07 janeiro 2019

"Bohemian Rhapsody" e "Green Book: O Guia" se consagram no Globo de Ouro


Maristela Bretas


"Bohemian Rhapsody" e "Green Book: O Guia" foram os grandes vencedores da 76ª edição do Globo de Ouro, no cinema e na TV, promovida pela Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood. O primeiro conquistou as estatuetas de Melhor Filme de Drama e Melhor Ator de Drama, entregue a Rami Malek que fez grande interpretação do cantor e compositor Freddie Mercury, da banda Queen. Já "Green Book: O Guia" ficou com três estatuetas - Melhor Filme Comédia ou Musical, Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante, prêmio recebido por Mahershala Ali.


Com apresentação de Sandra Oh e Andy Samberg e exibição pela TNT, a premiação contou com piadas e referências a filmes, séries, atores e diretores que estavam na disputa. Para quebrar o gelo, no lugar da pizza para os convidados, neste ano eles receberam vacina contra a gripe Influenza. Além de apresentadora, Sandra Oh conquistou a estatueta de Melhor Atriz de Série de Drama por seu papel em "Killing Eve". Ela elogiou o momento de mudanças que o cinema está vivendo, principalmente por causa da maior presença de mulheres e negros na premiação.

Sandra Oh - "Killing Eve" (BBC America)
Bradley Cooper e Lady Gaga entregaram a primeira estatueta, para Melhor Ator de Série de Comédia ou Musical a Michael Douglas, que integra o elenco de "The Kominsky Method", uma produção da Netflix, também escolhida como Melhor Série de Comédia ou Musical. Michael B. Jordan e parte do elenco de "Pantera Negra" anunciaram o Melhor Longa de Animação, conquistado por "Homem-Aranha no Aranhaverso". Os responsáveis pela produção subiram ao palco e agradeceram a todos, inclusive a Stan Lee.

"Homem-Aranha no Aranhaverso" (Sony Pictures)
Integrantes do elenco de "The Big Bang Theory" entregou o prêmio de Melhor Ator de Série de Drama a Richard Madden, de "Segurança em Jogo" ("Bodyguard"). Eles também anunciaram "The Americans" como Melhor Série de Drama. Ben Whishaw foi escolhido Melhor Ator Coadjuvante em Série de Filme para TV por "A Very English Scandal", prêmio entregue por Gina Rodriguez e Taraji P. Henson. 

Ben Stiller deu os parabéns a Jamie Lee Curtis por "Halloween", que perguntou a ele o que ele fez em 2018. Ele disse que foi diretor de uma série - "Escape at  Dannemora". E foi esta série que garantiu a Patricia Arquette o prêmio de Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV entregue a ela pelo diretor.

"Nasce Uma Estrela" (Warner Bros Picures)
Taylor Swift foi a surpresa da noite e anunciou junto com Idris Elba o prêmio de Melhor Trilha Sonora de Filme para "O Primeiro Homem", entregue ao produtor Justin Hurwitz. A confirmação da Melhor Canção Original veio em seguida com a estatueta merecidamente conquistada pela favorita da noite, "Shallow", do filme "Nasce uma Estrela". Mesmo alegando não estar passando muito bem, Lady Gaga subiu ao palco e recebeu a estatueta das mãos da cantora. Ela agradeceu pelo apoio, e encerrou criticando "como uma mulher na música, é muito difícil ser levada a sério na indústria".


Carol Burnett (Divulgação)
Steve Carell anunciou a criação do prêmio Carol Burnett, lançado nessa edição do Globo de Ouro e fez uma homenagem à grande atriz comediante e vencedora de vários prêmios, Carol Burnett, que influenciou diversas gerações. Em 60 anos de carreira, abocanhou cinco Globos de Ouro, seis Emmys e 12 People's Choise Awards. Ela contou um pouco de sua história, de como se apaixonou pelo cinema e foi a primeira a receber a estatueta que leva seu nome.

Christian Bale - "Vice" (Mars Films)
Allison Janney e Sam Rockwell contaram o que tinham em comum e anunciaram Regina King como Melhor Atriz Coadjuvante, no filme "Se a Rua Beale Falasse". "Objetos Cortantes" ("Sharp Objects"), série da HBO, garantiu a Patricia Clarkson o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante de TV. Para Melhor Ator em Comédia ou Musical, a escolha ficou para Christian Bale, por "Vice".


Catherine Zeta-Jones e Antonio Banderas anunciaram o mexicano "Roma", do diretor Alfonso Cuaron e produção da Netflix, como Melhor Filme de Língua Estrangeira.  E foi o ator Harrison Ford quem entregou a Cuaron a segunda estatueta conquistada por "Roma" na noite como Melhor Diretor.

