08 setembro 2019

"O Rei Leão" surpreende em computação gráfica, mas personagens perdem em emoção

Versão live-action conquista o público e se torna o novo sucesso de bilheteria da Disney no mundo (Fotos: Disney Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma das histórias mais lindas e emocionantes dos Estúdios Disney - "O Rei Leão" está prestes a atingir a marca mundial de um milhão de espectadores em todo o mundo com sua versão live-action lançada há algumas semanas, 25 anos depois do lançamento do desenho. A produção já quebrou vários recordes, incluindo maiores bilheterias de estreia de remakes da Disney e entre animações (mais de US$ 190 milhões). Tudo isso já seria um incentivo para ir conferir o novo sucesso dos estúdios.

Mas foi principalmente a sensação de nostalgia que levou muitos fãs ao cinema, na expectativa de reverem, com muita cor e música. A saga do leãozinho Simba e seus amigos e voltar a ser criança. Mas não é bem isso que acontece. Especialmente se a opção for pela versão dublada, por causa das crianças. Apaixonada pelas dezenas de animações Disney que vi pela vida em versões em português, foi essa minha opção. Quanto arrependimento! 


Os estúdios erraram feio na escolha dos "dubladores" brasileiros. Ficou muito ruim, tanto nos diálogos quanto nas canções.  Algumas chegam a doer no ouvido e transformam a trilha sonora em algo sofrível de ouvir. Outro erro em um dos pontos fortes da versão animada. Salva apenas e muito bem a eterna "Hakuna Matata".


Mesmo com números tão bons de bilheteria, outro ponto que tem sido muito questionado por espectadores e críticos é o excesso de tecnologia. Ao mesmo tempo em que a computação gráfica entrega imagens espetaculares, quase reais como num vídeo do Discovery Channel, os personagens perdem em emoção, as expressões são plastificadas e deixam a impressão de que a fala está sincronizada com o personagem. Temos a juba de Musafa balançando ao vento (um espetáculo) contrastando com a falta de brilho nos olhos dele numa conversa de pai pra filho com Simba. Bem diferente do desenho.


Simba (vozes de Donald Glover, em inglês, e Ícaro Silva, em português) não passa emoção nem mesmo quando vê o pai morto. Ou quando está flertando com Nala, mesmo ao som de "Can You Feel The Love Tonight", na bela voz de Beyoncé (que também dubla a leoa). Mas ainda fico com a versão original, composta por Sir Elton John para "O Rei Leão" de 1994 - acho mais bonita e romântica cantada por ele.



Além do pequeno herdeiro da selva, outro que não mete medo nem em criancinha é Scar, um vilão sem fúria nos olhos ou sarcástico e cruel como no desenho, apesar da versão original estar na voz de Chiwetel Ejiofor. A história corre morna. Até que surgem Pumba e Timão, a dupla pouco provável de amigos - um javali e um suricato - para quebrarem a monotonia e provocarem os momentos mais divertidos da animação. Nada como relembrar e cantar o famoso refrão: "Isso é viver, é aprender, Hakuna Matata"...(Isso é viver, é aprender, Hakuna Matata"...). Muita gente ao meu lado soltou a voz. Eles são as estrelas da nova animação. Para completar a turma divertida, Zulu, o pássaro que fica de babá de Simba pra todo lado.


E por falar em trilha sonora, que há 20 anos garantiu prêmios a Elton John e Hans Zimmer, no live-action ela é revitalizada e recebe novas vozes e boas interpretações, especialmente de Beyoncé. Se o compositor britânico deu vida e voz à savana com "Circle of Life", marca registrada da abertura de "O Rei Leão", Lindiwe Mkhize e Lebo M. não deixaram por menos e a nova versão chega a dar arrepio na apresentação de Simba ao reino e ao público no cinema, como na primeira vez. Destaque também para "The Lion Sleeps Tonight", com Billy Eichner (que faz a voz de Timão), "Spirit", com Beyoncé, "Never Too Late", de Elton John.


A história é a mesma do desenho: Simba é um jovem leão cujo destino é se tornar o rei da selva. Entretanto, uma armadilha elaborada por seu tio Scar provoca a morte de Mufasa, o atual rei, quando ele tentava salvar o filhote. Cheio de culpa, Simba deixa o reino e vai para um local distante onde faz novos amigos que vão lhe ensinar como encarar a vida com diversão e prazer e lutar para recuperar seu reinado.

"O Rei Leão"dirigido por Jon Favreau ("Vingadores: Ultimato" e "Homem-Aranha: Longe do Lar") merece ser conferido, apesar das falhas? Com certeza, é sempre uma produção Disney. Mas aconselho a quem não tiver assistido o desenho de 1994, deixe para fazê-lo depois em uma sessão caseira dublada com as crianças. Para evitar comparações (ou decepções). E se for ao cinema sem os pequenos, passe longe da  versão dublada do live-action.


