19 novembro 2018

"Parque do Inferno" é terror com muito sangue para disfarçar produção ruim

Filme conta história de jovens que são atacados num parque temático por um louco psicopata mascarado (Fotos: Tripictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Junte Freddy Krueger" ("A Noite do Pesadelo"), Jason Voohees ("Sexta-feira 13"), Michael Myers ("Halloween") e outros assassinos cruéis e sanguinários. Coloque tudo num filme com direito a muito sangue jorrando e corpos esfacelados. Poderia até dar um bom filme de terror, com bons pulos na cadeira. Mas este não é o caso de “Parque do Inferno” ("Hell Fest"), produção que já nasce morta graças a um roteiro ruim e uma direção duvidosa de Gregory Plotkin.

Se o espectador não está preparado para cenas fortes, melhor pensar duas vezes antes de assistir a este filme - o sangue jorra com vontade, cabeças rolam, corpos são mutilados e não faltam perfurações com os mais diversos objetos. O vilão, apesar de brutal, é fraco e previsível em várias situações, a cara dele está sempre coberta pela máscara e apresenta o comportamento tradicional do psicopata que sai à caça de suas vítimas. O filme chega a indicar levemente que ele está em busca de um tipo especial de garota que será sua escolhida, mas depois abandona essa linha e volta a focar apenas nos ataques violentos ao público para despistar os "defeitos visuais".

Com protagonistas desconhecidos, "Parque do Inferno" antecipa as ações do mascarado, tirando o impacto do susto e deixado apenas um mal-estar pela crueldade dos crimes. É tão previsível que em uma das cenas, a adolescente Natalie (Amy Forsyth) simplesmente descobre como funcionam as atrações e conta para os amigos. O mesmo acontece em muitos momentos de ataque do louco do parque, que realmente é uma porta do inferno para seus frequentadores, com labirintos do medo, atrações e figurantes  sinistros cercando os frequentadores e os atraindo para os chamados "brinquedos".

Na história, a universitária Natalie chega à cidade onde mora sua amiga Brooke (Reign Edwards) para passar o Halloween. As duas decidem aproveitar com um grupo de amigos a nova atração que chegou à cidade, o "Hell Fest", ou "Parque do Inferno"- um parque temático cheio com jogos e brincadeiras que excursiona pelo país, mas é marcado por uma morte brutal ocorrida anos atrás.

O que os adolescentes não sabem é que em breve vão se tornar o alvo de um visitante mascarado que usa o local para sua caçada diante de uma platéia que acredita que tudo faz parte do show. A história parece interessante e poderia ter se tornado uma ótima produção, apesar de usar ideiais e situações de filmes famosos do gênero. Mas ficou muito a desejar e nem mesmo a produção de Gale Anne Hurd, idealizadora da série de sucesso“The Walking Dead”, salva o longa.


Ficha técnica:
Direção: Gregory Plotkin
Produção: CBS Films  / Valhalla Motion Pictures
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h29
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #ParquedoInferno, #HellFest, #terror, #ParisFilmes, #espaçoz, #cinemas.cineart, #CinemaNoEscurinho

15 novembro 2018

Muito flashback e confusão em "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald"

Newt Scamander (Eddie Redmayne) terá de viajar novamente aos EUA atrás de um bruxo do mal, interpretado por Johnny Depp (Fotos: Jaap Buitendijk/Warner Bros. Pictures)

Wallace Graciano


Goste ou não da saga “Harry Potter”, é impossível negar a importância de J. K. Rowling na história da literatura (não somente a infanto-juvenil). Porém, o mesmo talento que a elevou ao panteão dos grandes nomes que nos contaram as mais doces fábulas não parece florescer em outro tipo de narrativa: a de roteirista cinematográfica. 

Em “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” ("Fantastic Beasts: The Crimes Of Grindelwald"), que estreia nesta quinta-feira (15) nos cinemas de todo planeta, a autora (que além de roteirista é uma das produtoras do filme) não consegue dar a mesma vivacidade dos livros às telonas, tal qual no precursor do spin-off.

Na sequência de “Animais Fantásticos”, que se passa 70 anos antes de Harry chegar a Hogwarts, Gellert Grindelwald (Johnny Depp) é transportado dos Estados Unidos, onde fora preso, até a Londres. Porém, o bruxo consegue escapar em uma batalha sufocante, digna dos grandes embates da saga canônica. Agora livre, ele vai em busca de Credence (Ezra Miller), o que norteará toda a história.