"Roma" (Netflix)
"The Assassination of Gianni Versace (American Crime Story)" também faturou as premiações de Melhor Minissérie ou Filme para TV e de Melhor Ator em Minissérie ou Filme para TV para Darren Criss, que era um dos favoritos da noite. Outra série com duas estatuetas foi "The Kominsky Method", como Melhor Série de Comédia ou Musical e Melhor Ator de Série de Comédia ou Musical, entregue a Michael Douglas.

Chris Pine fez uma homenagem a Jeff Bridges, com a exibição de grandes sucessos do ator como “A Última Sessão de Cinema” (1971), "King Kong" (1976), “Silent Night, Lonely Night” (1969), “Starman - O Homem das Estrelas” (1984) e “Susie e os Baker Boys” (1969). Ele recebeu o prêmio Cecil B. DeMille.

Olivia Colman - "A Favorita" (20th Century Fox)
Os atores "This Is Us" foram os responsáveis por anunciarem a vencedora do prêmio de Melhor Atriz de Série de Comédia ou Musical, entregue a Rachel Brosnahan, de "The Marvelous Mrs. Maisel". Anne Hathaway e Jessica Chastain anunciaram Olivia Colman como Melhor Atriz em Comédia ou Musical, por "A Favorita". Ela agradeceu a todos e principalmente às parceiras de filme, Emma Stone e Rachel Weisz.

Glen Close - "A Esposa" (Embankment Films)
Sem alongar em discursos, Gary Oldman anunciou Glenn Close, de "A Esposa", como Melhor Atriz de Drama, aplaudida de pé. Ela chorou de emoção pelo prêmio e reforçou os direitos de todas as mulheres. Lembrou ainda que fará 45 anos como atriz este ano e foi aplaudida de pé. 

Já em ritmo acelerado, a solenidade de entrega do Globo de Ouro contou com Richard Gere e Julianne Moore, que anunciaram Rami Malek, como Melhor Ator de Drama. Ele agradeceu a todos e principalmente ao Queen por garantirem a autenticidade do filme e a Freddie Mercury por ter lhe dado a alegria de vencer. O encerramento foi feito por  Nicole Kidman que anunciou "Bohemian Rhapsody" como de Melhor Filme Drama, desbancando outros favoritos como "Nasce Uma Estrela" e "Pantera Negra".



Confira os vencedores do 76º Globo de Ouro:

CINEMA:

Melhor Filme de Drama: "Bohemian Rhapsody"

Melhor Filme Comédia ou Musical: "Green Book: O Guia"


<<<<<<< Melhor Diretor: Alfonso Cuaron, por "Roma"

Melhor Ator de Drama: Rami Malek - "Bohemian Rhapsody"

Melhor Atriz de Drama: Glenn Close, de "A Esposa"

Melhor Atriz em Comédia ou Musical: Olivia Colman, de "A Favorita"

Melhor Ator em Comédia ou Musical: Christian Bale, de "Vice"

Melhor Atriz Coadjuvante: Regina King, de "Se a Rua Beale Falasse"


Melhor Ator Coadjuvante: Mahershala Ali, de "Green Book: O Guia"->>>>>>>>>>>>

Melhor Filme de Animação: "Homem-Aranha no Aranhaverso"

Melhor Roteiro: Peter Farrelly, Nick Vallelonga e Brian Currie, de "Green Book: O Guia"

Melhor Canção Original:Shallow”, de "Nasce uma Estrela"

Melhor Trilha Sonora de Filme: Justin Hurwitz, para "O Primeiro Homem"

Melhor Filme de Língua Estrangeira: "Roma" (México)



TELEVISÃO

Melhor Série de Drama: "The Americans"


Melhor Série de Comédia ou Musical: "The Kominsky Method"

<<<<<<< Melhor Minissérie ou Filme para TV: "The Assassination of Gianni Versace (American Crime Story)"

Melhor Atriz de Série de Drama: Sandra Oh, de "Killing Eve"

Melhor Ator de Série de Drama: Richard Madden, de "Segurança em Jogo" ("Bodyguard")

Melhor Ator de Série de Comédia ou Musical: Michael Douglas, de "The Kominsky Method"

Melhor Atriz de Série de Comédia ou Musical: Rachel Brosnahan, de "The Marvelous Mrs. Maisel"


Patrícia Arquette - "Escape at Dannemora" (Showtime)
Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV: Patricia Arquette, de "Escape at Dannemora" >>>>>>>>>>>>

Melhor Ator em Minissérie ou Filme para TV: Darren Criss, de "The Assassination of Gianni Versace"

Melhor Ator Coadjuvante em Série de Filme para TV: Ben Whishaw, de "A Very English Scandal"

Melhor Atriz Coadjuvante de TV: Patricia Clarkson, de "Sharp Objects"





