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O Parque Jacques Cousteau, no bairro Betânia, com sua variedade de plantas, foi o escolhido para abrir o projeto (Foto: Lilian Nunes/Coreto Cultural/Divulgação) |
Maristela Bretas
Este 30 de janeiro foi a data escolhida para o lançamento da
websérie "Parques de BH", produzida pela Coreto Cultural. E o
primeiro cenário escolhido para abrir o projeto, de muito verde e plantas de
cores variadas, foi o Parque Municipal Jacques Cousteau, localizado no bairro Betânia,
Região Oeste da Capital.
Com roteiro e direção de Lilian Nunes e Chico de
Paula, que também assina fotografia e montagem, o público vai conhecer histórias,
hábitos e personagens desse importante espaço público da cidade. A trilha sonora original é do músico Marcelo Dai, com participação de Maurício Tizumba. Para acessar a websérie basta clicar no link ou acessar o site
www.coretocultural.com.br.
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(Crédito: Mônica Costa/Coreto Cultural) |
Viabilizado com recursos do edital Quatro Estações da
Belotur, o projeto consiste numa websérie para divulgar a beleza dos parques e
ampliar o potencial turístico de Belo Horizonte, que já foi conhecida como
Cidade Jardim. São 38 milhões de metros quadrados de áreas verdes, sendo 14
milhões deles formados por espaços públicos municipais - 75 parques, mais de
750 praças e jardins e cerca de 210 espaços livres de uso público.
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(Crédito: Lilian Nunes/Coreto Cultural) |
Mas por que a escolha do Jacques Cousteau para abrir o
projeto? "Ele tem uma história singular, passou de lixão a viveiro de
mudas e hoje é referência de paisagismo. Também é um dos preferidos pelos
ciclistas, lugar de encontros e comemorações. Fica às margens do Anel
Rodoviário, com fluxo intenso, e é pouco notado… A ideia era descentralizar e
disponibilizar informação sobre um espaço rico mas pouco conhecido, para gerar
interesse e intensificar a visitação", explica a idealizadora do projeto
Lilian Nunes.
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(Crédito: Mônica Costa/Coreto Cultural) |
Chico de Paula conta como foi desnudar o espaço através da
lente de sua câmera. "Descobrir o parque através das pessoas que o
frequentam, das histórias e afetos ali contidos, revela uma personalidade que é
daquela natureza - completamente integrada com as pessoas que ali convivem. É
tudo só um elemento: as pessoas, os bichos, as árvores, o vento… O Jacques
Cousteau tem uma personalidade admirável, delicada e ímpar”.
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(Crédito: Lilian Nunes/Coreto Cultural) |
Trabalhar uma produção cinematográfica como essa, em plena
pandemia, foi um desafio prazeroso para a equipe. "Poder registrar e
divulgar os parques, nesse momento, é mais que um projeto, é uma necessidade.
Porque são fundamentais à manutenção da nossa sanidade, e são locais onde ainda
se pode manter o distanciamento e usufruir de tudo o que eles podem oferecer. Se, por um lado, temos menos usuários, por outro a natureza se mantém
deslumbrante e é um momento mais propício para registrar o espaço com todas as
restrições e cuidados necessários. Nesse momento, os parques, por exemplo,
estão mais limpos, mais bem cuidados, se renovando para receberem cada vez
melhor os visitantes. E precisamos criar esse hábito de frequentar os belos
parques que temos na cidade", afirmou o diretor.
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(Crédito: Lilian Nunes/Coreto Cultural) |
O que não faltam são historias para contar do Parque Jacques
Cousteau. A bióloga e gerente de Parques do Barreiro e Oeste da Fundação de
Parques Municipais e Zoobotânica, Edanise Reis, passou quase toda a sua vida
profissional no espaço. E ajudou a plantar jacarandás, paus-brasil, ipês e
tantas outras espécies que hoje contempla sob copas monumentais.