Ficha técnica:
Direção: Jon Favreau
Produção: Walt Disney Studios Motion Pictures
Distribuição: Disney / Buena Vista
Duração: 1h58
Gêneros: Animação / Aventura
Nacionalidade: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #OReiLeao, #Disney, #Beyoncé, #DonaldGlover, #Pumba, #Timao, #HakunaMatata, #Simba, @jornaldebelo, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho



05 setembro 2019

"It: Capítulo Dois": Pennywise retorna para se vingar do Clube dos Otários

Produção baseada na obra de Stephen King encerra a história explorando principalmente as fraquezas e superações dos personagens (Fotos: Brooke Palmer/Warner Bros Pictures)

Carolina Cassese


Após o sucesso de “It: A Coisa” (longa inspirado na obra de Stephen King), que em 2017 se tornou a maior bilheteria de um filme de terror da história, o argentino Andy Muschietti está de volta na direção de “It: Capítulo Dois” ("It Chapter Two") Dessa vez, ele apostou na abordagem de temas mais densos, como homofobia, relacionamentos abusivos e traumas de infância. “Agora o tom é menos juvenil. Vejo o primeiro filme mais ingênuo, mais leve. Afinal, é contado pelos olhos de crianças”, disse em entrevista publicada no jornal Folha de São Paulo. Nesta sequência, como no filme anterior e em outras obras do autor, o terror é usado como pano de fundo para explorar o lado emocional dos personagens.


Passaram-se 27 anos desde que o “Clube dos Otários”, formado pelos então adolescentes Bill, Ritchie, Beverly, Ben, Mike, Eddie e Stanley, derrotou Pennywise (Bill Skarsgård), um espírito demoníaco que pode assumir muitas formas - inclusive a de um palhaço assustador. Mike, que ainda vive na pequena cidade de Derry, é o único que de fato lembra tudo o que aconteceu. Ele resolve convocar os outros membros do grupo para um encontro quando se dá conta de que Pennywise provavelmente está à solta novamente, caçando crianças e pessoas vulneráveis. Ao se reunirem, os integrantes do clube percebem que a situação é muito mais grave do que eles imaginavam.


A primeira cena, provavelmente a mais assustadora do longa, já consegue passar essa mensagem: logo após saírem de um parque de diversões, um casal de homossexuais é agredido a socos e pontapés por alguns bullies de Derry. Pennywise (com Bill Skarsgård novamente no papel) até aparece no fim da sequência, mas fica em segundo plano: o preconceito do ser humano consegue ser mais assustador do que as horrendas criaturas sobrenaturais criadas pelo palhaço do mal.


Ao longo do filme, acompanhamos as batalhas internas de cada membro do Clube dos Otários. O arco mais emocionante é o de Bev (Jessica Chanstain), que se encontra em um relacionamento violento e ainda precisa lidar com os traumas causados por seu pai abusivo. Os outros personagens principais, interpretados por James McAvoy (Bill), Bill Hader (Ritchie), James Ransone (Eddie), Jay Ryan (Ben), Isaiah Mustafa (Mike) e Andy Bean (Stanley) também são construídos com complexidade e cuidado. 

O elenco se sai muito bem (destaque para Bill Hader e Bill Skarsgård, novamente), ao passo que a produção consegue equilibrar os momentos de tensão com alívios cômicos (algumas piadas soam repetitivas, mas a maioria funciona). Assista no making off abaixo o que Stephen King e os atores falam sobre o filme.


Há transições entre a vida adulta e a adolescência dos personagens. O espectador, então, mergulha na infância do Clube dos Otários a partir de flashbacks. Muitas cenas foram gravadas para o primeiro filme e inicialmente descartadas. O diálogo entre os dois tempos funciona bem, reforçando a conexão do público com os personagens. A duração do filme (quase 3 horas), no entanto, torna a experiência do espectador mais cansativa - e não parece muito necessária.


De certa forma é possível entender esse roteiro longo demais e exagerado, uma vez que as duas produções - "It - A Coisa" e "It - Capítulo Dois") são partes de uma mesma obra, de quase 1.200 páginas, escrita em 1986 por Stephen King. Intencional ou não, o livro, assim como os dois filmes, foi lançado em setembro e completa 33 anos desde sua publicação.


Não é à toa que boa parte da crítica chamou o longa de “um presente para os fãs de Stephen King”: há incontáveis referências à obra do autor (ele mesmo faz uma pontinha no filme). Muito mais do que um simples terror, “It: Capítulo Dois” é sobre amizade, autoconhecimento e superação - e fica difícil não se envolver com as bonitas histórias de cada um dos membros do Clube.


Ficha técnica:
Direção: Andy Muschietti
Produção: New Line Cinema / Lin Pictures / Vertigo Entertainment
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h50
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #IT2, #StephenKing, #JamesMcAvoy, #JessicaChanstain, #terror, #BillHader, #BillSkarsgard, #EspaçoZ, WarnerBrosPictures, #NewLineCinema, ##cineart_cinemas, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

04 setembro 2019

"A Tabacaria", um dos últimos filmes de Bruno Ganz, estreia nesta quinta-feira em BH

O jovem Franz e o famoso psicanalista Sigmund Freud se tornam amigos em uma Viena ameaçada pelo nazismo (Fotos: A2 Filmes/Divulgação)

Da Redação


Com distribuição da A2 Filmes, estreia nesta quinta em BH. Juiz de Fora e outras 17 cidades, o drama alemão "A Tabacaria" ("Der Trafikant"), do diretor e roteirista Nikolaus Leytner. A produção, que foi um dos destaques na programação do Festival Judaico 2019, é um dos últimos trabalhos do grande ator Bruno Ganz ("A Queda! As Últimas Horas de Hitler" e "A Festa"), que desta vez interpreta Sigmund Freud.