Tags:  #GoldenGlobesTNT, #GlobodeOuro, #minisserie, #comedia, #musical, @LadyGaga, @AlfonsoCuaron, #BohemianRhapsody, #drama, @TNT, @cinemanoescurinho

03 janeiro 2019

Assistir "O Manicômio" é jogar tempo e dinheiro fora com terror muito ruim

Filme reúne youtubers alemães numa aposta dentro de um hospital abandonado que seria assombrado (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


O ano de 2018 contou com bons filmes de terror e suspense, alguns até com indicações a prêmios internacionais, como "Um Lugar Silencioso". Iniciar 2019 com um filme do gênero ruim demais é até covardia com o público. É o caso de "O Manicômio" ("Heilstätten"), produção alemã, que para piorar veio para BH somente em versão dublada em português. Que sofrimento!

O filme ficou perdido num limbo inexplicável, sem saber se explorava o universo dos youtubers ou se apostava no susto das assombrações de um antigo manicômio abandonado. No final, nem uma coisa nem outra, somente um roteiro cheio de furos, mal escrito e mal dirigido, com atores péssimos. Mais parece uma postagem no Youtube feita por adolescentes tentando vencer seus oponentes na disputa pela melhor imagem ou fato mais interessante. 

Na história, um grupo de youtubers entra ilegalmente na área de cirurgia de um manicômio abandonado da 2ª Guerra Mundial perto de Berlim onde nazistas faziam experiências com prisioneiros. Eles precisam vencer o desafio de passar 24 horas no local, mostrando tudo o que acontece lá dentro com a esperança de viralizarem seus vídeos e conseguirem mais seguidores. 

Mas logo descobrem que não estão sozinhos e não são bem-vindos ali e terão de fazer de tudo para sobreviverem até o dia seguinte. 

Com um trailer bem montado que até atrai, o filme é uma correria desenfreada que nem o fantasma consegue acompanhar, poucos sustos e salva apenas o cenário escolhido para a trama que, infelizmente, foi desperdiçado. Teria garantido um bom filme de terror. 


Ficha técnica:
Direção: Michael David Pate
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h29
Gêneros: Terror / Suspense
País: Alemanha
Classificação: 14 anos
Nota: 1 (0 a 5)

Tags: #OManicomio, #terror, #suspense, @ParisFilmes, @cineart_cinemas, #EspacoZ, @cinemanoescurinho

30 dezembro 2018

Paulo Gustavo é o par perfeito de Mônica Martelli em "Minha Vida em Marte"

Filme celebra a amizade e as dúvidas sobre a melhor maneira de amar após uma separação (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Com uma química perfeita, "Minha Vida em Marte" acerta na dupla Paulo Gustavo-Mônica Martelli (também roteiristas e produtores) para oferecer ao público a diversão esperada para uma comédia. Dirigido por Susana Garcia, irmã de Martelli, o filme é uma celebração à amizade entre os protagonistas que é mostrada claramente durante toda a narrativa, deixando o tema principal - a decepção com um casamento perto de chegar ao fim - em segundo plano.


Paulo Gustavo é o destaque com suas tiradas sarcásticas que o consagraram como Dona Hermínia em "Minha Mãe é Uma Peça 2" e dá a esta produção, sequência de "Os Homens São de Marte... E é prá Lá que Eu Vou", uma roupagem cômica. É o humor ácido de Paulo Gustavo, como Aníbal, que dá vida à produção e deixa o enredo mais engraçado. Ao contrário do monólogo homônimo interpretado por Mônica Martelli da qual foi adaptada, que é mais dramático.


Martelli está muito bem como Fernanda, que agora está casada, tem uma filha de cinco anos e vive a rotina de uma relação que começa a dar sinais de desgaste, rumo a um divórcio. Sem tesão, mas não aceitando o fim do que "deveria ser para sempre", ela e o marido Tom (Marcos Palmeira) se afastam cada vez mais um do outro, vivem em atrito e passam a buscar opções externas.


Apesar de ser uma mulher que está insegura sobre seu futuro como divorciada, num mundo machista que considera "velha" uma mulher acima do 40 anos, Fernanda sabe que "na alegria e na tristeza" sempre vai poder contar com Aníbal, seu par perfeito para buscar a felicidade de se tornar uma nova mulher.


E é ele quem irá ajudar a amiga e sócia a superar a crise no casamento, propondo todo tipo de estratégia para salvar a relação ou acabar de vez com ela. Aníbal cria situações das mais divertidas, algumas bem "saia justa", desde romances a viagens e encontros com novos parceiros. Os diálogos entre os dois garantem boas gargalhadas.