Paralelamente, Newt Scamander (Eddie Redmayne) está proibido de viajar ao exterior por causa do trabalho que deu ao mundo bruxo durante sua estada em Nova York. Sem ter muito o que fazer, cuida dos bichos em sua maleta e tenta escapar dos flertes do Ministério da Magia, que quer tê-lo como auror para recapturar Grindelwald. Quem consegue seduzi-lo é Alvo Dumbledore (Jude Law). 

Aproveitando que Scamander viaja escondido a Paris para tentar se reaproximar de sua paixão, Tina Goldstein (Katherine Waterston), o professor de Hogwarts lhe dá a missão de proteger Credence das mãos do bruxo das trevas, tudo isso em meio aos avanços do Ministério da Magia. É nesse ponto que a película chega ao seu ápice. 

Ao mesmo tempo em que traz o tom de naftalina aos saudosos amantes da saga, com a presença de personagens icônicos e do próprio castelo de Hogwarts, a trama oferece as batalhas, efeitos especiais e conspirações de “Harry Potter” que encantaram toda uma geração. Porém, ao contrário dos livros e filmes de outrora, este peca ao desenvolver os personagens justamente quando o clímax está estabelecido.

O roteiro tem grandes buracos e não consegue sequer encaixar os segredos agora revelados por J. K. Rowling do mundo bruxo antes de Harry. Assim como no precursor, “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” volta a ter cenários maravilhosos, batalhas intensas e personagens nostálgicos que se perdem em meio a um roteiro confuso. A magia da saga Harry Potter ficou mesmo por lá.


Ficha técnica:
Direção: David Yates
Produção: Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h14
Gêneros: Aventura / Fantasia
Países: Reino Unido / EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #AnimaisFantásticosOsCrimesdeGrindelwald, #HarryPotter, #JKRowling, #Fantasia, #Aventura, #EddieRedmayne, #JudeLaw, #Johnny Depp, #EzraMiller, #WarnerBrosPictures, #espaçoZ, #cinemas.cineart, #CinemaNoEscurinho

14 novembro 2018

Mônica Martelli e Paulo Gustavo estão de volta em trailer de "Minha Vida Em Marte"

(Foto:Agência Febre/Divulgação)
A dupla Mônica Martelli e Paulo Gustavo está de volta ao cinema, a partir de 27 de dezembro, na comédia “Minha Vida em Marte”. Com direção de Susana Garcia, Fernanda e Aníbal vão se encolver em novas e divertidas aventuras. Veja um pouco do que eles vão aprontar no trailer divulgado pela Paris Filmes e Downtown Filmes.

No filme “Minha Vida em Marte”, adaptação do monólogo homônimo de Mônica Martelli e continuação da franquia, Fernanda está casada com Tom (Marcos Palmeira) e tem com ele uma filha de 5 anos, Joana. O casal está em crise e vive os desgastes e as intolerâncias da rotina do casamento. Mas Fernanda tem o apoio incondicional de Aníbal (Paulo Gustavo), seu sócio e companheiro inseparável que está a seu lado durante toda a jornada para resgatar seu casamento ou acabar de vez com ele. Toda essa trajetória reserva muitas risadas, aventuras e aprendizados.

No elenco estão ainda Ricardo Pereira, Heitor Martinez e Fiorella Mattheis. Com distribuição da Downtown Filmes e Paris Filmes, produção de A Fábrica, Capri Produções e Supercombinado, e coprodução da Globo Filmes e Telecine, o filme tem roteiro de Mônica Martelli, Paulo Gustavo, Susana Garcia, Emanuel Aragão e Julia Lordello, que também assina a produção ao lado de Cecília Grosso e Luiz Noronha.



Tags: #MinhaVidaEmMarte, #MonicaMartelli, #PauloGustavo, #comedia#DowntownFilmes, #ParisFilmes, #CinemanoEscurinho

13 novembro 2018

Morre Stan Lee, gênio dos maiores super-heróis dos quadrinhos e do cinema

Cartunista deixa um legado de dezenas de personagens e histórias que marcaram muitas gerações (Fotos; Reprodução/Divulgação)

Maristela Bretas 


Quem é o Homem de Ferro, Thor, ou mesmo o Incrível Hulk? O verdadeiro super-herói, detentor das joias do Infinito era Stan Lee, o gênio do quadrinhos criador dos maiores e melhores super-heróis da história. Aos 95 anos, ele deixa uma vaga que dificilmente será ocupada em Hollywood para ser o destaque no Universo da criação.