Baseado no romance de Robert Seethaler, o filme conta a história de Franz (Simon Morzé), um rapaz de 17 anos que chega a Viena para trabalhar como aprendiz em uma tabacaria. Ali, ele conhece Sigmund Freud, um cliente frequente. Com o passar do tempo, os dois, apesar de origens muito distintas, desenvolvem uma amizade única. 


Quando Franz se apaixona perdidamente pela dançarina Anezka (Emma Drogunova), ele busca os conselhos de seu amigo Sigmund, que, apesar de ser um renomado psicanalista, admite que o sexo feminino seja um grande mistério para ele em termos românticos. A tensão política e social aumenta dramaticamente na Áustria, piorando com a chegada dos nazistas à capital. Franz, Sigmund e Anezka se perdem no meio do caos da cidade e cada um terá uma decisão difícil a tomar: sair do país ou permanecer nele.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Nikolaus Leytner
Produção: EPO Film / Glory Film
Distribuição: A2 Filmes
Duração: 1h54
Gênero: drama
Países: Alemanha / Áustria
Classificação: 16 anos

Tags: #ATabacaria, #A2Filmes, #BrunoGanz, #NikolausLeytner, #drama, @cineart_cinemas, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

02 setembro 2019

"Anna - O Perigo Tem Nome" - espionagem, beleza russa e a excelente Helen Mirren

Sasha Luss é a agente russa Anna Poliatova, uma temida e implacável assassina da KGB (Fotos: Europacorp/ TF1 Films Production)

Maristela Bretas


Em seus segundo trabalho, Sasha Luss é a protagonista de "Anna - O Perigo Tem Nome", em cartaz nos cinemas. A atriz russa, que poucos vão se lembrar de ter participado de "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas" (também dirigido por Luc Besson), está mais bela e entrega uma interpretação bem melhor neste filme de ação. Ela é Anna Poliatova, uma espiã russa disfarçada de modelo internacional. Claro, que somente o rostinho bonito e o corpo de Luss não salvariam a produção se o elenco não contasse com a participação da excelente Helen Mirren, que faz toda a diferença quando entra em cena - ela sim é a atriz principal. 


A britânica vencedora do Oscar dá vida à Olga, uma das chefes da KGB que vai contratar a jovem Anna para a organização. Em recente entrevista, Mirren declarou ser fascinada pelo universo dos espiões (atuou em "RED: Aposentados e Perigosos" - 2010 e "Red 2 - Aposentados e Ainda Mais Perigosos" - 2013). E conta também como foi a relação de sua personagem com a novata. Confira o vídeo clicando aqui


A trama, como em outros sucessos do diretor Luc Besson (como "Lucy", de 2014), é bem amarrada, mas com alguns momentos monótonos. Inicialmente confusos, os flashbacks ao longo do filme passam a ser essenciais ao fazerem as conexões e darem uma reviravolta na história, entregando um final muito bom. Figurino e locações também foram escolhas acertadas. Mas são as cenas de lutas de Anna que prendem o espectador na cadeira, especialmente aqueles que gostam de ação e muito sangue. A melhor é a da luta dentro de um restaurante.



De beleza incomparável, a modelo Anna Poliatova esconde um segredo conhecido por poucos. A profissão é apenas uma fachada para seu trabalho principal. Ela é uma implacável e temida assassina russa da KGB com uma história de violência, sedução e envolvimento com pessoas pouco confiáveis. O elenco conta ainda com os experientes Luke Evans, como o espião russo Alex Tchenkov, e Cillian Murphy, no papel de Lenny Miller, agente da CIA que quer trazer a jovem russa para "o lado dos mocinhos". "Anna" é um bom filme de espionagem que vale a pena ser conferido.


Ficha Técnica
Direção e roteiro: Luc Besson
Produção: EuropaCorp / Canal + / TF1 Films Production / Summit Entertainment
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h58
Gênero: Ação
País: França
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #AnnaOFilme, #Anna, #LucBesson, #HellenMirren, #SashaLuss, #LukeEvans, #ação, #espionagem, #ParisFilmes, #EspacoZ, #cineart_cinemas, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

29 agosto 2019

"Yesterday" - O mundo não teria a menor graça sem a música dos Beatles

Himesh Patel é o desconhecido que vai se transformar no maior astro do mundo usando as composições da banda britânica (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Carolina Cassese


"Yesterday" é uma declaração aos Beatles e mostra que, sem o talento de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, o mundo não teria, definitivamente, a mesma graça. O longa, dirigido por Danny Boyle (“Quem Quer Ser um Milionário?”), chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira para mostrar que manter vivo o legado do icônico quarteto britânico é uma tarefa de todos que amam a música.