No elenco estão ainda Fiorella Mattheis (Carol), Ricardo Pereira (Bruno), Heitor Martinez (Humberto) e os estreantes no cinema, Marianna Santos (como Joana, filha de Fernanda e Tom) e Lucas Capri (Theo, o produtor musical de Anitta, que faz uma ponta no filme). Mas todos, inclusive Marcos Palmeira são meros coadjuvantes. A história se concentra mesmo é na dupla principal. Uma boa comédia nacional, que deverá atingir o mesmo sucesso de bilheteria dos filmes anteriores protagonizados por Paulo Gustavo e Mônica Martelli. Vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Susana Garcia
Produção: A Fábrica / Capri Produções
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes
Duração: 1h45
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #MinhaVidaEmMarte, @PauloGustavo, @MonicaMartelli, @DowntownFilmes, #comedia, @AFabrica, @EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho @CinemaEscurinho

27 dezembro 2018

"Era Uma Vez um Deadpool" é reprise de "Deadpool 2" sem sangue e palavrões

Filme foi uma proposta para atrair um público a partir de 14 anos que "não pode" ver a versão original no cinema (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação) 

Maristela Bretas


Não se deixe enganar pelo título. "Era Uma Vez um Deadpool" ("Once Upon a Deadpool") é apenas uma reprise do segundo filme sobre o herói mais escrachado da Marvel lançado para atrair os jovens acima de 14 anos que "não puderam ver a versão no cinema". Até parece que isso acontece. 

A proposta, segundo os produtores (que na verdade fizeram um remendo na versão original) era provar que Deadpool era um filme para toda a família. Mas o que acontece é uma embromação inicial para cair em um "Deadpool 2" censurado, com palavrões substituídos por um apito e cenas de sangue cortadas.

Para os jovens que não viram o filme (que é ótimo) em versões piratas espalhadas pela internet é uma chance de assistir no cinema, com boa qualidade, mas bem amenizado. Na história, Wade Wilson/Deadpool (Ryan Reynolds) sequestra o ator e diretor Fred Savage para reencenar o conto de fadas "A Princesa Prometida". 

Na verdade trata-se da história do herói, incluindo seu encontro com Cable (Josh Brolin) e a formação da X-Force. Amarrado a uma cama, Savage não tem outra alternativa a não ser ouvir a narração e questionar os muitos furos.

Os diálogos entre Deadpool e Savage são engraçados, citando o filme original, as críticas que recebeu, fazendo comparações a outras produções e algumas situações que surgiram depois, mas nada além disso. Sem o que foi cortado, o personagem perde sua principal característica que é o sarcasmo, que faz dele o anti-herói preferido da Marvel. "Era Uma Vez um Deadpool" é para os fãs relembrarem ou para quem não viu "Deadpool 2". Fora isso, é jogar dinheiro fora.


Ficha técnica:
Direção: David Leitch
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 1h56
Gêneros: Ação / Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #EraUmaVezUmDeadpool, #OnceUponADeadpool, @RyanReynolds, @FredSavage, @20thCenturyFox, #EspacoZ, #FoxFilms, @cinemanoescurinho

25 dezembro 2018

"Bumblebee" confirma porque é o mais fofo e simpático dos "Transformers"

Filme se passa em 1987 e foca na emoção, sem deixar de lado as cenas de ação características da franquia (Fotos: Paramount Pictures/Hasbro)

Maristela Bretas

Quem for hoje ao cinema para assistir ao spin-off "Bumblebee" não vai se decepcionar. O mais simpático e fofo dos "Transformers" ganhou um merecido filme só para ele. E o robozinho amarelo vindo de um planeta de máquinas mostrou porque sempre foi um dos preferidos dos Autobots de uma geração inteira que hoje está na faixa de 20 anos.

O filme aposta na emoção e na amizade entre dois personagens que se encontram e se unem para dividir e superarem suas dores. "Bumblebee" é passado no ano de 1987 e conta a história de como "Bee", como era chamado pelos amigos, veio parar na Terra e conheceu sua dona, Charlie Watson (interpretada pela cantora e atriz Hailee Steinfeld, de "Bravura Indômita" - 2010). Se fossem dois humanos, "Bee" (cuja voz é do ator Dylan O'Brien, da franquia "Maze Runner") e Charlie seriam um lindo casal, tamanha a afinidade entre os dois.

Para aqueles que esperam encontrar o velho Camaro amarelo do primeiro filme - "Transformers" (2007) - podem se preparar para uma grande mudança. Desta vez, nosso herói é um Fusquinha velho (amarelo, claro), que um dia foi um grande guerreiro em seu planeta e que se transforma no maior e mais doce amigo de uma jovem que se isola das pessoas e adora mecânica. Desta vez, Michael Bay, que dirigiu os cinco filmes da franquia, entra como um dos produtores, juntamente com Lorenzo di Bonaventura, Don Murphy e Steven Spielberg.