Guardiões da Galaxia
O mestre faleceu na manhã dessa segunda-feira em Los Angeles, na Califórnia, vítima de problemas respiratórios decorrentes de uma pneumonia e perda gradativa da visão. Figura emblemática, além de criador dos personagens que são sucesso estrondoso de bilheteria e lotam salas de cinema pelo mundo, Stan Lee era sempre uma atração esperada (mesmo que rápida) em todos os filmes do universo Marvel, não importando o estúdio que estivesse produzindo - Disney, Sony ou Fox. 


Stan Lee iniciou seus quadrinhos com "Capitão América", em 1941, bem durante a 2ª Guerra Mundial, quando estava servindo pelo Exército. Ao fim da guerra, retornou aos quadrinhos como roteirista, escrevendo e adaptando textos e foi compartilhado no exército americano por nomes como o do cineasta italiano Frank Capra.


Homem-Aranha
Vinte anos depois surgiu o "Quarteto Fantástico" e a partir daí não parou mais e nos brindou com histórias dos mais variados heróis da Marvel que depois ganharam as telas de cinema. Como Homem-Aranha, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Doutor Estranho, Pantera Negra, Guardiões da Galáxia, X-Men, Deadpool e uma infinidade de personagens, inclusive grandes e excelentes vilões, como Thanos, de "Os Vingadores - Guerra Infinita".


Thor - Ragnarok
Ao todo, Stan Lee fez 35 aparições-surpresa em filmes da Marvel desde o ano 2000, incluindo a que ainda será exibida em "Vingadores 4", gravada há pouco tempo, antes de seu estado de saúde piorar. Além de manifestações dos atores que interpretaram seus personagens, Stan Lee foi homenageado por todo o mundo do cinema e dos quadrinhos.  Inclusive pela maior rival, a DC Comics, que postou a seguinte mensagem em sua conta no Twitter: "Ele mudou a forma como vemos os heróis e os quadrinhos modernos sempre terão sua marca indelével. Seu entusiasmo contagiante nos lembrou porque nós nos apaixonamos por essas histórias em primeiro lugar. Excelsior, Stan". 
Leia mais sobre a repercussão da morte de Stan Lee no Portal UAI.


Com parte dos Vingadores
Tags: #StanLee, #SuperHeroisMarvel, #OsVingadores, #MarvelStudios, #quadrinista, #CinemaNoEscurinho

12 novembro 2018

"Entrevista com Deus" é raso, não vai além de mensagens óbvias de autoajuda

Brenton Thwaites se sai bem como o jornalista que entrevista David Strathaim no papel de um Deus humano (Fotos: Imagem Filmes/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Pode até ser que pessoas religiosas gostem de "Entrevista com Deus" ("An Interview With God"). Vai depender da religião, do nível de fé, do compromisso com a divindade constituída. Dificilmente o filme vai agradar aqueles que preferem a religiosidade, o respeito ao sagrado e ao ecumênico. Já os incrédulos, os ateus, esses têm tudo para não gostar nada do longa que pode, no máximo, ser classificado no rol das obras de autoajuda. Mesmo assim, das mais fracas. 


Dirigido por Perry Lang, o filme, todo passado em Nova York, mistura citações bíblicas, força questionamentos para dar um ar de imparcialidade, se alonga em eternas conversas pouco produtivas e não convence. A ideia é até boa: o repórter Paul Asher, que acaba de retornar de uma cobertura da guerra do Afeganistão, entra numa espécie de conflito pessoal depois de presenciar tanto sofrimento e dor. Com a fé abalada e o casamento em crise, marca uma entrevista com ninguém menos do que Deus, que promete responder, em três encontros, a todas as perguntas e dúvidas do jornalista. 

E o que ele quer saber, na verdade, é o que todos querem: desvendar o grande mistério da vida. Só que os diálogos são pobres, simplistas e nada eloquentes. Tema semelhante foi desenvolvido de forma muito mais original e irônica na comédia brasileira "Deus é brasileiro", de Cacá Diegues.


Como era de se esperar, o que fica, no final da história, é pueril e reduz as grandes questões da humanidade a mensagens que vão da culpa à salvação, do bom mocismo à moralidade. E o que é mais grave: é como se todos os habitantes do planeta Terra fossem cristãos. Jesus é apresentado como único filho de Deus, como a única verdade e a única salvação. Estão fora do paraíso, portanto, os adeptos do politeísmo, os muçulmanos, os índios, os ateus...