No roteiro, escrito por Richard Curtis, veterano em comédias românticas, Liverpool é apenas mais uma cidade chuvosa da Inglaterra. Sem "Hey Jude", "Let It Be" e "Here Comes The Sun". Sem a marcante fotografia da Abbey Road. Sem submarinos amarelos. Depois de um apagão, a existência dos Beatles é apagada. Apenas Jack Malik (Himesh Patel), um músico humilhado por (quase) todos ao seu redor, consegue se recordar do legado do quarteto.

"Yesterday" é centrado na história desse músico que, ao ser atropelado por um ônibus, acorda em uma cama de hospital e se surpreende ao perceber que seus amigos mais próximos não compreendem nenhuma das referências feitas ao maior quarteto britânico da história da música. Ele pesquisa no Google e, para sua surpresa, não encontra resultado algum - quando digita “Beatles”, aparecem apenas fotos do inseto.


Ao procurar em sua casa algum vestígio dos álbuns do quarteto, é igualmente mal sucedido na missão. Jack finalmente percebe que há uma falha no sistema enxerga uma oportunidade: mostrar ao mundo as geniais canções de John, Paul, George e Ringo - fingindo, no entanto, que essas são de sua autoria. Como é de esperar, o músico não demora muito a se tornar um sucesso.


Ed Sheeran, que interpreta a si mesmo na produção, é determinante na ascensão da carreira de Jack, pois o convida para abrir os shows de sua turnê. Após tamanha visibilidade, o protagonista é praticamente intimado pela agente Debra Hammer (Kate McKinnon) a ir para Los Angeles. 

Desde o início de sua carreira, a principal parceira de Jack é Ellie Appleton (Lily James), uma professora que, nas horas vagas, também trabalhava como agente musical. A partir do momento que Jack decide ir para Los Angeles a fim de focar em sua carreira, os dois acabam se afastando. A relação entre eles é central para a trama - o longa é, acima de tudo, uma comédia romântica.


O filme se preocupa também em apresentar uma crítica à própria indústria fonográfica. Sabe-se que o apelo comercial muitas vezes é privilegiado em detrimento da originalidade e das reais intenções de um artista. A preocupação recorrente da agente Debra em relação à aparência de Jack é um claro exemplo de como, muitas vezes, o conteúdo fica em segundo plano.

Principalmente a partir do terceiro ato, o longa apresenta algumas falhas de execução. Parece que a premissa fica em segundo plano: o romance dos personagens principais recebe um demasiado destaque e tem um desenrolar previsível. As atuações são boas, mesmo que alguns personagens sejam pouco explorados. "Yesterday", no entanto, não parece pretensioso e cumpre a função de divertir e também emocionar.


Ficha técnica:
Direção: Danny Boyle
Produção: Working Title Films
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h57
Gêneros: Comédia / Musical / Romance
País: Reino Unido
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #YesterdayFilme, #Yesterday, #Beatles, #HimishPatel, #LilyJames, #musical, #comedia, #UniversalPictures, @cinemanoescurinho, @cinemaescurinho, #EspacoZ

28 agosto 2019

Leandro Hassum banca cupido com caretas e palavrões pra fazer rir em "O Amor Dá Trabalho"

Na história, Ancelmo precisa reunir um casal para conquistar um lugar no céu (Fotos: Globo Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Chega nesta quinta-feira (29) aos cinemas brasileiros a nova comédia com Leandro Hassum, "Amor Dá Trabalho", dirigida e roteirizada por Alê McHaddo. O comediante não muda em nada seu estilo, cheio de caretas, comentários críticos e a certeza que muitas de suas gracinhas ainda fazem o público dar gargalhadas. Pelo menos foi assim na pré-estreia do filme, em BH, com muitos dos presentes elogiando a produção e comentando que, mesmo magro, Hassum não perdeu o humor.


Acho, no entanto, que o ator demorou para se reencontrar com a comédia. Chegou a fazer papéis sérios, como o do produtor musical Carlos Imperial, em "Simonal" (2019). Insistiu nas manjadas caras e bocas ofensivas, palavrões e frases que sempre marcaram seus personagens, como, por exemplo, João Ernesto, de "O Candidato Honesto 1 e 2" (2014 e 2016), ou Tino, de "Até Que a Sorte nos Separe" 1, 2 e 3. Desta vez ele é Ancelmo, um funcionário público muito babaca, preguiçoso, egoísta, que gosta de levar vantagem em tudo, sem nunca ter ajudado uma pessoa.


Por obra do destino Ancelmo morre e na hora de seguir sem escala para o inferno, negocia com os deuses e anjos uma opção: realizar uma boa ação para mudar sua rota para o céu. O trabalho escolhido é reunir o casal Elizângela (Flavia Alessandra) e Paulo Sérgio (Bruno Garcia) separados há 12 anos depois de Paulo ter abandonado Elizângela no altar. A história é bobinha, mas Hassum exagera na interpretação do "falso cupido bonzinho", que só pensa em reunir o casal e se garantir com a "turma pesada lá de cima".


