantes, marido e mulher e pais de duas lindas crianças. Uma química perfeita.

Tudo isso sem que perdessem suas características iniciais ou deixassem a série ficar desinteressante. Bones uma mulher direta, sem crenças, que não expressava seus sentimentos, mas ao mesmo tempo fiel e amiga, e uma profissional reconhecida no mundo inteiro. Booth um cara que gosta de todo mundo, boa praça, ex-atirador de elite, amante do basebol e da cerveja e católico fervoroso. Ou seja, totalmente opostos. E os dois dividiam o tempo solucionando crimes complicados com a ajuda dos demais colegas e de alta tecnologia.

"Bones" sofreu também com alguns períodos de crise, baixa audiência e greve de roteiristas, além de gestações no elenco que provocaram hiatos maiores que outras séries, inclusive da própria Fox. Deschanel e Boreanaz assumiram temporadas atrás a produção e coprodução do seriado, juntamente com Ian Toynton e outros e tocaram a história deste simpático e apaixonante casal por 11 anos.

Se já não bastasse o carisma de Bones e Booth, ao longo do tempo o restante do elenco ganhou destaque e se tornou tão essencial quanto os protagonistas, como uma família, deixando a série cada vez melhor de se ver semanalmente. Michaela Conlin (a fotógrafa e especialista em tecnologia Angela Montenegro), T. J Thyne, (o entomologista, botânico e mineralogista Jack Hodgins, também marido de Angela), Tamara Taylor (como a Dra. Cam Saroyan, diretora do Instituto Jeffersonian, onde tudo acontece).

Tem também a turma que entrou, saiu, morreu, fez participações, esporádicas, mas que deixou sua marca. É o caso de Francis Daley, o adorável Dr. Lance Sweets, psicólogo do FBI e parceiro de Booth. Além dele, passaram por "Bones", figuras conhecidas de Hollywood, como a cantora Cindy Lauper, no papel de uma vidente, e o ator Ryan O´Neal, que viveu  Max Keenan, pai de Brennan. Destaque também para John Boyd, que fez o novo parceiro de Booth no FBI, James Audrey, e Patricia Belcher, a promotora de Justiça, Caroline.

Além do elenco fixo, a cada episódio a equipe contava com estagiários de antropologia e autópsia que iam se revezando. E eles também ganharam suas histórias. Afinal, "Bones" acabou se tornando uma grande família, dentro e fora do set de filmagens. Temas como sustentabilidade, direitos humanos e civis, guerras, deficiência física, adoção, família, lealdade, união foram abordados nas histórias e adotados pelos atores em suas vidas.

Na vida real, Emily Deschanel engravidou duas vezes, situação reproduzida na relação de Bones e Booth. O mesmo ocorreu com Michaela Collin e Carla Gallo (a estagiária Daisy), que também engravidaram no seriado. Isso provocou alguns adiamentos maiores na volta ou no decorrer de temporadas. Mas ajudou a aguçar o interesse dos fãs que torciam pelos personagens e seus intérpretes.

Mas uma hora essa aventura romântica familiar iria acabar. E roteiristas, produtores e o diretor e criador da série Hart Hanson conseguiram concluir o trabalho de uma forma muito bacana, com tudo o que tem direito. O final não deixou a peteca cair e precisou ser dividido em duas partes para envolver ainda mais o espectador - casamento, explosões, velhos amigos e inimigos, homenagens e, principalmente, boas memórias. "Bones" não terminou, deixou apenas uma sensação de "a gente se vê em breve". 

Bones, Booth, Angela, Hodgins, Cam, Audrey e toda a equipe do Jeffersonian fizeram muita gente perder boas noites de sono (como eu), mas que valeram demais a pena.



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07 abril 2017

"Despedida em Grande Estilo" é comédia com elenco a peso de ouro

Os vencedores do Oscar Morgan Freeman, Michael Caine e Alan Arkin vão acertar as contas com o banco à sua maneira (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Reunir grandes nomes do cinema numa comédia só poderia resultar numa boa e divertida produção. Daquelas que provam que para ser ator de verdade não basta apenas ter um rostinho bonito, é preciso talento. "Despedida em Grande Estilo" ("Going in Style") é isso, conta em seu elenco principal com os vencedores do Oscar Morgan Freeman (“Menina de Ouro”), Michael Caine (“Regras da Vida”) e Alan Arkin (“Pequena Miss Sunshine”). Só eles já valem o ingresso do cinema.