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(Crédito: RNonato) |
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(Crédito: Bruno Castro/Coreto Cultural) |
Histórias de
filhotes resgatados, cujos pais confiam em alimentar a prole diariamente nas
mãos da gestora. Pessoas que visitam o parque pela primeira vez e comumente
escolhem colaborar ao retornar. Crianças que crescem orgulhosas por terem uma
árvore para visitar e cuidar por toda a vida. “São lições eternas: plantios de
afeto, colheitas de respeito”, orgulha-se a gerente do Parque.
Marcelo Dai, cantor e multi-instrumentista, foi convidado a
criar a trilha original da websérie para traduzir o Jacques Cousteau através de
suas próprias sonoridades: melodias, ruídos, cantos e batidas descobertos e
registrados em cantos e recantos do parque. Para ele, a música e a natureza se
entrelaçam. "Criar usando elementos da terra, da água e do ar possibilita
uma conexão livre e repleta de leveza. Nos inspira a buscar sons genuínos, a
voltar no tempo e, até mesmo, a mudar a perspectiva dele", diz o
compositor.
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(Crédito: Lilian Nunes/Coreto Cultural) |
Sobre os próximos parques a serem mostrados pela Coreto
Cultural no projeto "Parques de BH", Lilian Nunes explica que ainda
estão sendo articulados, dependendo da captação de recursos. "O Jacques
Cousteau já foi o espaço que alimentava toda a cidade de mudas. Hoje, é o
Jardim Botânico, que fica no Zoológico. Pensamos em fazer um link entre essas
histórias".
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(Crédito: Lilian Nunes/Coreto Cultural) |
"Qualquer contato que possamos ter com ambientes que
nos aproximem de um conceito mais integrado de meio ambiente, nos deixa mais
perto de um desejo de usufruto e, consequentemente, proteção. O audiovisual é
uma ferramenta poderosa e múltipla em suas possibilidades, e pode ser um meio
fundamental para que a gente se aproxime mais da natureza. Podemos abordar e
focar em princípios, como a sustentabilidade, que são essenciais a esse desejo
e necessidade de preservação. Ele nos aproxima e traz conhecimento sobre o que
aborda, e te dá uma sensação de familiaridade com os ambientes a que te expõe.
Isso é um pré-requisito pra que a gente crie vínculos com o mundo em que
vive", concluiu Chico de Paula.
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(Crédito: Lilian Nunes/Coreto Cultural) |
Um pouco do Parque Jacques Cousteau
O Parque Jacques Cousteau surgiu de uma gleba de terreno de
468.500 metros quadrados que, por 20 anos, foi um dos maiores lixões de Belo
Horizonte. Em 1971, transformou-se no Parque Vila Betânia e, em 1976, quando já
era conhecido como Horto Municipal, foi transformado em Reserva Biológica e
principal viveiro de produção de mudas da capital mineira.
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(Crédito: ArquivoPúblico) |
O Jacques Cousteau abasteceu ruas, praças e parques de Belo
Horizonte com espécies arbóreas e ornamentais. Fundado em 1991, o Jardim
Botânico da cidade funcionou por nove anos dentro do Parque Jacques Cousteau,
até a construção de sua sede própria, na região da Pampulha. Em 2001, o Jardim
Botânico foi transferido para sua localização atual, dentro da área onde
funciona também o Jardim Zoológico, onde está concentrada a produção de
espécies de grande porte para atender às necessidades de BH.
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(Crédito: Mônica Costa/Coreto Cultural) |
Hoje, com 335 mil metros quadrados, o Parque Jacques
Cousteau conta com mais de 70 espécies arbustivas e ornamentais, além de ricos
compostos orgânicos que contribuem tanto para a beleza do paisagismo quanto
para a saúde dos pulmões da nossa eterna cidade jardim.
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(Crédito: Lilian Nunes/Coreto Cultural) |
Ficha técnica:
Direção: Lilian Nunes e Chico de PaulaDuração: 31 minutos
Exibição: pelo site https://www.coretocultural.com.br
Informações: @coretocultural
Classificação: Livre
País: Brasil
Gêneros: Documentário
Serviço:
Parque Municipal Jacques Cousteau
Localização: R. Augusto José dos Santos, 366 - bairro Betânia
Horário de Funcionamento: de quinta a domingo, das 8 às 17 horas
Entrada: Gratuita
Informações: (31) 3277-5972