E que turma¹ O "alto escalão do céu" é a parte mais divertida do filme e deveria ter sido a mais explorada. As poucas aparições do grupo, sempre reunido ao redor de uma mesa de diretoria, são hilárias. Cada um representa um santo ou imagem de um deus de diferentes crenças e religiões. Os fãs vão delirar quando surgirem na tela - Helio De La Pena (como Shiva), Falcão (Odin), Maria Clara Gueiros (Nossa Senhora), Sérgio Loroza (Xangô), Bruno Sutter (Thor), Dani Calabresa (Athena), Paulinho Serra (São Pedro), Ludmilla (Iansã) e Marco Zenni (Buda).


Hassum é a alma (literalmente) do filme e consegue quebrar o marasmo do romance sem sal do par principal, agravado pelas participações no elenco de Monique Alfradique e Felipe Torres. "Amor Dá Trabalho" tem bons efeitos visuais, especialmente quando Ancelmo usa seus "poderes" para dar um empurrãozinho no casal. Não é das melhores de suas comédias, mas arrancou algumas gargalhadas do público. Vale, no máximo, uma sessão da tarde.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Alê McHaddo
Produção: 44 Filmes / 20th Century Fox / Telecine Filmes / Globo Filmes 
Distribuição: Paris Filmes / Downtown Filmes
Duração: 1h40
Gênero: Comédia 
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #OAmorDaTrabalho, @Leandro Hassum, @FlaviaAlessandra, @Bruno Garcia, #comedia, #ParisFilmes, @FoxFilmBrasil, #44Filmes, @GloboFilmes, #Espacoz, @telecineoficial, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

26 agosto 2019

O melhor amigo de toda criança está de volta mais violento e sanguinário em "Brinquedo Assassino"

Filme é remake da história do assustador boneco Chucky
(Fotos: Capelight Pictures)

Maristela Bretas 


Ele voltou! Mais violento, espalhando sangue até nas criancinhas, sem dó nem piedade. Tudo para ter um melhor amigo só dele. Chucky, o boneco mais sombrio do cinema retorna no remake "Brinquedo Assassino" ("Child's Play"), em cartaz nos cinemas,
agora dirigido pelo norueguês Lars Klevberg, em seu segundo longa (o primeiro foi "Morte Instantânea", ainda sem data de estreia no Brasil). Apesar de trazer cenas "esmagadoras" literalmente, o novo boneco tem uma cara estilizada e muito menos assustadora que a de seus antecessores. Impossível esquecer a face do mal do boneco original de 1988 - fofinho quando é entregue a Jack e tenebroso quando parte para o ataque.

Chucky, de 1988 (Reprodução: United Artists)

Chucky recebeu continuações anos depois - "Brinquedo Assassino 2 e 3" (1990 e 1991, respectivamente) - e até ganhou uma parceira em "A Noiva de Chucky" (1998), e até outras versões de quinta categoria. Com direções diferentes, as histórias dos três primeiros filmes são continuações, enquanto a nova versão que está em cartaz nos cinemas começa do zero, com uma história diferente. A origem do boneco é outra, o nome do menino é outro, os motivos de ele ter aceitado o brinquedo são outros. Enfim, o mesmo vilão com nova roupagem. Mais ou menos - o macacão jeans e a camiseta listrada ainda são os mesmos.


O Chucky 2019 é tecnológico, adaptado ao novo mundo onde tudo está interligado, inclusive os brinquedos dos filhos, que podem ser controlados por meio de um smartphone. Assim como utensílios da casa como a vassoura elétrica, a televisão, as luzes ou o aparelho de som, todos produzidos pela Kaslan Corporation, uma empresa que trabalha com tecnologia inteligente. O que ninguém imaginava era que Chucky iria assumir o controle de tudo, dentro e fora de casa, e também querer mandar na vida de Andy (interpretado por Gabriel Bateman), a ponto de afastar aqueles que pudessem representar uma "ameaça" a sua amizade com o garoto.


Um a um, o assassino que poucos podiam acreditar se tratar de um boneco, vai deixando um rastro de sangue e terror. Com 90 minutos de duração, "Brinquedo Assassino" vai mostrando como o grau de crueldade de Chucky piora a cada ataque, fruto da violência que aprendeu vendo filmes e programas de TV. Ninguém acredita em Andy quando ele conta que as mortes que estão acontecendo no bairro foram causadas pelo boneco.


O garoto Gabriel Bateman (de "Annabelle") está muito bem em seu papel, Mas o destaque está na voz do boneco, emprestada por ninguém menos que Mark Hamill (o Luke Skywalker da saga "Star Wars"). Tirando a cara pouco convincente, é a voz de Hamill quem dá o tom de terror que Chucky precisa para assustar a plateia. Brian Tyree Henry ("Se a Rua Beale Falasse") também entrega boa interpretação como o detetive Mike Norris que investiga as mortes na vizinhança, assim como Aubrey Plaza, que faz a mãe de Andy.