A turma de veteranos do elenco é composta ainda por Ann-Margret (“Tommy”), que está tão esticada que mal consegue abrir a boca e interpreta Anne, a caixa de um mercado interessada em Al, e Christopher Lloyd (franquia "De Volta para o Futuro"), como Milton, um dos amigos do trio. 

Os atores bem mais jovens são Matt Dillon  (“Crash – No Limite”), policial do FBI. Joey King (“Lições em Família”), a neta de Joe; John Ortiz ("O Lado bom da Vida"), como o Jesus, o homem que vai ajudar a planejar o assalto, além de Peter Serafinowicz ("Guardiões da Galáxia"), como Murphy, o genro doidão de Joe.

Elenco do primeiro filme, de 1979 (Foto: Divulgação)
O novo "Despedida em Grande Estilo" é uma refilmagem do sucesso de 1979, que teve no elenco principal George Burns (Joe), Art Carney (Al) e Lee Strasberg (Willie). Na história, Joe, Al e Willie passam o tempo juntos, dividindo histórias do passado e dramas do presente, que incluem filhos, netos, doenças, relacionamentos e contas atrasadas. 


Até que Joe Harding (Caine) recebe um aviso do banco que a casa onde vive com a filha e a neta será tomada por falta de pagamento. Para piorar, ele e seus amigos  vão perder o dinheiro do fundo de pensão que os mantém, pois a empresa em que trabalhavam vai ser vendida. 


Joe, Willie (Freeman) e Al (Atkins) resolvem acertar as contas, roubando o banco que está tomando tudo deles. As cenas dos preparativos para a ousada empreitada, que inclui uma passada na loja de "ervas medicinais" de Murphy, estão entre as melhores do filme.

Apesar de ser uma comédia, "Despedida em Grande Estilo" é uma produção para fazer pensar também no tratamento que os idosos recebem da sociedade. E o elenco octogenário mostra isso de uma forma bem divertida. Vale a pena assistir.


Ficha técnica:
Direção: Zach Braff
Produção: New Line Cinema /Village Roadshow Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h36
Gêneros: Comédia /Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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06 abril 2017

Michael Bay se supera na produção em IMAX 3D do quinto "Transformers"

"Transformers - O Último Cavaleiro" é praticamente uma nova história e confirma que a franquia ainda tem muito fôlego (Fotos: Paramount Brasil/Divulgação)

Maristela Bretas


Nessa quarta-feira, a Paramount Brasil, Espaço Z e Cineart Boulevard organizaram um Fan Event do filme "Transformers: O Último Cavaleiro". O evento, exclusivo para fãs e imprensa, mostrou uma prévia de 20 minutos do filme na sala IMAX. Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro foram as cidades brasileiras escolhidas pela Paramount Pictures para esta divulgação em primeira mão, da produção tem estreia marcada para 20 de julho e o que foi mostrado causou euforia nos espectadores presentes.

Como o próprio diretor Michael Bay explicou em vídeo gravado para o público brasileiro, o filme está sendo finalizado, por isso a prévia especial foi exibida em 2D. E as cenas mostradas foram de arrepiar. "Transformers - O Último Cavaleiro" ("Transformers: The Last Knight"), quinto filme da franquia, é praticamente uma nova história, que remete ao passado, sem obrigar o espectador a ter visto algum dos filmes anteriores. E deixa claro que ainda há muito o que explorar dos gigantescos autobots.


Na nova produção, Optimus Prime deixou a Terra e os antigos companheiros e encontra seu planeta natal, Cybertron, destruído. O líder dos autobots descobre que foi o responsável  e a única maneira de trazer a vida de volta é encontrar um artefato deixado na Terra há milhares de anos. Enquanto isso, alienígenas voltam a atacar o planeta e os antigos Transformers agora são caçados como inimigos. Assim como seus protetores, que vão precisar fugir das forças de segurança, que não sabem como combater os novos invasores.



Do elenco anterior participam Mark Wahlberg (o mocinho Cade Yeager) e Josh Duhamel, como o tenente-coronel William Lennox. Desta vez o time recebe a participação do excelente Anthony Hopkins, como Sir Edmund Button e de Isabela Moner (como a historiadora Izabela). O diretor Michael Bay, que há dez anos abraçou o formato IMAX não poupou recursos e conta como foram as filmagens.