A história paralela também é fraca: a crise vivida por Paul e sua jovem mulher Sarah Asher é mal contada e precariamente desenvolvida. Sarah, interpretada por Yael Grobglas, aparece muito pouco no filme. David Strathaim dá seu recado de forma apenas correta como um Deus humano, quase um psicanalista, e Brenton Thwaites se sai bem como o jornalista questionador. Na verdade, nenhum papel do filme exige muito. "Entrevista com Deus" exige mesmo é do espectador, que tem que lutar para permanecer acordado até o final da exibição.
Duração: 1h37
Classificação: Livre
Distribuição: Imagem Filmes 


Tags: #EntrevistaComDeus, #religião, #autoajuda, #DavidStrathaim, #BrentonThwaites, #ImagemFilmes, #CinemarkPatioSavassi, #CinemaNoEscurinho

"Operação Overlord" - terror, guerra, muita ação e a marca de J.J.Abrams

Jovan Adepo e Wyatt Russell vão enfrentar supersoldados indestrutíveis criados por nazistas para vencerem o conflito (Fotos: Peter Mountain/Paramount Pictures)


Maristela Bretas


Misturar 2ª Guerra Mundial com terror (não confunda com atrocidades) é possível? Para o produtor J.J. Abrams e o diretor Julius Avery sim. E, de quebra, com muita ação e um elenco pouco estrelado que entrega um ótimo filme. Tudo isso está em "Operação Overlord", produção que em cartaz nos cinemas e que tem a invasão da Normandia (o conhecido "Dia D") como ponto de partida para virar a história e se tornar um ótimo filme de terror/ficção sobre as experiência científicas realizadas pelos nazistas em instalações secretas num vilarejo francês.

Usar a 2ª Guerra Mundial como tema de filme já está mais que manjado e cansativo, era preciso criar um viés completamente diferente, partindo para o terror com seres humanos servindo de cobaias para a criação, em um laboratório secreto, de supersoldados indestrutíveis, que serão usados pelos nazistas para vencerem o grande conflito e dominarem o mundo. Pode não ter sido desta forma, mas não são poucos os documentos encontrados pós-guerra abordando os experimentos do governo Hitler com esses objetivos.

Mesmo com alguns deslizes no roteiro, Avery e Abrams conseguiram entregar um bom filme, que provoca pulos na cadeira e arrepios com o quebrar de ossos. destaque para a atuação de Jovan Adepo ("Mãe!" e "Um Limite Entre Nós", ambos de 2017) que interpreta o soldado Boyce, e domina a ação, juntamente com Wyatt Russell, no papel do cabo Ford. As piadas e comentários sarcásticos ficam por conta de John Magaro, o soldado Tibbet, que não dispensa um chiclete.

Do lado dos vilões, e este assusta após se transformar, está Pilou Asbaek ("A Vigilante do Amanhã" - 2017), como o comandante alemão Wafner, que nas horas vagas corre atrás de Chloe, jovem francesa boa de tiro interpretada pela quase estreante Mathilde Ollivier.

Na história, uma tropa de paraquedistas norte-americanos é lançada atrás das linhas inimigas para uma missão crucial - explodir as comunicações dos alemães e facilitar o desembarque das tropas aliadas na Normandia. Apesar das muitas perdas, o pequeno grupo consegue chegar a seu destino, mas vai descobrir que a fortaleza nazista instalada numa igreja abriga mais que uma simples torre de transmissão e que coisas estranhas estão acontecendo com os habitantes do pequeno vilarejo onde ela está localizada.

Ambientação, trilha sonora, figurinos e reconstituição histórica da operação dos aliados estão ótimos. Mas é na maquiagem que a produção se supera, com um trabalho excelente de efeitos visuais de transformação assustadora de rostos e corpos deformados pelas experiências dos alemães.

Até mesmo os fãs de filmes de guerra vão gostar da linha adotada pelo diretor, que não dispensa a parte da guerra, com muitos tiros, explosões, tanques e metralhadoras, além dos medos dos soldados que estão indo para a batalha pela primeira vez, o racismo velado e o heroísmo dos norte-americanos (claro!). Vale muito a pena conferir.



Ficha técnica:
Direção: Julius Avery
Produção: Bad Robot / Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h50
Gêneros: Terror / Ação / Guerra
País: EUA
Classificação: 16 anos 
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #OperacaoOverlord, #JovanAdepo, #Wyat Russell, #JJAbrams, #JuliusAvery, #terror, #guerra, #ficçao, #ação, #ParamountPictures, #BadRobot, #espaçoz, #cinemas.cineart, #CinemaNoEscurinho

09 novembro 2018

Diamond Films divulga trailer teaser de "UglyDolls", que estreia em 2019



Eles são fofinhos e vão deixar crianças e adultos apaixonados. Conheça um pouco mais sobre os “UglyDolls” no trailer teaser que a Diamond Films acaba de divulgar. A animação, baseada na marca criada por David Horvath e Sun-Min Kim de brinquedos de pelúcia, chega dia 16 de maio de 2019 aos cinemas brasileiros.