Na história, Andy e sua mãe se mudam para uma nova cidade em busca de um recomeço. Preocupada com o desinteresse do filho em fazer novos amigos, Karen (Aubrey Plaza) decide dar a ele de presente de aniversário o boneco tecnológico Buddi que, além de ser o companheiro ideal para crianças e propor diversas atividades lúdicas, ele executa funções da casa por comando de voz. Os problemas começam a surgir quando o boneco, batizado por Andy como Chucky, se torna extremamente possessivo em relação a Andy e está disposto a fazer qualquer coisa para afastar o garoto das pessoas que o amam.


"Brinquedo Assassino" também tem cenas de suspense (algumas bem esperadas), mas o que sustenta o filme são os ataques insanos a facadas do boneco (sua especialidade), dando uma variada ou outra entre um enforcamento, um cortador de grama e outras modalidades de assassinatos. Portanto, se pretende assistir ao longa, vá preparado para ter estômago forte em algumas cenas, o que deverá atrair um público mais jovem, possivelmente que nem assistiu aos primeiros filmes.


E para quem não viu, recomendo uma sessão em casa do primeiro e do segundo filmes "Brinquedo Assassino". Não espere deste a mesma história do original, mas vai sabendo que a produção é de Seth Grahame-Smith e David Katzenberg, dupla responsável pelo remake do terror "It: A Coisa", o que já tem boa chance de agradar. No final do filme, o diretor ainda deixa a entender que poderá haver uma continuação. Quem vai ditar as regras será a bilheteria, claro. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Confira a nova versão de Chuck e deixe seu comentário no blog.

Ficha técnica:
Direção: Lars Klevberg
Produção: Orion Pictures / Metro-Goldwin-Mayer (MGM)
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h30
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #brinquedoassassinofilme, #Chuck, #terror, @OrionPictures, @MGM, @ImagemFilmes, @cineart_oficial, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

23 agosto 2019

Impossível sair impune de "Entre Tempos", filme que trata de amor, diferenças e lembranças

Luca Marinelli e Linda Caridi formam o belo casal Lui e Lei que, desde o início, exala uma química quase perfeita (Fotos: Sara Petraglia/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


"Lui e Lei são duas pessoas completamente diferentes entre si, mas que formam um casal intenso e apaixonado. Juntos durante anos, seus sentimentos estão em conflito constante, mostrando uma montanha-russa emocional entre eles: enquanto Lei acredita em um futuro brilhante, Lui não consegue deixar de viver no passado. Ao longo dos anos, o par coleciona frustrações, alegrias, tristezas e angústias". 

Que ninguém se iluda que está diante de mais uma história de amor ao ler essa sinopse oficial e simplesinha de "Entre Tempos". Trata-se, sem dúvida, de um filme sobre o romance de um casal, mas o jeito que o diretor italiano Valerio Miele imprimiu à sua narrativa é praticamente um personagem à parte. Mais do que uma ferramenta, o ritmo do longa torna-o único.



É tão louca e tão sui generis a forma como o filme é contado, com flashbacks e lampejos rápidos confundindo passado e presente, infância e vida adulta, que o espectador pode ter uma inusitada curiosidade de saber quem é o responsável pela montagem. Pois o autor da façanha é uma autora, Desideria Rayner, cujo trabalho e perfil podem ser facilmente encontrados na internet. Uma craque, sem dúvida. Não fosse ela, talvez o roteiro, que é do próprio diretor, não se transformasse no filme diferente que virou. Para início de conversa, Lui e Lei não são nomes próprios dos personagens principais, interpretados na medida por Luca Marinelli e Linda Caridi. Lui e Lei são, simplesmente, Ele e Ela traduzidos do italiano.



Se alguém quiser traduzir em uma linguagem mais óbvia a sinopse de "Entre Tempos", talvez pudesse dizer que se trata de um filme sobre a complexidade das relações de amor, sobre a ideia de que os opostos sempre se atraem ou sobre a fascinação quase doentia que o diferente exerce sobre o outro. O filme é tudo isso, mas seria raso demais resumir só nisso um longa que, originalmente, chama-se "Ricordi?". Assim mesmo, com interrogação. Vale salientar que Lui é pessimista e amargo e Lei é encantadoramente alegre e idealista.


Para completar essa atmosfera de idas e voltas vertiginosas, cores, paisagens e lugares tão diferentes como uma praia, um salão de baile, uma loja de perfumes, um lago, uma sala, um prédio, uma fazenda, uma árvore frondosa, é preciso dizer que os personagens principais são belos e que, desde o início, exalam uma química que parece perfeita. Há outras figuras na história, claro, mas a importância delas na trama - se é que existe alguma trama - é muito discreta.