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04 abril 2017

Novo trailer de "Annabelle 2 - A Criação do Mal" mostra a boneca ainda mais assustadora

A Warner Bros. Pictures divulga o novo trailer legendado do esperado retorno da boneca mais assustadora do mundo aos cinemas: "Annabelle 2 – A Criação do Mal". O vídeo apresenta novos detalhes da história e  o tom sinistro do filme, dirigido por David. F. Sandberg, com estreia prevista para 17 de agosto. Além do trailer, a Warner Bros. Pictures também divulga as primeiras artes do longa que mostram a assustadora boneca.

Vários anos após a trágica morte de sua filha, um fabricante de bonecas e sua esposa abrigam em sua casa uma freira e várias meninas de um orfanato que foi fechado, e logo se tornam alvos da possuída criação do fabricante de bonecas, Annabelle.

O filme é estrelado por Stephanie Sigman (“007 Contra Spectre”), Talitha Bateman (“A 5ª Onda”), Lulu Wilson (inédito “Ouija: Origem do Mal”, “Livrai-nos do Mal”), Philippa Coulthard (“Jogos do Apocalipse”), Grace Fulton (“Badland”), Lou Lou Safran (“A Escolha”), Samara Lee (“Foxcatcher – Uma História Que Chocou o Mundo”, “O Último Caçador de Bruxas”), Tayler Buck em sua estreia em longas-metragens, com Anthony LaPaglia (da série de TV “Without a Trace”) e Miranda Otto (série do Showtime “Homeland”, trilogia “O Senhor dos Anéis”).



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"O Poderoso Chefinho", uma animação para quem tem irmãos e quer dar boas risadas

Tim e o estranho bebê se unem para viver uma grande aventura e mostrar a importância da família (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


A vida era muito boa para Tim, um garoto de 7 anos que vivia com os pais e recebia todas as atenções. Não havia nada para atrapalhar. Até a chegada do irmãozinho, um bebê bem esquisito, que anda de taxi, usa terno, carrega uma maleta misteriosa e fala como um alto executivo. Para os pais isso era normal, mas Tim não confia nele e terá de mostrar que o "invasor" que o jogou para escanteio é uma fraude. Mesmo que para isso tenha de unir forças com o estranho contra um perigo maior que põe em risco a vida de seus pais.


Essa é a história de "O Poderoso Chefinho" ("The Boss Baby"), uma divertida comédia de animação, produzida pela DreamWorks Animation (a mesma de "Madagascar"). O espectador vai acompanhar situações cotidianas bem conhecidas, principalmente por quem já foi rei em sua casa e perdeu o trono com a chegada do irmão ou irmã mais novo.



Disputas pela atenção dos pais, pequenas maldades, pesadelos com monstros, medo do abandono e a vontade de dar um "sumiço" naquela "figura inconveniente". Tim passa por tudo isso, numa abordagem bem trabalhada pelo diretor Tom McGrath. Tobey Maguire (O Homem Aranha) é o narrador da história de Tim, enquanto Alec Baldwin faz a voz do poderoso bebê que inferniza a vida do irmão mais velho.



Jimmy Kimmel, apresentador da cerimônia do Oscar deste ano, dubla o pai do garoto, que trabalha para Francis, dono da empresa Puppy Co., na voz de Steve Buscemi. A dublagem da mãe de Tim em português ficou a cargo da atriz Giovanna Antonelli, enquanto que a original foi feita por Lisa Kudrow.



O mestre da trilha sonora de cinema Hans Zimmer é novamente o responsável pela escolha das músicas de "O Poderoso Chefinho" e entrega um bom repertório. A começar pela inclusão de sucessos como "Blackbird", dos Beatles, como a música que os pais cantam para Tim dormir, e "What The World Needs Now Is Love", na voz de Missi Hale, e que ficou conhecida pela interpretação da grande Dionne Warwick.



"O Poderoso Chefinho" soube abordar bem as emoções da infância: amor da família, segurança, medos, coragem para enfrentar os perigos imaginários, união entre irmãos e a imaginação fértil. O espectador dará boas risadas, mas também irá se emocionar com os personagens. Tim é todo doçura, tremendamente criativo e apegado à família e a suas coisas.


Mas terá de sair de sua zona de conforto para enfrentar um poderoso inimigo: o bebê que acaba de chegar. Arrogante, nascido para mandar, ele entrou para a família para impedir o plano de um empresário de fazer com que as pessoas deixem de querer bebês e escolham filhotes de cães. Uma ótima abordagem para uma realidade já comprovada em vários países, inclusive no Brasil, segundo pesquisa do IBGE de 2015, que aponta que o número de cães nos lares superou o de crianças.