Moxy e seus amigos Ox, Ugly Dog, Wage, Babo e Lucky Bat, que moram na colorida e divertida cidade de Uglyville partem para uma aventura ao Instituto da Perfeição. E durante a jornada vão descobrir que não é preciso ser perfeito para ser incrível. Afinal, o que mais importa é quem você realmente é.



Tags: #UglyDolls, #brinquedosdepelucia, #infantil, #animação, #DiamondFilms, #CinemaNoEscurinho


08 novembro 2018

Muita ação e talento de Claire Foy salvam "A Garota na Teia de Aranha"

Lisbeth Salander, a garota com a tatuagem de dragão, agora terá de impedir que o controle bélico do mundo vá parar em mãos erradas (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Depois de se destacar como Janet Shearon, a esposa do astronauta Neil Armstrong em "O Primeiro Homem", em exibição nos cinemas, a atriz premiada com o Globo de Ouro pela série "The Crown", Claire Foy mostra sua versatilidade e competência interpretando a justiceira Lisbeth Salander em "Millennium: A Garota na Teia de Aranha" ("The Girl in the Spider’s Web: A New Dragon Tattoo Story"). Ela é a anti-heroína que vinga as mulheres agredidas por homens, trabalhando na calada da noite, mas que guarda um passado violento e dramático. 

Claire Foy está ótima no papel, com cabelos bem curtos, quase uma andrógina, com uma enorme tatuagem de um dragão nas costas e olhar frio Seu personagem apanha e bate muito, mas consegue conquistar o público à medida que o drama se desenrola e vai mostrando que Lisbeth não é de todo uma pessoa sem sentimentos.

Além da britânica Claire Foy, "Millennium: A Garota na Teia de Aranha" tem um elenco multinacional, com atores suecos, holandeses, dinamarqueses, norte-americanos, noruegueses e até uma luxemburguesa. Novamente para locação foram escolhidas a cidade de Estocolmo e as isoladas montanhas geladas da Suécia, seguindo a obra de Stieg Larsson, autor do primeiro livro da trilogia adaptado para o cinema. "Millennium: A Garota na Teia de Aranha" é o quarto, já de autoria do jornalista sueco David Lagercrantz, que deu continuidade ao trabalho do escritor após a morte dele.

Este é o segundo livro da saga  a ganhar as telas, iniciada com o ótimo "Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres" (2011), que apresentou a então investigadora particular/hacker Lisbeth Salander. Mulher de aparência e comportamento agressivos, a personagem foi interpretada por Rooney Mara. Daniel Craig foi seu par como Mikael Blomkvist, o jornalista investigativo da revista Millennium. Infelizmente, na continuação o papel ficou para o desconhecido e inexpressivo ator sueco Sverrir Gudnason.

Se no primeiro filme, elenco (que também contou com Chirstopher Plummer) e história foram bem conduzidos e garantiram ótimas avaliações dos críticos, o mesmo não se repete nesta continuação. O enredo apresenta falhas e mostra pouca criatividade em algumas situações. Até mesmo os vilões, apesar de não economizarem balas, bombas e ótimas derrapagens, são fracos e já no início é possível identificar quem será o calo no sapato de Lisbeth Salander.


Mesmo com esses pontos negativos, "Millennium: A Garota na Teia de Aranha" oferece um bom suspense e, principalmente muita ação, com cenas de perseguição de Salander em sua moto Ducatti de tirar o fôlego. E coloca Claire Foy como a estrela e heroína que segura o filme do início ao fim.

Na história, Lisbeth Salander, conhecida como a garota com a tatuagem de dragão nas costas que defendia as mulheres contra agressores, vive nas sombras, pegando serviços "delicados" que ninguém aceita. Até ser contratada por Frans Balder (Stephen Merchant) para recuperar um programa de computador criado por ele para o governo dos Estados Unidos. O Firefall, como é chamado, dá ao usuário acesso a um imenso arsenal bélico e Balder quer apagar o programa por considerá-lo perigoso demais.

Lisbeth aceita a tarefa e consegue roubá-lo da Agência de Segurança Nacional, mas terá de enfrentar outro grupo, os Aranhas, que está atrás da arma. Para descobrir quem são seus novos inimigos, Salander vai novamente contar com a ajuda do amigo jornalista Mikael Blomkvist.

Vale conferir Claire Foy em seu novo personagem, com cabelos curtos, ótima pontaria, boa direção e foda em alta tecnologia, muito parecida com Jessica Jones, a anti-heroína Marvel, da série de TV da Netflix, que também usa camiseta, jaqueta e calça justa e é cheia de conflitos familiares, no estilo "bad girl".