Todas as relações a dois acabam, invariavelmente, em monotonia? A infância tem influência na forma como o adulto vive uma relação? Podem as lembranças marcar indelevelmente a mente e o coração de alguém a ponto de dificultar ou facilitar seu relacionamento de amor? Para que serve, afinal, a memória? É possível confiar nas lembranças? Ou, como fala um personagem no longa, a memória não é real. De algum modo, ela doura a pílula, subverte e verdade, ameniza o real para que a gente não sofra tanto diante dela. Que ninguém duvide: "Entre Tempos" é o tipo do filme que deixa o espectador cheio de perguntas. 
Classificação: 14 anos
Duração: 1h46
Distribuição: Cineart Filmes
Sessões: Belas 1 - 16h30 e 21h30 , Net Cineart Ponteio 2 - 21h15 , Net Cineart Ponteio 4 - 13h40 e 18h50 


Tags: #EntreTempos, #ValerioMiele, #LucaMarinelli, #LindaCaridi, #drama, #romance, @CineartFilmes, @cineart_cinemas, @cinemaescurinho, @cinemannoescurinho

22 agosto 2019

"Socorro, Virei Uma Garota" alerta: cuidado com o que desejar

Thati Lopes é a jovem que um dia foi rapaz e agora precisa aprender a conviver com o novo corpo e todas s mudanças (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Divertido, recheado de gírias e palavrões, a comédia para adolescentes "Socorro, Virei Uma Garota" agradou o público presente na pré-estreia em BH. Apesar de a história focar na personagem Julia, interpretada pela comediante Thati Lopes, é o amigo inseparável dela, Cabeça, (papel de Leo Bahia), quem também se destaca. O personagem expõe de forma clara e engraçada o drama de todo "gordinho nerd". Ele transita bem entre a amizade com Julio (Victor Lamoglia) e Julia.


Thati entrega uma boa adolescente, espalhafatosa, carente, dramática, com direito a cólica e amor platônico, ao mesmo tempo em que vai descobrindo seu corpo de mulher. Ela é realmente o centro do filme, mas que sem Bahia não teria tanta graça. A dupla oferece ao público os momentos mais engraçados, com muitas caras e bocas. Victor Lamoglia, o lado masculino de Julia, é mais fraquinho, com participação relativamente pequena, mais para explicar a troca de sexo de Julio e levantar a bola para Thati. Outro que não muda o estilo é Kayky Brito, não acrescenta muito à história.


Na história, Júlio é um garoto tímido e invisível aos olhos de sua turma. Sempre zombado pelos colegas e desprezado pela gata da escola, Melina, por quem é apaixonado, Júlio conta apenas com o apoio do fiel escudeiro e melhor amigo Cabeça, o gordinho mais nerd e sarcástico da sala. Em uma excursão dos alunos para a praia, Júlio vê no céu uma estrela cadente e faz um pedido para que dali em diante ele se transforme na pessoa mais popular da escola.

Mas algo dá errado e ele acorda como a garota mais popular da escola: a periguete Júlia. Sem saber como desfazer a transformação, ele sofre no corpo de Júlia as agruras da adaptação de como ser uma garota, mas também usufrui da proximidade de Melina, agora sua “melhor amiga”. No elenco estão ainda Manu Gavassi (Melina), Vanessa Gerbelli e Nelson Freitas (pais de Júlio/Júlia), Lippy Adler (Douglas) e Kayky Brito (Deco, irmão de Júlio/Júlia).


Com história comum, sem grandes novidades, além de situações e frases clichês, "Socorro, Virei Uma Garota" é uma opção de sessão da tarde, que pode agradar adolescentes de 12 a 15 anos. Sem apresentar nada de novo e não aprofundar em assuntos polêmicos, como homossexualidade, bullying e machismo, o longa tenta repetir o tema que já foi tratado em filmes como "De Repente 30" (2004), com Jennifer Garner e Mark Ruffalo; "Eu Queria ter a Sua Vida" (2011) ou "17 Outra Vez" (2009). Se a proposta é rir, esta comédia atende com boas piadas e uma dupla principal bem entrosada.


Ficha técnica:
Direção: Leandro Neri
Produção: Camisa Listrada / Panorama Filmes / Paramount Pictures
Distribuição: Downtown Filmes / Paris Filmes
Duração: 1h50
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #SocorroVireiUmaGarota, @DTFilmes,@CamisaListradaFilmes, #CinemaNacional, #comedia,@thatilopess, @manugavassi, @leofbahia, @victorlamoglia, #cinemaescurinho, @cinemanoeescurinho

21 agosto 2019

Cineclube TJ exibe "A Dama de Ferro", em sessão especial, nesta quinta-feira

Meryl Streep interpreta a primeira ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher (Fotos: Alex Bailey/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma ótima oportunidade para quem ainda não viu este grande trabalho da excepcional Meryl Streep. "A Dama de Ferro" ("The Iron Lady"), drama lançado em fevereiro de 2012, foi o filme escolhido para a sessão especial do Cineclube TJ que acontece nesta quinta-feira (22), às 19 horas, no Auditório da Corregedoria do TJMG, na Rua Goiás, 253, no Centro. A exibição faz parte da programação da Semana Justiça pela Paz em Casa. A entrada é franca.