Uma comédia indicada para a família, mas que agradará ao público de todas as idades. Vale a pena assistir "O Poderoso Chefinho", de preferência com algum irmão ou irmã. E depois sair do cinema comentando antigas aprontações que deixaram os pais loucos no passado.



Ficha técnica:
Direção: Tom McGrath
Produção: DreamWorks Animation / 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h38
Gêneros: Comédia / Família / Animação
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4 (0 a 5)

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02 abril 2017

Série inspirada em mangá ganha ótima versão live-action em "A Vigilante do Amanhã"

Scarlett Johansson é uma agente com corpo de ciborgue e cérebro humano que luta contra o crime e quer reencontrar seu passado (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Após várias séries de animação que começaram em 1995 adaptadas do mangá, "Ghost in The Shell", escrito por Masamune Shirow finalmente sai em filme, batizado de "A Vigilante do Amanhã", tendo no papel principal Scarlett Johansson. Com ótimos efeitos visuais, tendo Tóquio como modelo de cidade do futuro, a produção é dirigida por Rupert Sanders ("Branca de Neve e o Caçador", de 2012).

Scarlett Johansson parece que gostou de fazer personagens cibernéticos e futuristas. Depois de "Lucy", dirigida por Luc Besson,  ela agora encarna Major Mira Killian, que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation. Está muito bem no papel, quase um robô, na forma de falar e de andar. E entrega uma interpretação quase fiel à personagem do anime. Exceto por ser uma loura descendente de europeus, ao contrário da original japonesa, fazendo o papel de Motoko Kusanagi. Isso inclusive provocou polêmica com alguns fãs das histórias, mas nada que comprometa o filme.

Já Juliette Binoche é um desperdício de talento neste filme. Merece muito mais que o papel da cientista Dra. Ouelet, que criou Major. Uma pena gastar esta excelente atriz como coadjuvante numa ficção assim, que foge completamente de seu estilo de filme. Os demais atores funcionam mesmo para completar o elenco, sem nada de especial, mas entregando o apoio necessário.

"A Vigilante do Amanhã" é uma boa produção e deve agradar ao público em geral que espera ver ação e ficção num mundo totalmente dependente das máquinas. Os efeitos visuais e figurinos transportam com fidelidade para o cinema o mundo dos mangás da produção original, mas aprofunda pouco na questão filosófica da mudança do mundo, dos valores e da evolução do mundo, deixando para Major o questionamento de sua existência humana.

Em um mundo pós-2029, tornou-se comum o aperfeiçoamento do corpo humano a partir de inserções tecnológicas. Major é o melhor desta evolução, uma verdadeira máquina de matar, e logo é inserida na Sessão 9, um departamento especial de vigilância da polícia local. Sob o comando de Daisuke Aramaki (o ótimo Takeshi Kitano), a equipe atua no combate ao crime e Major tem Batou (Pilou Asbaek) como seu fiel parceiro.

No entanto, cientistas da Hanka começam a ser assassinados por um estranho de nome Kuze (Michael Pitt), que consegue invadir os sistemas de segurança da empresa, roubar dados, fazer ataques terroristas e desaparecer sem ser capturado. A agente cyber-cérebro passa a investigá-lo, mas ao mesmo tempo começa a ter falhas em sua programação, lembrando-se de fatos de seu passado como humana que deveriam ter sido apagados. E vai atrás de seus criadores para saber o que está acontecendo e qual a sua ligação com o terrorista que quer destruir a Hanka.

Um filme para uma era cibernética em que as pessoas se afastam das outras e se ligam mais a dispositivos e máquinas, enquanto uma máquina quer encontrar sua alma e entender sentimentos humanos que surgem com frequência. Vale conferir mesmo não sendo fã de mangá e anime.



Ficha técnica:
Direção: Rupert Sanders
Produção: DreamWorks  Pictures / Paramount Pictures / Reliance Entertainment / Seadise Entertainment
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h47
Gêneros: Ação / Ficção Científica
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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31 março 2017

Go, Go Power Rangers! Hora de morfar e matar a saudade


Jason, Kimberly, Billy, Zack e Trini enfrentam a vilã Rita Repulsa em versão com muitos efeitos gráficos (Fotos: Lionsgate/Divulgação)

Maristela Bretas


Para quem curtiu os cinco super-heróis do anime (que também já foram seis e sete, dependendo da versão) nos anos 90, uma boa pedida é conferir "Power Rangers" ("Saban's Power Rangers") em cartaz nos cinemas. As cores e os nomes da série de TV norte-americana que originou "Mighty Morphin Power Rangers - O Filme" (1995) foram mantidos. Mas a nova versão para o cinema explora os dramas pessoais dos personagens e aborda, mesmo que superficialmente, temas como homossexualidade, cyberbullying, autismo e dramas familiares.