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Fede Alvarez
Produção: Columbia Pictures / MGM Studios
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h56
Gêneros: Suspense / Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #MillenniumAGarotaNaTeiadeAranha, #ClaireFoy, #suspense, #drama, #espaçoz, #SonyPictures, #MGMStudios, #cinemas.cineart, #CinemaNoEscurinho

07 novembro 2018

"Grinch", o rabugento verde, abre a temporada das produções de Natal

Animação é adaptada do livro "Como Grinch Roubou o Natal", do escritor Dr. Seuss, que fez muito sucesso no mundo inteiro (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Ele é verde, mal-humorado, rabugento e o pior de tudo, odeia o Natal. E é exatamente nesta época que "O Grinch" ("The Grinch") é lembrado e ganha sempre uma nova versão. Como a animação que estreia nesta quinta-feira nos cinemas, dos mesmos produtores da franquia “Meu Malvado Favorito” (2010, 2013 e 2016), “Minions” (2015), “Pets – A Vida Secreta dos Bichos” (2016) e "Sing - Quem Canta Seus Males Espanta" (2016).


Grinch é um ser verde, esquisitão, que tem como única companhia e amigo o fiel cão Max. Vive afastado do restante dos habitantes da pequena e alegre Quemlândia. E se durante o ano ele já evita aproximações, o mau-humor piora quando chega o Natal. Ah, o Natal! Todas aquelas pessoas sorrindo, comprando presentes e se organizando para a grande ceia, enfeitando suas casas e iluminando toda a cidade. E o rabugento verde odeia tudo isso.


Ao precisar descer à cidade para comprar mantimentos, ele acaba tendo contato com seus vizinhos, os Quens, e fica sabendo que o Natal deste ano será três vezes maior, o que aumenta sua raiva. Não se contentando em passar a data em sua caverna repleta de engenhocas e invenções feitas para suas necessidades do dia a dia, Grinch resolve bolar um plano para acabar com a festa de todos, roubando os presentes e enfeites. Ele só não contava que durante sua jornada do mal fosse conhecer uma rena muito comilona e uma adorável garotinha, que iriam mudar a sua vida e a de Max.


Benedict Cumberbatch faz a voz original de Grinch, enquanto Lázaro Ramos recebeu a incumbência de dublar o ser verde na versão para o Brasil. E cumpriu muito, dando o tom sarcástico ideal ao personagem, que é baseado no livro "Como Grinch Roubou o Natal", um clássico de 1957 do escritor Dr. Seuss, que vendeu milhares de cópias pelo mundo. Em 2000, Jim Carrey interpretou o personagem no cinema, na comédia de mesmo nome dirigida por Ron Howard, também abrindo o Natal daquele ano e atingindo um grande sucesso.


Muito colorido, com cenas hilárias do desengonçado ser verde e, principalmente do alegre e simpático Max, "O Grinch" vai agradar muito a criançada. E adultos também. A animação tem uma bela história, de solidão, abandono, fidelidade e, acima de tudo amizade.  Além de uma mensagem mostrando que o Natal não é só presente, mas um tempo de união e confraternização. Uma produção para ser curtida em família.



Ficha técnica:
Direção: Scott Mosier e Yarrow Cheney
Produção: Illumination  Entertainment / Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h30
Gêneros: Animação / Infantil / Família
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #OGrinch, #LazaroRamos, #BenedictCumberbatch, #UniversalPictures, #animação, #família, Illumination Entertainment, #espaçoZ, #cinemas.cineart, #CinemaNoEscurinho

05 novembro 2018

"Chacrinha" dá uma pincelada nos bastidores da vida do Velho Guerreiro

Stepan Nercessian brilha balançando a pança e comandando a massa no comando do cassino mais irreverente da TV brasileira (Fotos: Globo Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


"Roda, roda, roda e avisa, um minuto de comercial, alô, alô Terezinha, é um barato o Cassino do Chacrinha". É isso mesmo, o Velho Guerreiro está de volta, agora na pele de seu melhor imitador, Stepan Nercessian, com todos os jargões que marcaram sua trajetória - "Vocês querem bacalhau?", "Quem não se comunica, se trumbica", "Na televisão nada se cria, tudo se copia" são lembrados até hoje pelo público acima de 40 anos. E é como uma pincelada na vida deste comunicador que estreia nesta quinta-feira nos cinemas "Chacrinha - O Velho Guerreiro".