O diretor é Travis Knight (de "Kubo e as Cordas Mágicas" - 2016) que soube aproveitar a ação dos filmes anteriores, mas focou em "Bumblebee" um lado importante do primeiro filme, dando novamente "sentimentos" às máquinas. Emociona ver a relação de Bee e Charlie, a preocupação de um com o outro quando passam a ser perseguidos e também como isso vai mudar a vida de ambos. Bee é apaixonante quando abraça a amiga ou protegê-la, quando tenta se comportar como um humano dentro de uma casa e até no jeito desajeitado de se transformar.

O elenco secundário formado por nomes poucos conhecidos, exceto o de John Cena, como o agente Burns que persegue Bee desde sua chegada à Terra, cumpre bem seus papéis. Assim como os dubladores dos Transformers - Peter Cullen (Optimus Prime) e Angela Bassett (a vilã Shatter). Na versão dublada em português, a voz oficial da vilã dos Decepticons é da atriz Paolla Oliveira.

Na história, Bumblebee é um fusca amarelo aos pedaços, machucado e sem condição de uso, que está abandonado num ferro-velho numa pequena cidade praiana da Califórnia. Ele é encontrado e consertado pela jovem Charlie, às vésperas de ela completar 18 anos. Mas os dois novos amigos vão enfrentar sérios problemas quando Bee passa a ser perseguido por agentes especiais e inimigos dos Autobots que vêm à Terra para destruí-lo.

"Bumblebee" é a volta ao começo de tudo. Um reboot na franquia e talvez o melhor de todos os filmes desde o primeiro. E que além da dupla principal, tem como destaque a ótima trilha sonora, que inclui sucessos dos anos 80 como "Never Gonna Give You Up" (Rick Astley"), "Everybody Wants to Rule" (Tears For Fears) e "Take On Me" (A-ha) - que recebeu uma versão lenta e maravilhosa em "Deadpool" e "Deadpool 2". Além de "Back to Life", interpretada por Hailee Steinfeld.

"Bumblebee" é um filme que conseguiu reunir ação, emoção, ótimos efeitos especiais (como já era esperado) e boas locações, com destaque para as cenas na parte alta de San Francisco e à beira-mar. Vale muito a pena ser visto, de preferência na versão 3D para aproveitar melhor os recursos visuais da produção.


Ficha técnica:
Direção: Travis Knight
Produção: Paramount Pictures / Hasbro Inc.
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h54
Gêneros: Ação / Aventura / Ficção / Família
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #Bumblebee, #Transformers, @HaileeSteinfeld, @TravisKnight, @JohnCena, @ParamountBrasil, #acao, #aventura, @cineart-cinemas, #espacoZ, @cinemanoescurinho, @CinemaEscurinho

23 dezembro 2018

"Conquistar, Amar e Viver Intensamente" - bom drama com roteiro arrastado

Pierre Deladonchamps e Vincent Lacoste vivem um grande amor com dias contados nessa produção francesa (Fotos: Jean-Louis Fernandez - Les Films Pelléas)

Maristela Bretas


"Conquistar, Amar e Viver Intensamente" ("Plaire, Aimer et Courir Vite") é uma comédia dramática francesa que trata de amores mundanos e sinceros, a luta contra a morte e a esperança de que um dia alguém especial possa mudar tudo. Do mesmo diretor de "Canções de Amor" (2007) e "Bem Amadas" (2011), Christophe Honoré, a produção participou da seleção oficial do 71º Festival Internacional de Cannes em maio desse ano.

Com linda trilha musical e ótimas locações, o filme peca apenas pela longa duração, ficando sonolento em algumas cenas, apesar da bela história de amor de Jacques (Pierre Deladonchamps), um escritor e dramaturgo que vive em Paris, e Arthur (Vincent Lacoste), um jovem que está estudando em Rennes, uma cidade estudantil na região da Bretanha francesa.

Nos anos 90, Jacques, com seus 40 anos, leva uma vida discreta pela manhã, tem um filho com uma amiga e uma vida de múltiplos parceiros à noite. Mas seu maior drama é o tempo de vida que lhe resta - ele tem AIDS e é a doença que determina os rumos dos personagens e da história, reforçando a tese de que está diretamente relacionada ao homossexualismo. O escritor tem a necessidade urgente de viver e amar, é um conquistador arrogante e, apesar de sempre procurar o amor em cada esquina, não se permite um novo envolvimento, por causa de uma decepção do passado.

Um encontro casual no cinema o coloca frente a frente com Arthur, o jovem estudante que não assume perante a amiga que é gay, mas também à noite se entrega aos amores disponíveis em guetos de homossexuais e michês. E apesar de ambos evitarem o envolvimento, a atração se torna cada vez maior e o romance de dias contados é cheio de ternura, encantamento e uma luta diária para fazer o amor ser maior que o medo da morte.