Mesmo assim, o diretor Dean Israelite acerta ao trazer a história de volta para os fãs e também para quem conhece pouco sobre este grupo de jovens. Os modelos das armaduras avançaram com o tempo, bem diferentes dos usados pela turma antiga, mas combinam com os efeitos visuais e gráficos, assim como os zords de cada Ranger e o gigantesco Megazord. Este parece mais um Transformer, inclusive na luta e na destruição.


Por falar em lutas, elas só acontecem a partir do meio do filme, depois que a origem e os dramas pessoais de cada um dos personagens são explicados - como eles se tornaram defensores da Terra contra Rita Repulsa. A vilã é interpretada por Elizabeth Banks, tem um estilo mais exótico e menos espalhafatoso que o da personagem da série de 1995, mas vem mais assustadora. Achei bom o roteiro contar a história, permitindo que outros espectadores, além dos fãs, que quiserem assistir ao filme entendam melhor a franquia que fez tanto sucesso entre os jovens há 24 anos. 

Além de estar atualizado, "Power Rangers" também apresenta uma inversão de personagens - em "Mighty Morphin", Zack Taylor, o Ranger Preto era um negro, interpretado por Walter Jones. Na nova produção, Zack é um descendente de japonês, vivido por Ludi Lin. O ator negro RJ Cyler interpreta Billy Cranston, o Ranger Azul que sofre de autismo, como ele mesmo cita no filme. 

Um momento engraçado acontece quando cada um dos jovens tem sua cor de armadura definida e Billy descobre que a sua não será a preta. Cyler e Lin, assim como Naomi Scott, a Kimberly Ann Hart- Ranger Rosa - estão muito bem em seus papéis e convencem como super-heróis. Não é o caso de Dacre Montgomery, que faz Jason Lee Scott, o Ranger Vermelho. Fraco como líder, ao contrário de seu antecessor, Austin St. John.

Também a cantora e rapper Becky G, que interpreta Trini Trang, a Ranger Amarela, não convence muito e ainda tem um bom caminho de aprendizagem como atriz. Sua interpretação vale por mostrar uma heroína gay que conta sua opção durante uma conversa franca com os novos amigos.


Dois personagens importantes da série também estão de volta, com direito a muitos efeitos visuais e atores conhecidos como dubladores -  Bryan Cranston (da série "Breaking Bad") é Zordon, o chefe dos Power Rangers e sai do tubo para ganhar uma parede virtual. Bill Hader é o dublador do robozinho falante Alpha 5.

"Power Rangers" mostra a jornada de cinco adolescentes que são escolhidos para defenderem sua cidade Angel Grove e o mundo  de um ataque alienígena. Jason, Kimberly, Zack, Billy e Trini terão de aprender a viver em grupo, respeitar uns aos outros e superar seus problemas pessoais. Somente unidos eles conseguiram combater a perigosa Rita Repulsa, antes que seja tarde demais.


Fiquem atentos à participação rápida de Jason David Frank, o Ranger Verde original que na série de 1993 se chamava Tommy Oliver, e de Amy Jo Johnson, a Kimberly, primeira intérprete da Ranger Rosa. Uma dica: só saia do cinema após os créditos finais.

E para quem quer rever as séries antigas, a Netflix liberou todas as temporadas de "Power Rangers". Clique aqui para ver a chamada no Facebook e prepare-se: "é hora de morfar". 



Ficha técnica:
Direção: Dean Israelite
Produção: Lionsgate / Saban Entertainment
Duração: 2h04
Gêneros: Ação / Aventura / Ficção
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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28 março 2017

Versão live-action de "A Bela e a Fera" é cópia fiel da animação com ótimos acréscimos

Emma Watson forma o par principal com Dan Stevens e conta com um grande elenco de apoio (Fotos: Walt Disney Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


A história é a mesma, assim como a trilha sonora (com algumas belas novas canções), a coreografia e o final. Não importa, a nova produção de "A Bela e a Fera" ("Beauty and the Beast"), encanta e emociona como na animação de 1991, também dos Estúdios Disney, que ainda é insuperável. 