O filme é dirigido por Andrucha Waddington, responsável também pelo ótimo "Sob Pressão" (2016), agora transformado em série de TV, que trouxe para as telas o espetáculo musical, sucesso no teatro e que consagrou Nercessian no papel de José Abelardo Barbosa, o Chacrinha. O ator está na lista dos preferidos do diretor, com quem já trabalhou em "Sob Pressão" (continuando na série), "Rio, Eu Te Amo" (2013), "Os Penetras" (2012) e "Os Penetras 2 - Quem Dá Mais" (2017). Ele incorporou o personagem e entrega uma excelente interpretação, como se estivesse homenageando um ídolo que marcou sua geração.

No papel de Chacrinha, rapaz cearense recém-chegado ao Rio de Janeiro, está Eduardo Sterblitch, que se saiu muito bem. A linda Gianne Albertoni interpreta Elke Maravilha (tão linda quanto em sua juventude), a eterna protegida de Chacrinha, a quem ele tratava como filha e era retribuído com o mesmo carinho, segundo o filme. Carla Ribas é Florinda, mulher de Chacrinha, que praticamente criou os três filhos sozinha, enquanto o marido só queria saber de trabalho. Rodrigo Pandolfo é Jorge, filho mais velho, e Pablo Sanábio faz os gêmeos Leleco e Nanato.

A atriz Laila Garin tem a responsabilidade de interpretar a inesquecível Clara Nunes, descoberta por Chacrinha e que depois se tornou amante dele durante um período. Isso é mostrado no filme como um "deslize" do Velho Guerreiro que teria sido perdoado por D. Florinda. Já a chacrete Rita Cadilac passou quase despercebida, com uma fraca interpretação de Karen Junqueira. Do jeito que a personagem foi tratada na trama era dispensável sua participação. Uma pena, pois foi a mais marcante de todas no programa da TV.

Do baterista improvisado de uma banda que tocava em cruzeiro marítimo a um dos maiores comunicadores do país, a história mostra que Chacrinha não era um santo: moralista, intransigente, cabeça dura que não aceitava conselho nem ordens, mas doce e carismático com quem lhe interessava. Só pensava na carreira e no programa, tinha amigos, mas era cruel quando queria descartá-los, como fez com Osvaldo, personagem interpretado por Gustavo Machado (quando jovem) e Antonio Grassi (aos 60 anos), que descobriu seu talento e o ajudou na carreira.

Abelardo Barbosa começou dividindo o tempo entre anúncios com megafone em porta de loja e locutor dono de voz e apresentação diferenciadas de uma pequena rádio de Teresópolis, no Rio. Passou pelas principais emissoras de rádio e TV nas décadas de 1950 a 1980, e graças ao gênio difícil, saiu de muitas delas brigado com os chefes, como aconteceu com José Bonifácio de Oliveira, o Boni (papel de Telmo Junqueira), da Rede Globo. , da Rede Globo.

Considerava a família importante, mas passava o mínimo de tempo com a mulher e mal viu os filhos crescerem. A pouca mudança no comportamento do já Velho Guerreiro aconteceu com a tragédia envolvendo Nanato, que foi casado com Wanderléa, outra das centenas de talentos descobertos e incentivados por ele em seu show de calouros, como Roberto Carlos, Wilson Simonal, Secos e Molhados e por aí vai.

A boa reconstituição de época é resultado da coprodução com a Globo Filmes e todo o acervo sobre o comunicador, que durante anos fez parte do quadro de atrações da emissora de TV do Grupo. O enredo peca ao abordar de forma bem superficial assuntos espinhosos da vida de Chacrinha, deixando algumas passagens de tempo confusas.

O filme tem uma boa condução, sem seguir regras como o personagem principal, que não aceitava ordens nem conselhos e não era o melhor dos exemplos. Mas para o público ele reinou único e absoluto, admirado inclusive pelos concorrentes, como Flávio Cavalcante (interpretado por Marcelo Serrado), apresentador da TV Tupi na época. "Chacrinha - O Velho Guerreiro" serve para relembrar bons tempos e conhecer algumas situações da vida do chefe do cassino mais irreverente e alegre cassino da TV brasileira, programa obrigatório nas noites de domingo e depois nas tardes de sábado, até 2 de julho de 1988, quando foi encerrado.