Aos poucos Arthur vai quebrando as barreiras de Jacques e, com sua jovialidade e alegria, mostra a ele um outro lado da vida que não pode e não deve ser esquecida, apesar do agravamento da doença do escritor. Mas com a morte de seu ex-parceiro, vítima de AIDS, Jacques tenta se afastar de Arthur e só pode contar com o velho amigo Mathieu (sempre ótima interpretação de Denis Podalydés, de "O Melhor Professor da Minha Vida" - 2017 e "50 São os Novos 30" - 2018), para convencer o jovem a seguir seu caminho. 

O roteiro é bem conduzido, com uma história envolvente, alegre e dramática ao mesmo tempo graças à ótima interpretação dos personagens, mas que poderia ter sido contada em um tempo menor, sem esticar muitas cenas, com comentários menores, menos filosóficos e cansativos.


Ficha técnica:
Direção: Christophe Honoré
Distribuição: Imovision
Duração: 2h12
Gêneros: Comédia / Drama
País: França
Classificação: 14 anos

Tags: #ConquistarAmarEViverIntensamente, @Imovision, #drama, #comedia, @cineart_cinemas, #EspacoZ, @cinemanoescurinho

21 dezembro 2018

Incrivelmente atual, "Colette" é oportuno, instigante, sensual e feminista

Keira Knightley está ótima interpretando a escritora francesa libertária dos anos de 1900 (Fotos: Mars Films/Divulgação)


Mirtes Helena Scalioni


Para se ter uma ideia do pioneirismo da escritora francesa Sidonie Gabrielle Colette, basta citar dois títulos dos seus quase 50 livros: "A ingênua libertina", de 1909, e "A vagabunda", de 1910. Sem falar da sua série mais famosa sobre Claudine, personagem baseada na própria autora, libertária, moderna e à frente do seu tempo. 

Para completar, ela se casa com Willy, escritor picareta que assina todos os escritos da mulher, convencendo-a de que ele, como homem, é o único que tem alguma chance no mercado literário. Ou seja, sua vida é praticamente um roteiro pronto. 

E como viveu a vida real como se fosse um personagem - mulher atrevida e corajosa - a história de Gabrielle só podia mesmo resultar em um filme instigante, cheio de nuances e rico como ela. E a atriz Keira Knightley interpreta isso muito bem. Impressionante como lhe caem bem os trajes de época e sua cara de menina/mulher. Não deve ser por acaso que ela atuou também em "Orgulho e Preconceito" (2005), "Desejo e Reparação" (2007), "Anna Karenina" (2012), entre outros. 

Dominic West enriquece seu Willy, dando-lhe tons sedutores, ambíguos, quase malandros. Eleanor Tomlinson como a bela Georgie, e Denise Gouggh como a masculinizada Missy, brilham como amantes da escritora, imprimindo uma sensualidade delicada e bonita nas cenas mais ousadas. Tudo na medida. Estranho é que essa boa história, contada num filme chamado "Colette", dirigido por Wash Westmoreland ("Para Sempre Alice") e produzido em parceria com a Grã-Bretanha, Hungria e Estados Unidos, seja falado em inglês. 


Embora Gabrielle Collete seja uma escritora tipicamente francesa e tenha vivido o auge da loucura e da boemia parisiense, não há nenhuma participação da França na produção, o que, por vezes, soa falso. São muitas e lindas as cenas que mostram a Paris dos anos de 1900, quase se chocando com o idioma dos personagens, todo mundo só falando inglês.


Sidonie Gabrielle Collete nasceu no interior da França em 1893 e morreu em 1954. No entanto, por incrível que possa parecer, o filme sobre sua vida permanece atual. Não são tão raros assim, nos dias de hoje, homens que exploram o talento e/ou o trabalho de suas mulheres, outras vezes depreciando-as para subjugá-las e tornarem-se eles os donos da relação. Se fosse hoje, seria correto dizer que ela viveu, durante muitos anos, um relacionamento abusivo. Por essas e outras, "Colette" é um filme oportuno e exemplar. Imperdível.
Duração: 1h52
Classificação: 14 anos
Distribuição: Diamond Films Brasil



Tags: #Colette, @KeiraKnightley, #SidonieGabrielleColette, #drama, #biografia, #DiamondFilmsBR, @DiamondFilmsBR, @cinemanoescurinho

17 dezembro 2018

Projeto "Cinema Acessível” leva cultura e diversão a crianças especiais

Segunda edição será dia 19 na sala Vip do Cineart Net Ponteio, com exibição de "UP - Altas Aventuras" (Fotos: Bruno Viana/Divulgação)
   

Uma sessão de cinema bem especial acontece dia 19 de dezembro, às 12 horas, na sala vip do Net Cineart Ponteio. É o "2º Cinema Acessível", projeto idealizado pela Pedilar, empresa de Assistência Pediátrica e Neonatal Domiciliar, que dá acesso à cultura e leva crianças com necessidades especiais ao cinema. E para alegrar esta turminha foi escolhida a linda animação da Pixar, "UP - Altas Aventuras" (2009).