Meryl Streep interpreta Margaret Thatcher, ex-primeira ministra da Inglaterra, que dirigiu o país com mão de ferro. O filme mostra vários momentos da vida de Thatcher, desde a sua entrada na política, sua personalidade forte até sua aposentadoria. Em um mundo dominado por homens, ela enfrentou vários preconceitos e lutou pela recuperação do país, numa época de recessão econômica provocada pela crise do petróleo no fim da década de 1970. Foi durante o governo de Thatcher que o Reino Unido entrou em conflito com a Argentina, na conhecida Guerra das Malvinas, também abordada no filme.


Além do Oscar, Meryl Streep conquistou outras seis estatuetas como Melhor Atriz, nos Estados Unidos e Europa. O elenco conta ainda com Jim Broadbent (como Denis Thatcher, marido de Margareth), Alexandra Roach (a jovem Margareth), Phoebe Waller-Bridge, Olivia Colman, Harry Lloyd, Iain Glen e outros. O longa, dirigido por Phyllida Lloyd e roteiro de Abi Morgan, tem duração de 1h45.



Cineclube TJ

Criado em 2003 pelo desembargador Sérgio Braga, o Cineclube TJ exibe filmes toda última quinta-feira do mês, obras marcantes da história cinematográfica, precedidas de apresentações e finalizando, após a projeção, com discussões de alto nível sobre os temas abordados pelos filmes. Em 30 de maio de 2017 estreou a primeira exibição audiovisual destinada aos deficientes visuais, projeto idealizado pelo servidor Alexandre Garcia e executado em parceria com a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa.



Serviço:
Local: Auditório da Corregedoria do TJMG - Rua Goiás, 253 - Centro
Horário: 19 horas
Entrada: Franca
Capacidade: 100 pessoas - sujeito à lotação
Classificação: 10 anos

Tags: #ADamaDeFerro, #MerylStreep, #drama, #biografia, #histórico, #ParisFilmes, #PhyllidaLloyd, #TJMG, #CineclubeTJ, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

19 agosto 2019

Curta “Teoria Sobre Um Planeta Estranho” é o único mineiro a competir no Festival de Gramado

Produção é uma das cinco do diretor Marco Antônio Pereira feitas em Cordisburgo (Fotos: Marco Antônio Pereira/Divulgação)

Da Redação


Está marcada para esta terça-feira, dia 20, às 20h30, a exibição do curta-metragem “Teoria Sobre Um Planeta Estranho” único filme de Minas Gerais selecionado para a Mostra Competitiva da 47ª Edição do Festival de Cinema de Gramado, que vai até o dia 24 de agosto. Dirigida pelo cineasta mineiro Marco Antônio Pereira, a produção já foi exibida no Canadá, Itália, Estados Unidos, Marrocos, Jordânia e Egito e faz parte de uma série de cinco curtas que estão sendo produzidos pelo diretor em sua cidade natal, Cordisburgo.

Marco Antônio Pereira volta pelo segundo ano consecutivo para exibir “Teoria Sobre Um Planeta Estranho” (seu terceiro curta) na mostra oficial do festival. No ano passado, o diretor esteve no Festival de Gramado e conquistou três Kikitos. Os primeiros "Retirada Para Um Coração Bruto" e "Alma Bandida" projetaram o realizador no cenário nacional e internacional com participações em festivais como Berlinale, Hong Kong, Viña Del Mar, Palm Springs, Buffalo, Montana, Festival do Rio, Tiradentes, e outras dezenas.


Em “Teoria Sobre Um Planeta Estranho”, Marco Antônio Pereira conta a história de uma jovem com deficiência auditiva (Larissa Bocchino) que está apaixonada pelo frentista do posto de gasolina (Gerson Marques).  Até que um incidente curioso mostra o quanto são especiais os pequenos momentos do cotidiano. Essa metáfora visual sobre o amor, a morte e o cotidiano traz uma estética única, irreverente e experimental, construída a partir de um novo olhar de cinema.

Cineasta mineiro Marco Antônio Pereira
Sobre a expectativa de voltar a Gramado, Marco Antônio diz que espera aproveitar bastante. “Gramado é uma plataforma incrível para exibir nosso trabalho. Tem muita gente da indústria, da mídia e além de muitos diretores de cinema que admiro” comenta o diretor.  Saiba um pouco mais sobre o diretor e seu trabalho clicando aqui.

A chamada para filmes da edição do Festival de Cinema de Gramado deste ano recebeu 777 inscrições para a mostra competitiva, número que superou os 365 títulos recebidos em 2018. Vinte e quatro estados brasileiros inscreveram suas produções e apenas 12 títulos foram selecionados representando oito estados e o Distrito Federal.


Também durante o festival serão lançados no dia 22 (quinta-feira), ás 15 horas, no Hotel Serra Azul, os livros "Trajetória da Crítica de Cinema no Brasil", do jornalista mineiro Paulo Henrique Silva, e “Ismail Xavier: Um Pensador do Cinema Brasileiro”, organizado por Fatimarlei Lunardelli, Humberto Silva e Ivonete Pinto. Haverá uma mesa redonda com os autores dos livros, seguida de sessão de autógrafos. Mais informações sobre o Festival de Gramado no site http://www.festivaldegramado.net/

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