Ficha técnica:
Direção: Andrucha Waddington
Produção: Conspiração Filmes / Globo Filmes / Media Bridge
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes
Gêneros: Ficção/ Drama /Biografia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #ChacrinhaOVelhoGuerreiro, #Chacrinha, #biografia, #drama, #EspaçoZ, #cinemas.cineart, #ParisFilmes,#DowntownFilmes, #ConspiraçãoFilmes #CinemaNoEscurinho

01 novembro 2018

"Bohemian Rhapsody" é homenagem para cantar e chorar com Freddie Mercury

Rami Malek interpreta o vocalista da banda Queen, que arrastou multidões pelo mundo por duas décadas (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Rami Malek é a personificação de Freddie Mercury e atrai para ele toda a força e magnetismo do vocalista da banda Queen na produção "Bohemian Rhapsody", dirigida por Bryan Singer, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. Malek, que também está em cartaz em "Papillon" se entrega por inteiro ao personagem, quase uma reencarnação de uma das maiores vozes do rock, que arrastou multidões pelo mundo entre as décadas de 1970 e 1990 e tem seguidores fiéis até hoje.

Freddie Mercury e Rami Malek (Foto-Montagem)
Uma maravilhosa interpreta- ção, digna de disputar Oscar, que leva às lágrimas, em especial no final, durante a participação do Live Aid, o grande concerto para ajudar as vítimas da fome na Etiópia, em julho de 1985. Assim como Freddie Mercury foi a razão do sucesso da banda Queen, Malek é a alma do filme e presta uma grande homenagem ao vocalista, pianista e compositor que morreu aos 45 anos, vítima de uma pneumonia agravada pela Aids. 

Este drama biográfico não poderia ser completo sem a trilha sonora com grandes sucessos do Queen em seus mais de 20 anos de carreira. E a escolha do repertório foi impecável, mesmo sem colocar todas as composições - até porque seriam necessárias horas de filme para apresentar toda a discografia do grupo britânico. Emociona ver como algumas músicas foram compostas. É o caso de "Love of my Life" e a própria "Bohemian Rhapsody", que dá nome ao filme. Chega a arrepiar quando elas são tocadas.


E para que a biografia não fugisse muito da trajetória real do vocalista e do Queen, que acaba ficando em segundo plano mesmo assim, os ex-integrantes da banda - o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, além de Jim Beach (empresário do grupo desde 1970) - participaram da produção do filme juntamente com o diretor/produtor Bryan Singer e o ator/produtor Robert de Niro.

Além de Rami Malek, a escolha dos atores que interpretaram os demais integrantes do Queen também foi muito boa, em especial Gwilym Lee, que faz Bryan May, e Ben Hardy, como Roger Taylor. O mais fraquinho é Joseph Mazzello, como o baixista John Deacon, mas deu conta do recado. E cada um dos membros do Queen deixou sua marca nas composições da banda, como May ao criar "We Will Rock You", Deacon com "Another On Bites the Dust" e Taylor com "Radio Ga Ga", todas apresentadas no filme.


Mary Austin, a única mulher a quem Freddie Mercury amou na vida e com quem viveu por muitos anos antes de assumir seu homossexualismo, tem papel importante em toda a história. Para interpretá-la, apesar da pouca semelhança física, foi escolhida a atriz Lucy Boynton ("Assassinato no Expresso do Oriente" - 2017), que ficou muito bem no papel. O restante do elenco conta com Tom Hollander, no papel de Jim Beach (a quem Mercury chamava de Miami Beach), Aaron McCusker, como Jim Hutton, o companheiro de Mercury até o fim da vida, e Aidan Gillen, como John Reid, primeiro empresário da banda. 

"Bohemian Rhapsody" é uma grande homenagem a Freddie Mercury um artista completo, idolatrado e às vezes odiado por sua postura exótica, marcante, provocativa e perfeccionista. E apesar de ter uma voz capaz de comandar milhares de seguidores, tinha medo da solidão. 
Queen original (Reprodução)
Os atritos com o pai, a origem imigrante - nasceu na Tanzânia mas era chamado de paquistanês, - o envolvimento com as drogas e com vários homens que o levaram a contrair Aids e a separação do Queen são abordados no filme. 

A trajetória começa no Live Aid e volta no tempo, quando o jovem Farrokh Bulsara, nome de nascença trocado por Freddie Mercury quando começou a fazer sucesso. de carregador de malas do aeroporto ao fenômeno do rock, bastou o encontro com dois dos integrantes de uma banda de bar (o quarto - Deacon veio por último) para que as canções surgissem e ganhassem as rádios e TVs pelo mundo. "Bohemian Rhapsody" é uma imperdível homenagem ao vocalista que certamente vai encantar os fãs pelo mundo.



Ficha técnica:
Direção e produção: Bryan Singer
Produção: GK Films / 20th Century Fox / New Regency Pictures / Tribeca Productions
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h15
Gêneros: Drama / Biografia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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