Crianças com necessidades especiais assistidas pela Pedilar participam de um concurso realizado no Facebook e 12 vão ganhar uma sessão de cinema com o acompanhamento da equipe multidisciplinar da empresa. Este é o segundo ano do projeto, iniciado em 2017, que tem como objetivo dar acesso a atividades culturais a crianças com dificuldades de locomoção.

Sobre o projeto

O "Cinema Acessível" dispõe de uma equipe multidisciplinar gratuita composta de médicos pediatras, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem para cada paciente presente no dia da sessão. "A viabilização desse projeto só é possível pelo amadurecimento da equipe e pelo avanço tecnológico que nos permite trazer crianças restritas ao domicílio para um passeio ao shopping e ir ao cinema", afirma a médica Patrícia Grajeda, diretora da Pedilar.



Serviço:
2º Cinema Acessível
Data: 19 dezembro
Horário: às 12 horas
Local: Net Cineart - Ponteio Lar Shopping - Rodovia BR-356, nº 2500 - Santa Lúcia
Informações: www.pedilar.com.br 

Tags: #ProjetoCinemaAcessivel, #Pedilar, #UpAltasAventuras, #acessibilidade, #NetCineartPonteio, #cinemas_cineart, @cinemanoescurinho @CinemaEscurinho

16 dezembro 2018

Mágico e antenado, "Detetives do Prédio Azul 2" vai fisgar toda a família

Pippo, Sol e Bento vão viver em outro país uma grande aventura no mundo dos bruxos (Fotos: Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Não são apenas os espectadores habituais da série no canal Gloob que vão se deliciar com "Detetives do Prédio Azul 2 - O Mistério italiano", em cartaz em vários cinemas de Belo Horizonte. Essa parece ser, aliás, a intenção dos produtores do filme, que se esmeraram para que o longa mantivesse a mesma cara das histórias da televisão, mas com alguma maturidade. Em projeto até certo ponto pretensioso e de tamanho grande, o trabalho dirigido por Viviane Jundi alça voos mais altos e, desta vez, vai mais longe e ultrapassa fronteiras: chega à Itália, mais precisamente à região de Puglia, onde está acontecendo a Expo-Bruxas, o maior evento de bruxaria do mundo.

A história: Pippo (Pedro Henrique Motta), Bento (Anderson Lima) e Sol (Letícia Braga) estão se preparando para participar de um concurso infantil de música. Mas, no momento da audição para os dois jurados, os irmãos Máximo e Mínima Buongusto (Diogo Vilela e Fabiana Carla), são boicotados pela amiga e feiticeirinha Berenice (Nicole Orsini). 


A partir daí, são incontáveis aventuras e confusões e o trio vai parar na Itália. É lá que se desenvolve a trama, em um castelo medieval localizado numa mística cidade de telhados brancos repletos de símbolos estranhos. No final das contas, claro, vence o bem, o espírito de equipe, a união, a amizade e a inteligência das crianças, sempre dispostas a investigações e descobertas.

Surfando na onda da magia e com efeitos especiais na medida certa, "Detetives do Prédio Azul 2 - O Mistério Italiano" chama atenção também pelas tiradas inteligentes do roteiro, como o veículo sempre problemático de um casal de feiticeiros e a vassoura da bruxinha Beré, ambos devidamente equipados com GPS nem sempre funcionando bem. A escolha da cidade de Alberobello como cenário também é um acerto e tanto.

Além de contar com um elenco infantil afinado e experiente, a turma dos adultos também é responsável pelo bom andamento de #DPA2ofilme. Principalmente os bruxos e bruxas que, mesmo em papéis que poderiam esbarrar no ridículo, seguram com honradez a missão. Cláudia Neto como Leocádia, Diego Vilela e Fabiana Costa e todos os demais magos participantes do encontro brilham e, na medida do possível, dão credibilidade às cenas, por mais inverossímeis que possam parecer. 