Adaptado do conto de fadas francês "La Belle et la Bête", de Gabrielle-Suzanne Barbot (A Dama de Villeneuve), de 1740, a superprodução conta com um elenco de primeira, tendo à frente Emma Watson (a Hermione, da saga "Harry Potter"), cuja semelhança com a  personagem do desenho é muito grande.


Bela conquista o público de cara com seu jeito meigo, mas seguro de quem sabe o que quer e com pensamentos muito além de sua época. O ator por trás da pesada maquiagem ferina e um pouco menos conhecido é Dan Stevens (da série de TV "Legion"), que também desempenha bem seu papel de ex-príncipe e de fera assustadora.


Mais do que o par principal, o destaque desta versão fica para a dupla Luke Evans e Josh Gad, excelentes nas interpretações do vilão Gaston e de seu fiel escudeiro, Le Fou. Eles dominam as cenas em que estão juntos. Gaston é egocêntrico e cruel, um verdadeiro pavão que só se importa com ele e com a ideia fixa de que irá se casar com Bela. Para ele, somente um espelho é seu concorrente.


Já Le Fou é alegre, divertido e ainda mantém alguns princípios e humildade, mas vive á sombra de Gaston, por quem nutre uma paixão não correspondida. O fato de ele ser gay, inclusive, provocou reações homofóbicas em alguns países, com censura às cenas em que o personagem aparece cenas e até mesmo ao filme inteiro. Azar de quem não ver, estão entre as partes mais divertidas de "A Bela e a Fera". Parabéns à Disney por comprar mais esta briga.



Mas o elenco ainda conta com um estrelato de primeira vivendo os demais personagens e objetos mágicos do castelo da fera. Kevin Kline é Maurice, pai de Bela, enquanto Ian McKellen é Horloge, o relógio, e Ewan McGregor, o castiçal Lumière, são os guardiões do castelo, juntamente com Emma Thompson, que faz o bule de chá. Stanley Tucci, o piano de cauda é par romântico com Audra McDonald, o guarda-roupa. Já Gugu Mbatha-Raw é a banqueta Fifi, além de vários outras peças falantes espalhadas pelo local, que tentam ajudar o casal a ficar junto.



O time de dubladores brasileiros não ficou para trás e dá vida e graça à versão tupiniquim: Giulia Nadruz (Bela), Fabio Azevedo (Fera), Nando Pradho (Gaston). Rodrigo Miallaret (Maurice), Alírio Netto (Le Fou), Ivan Parente (Lumière) e Simone Luiz (Guarda-roupa). A Bela e a Fera" brilha também no figurino, na coreografia, na fotografia, nos efeitos visuais e na trilha sonora, principalmente o inesquecível tema "Beauty and the Beast", desta vez gravado por Ariana Grande e John Legend. Confesso que acho a versão anterior, com Celine Dion e Peabo Bryson mais bonita. 


Para quem não se lembra (o que eu acho difícil), essa é a história de Bela, uma jovem diferente das moças do vilarejo onde morava, que queria viajar pelo mundo, conhecer novos lugares e não sonhava em casar com um príncipe encantado. Ela vivia com o pai Maurice, cuidava da casa e dos bichos, adorava ler e recusava a toda hora os pedidos de casamento de Gaston, o herói arrogante e pretensioso da vila que todas as donzelas desejavam.



Numa de suas viagens para vender seus objetos, o pai de Bela acaba chegando ao sombrio castelo de uma fera, transformada assim por uma feiticeira juntamente com todos os funcionários que lá habitavam. Bela sai em seu salvamento e troca de lugar com o pai no calabouço. 


Os objetos mágicos, principalmente Lumière e o Bule, veem nela a salvação para que o patrão se apaixone e quebre o feitiço jogado sobre todos. O que ninguém contava era que Gaston fosse querer matar a fera e tomá-la como um troféu, forçando Bela a se casar com ele.



"A Bela e a Fera" ganhou 45 minutos a mais que seu antecessor, o que permitiu aos roteiristas explicarem melhor alguns dramas individuais, como o desaparecimento da mãe de Bela, o feitiço sobre o príncipe que o transformou em Fera e seus funcionários em objetos mágicos. Esses acréscimos ficaram muito bons. O filme, como a animação, é uma linda história de amor, para ser entendida com o coração, cheia de música, aventura e fantasia. Difícil não sair do filme leve e cantando.



Ficha técnica:
Direção: Bill Condon
Produção: Walt Disney Studios Pictures / Mandeville Films
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h09
Gêneros: Romance / Musical / Fantasia
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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