A bonita relação entre os personagens do menino Pippo e seu nono (avô, em italiano) - interpretado com sinceridade pelo experiente Antonio Pedro - é um bom exemplo de como a história pode fisgar também os corações de quem já se considera gente grande. 
Classificação: Livre
Duração: 1h40
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes


Tags: #DPA2ofilme, @ParisFilmes, @DowntownFilmes, #familia, #aventura, @cinemanoescurinho

13 dezembro 2018

"Aquaman" tem excelentes efeitos especiais e dá uma nova vida aos heróis da DC

Filme conta a história do integrante da "Liga da Justiça" vindo do mar, interpretado por Jason Momoa (Fotos: Warner Bros Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


"Aquaman" tem furos, sim o que era esperado. Mas o resultado final da nova produção da DC Comics surpreende e agrada como diversão. Acima de tudo, pelos efeitos gráficos, que ficaram tecnicamente excelentes, principalmente nas cenas de diálogos entre os habitantes no fundo do mar. O filme ficou muito bom, mas ainda atrás de "Mulher Maravilha". Também são destaques a trilha sonora e as locações bem escolhidas (como a região da Sicília, na Itália), além da ótima direção e coordenação de roteiro de James Wan, que tem no seu currículo os ótimos filmes de terror "A Freira" (2018) e "Invocação do Mal 1 e 2" (2013 e 2016) e o sucesso "Velozes e Furiosos 7" (2015). 

Jason Momoa (como Aquaman/Arthur Curry) é uma atração à parte, com um corpo esculpido e tatuado para atrair em cheio o público feminino, principalmente por passar a maior parte do filme sem camisa. Cada vez que aparece, o ator musculoso enche a tela e desperta suspiros. Se pode ser chamado de ator, o tempo dirá, mas pelo menos entregou um herói mais simpático (e atraente) do que seus amigos da "Liga da Justiça" (2017) - Batman (Ben Affleck) e Superman (Henry Cavill).

"Aquaman" apresenta diálogos simples, que não exigem muito de seus intérpretes. Mas Momoa tem boa presença, é divertido em alguns momentos (chega a lembrar de Thor em "Ragnarok") e faz o estilo brutamontes que resolve tudo na porrada, mas tem o bom coração e é "menino de família". E de quebra, atrai a mocinha dos cabelos vermelhos vinda do mar, que briga muito, tem super poderes e opinião própria. A mocinha no caso é a bela Amber Heard, que interpreta Mera, a princesa de um dos reinos de Atlântida que, como Aquaman, teve sua primeira aparição em produção da DC Comics/Warner Bros. Pictures em "Liga da Justiça". 

O destaque fica para Patrick Wilson, que deixa pelas mãos de James Wan a pele do bom Ed Warren, da franquia "Invocação do Mal" e "A Freira" para ser um dos vilões da história - o Rei Orm que quer se tornar Mestre dos Oceanos. Ele está bem no papel, mas ainda tem cara de cachorro que caiu da mudança. Mas nas lutas contra Aquaman, mantém o mesmo padrão do super-herói.


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Nicole Kidman (que interpreta a rainha Atlanna, mãe do Aquaman), apesar de ser nome de peso, aparece pouco. E a maquiagem foi cruel com ela quando é mostrada mais jovem. Pecou feio, melhor teria sido usar computação gráfica no rosto do que fazer o trabalho ruim de rejuvenescimento que fizeram. A maquiagem errou na atriz mas acertou nos atores. Já Temuera Morrison (que faz o pai do Aquaman) ficou bem quando jovem e envelhecido da maneira correta.

O mesmo com Willem Dafoe, que tem boa interpretação de Vulko, conselheiro da rainha. O elenco conta ainda com Dolph Lundgren, também melhorado pela maquiagem para viver o Rei Nereus. E Yahya Abdul-Mateen II, como o pirata David Kane, que se transforma no Arraia Negra, inimigo do Aquaman.

O filme conta a origem de Arthur Curry, como se tornou o super-herói e sua atuação nada discreta como super-herói apesar de viver numa pequena vila costeira. Mas ao ser convocado por Mera para defender e unir terra e mar, ele terá de assumir sua função de herdeiro do trono de Atlântida. E enfrentar seu maior rival, o meio irmão Rei Orm, que quer se tornar o Mestre dos oceanos e dominar os mares a terra, destruindo os humanos que estão acabando com a natureza.

Esta parte da poluição dos mares e rios, o aquecimento global e a destruição da fauna e flora marinha é abordada bem levemente, sem aprofundar. Nas entrelinhas há também uma crítica ao estilo de vida de Atlântida, que usa de regras e controle como o mundo terrestre, além de usar animais para a guerra. A produção também aproveitou ideias de seu concorrente, com a ponte com o portal ligando os reinos aquáticos, bem semelhante a de Asgard, dos filmes de Thor.

"Aquaman" é um bom filme, bem humorado, com muita ação (dentro e fora d'água), que tem na computação gráfica seu forte, apesar do roteiro confuso em algumas partes. Mas cumpre seu papel de contar a história do herói e rei dos Sete Mares, ilustrada pelas cores das milhares de espécies exóticas do fundo do mar e as belas paisagens terrestres. As 2h24 de duração passam rápido. Vale conferir.


Ficha técnica:
Direção: James Wan
Produção: DC Entertainment / Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h24
Gêneros: Ação / Aventura / Fantasia
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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